Always by your Side escrita por Jules


Capítulo 4
Você




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"Trocaria a memória de todos os beijos que me deste por um único beijo teu. E trocaria até esse beijo pela suspeita de uma saudade tua, de um único beijo que te dei".

Miguel E. Cardoso

 

 

Acordei toda suada e com dor no meu corpo. Levantei-me segurando na parede e procurando pelo interruptor para acender a luz – Esqueci-me de comentar que sou meio sega do olho esquerdo tenho apenas 60% da visão comum e ele piora quando está escuro. Caminhei calmamente pelo quarto, até que bati meu dedinho na estante e senti aquela dor insuportável e desagradável. Quando estava próxima do interruptor dei de frente com uma ‘‘parede’’ senti todo meu corpo ficar petrificado de medo, coloquei minha mão para tentar sentir quem era – era logico que era alguém.

— Quem é? – respirei fundo – Alec?

Minha respiração cortava o silêncio do quarto. O estranho deu um passo para frente e me empurrou contra a parede prendendo meu corpo com o seu. Ele era gelado! Um vampiro estava fazendo isso comigo. O desespero tomou conta de mim tentei empurrar a pessoa para longe o que era impossível afinal era mais forte do que eu (qualquer um seria mais forte do que eu).

— Me solta – pedi.

— Shiu – foi à única coisa que pronunciou.

— Alec? – as lagrimas escorriam.

— Por favor... Não faça mal a mim – comecei a soluçar.

Seu corpo estava tão próximo do meu e as suas mãos segurando meus braços apertando – isso provavelmente deixaria marcas. Senti sua respiração próxima do meu pescoço e seria meu fim, após tantos anos de lutas para um vampiro vim me matar enquanto eu durmo e então sua boca gelada entrou em contato com o meu pescoço dando-me um beijo – Esse vampiro queria me estuprar?

— SOCORRO – gritei e senti sua mão tampando meus lábios.

O estranho antes de sair do quarto roubou um beijo e fugiu pela janela e alguns segundos depois Alec e Felix entraram no quarto e se depararam comigo como uma estatua petrificada no canto da parede, as lagrimas rolavam pelo meu rosto e Alec correu para me abraçar.

— O que aconteceu? – Felix perguntou.

— Um homem... Um vampiro... Entrou no quarto e tentou abusar de mim e roubou um beijo – ele iria me violentar.

— Como ele entrou aqui? – Alec estava furioso.

— Todas as janelas são vedadas – Felix comentou - Venha aqui tampinha – então seus enormes braços deram-me um abraço esmagador.

— Vocês podem ficar aqui no meu quarto enquanto eu durmo? – pedi soltando Felix.

— Eu irei procurar esse vampiro com Afton e Demetri – Felix sorriu.

— Eu posso ficar com você – Alec fitou-me.

— Ta bem – suspirei.

Felix saiu do quarto fechando a porta, continuei encostada na parede enquanto Alec sentava-se na poltrona e ele me fitou esperando que viesse até a minha cama. Caminhei arrastando meus pés – como costume. Sentei sobre minha cama sentindo algo diferente em minha barriga, não era dor e nem nada. Era como se tivesse borboletas batendo assas dentro dela e meu coração acelerado fiquei fitando Alec durante alguns segundos e é claro que ele iria perceber isso.

— Você está bem? – agora ele também me fitava.

— Não – fui sincera.

— Não fique assim. Ele não fez nada demais – sorriu de lado.

— Fez sim.

— O que? – ele franziu a testa.

— Me beijou.

Agora eu olhava no fundo dos seus olhos rubros, comecei a sentir minhas mãos suarem e coração a disparar como se estivesse pulando umas duas horas seguidas. A expressão em seu rosto era confuso e por nenhum segundo se quer ele deixou de olhar nos meus olhos. Suas mãos seguraram as minhas e vi ele se aproximar calmamente de mim e isso já estava acabando comigo.

— Não é nada demais Becca – ele sorriu mostrando seus dentes extremamente brancos em um sorriso desenhando em seu rosto. – Você nunca foi beijada?

Fiquei tão envergonhada que senti as minhas bochechas ficarem quentes e provavelmente vermelhas feito uma maçã. Balancei a cabeça negativamente com vergonha de responder que não... Eu nunca tinha sido beijada. Até algum babaca entrar no meu quarto e resolver me beijar durante a madrugada.

— Que fofa! – Alec exclamou. Ele ergueu sua sobrancelha grossa.

— Posso pedir uma coisa? – pedi sentindo que a qualquer momento eu fosse ter um piripaque e desmaiar. Só que eu queria isso, fazia um tempo que queria pedir só que nunca tive uma oportunidade para isso e talvez esse fosse o momento mais apropriado.

— Eu não vou contar para ningu... – antes que ele pudesse terminar de responder o interrompi.

— Me beija – senti o coração saindo pela minha garganta.

— Becca – ele se levantou como se tivesse ofendido.

— Desculpa! – me levantei se sentindo uma idiota. Ele deveria estar achando que sou uma garota sem classe ou qualquer outra coisa. Eu poderia perder o meu melhor amigo por uma coisa tão besta como essa. Alec continuava a me fitar não acreditando no que eu tinha pedido a ele e também como ele poderia reagir a uma coisa dessas. Ai meu Deus!

— Por favor, fala algo – pedi fitando o chão.

Sua mão foi até meu queixo e o toque da sua pele fria entrando em contato com a minha era como um choque térmico. Ele levantou meu rosto na altura dos seus olhos para que pudéssemos um olhar no olho do outro, sua mão esquerda ficou no meu rosto e sua direita desceu até a minha cintura e não pude deixar de suspirar e com um movimento rápido junto nossos corpos.

— Só uma vez – murmurou meio rouco.

— Só uma – concordei.

Seus lábios se aproximaram do meu lentamente, sua boca era macia e gelada. Começou como um selinho simples e depois sua boca começou a fazer movimento e tentei acompanha-lo – sem muito sucesso. Nossas bocas estavam em uma sincronia e quando senti sua língua tocar a minha o gosto do seu beijo era de menta muito refrescante – foi como se todas as borboletas estivessem fugindo de algo. Sua mão apertava minha cintura para mais próximo do seu corpo macio, aconchegante e pálido. O puxei contra meu corpo e caímos sobre minha cama, soltei seus lábios suculentos e comecei a beijar e chupar seu pescoço de uma flagrância de pinheiro e flores. Pude ouvir alguns gemidos saírem de seus lábios, sua boca veio com voracidade até meu pescoço chupando e beijando assim como eu estava fazendo. Sua mão veio em direção a minha barriga e subiu até próximo dos seios e foi quando ele se afastou de mim ficando em pé ao lado da cama.

— Está na hora de dormir – foi ríspido.

— Mais... – tentei falar.

— São três da madrugada. Vou pegar seu remédio – ele foi até o armário preparou a medicação. Virei-me para o canto da parede colocando meu cobertor sobre mim. Senti sua mão mexendo no AVC (acesso venoso central) e aplicando meu Durmonid e Leucocit. Estava-me sentindo mal há poucos segundos atrás estávamos se beijando tendo um momento especial e importante para mim e ele age assim comigo? Não estava entendendo mais nada. Ele colocou as outras cobertas em cima de mim e deu um beijo na minha testa.

— Vou estar aqui, ninguém ira te fazer mal. – eu o ignorei.

Apenas fechei meus olhos e tentei retornar a dormir. Senti o corpo relaxar e minha mente aos poucos se rendendo ao sono.


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Notas finais do capítulo

Olá... Espero que gostem. Por favor comentem... tive apenas um comentario. Depois eu fico sem vontade de postar :X
Beijos



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