"O que sustenta a casa de uma família unida é o amor incondicional".

Após toda aquela conversa com Bella acabamos chegando conclusão que realmente Alice queria dizer algo com aquele bilhete, depois dela apanhar o livro procuramos por algo que fosse importante e então achamos algo.

“J. Jenks, Seattle – Destrua isso.”

            Em seguida, apanhei o livro de suas mãos e joguei dentro da lareira da mansão. As crianças estavam dormindo, enquanto Jake ainda estava do lado de fora na patrulha. Virei-me para Bella fitando-a e então apanhei meu celular buscando pelo nome, na internet apenas parecia um numero para contato.

— O que ela quis dizer com isso? – perguntei.

— Não sei, mas iremos descobrir. – Bella disse.

            Foi quando ouvi um som estranho, parecia que os lobos estavam agitados e me virei para Bella que entendeu o recado e correu em direção ao quarto onde as crianças estavam, fui até a varanda esperando por qualquer coisa ou alguém que pudesse vir em nossa direção. Um lobo marrom claro apareceu, provavelmente fosse Seth já que era menor que Jake.

— Se tiver alguém, apareça... – disse caminhando até Seth.

            Uma pequena agitação aconteceu nas arvores, como se alguém estivesse pulando e em seguida um lobo prateado surgiu rosnando com dentes para fora. Acompanhei o movimento do estranho convidado, já estava pronta para qualquer situação.

— Primeiro, necessito que peça para esses... Lobos parem de tentar nos matar e assim posso aparecer. – uma voz masculina preencheu o ambiente, era um tanto enrolada e parecia ser do lado da Europa. Ainda fitando o alto, fiz sinal com a cabeça para que Seth e Leah não fizessem nada.

— Eles não vão feri-los, a menos que sejam alguma ameaça. – disse para o homem estranho.

— Vim em nome de Alec, Alec Volturi. – senti meu peito se acelerar ao ouvir o nome do meu amado, então o vampiro saltou e em seguida outros dois o acompanharam. Um era um homem que aparentava ser o mais velho, seus cabelos eram negros e tinha uma barba. Trajava um sobre tudo preto, ao lado tinha um jovem rapaz que também tinha os cabelos escuros e lembrava um adolescente. E uma garota loira extremamente bela, delicada e parecia ser um anjo. O único detalhe era que seus olhos eram vermelhos, ou seja, se alimentavam de sangue humano.

— Sou a esposa de Alec, me chamo Rebecca. – caminhei em direção a eles, estendendo minha mão.

— Sou Boris, esses são meus filhos. – Boris era muito alto, sua mão apertou a minha com delicadeza. – Esse é Damyan e essa é minha pequena Jamie. – terminou de falar, de forma alegre.

— É um grande prazer conhece-los, mas vamos entrar. – ambos assentiram.

            Já dentro da mansão, deixei os convidados na sala e mandei uma mensagem chamando Bella ao nosso encontro.  Bella deixou as crianças com Jake e Seth na biblioteca, ao verem Bella ao meu lado pareciam ter tido um choque, dei um leve sorriso e me sentei no braço do sofá.

— Essa é a minha irmã gêmea, Bella. – a apresentei e vi que a mesma foi cumprimenta-los.

— Nossa... Vocês são idênticas e até causa uma leve dor de cabeça. – Damyan o jovem parecia estar se divertindo, enquanto Jamie se mantinha em silencio.

— É. – foi à única coisa que Bella disse.

— Mas, acredito que Alec não tenha nos mandado aqui para conhecê-las. – Boris disse, caminhando até a janela da sala e agora fitando-nos com aqueles olhos rubros.

— Exatamente, estamos atrás de testemunhas para que possamos impedir que os Volturi acabe com a nossa família. – Bella disse, ela cruzou seus braços e então Damyan arregalou os olhos.

— Você disse os Volturi? – o jovem se levantou e então fitou o seu pai.

— Sim, mas posso garantir que sua família não irá se ferir. – disse um tanto preocupada, já imaginando que eles iriam embora.

            Foi quando Jacob entrou na sala, em seus braços estava Renesmee e logo atrás Seth com Clary e Gus segurando ambas as mãos do lobo. Boris fechou seu rosto, de forma a ter repulsa do que via. Enquanto Damyan apontou o dedo para Renesmee, de forma a nos culpar pelo que os Volturi iram fazer.

— Vocês perderam a sanidade? Querem que nos também sejamos mortos? – Boris perguntou sério.

— Essas crianças não são imortais! – uma voz angelical preencheu o ambiente, era Jamie. Boris e Damyan a fitaram de forma a achar que a garota estivesse demente e suspirei aliviada.

— Como não? – Damyan se aproximou da irmã.

— Vocês podem ouvir os corações deles. – falei para todos.

— Sim, os coraçõezinhos e as bochechas rosadas. Essas crianças não são como as imortais, devemos dar uma chance para que elas possam nos explicar. – Jamie caminhou em direção a Renesmee, dando um sorriso encantador para a menina.

— Sou a Renesmee, aqueles são meus primos Augustus e Clarissa. – Renesmee levou a mão até o rosto da vampira loira, fazendo o que ela sabia fazer de melhor. Jamie se afastou e parecia convencida, esticou sua mão para o pai e o irmão.

— Vocês precisam ver isso! – disse a garota.

Após Renesmee fazer o mesmo com os outros dois, o ambiente parecia menos tenso era possível conversar de forma tranquila. Como já era tarde Clary acabou por dormir no colo de Seth, enquanto Renesmee ainda conversava com Jake. Augustus estranhamente não parava de fitar-nos, pude perceber que seus olhos estavam curiosamente fitando Damyan.

— Então, vocês engravidaram ainda humanas? – Jamie perguntou.

— Nunca tinha visto nada parecido. – Boris disse.

— Sim, não sabíamos que era possível e infelizmente uma parenta distante viu as crianças e tomou conclusões erradas sobre a situação. – Bella dizia com pesar.

— Mas, qual a intenção de vocês? – Damyan perguntou.

— Queremos provar que eles não são um risco, que podem viver sem ameaçar ninguém. – respondi ainda observando Gus um tanto curiosa.

— O que queremos é apenas uma chance de fazê-los ouvir, só isso e mais nada. – Bella finalizou.

— Bem, sendo assim eu tomei minha decisão. – Boris disse agora se virando para nos. – Iremos ajuda-los, não tem motivo para que sua família seja destruída e essas crianças, por Deus... elas são encantadoras. – Boris fitou Gus que se escondeu.

— Quem é esse pequeno? – Damyan questionou.

— Esse é meu filho, Augustus. – disse sorrindo para o moreno.

— Curiosamente ele não para de te fitar, Dam. – Jamie sorriu.

— Percebi o mesmo, deve apenas ser admiração. – Boris comentou.

            Meu coração se apertou um pouco, claro que Augustus era novo para saber sua sexualidade. Mas, se fosse isso jamais iria julga-lo por se atrair por garotos ou garotas. Acredito que Alec partilha do mesmo pensamento, somos livres para amar.

— Oi, pequeno... – Damyan se aproximou de Gus.

— Oi... – disse tímido.

— Qual é o seu nome? – todos estavam observando a cena. As bochechas de Augustus ficaram extremamente vermelhas, Bella me fitou com um sorriso bobo. De certa forma, era uma coisa linda de ver.

— Minha mãe já falou meu nome, mas eu prefiro Gus. – disse segurando um carrinho em mãos, agora ele já parecia uma criança de nove anos.

 - Eu me chamo Damyan, mas pode me chamar de Dam. – Damyan sorriu.

— A gente pode ser amigos? – perguntou timidamente.

— Mas é claro que podemos, adoraria ser seu amigo. – foi quando automaticamente Augustus se jogou no colo de Damyan que congelou com a cena, mas em seguida o correspondeu.

— Você é gelado, igual meus pais. – Gus disse.

— É porque também sou um vampiro. – o mais velho parecia chateado.

— É legal, sou apenas meio vampiro. – explicou Gus.

            Finalmente Augustus havia dormido, ele e Damyan passaram a noite brincando com a coleção de carrinhos que Alec havia dado Gus. Já na cozinha eu preparava um drink para os visitantes, Esme havia me dito que suas visitas sempre bebiam sangue com vodca. Fiz três copos, até porque Bella e eu não nos alimentávamos de sangue humano, foi quando Damyan entrou na cozinha e parecia um pouco sem jeito.

— Percebi a forma como todos estavam me vendo brincar com Gus e espero que não tenha passado nenhuma imagem ruim para você ou seu filho. Não sou esse tipo de pessoa, apenas gosto de crianças... – Damyan estava um tanto nervoso, sorri da face dele. Levando minha mão até seu ombro de leve.

— Estávamos olhando vocês dois porque Gus é uma criança tímida, não tem amigos e por ser o único garoto em meio à irmã e a prima ele se sente só. Não tive nenhum pensamento maldoso em relação a sua aproximação, apenas espero que seja aquilo que o Gus quiser que vocês sejam, certo? – entreguei o copo em sua mão, vendo-o fitar o mesmo e logo em seguida beber.

— Certo, muito obrigado! – agradeceu o jovem.

            A noite foi longa, mas para nossa surpresa outros amigos da família começaram a chegar e aos poucos a mansão começou a ganhar vida. Além é claro, de novas culturas e amizades. Iriamos esperar até amanhecer para que Renesmee pudesse mostrar-lhes o motivo de estarem ali, mas a cada momento eu podia sentir que estávamos mais perto do fim nessa tormenta. Até porque o inverno já se aproximava, faltavam poucos dias para que a neve cobrisse toda Forks.