"Você é mais importante que todos os outros. E você me deu você. Já é mais do que eu mereço, e qualquer outra coisa que me der só vai aumentar mais o desequilíbrio entre nós".

 Crepúsculo.

Virei-me saindo de baixo do seu corpo com um pouco de dificuldade, deitei em cima do seu peito e comecei a abrir os botões da sua camisa preta. Aos poucos comecei a ter visão do seu tórax nu, coloquei minha mão sobre seu peito alisando-o e comecei a dar beijos em seu pescoço que começaram a descer até seu peito. Sua pele extremamente alva e sem nenhum pelo Escutei-o dar um gemido baixo. Ele me afastou de seu peito o fitei sem entender nada, percebi que estava fechando sua blusa novamente e eu já estava cansada da sua bipolaridade.

— Qual o problema? - me levantei pegando minha blusa do pijama e a colocando.

— Não tem problema! - ele nem estava me olhando.

— Claro que tem! Toda vez que me toca ou eu faço algo para tentar te agradar você se afasta e fica assim. - bati minha mão na perna e depois cruzei meus braços.

— Rebecca você não entende - sua voz saiu fraca.

— Não! eu realmente não entendo. Você pode me explicar qual o problema? me sentei na beira da cama e fiquei o olhando com sua cara fechada. Eu simplesmente odiava quando ele ficava em silêncio e pensativo.

— Eu te desejo! - se aproximou sentando-se ao meu lado e segurando minha mão. Seus olhos estavam brilhando talvez lágrimas? meu coração bateu mais forte tentei acalma-lo mais foi em vão e Alec a essa altura já devia ter percebido. Um sorrisinho apareceu no canto da sua boca.

—Então qual problema nisso? - insisti.

— Não podemos fazer nada! Eu não posso simplesmente te beijar sem sentir vontade de te matar entende? - se afastou indo em direção à janela e ficou fitando o céu.

Fiquei em silêncio O que eu poderia falar ou fazer? Ele simplesmente se sentia culpado por me desejar. Mais se Bella conseguia namorar Edward há tanto tempo por que ele não conseguiria? Ele sempre cuidou de mim e se mostrou forte quando estávamos em Volterra. Fui a sua direção o abraçando e me senti tranquila ao ver que correspondeu meu abraço.

— Vamos mudar de assunto? - pedi.

— Claro.

Deitamos um ao lado do outro em minha cama e começamos a conversar sobre diversos assuntos. Alec como tinha mais de quinhentos anos viu muitas coisas acontecerem e era interessante o ouvir contar como era na sua época.

— Antigamente a mulheres eram proibidas de sair de casa sem estar devidamente apresentada - disse.

— Como assim devidamente apresentadas? - respirei fundo. Deitei minha cabeça sobre seu peito gelado e procurei por sua mão, que em seguida veio de entro contra a minha e sorri satisfeita.

— Tinham de usar roupas compridas, sem mostrar nenhuma parte do corpo e contando com as mãos - tentei imaginar como as mulheres sofriam descriminação pelos homens naquela época.

— Você chegou a se apaixonar por alguém? - senti um pingo de ciúmes.

— Na verdade não! Mas tinha uma moça chamada Nicole que eu achava atraente e ela morava perto da nossa aldeia. Só que Jane e eu tínhamos fama de sermos bruxos então ninguém se aproximava por medo. - Alec respirou fundo mesmo não precisando disso.

— Por que bruxos? - me virei fitando-o

— Por causa de nossos dons. Se manifestaram antes mesmo de sermos vampiros, Jane pode causar dor através do pensamento e eu posso tirar os sentidos.

— Tirar os sentidos de que maneira?

— É difícil explicar... Eu sei por que já me contaram. Parece que quando chega à pessoa ela para de sentir o corpo, depois fica sem falar, sem ver e por ultimo sem escutar. E parece que isso é pior do que a dor que Jane causa. - fiquei assustada realmente era uma coisa para se pensar. Causar dor deve ser horrível, porém não sentir nada deve ser pior que qualquer coisa.

— Isso afeta apenas uma pessoa como Jane?

— Não. Eu posso afetar quantas pessoas eu conseguir - fez uma pausa. - Uma vez neutralizei um clã inteiro e acho que tinhas uns cinquenta vampiros.

— Por isso ninguém tira farra com você - comecei a sorrir

— Deve ser ou talvez por que eu seja um vampiro bonitão e forte - foi irônico.

— Aham. Talvez - fiquei olhando para seu rosto. - Era impossível cansar de olha-lo seu rosto era extremamente perfeito.

— O que está olhando? - quis saber.

— Sua boca - sorri.

— Por que quer me beijar? - ele me provocou.

— Sim e muito. - entrei na sua brincadeira.

— Sou todo seu.

Não consegui me segurar sentei sobre sua cintura sentindo uma leve pressão sobre minha parte intima, minha vontade foi de gemer e a minha vergonha foi maior. Suas mãos desceram por minha cintura apertando-me para baixo, abri sua blusa dessa vez rasgando acidentalmente e comecei a distribuir beijos pelo seu peito. Subi até seus lábios quase os devorando de tanta vontade, parecia que eu estava beijando mel de tão suculento e minha vontade era de tirar suas roupas. Desci minha mão até o botão de sua calça só que Alec segurou minha mão e colocou-me deitada na cama e seguro minhas duas mãos com apenas uma e em sua cara eu podia ver o ar de desejo. Ele rasgou minha blusa essa era uma das minhas favoritas E começou a beijar meu pescoço e depois começou a descer até meus seios. O qual ele começou a beijar com o sutiã ainda por cima, não consegui conter o gemido e senti minhas bochechas corarem.

— Hm... Está gostando? - sussurrou em meu ouvido. Sua voz estava extremamente sexy.

— Sim - respondi envergonhada sem abrir meus olhos.

Ele abriu meu sutiã e quando foi tira-lo parou. Colocou outra blusa e se deitou ao meu lado jogando um cobertor sobre mim que está sem blusa.

— Finge que está dormindo - sussurrou.

Deitei sobre seu peito e fechei meus olhos. E após dois minutos no máximo ouvi a porta do quarto ser aberta.

— Ela está dormindo? - era minha mãe sussurrando.

— Sim - Alec disse.

— Você pode dizer que fui embora e volto daqui uma semana - pediu.

— Posso sim.

Fingi que estava acordando, passei a mão nos olhos e virei-me para a porta.

— Mãe? - a chamei.

Ela veio até o meu lado da cama segurei o cobertor para que não vise que estava sem nada.

— Oi querida - ela beijou minha testa.

— Aconteceu alguma coisa? - me fiz de boba.

— Não meu anjo. - Eu só vim me despedir - disse.

— Por quê? - me senti meio triste.

— Phill quer que eu volte para Phoenix - sorriu fraco.

— Volto daqui alguns dias, mais vou te ligar todos os dias para saber como você está e sempre estarei pensando em você filha - ela me abraçou e beijou minha testa.

— Tudo bem mãe. Eu te amo - sorri.

— Também te amo. - ela fechou a porta.

Bocejei alto ao lado de Alec e ele sorriu.

— Acho que alguém precisa dormir - comentou.

— Também acho - o abracei.

Já estava ajeitada no colo de Alec. Sem blusa e sem sutiã mesmo assim estava gostoso para dormir, respirei fundo e deixei o meu corpo relaxar e senti o sono chegando.

— Alec?

— Sim.

— Você falou sério em sermos namorados ou estava apenas brincando? - perguntei quase dormindo.

— Falei sério. Por quê?

— Por nada.

Mais alguns minutos se passaram e senti Alec respirando.

— Becca? - chamou.

— Oi.

— Você aceita ser minha namorada? - pediu e senti meu peito acelerar.

— Claro que sim - senti seu lábio contra o meu.

— Te amo... É tão bom poder dizer isso. - estava se sentindo muito feliz por dentro.

— Também te amo Alec - beijei seu peito.

Dormi segurando sua mão à noite toda, porque toda vez que acordava eu via que sua mão estava ali segurando a minha sem soltar nenhum momento.

Alguns meses passaram desde que vim morar com Charlie, todos queriam que eu fosse para a escola só que no meu estado era impossível conviver com tantas pessoas e então Alec teve a brilhante ideia de Alice me ensinar algumas coisas sobre moda. Então todos os dias durante a tarde Alice e eu íamos ao shopping procurar por roupas e ela me ensinava como se vestir. Nesse momento estávamos em uma loja do novo shopping de Forks. Ele era grande tinha três andares, no ultimo andar era a praça de alimentação e Alice já estava com umas vinte sacolas em suas mãos.

— Becca, ainda não entramos naquela apontou para uma loja chamada Cut Baby. - Estranhei por que ela queria entrar em uma loja de roupas para crianças.

— Aquela é loja de roupa de criança.

— Eu sei... Mais eu amo roupas de crianças - Alice sorriu.

— Então vamos.

Ao entrar naquela loja fiquei completamente apaixonada por todas aquelas roupas de bebê. Uma moça veio nos atender e começou a mostrar todos os estoques de roupa infantil então Alice perguntava algumas coisas para a atendente fui conhecer a loja. Tinha vários berços de todas as cores, modelos e tamanhos. As roupinhas eram uma mais linda do que a outra Só me deixava mais tentada a ficar grávida. Assim que saímos da loja percebi que Alice ficou meio estranha como se estivesse tendo alguma visão. A puxei para se sentar no banco de madeira que tinha próximo da loja para ninguém ver que ela estava nesse estado petrificado e com cara de paisagem.

— Você vai ficar grávida - Alice disse.

— O que como assim? - arregalei meus olhos.

— Não consegui ver direito... Só tive um vislumbre de você grávida - comentou.

— De quem? - enchi meus olhos de lagrimas e um sorriso apareceu.

— Só vi sua barriga- sorriu.

— Awnt Alice - a abracei.

Coloquei a mão na minha barriga e fiquei olhando para ela. Alice me deixou na frente de casa e combinamos de ir sairmos juntas na próxima semana E quando estava saindo do carro vi que estava acontecendo alguma coisa na frente de casa. Edward estava pronto para brigar com um rapaz moreno e baixo, Bella estava no meio dos dois corri mesmo sentindo falta de ar e tirei Bella do meio.

— Rebecca - Bella disse surpresa.

— Eles vão te machucar - disse assustada.

— Se tocar nela mais uma vez contra a vontade dela! - Edward estava nervoso. - Vou dar uma dica... Espere ela dizer - Edward o empurrou.

— E ela vai dizer! - a voz do moreno era mais grossa.

— Jacob vai embora! - Bella mandou.

—Foi quando Charlie saiu de dentro de casa e entrou no meio dos dois os separando.

— O que está acontecendo? - Charlie perguntou.

— Eu beijei a Bella o tal Jacob - disse arrependido.

— Nossa - Charlie o fitou.

— E ela quebrou a mão socando minha cara... Foi tudo um mal entendido - explicou.

Jacob fitou-me espantado com o que estava vendo. Fiquei envergonhada de aqueles olhos negros ficarem me fitando por tanto tempo.

— Quem é você? - perguntou.

— Minha irmã - Bella respondeu.

— Não sabia que tinha uma irmã gêmea Bells - comentou.

Alec saiu de dentro da casa veio em minha direção e abraçou minha cintura. Jacob respirou fundo e então franziu a testa. Fiquei assustada com sua expressão e percebi que ele sabia que Alec era um vampiro.

— Prazer! Namorado da Rebecca. - Alec esticou a mão.

— Jacob. - cumprimentou.

— Charlie me desculpe pela confusão e tenham uma boa noite! - Jacob virou-se e saiu andando em direção à mata.

— Bella... Você está bem? - peguei em sua mão ela fez cara de dor.

— Não Becca.- Está doendo Bella parecia que ia chorar.

— Carlisle vai cuidar da Bella - Edward falou para Charlie.

— Então tudo bem! - Charlie disse.

— Pai eu vou com a Bella.

— Vou jantar fora mesmo - disse Charlie.

Assim que Charlie entrou entrei no carro com Alec e seguimos Edward até o caminho da sua casa. Alec não tinha falado nada e o clima estava entranho entre nós dois era a primeira vez que ele parecia não querer falar comigo. Isso já estava me incomodando.

— O que está acontecendo? - o fitei.

— Não gostei daquele lobo - sua voz estava alterada.

— Por quê? Ele não fez nada - Alec estava com ciúmes? Era possível mesmo que ele estivesse com ciúmes de uma pessoa que eu tinha acabado de conhecer.

— Ele te olhou de uma maneira diferente e eu não gostei disso - ele apertou o folante do carro com força.

Apenas o ignorei eu não estava com cabeça para aguentar suas crises de ciúmes com quem nem conhecia. Alec estacionou o carro e eu desci indo atrás de Bella subi as escadas e entrei na sala.

— Oi Rebecca - Emmett me cumprimentou.

— Oi...Você viu a Bella? - perguntei.

— Está ali com Carlisle - apontou.

— Obrigada.

Caminhei até a sala de jantar onde Carlisle estava enfaixando a mão de Bella.

— Bella.

— Becca - Bella forçou um sorriso.

— O que aconteceu? - Emmett quis saber.

— Dei um soco na cara de um lobisomem - explicou Bella.

— Durona. Vai dar uma boa recém-criada - Emmett elogiou.

— Não gostei da piadinha de mau gosto. - Emmett sempre gostava de dar uma dessas fora. Procurei por Alec e não o encontrei percebi que Edward também não estava aqui.

— O que está havendo? - perguntei.

— Ninguém te contou? - Rosalie entrou na sala.

— Rose. Não! - Emmett tentou a impedir de falar.

— Agora vão esconder coisas de mim? - olhei para Bella que parecia culpada.

— Um vampiro entrou em casa e roubou uma blusa sua Becca - explicou. - Todos acham que você sou eu.

— Todos quem? - senti aquele aperto no peito.

— Um exercito de vampiros. - Carlisle disse.

Virei-me de costas respirando fundo passando a mão em meus cabelos.

— Quem tanto sabe?

— Todos nós. - Bella respondeu.

Fechei minhas mãos em punhos e respirei fundo. Foi quando Alec entrou na sala junto de Edward.

— Você sabia? - fitei no fundo dos seus olhos.

— Rebecca - Alec pediu.

— Você sabia? - perguntei novamente.

— Sim. - Ele murmurrou.

— Por isso eu estava passando todas as tardes com a Alice? - dei um soco na mesa de madeira.

— Nós queríamos te proteger - Alice tentou me acalmar.

— Mentindo pra mim? - abaixei minha cabeça.

— Rebecca? -  Alec tentou me abraçar só que me afastei dele.

— Não deviam ter mentindo para mim.

Sai de dentro da mansão indo em direção o carro mais próximo, era o de Alec antes que alguém pudesse ver o que eu ira fazer entre no carro fechando a porta e liguei o mesmo. Sai rapidamente da estrada andando o mais rápido possível olhei no velocímetro e ele apontava que estava a quase 100km/hora. Nesse instante Alice já deve ter visto que fui e eles já devem estar a minha procura Eu precisava de um tempo só meu. Por que eles tinham feito isso? Esconder tal coisa não era nenhuma criança que precisa de proteção eu sei cuidar de mim e era isso que iria provar para todos eles. Era sempre comum chover em Forks e a chuva fina estava lavando as estradas, coloquei os faróis no máximo e percebi o quão escuro eram essas florestas.

Foi quando um homem parado no meio da estrada desviou minha atenção e para não atropela-lo tentei desviar o carro. Porém foi tarde o carro rodopiou na estrada molhada e caiu de um penhasco. Fiquei presa de ponta cabeça e o desespero tomava conta percebi que tinha alguém no meio do mato se aproximando e minha tentativa de se soltar do cinto estava cada vez mais difícil. O estranho estava mais perto não consegui conter as lagrimas de desespero e um grito alto.

Quando o ser estranho se aproximou do carro ouvi um uivo alto e esse fugir correndo. Em alguns minutos percebi que o carro estava afundando aos poucos na lama e eu estava indo junto. Eu não devia ter saído com a cabeça quente devia ter ficado ao lado de Alec e os outros. Escutei a porta do carro sendo arrancada do meu lado, um rapaz forte arrancou-me de dentro do carro ainda presa no banco, não consegui ver seu rosto e com rapidez ele me tirou do banco e me colocou sobre seu corpo.

— Você está bem? - tentei olhar em seu rosto.

Era aquele rapaz o tal do Jacob. Ele estava usando apenas uma bermuda e seu corpo estava amostra. Seus cabelos estavam molhados e a chuva não parava de cair sobre seu rosto e seus olhos negros tão penetrantes me hipnotizavam. Olhei para meu corpo cheio de sangue que estava misturado com o barro olhei em minha perna e tinha um ferro enfiado nela.

— Me ajuda - pedi.