Aku Cinta Kamu - Eu te Amo escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 9
Telefonema


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Segue mais um capítulo. Por favor, deixem seus reviews, é muito importante para o autor saber o que os leitores pensam! Obrigada! =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/460433/chapter/9

Enquanto isso no Brooklyn, Magnus Bane seguia sua vida de uma maneira, um tanto, conturbada. Apesar de continuar com seus “negócios”, Magnus apenas atendia, a qualquer criatura, quando queria. Não que isso não fosse um hábito comum dele, a questão era que quase nunca queria atender alguém.

Depois da visita de Alec e Clary, dois dias atrás, estava ainda pior. Deitado em sua cama, com Presidente Miau ao seu lado, Magnus bebia um copo de Bourbone; estava sem todos seus acessórios e maquiagens, e com a mesma roupa de dois dias atrás. Sentia-se mais perdido que nunca. Pela primeira vez em oitocentos anos ele não sabia o que fazer. Era nove horas da manhã e ainda não havia conseguido pregar o olho.

Por vezes, brincava com seus dedos, fazendo-os soltar luzes azuis, assim como os olhos de Alec. Por mais que lutasse, seus pensamentos não o deixavam em paz, lembrando-lhe de Alec a cada segundo, em cada canto da casa e em cada ação que realizava.

Sentia falta, não apenas dos olhos azuis, que tanto o atraía, mas também de sua pele branca, de seu cabelo preto e de suas runas – que tanto contrastavam com toda sua aparência. Sentia falta da seriedade de sua face, da objetividade e racionalidade exageradas, da bravura e da vulnerabilidade de Alec. Sentia falta de tudo que viveram e de todas as mudanças que passaram. Imaginava por quantas mais coisas poderiam passar juntos, quantas mais coisas poderiam aprender e amadurecer juntos.

A cada pensamento de nostalgia, Magnus sentia uma onda de raiva dentro de si, quase incontrolável.

– Maldito Nephilim! – Magnus gritou para si. Ele estava deitado sobre dois travesseiros mal ajeitados, ficando com o tronco mais elevado. Presidente Miau se aconchegou mais no Feiticeiro, que lhe acariciou com as pontas dos dedos.

De repente, Magnus lembrou-se da primeira vez em que Alec estivera sozinho em sua casa. Como estava inseguro! Apesar de poucos meses terem se passado, Alec havia mudado tanto... Ele também havia. Tanto havia que estava ali, como um trapo na cama, há dois dias, chorando por um ex-namorado.

*****

No Instituto, Isabelle ajudava Clary com algumas técnicas de batalha, enquanto Alec lutava com um saco de pancadas. Jace estava em seu quarto, pensando em Alec e no que Clary dissera. Algumas coisas não se encaixam, ele pensava, ou, se encaixavam bem demais.

Sem saber que atitude tomar, Jace achou melhor não se meter ainda mais na vida do irmão. Afinal, ele teria que resolver os próprios problemas e não era seu direito se intrometer.

No meio da manhã, resolveu treinar. Ao chegar na sala de treinos, cumprimentou a irmã e a namorada com o olhar e foi direto até seu Parabatai.

– Quer lutar com alguém de verdade em vez de com uma peça inanimada? – Ele provocou. Alec se virou para ele já atacando. Jace desviou e atacou. Alec desviou, atacou, desviou, atacou. Ambos sorriam enquanto lutavam; adoravam a adrenalina da luta, que só não era melhor que a de matar um demônio.

*****

Na hora do almoço, Isabelle saiu para comprar o almoço e Clary ficou treinando com Jace e Alec, fazendo com que eles, de certa forma, tivessem que diminuir o ritmo da luta. Ela percebendo isso, tentou lutar ainda mais rápido e com mais força, fazendo com que Alec a desafiasse mais e mais. Jace, por mais cuidado que tivesse com os treinos de Clary, acabou entrando no ritmo dos dois.

*****

Por volta de uma da tarde, Magnus se levantou e pegou seu telefone. Após hesitar por alguns instantes, discou os números corretamente, mesmo estando tonto. Deixou chamar por duas vezes e, em seguida, desligou. Presidente Miau já estava ao seu lado; ele a pegou no colo e com ela voltou para a cama.

– O que eu faço? – ele perguntou mais para o gato que para si.

Uns instantes se passaram.

– Heim? – Ele voltou a indaga-la.

Presidente Miau tinha os olhos fixos no rosto de Magnus, que transparecia tristeza e amargura.

– Como? Em oitocentos anos eu nunca fiquei assim... Como cheguei a isto? – Ele apontou para si, ainda falando com o gato.

*****

No Instituto, Isabelle chegou com a comida e chamou aos três na sala de treinos. Todos foram juntos para a cozinha. Jace, Clary e Alec tomavam cada um, uma garrafinha de água.

– Vejo que os fez lutar, Clary. – Isabelle observou.

– Clary tem talento. – Alec falou. Todos ficaram surpresos com sua comunicação espontânea, mas Clary ficou ainda mais com o elogio.

– Espero poder ir logo para as ruas com vocês. – Ela disse.

– Logo você irá. – Jace disse. – Você só tem que esperar...

– Receber a Runa de Poder Angelical. – Ela completou.

– Exato. – Jace lhe deu um beijo.

– Parece que nunca vou receber essa runa!

– Calma, Clary. – Isabelle disse enquanto servia a comida em seu prato.

Todos se serviram e almoçaram quietos. Após o almoço, cada um foi para seu respectivo quarto.

Clary, ao chegar em seu quarto, checou seu celular e viu uma chamada não atendida. Resolveu ligar de volta antes de entrar no banho.

Chamou várias vezes, mas ninguém atendeu. Resolveu que entraria no banho e depois tentaria novamente.

*****

Magnus escutou o telefone tocar, mas não se sentia nenhum pouco a fim de se levantar e muito menos de atendê-lo. Quando resolveu que iria se levantar, parou de tocar. Imaginou que poderia ser Clary, retornando sua ligação. Sentia-se incapaz de decidir entre ligar novamente para ela ou não atender mais telefonemas naquele dia. Estava vivendo num constante dilema.

*****

Clary saiu do espaçoso banheiro enrolada em uma toalha branca. Pegou o celular que estava em cima da cama e ligou novamente para o número. Chamou várias vezes e quando pensou em desistir, pois provavelmente cairia novamente na caixa postal, a ligação foi atendida.

– Magnus?

– Clary.

– O que houve? Pensei que não queria mais saber dos Nephilins. – Ela falou meio fria.

– Quero saber se sua mãe está bem, Clary.

– Está sim.

– Tem certeza?

– Tenho. – Ela começou a se preocupar. – A não ser que tenha algo que eu não saiba.

– Não tem nada não... Eu só queria ter certeza de que ela está bem.

– Nos falamos ontem, e ela está sim.

– Então, vou desligar. Obrigado, Clary.

– Magnus. – Ela chamou.

– Oi?

– Minha mãe está bem, eu acho. Mas Alec não.

Ele demorou um ou dois segundos a mais para responder.

– Não quero falar sobre Alexander, Clary. Fui claro, não fui?

– De palavras sim, de atos não.

– Explique-se. – Ele se continha do outro lado da linha.

– Você me disse para procura-lo somente se minha mãe estivesse precisando, se não te procurei, é porque ela não precisa. Logo, se você me ligou, é porque quer saber de Alec.

– Não quero saber dele, Clary.

– Então tá. Mas vou te dizer uma coisa: Seja lá o que houve entre vocês, o afetou muito. Alec não é mais o mesmo. Sempre foi mais quieto, eu sei, mas ele está diferente. Está pior do que quando eu o conheci. Mais calado, mais sozinho, mais triste. Vocês passaram muitas coisas juntos, talvez fosse melhor pensar antes de dar um fim nesse relacionamento.

Magnus queria responder, mas não conseguia. As palavras não conseguiam sair. Clary continuou:

– Eu sei que não tem nada com isso, e que Alec nunca foi o mais simpático comigo, mas estou vendo-o sofre, e me parece, que você também está. Não iria te procurar, mas você me ligou, então agora escute: Alec foi atacado por dois demônios Raum. A Iratze e uma noite de descanso foram suficientes para que ele se recuperasse, mas Alec é um bom lutador, até agora não entendi como ele foi atacado. A única explicação é sua mente estar em outro lugar.

Depois de alguns segundos procurando a voz, Magnus disse:

– Alec é um Caçador de Sombras, é seu dever matar demônios e risco ser atacado. Não me culpe.

– Não estou culpando.

– Você não sabe o que houve, Clary. Ou sabe?

– Não, não sei.

– Então não se meta. É a segunda vez que você vem me falar de Alexander. E não quero ouvir.

– Conte outra, Magnus.

Mas ele não contou, desligou o telefone na cara de Clary.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aku Cinta Kamu - Eu te Amo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.