Aku Cinta Kamu - Eu te Amo escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 4
Eu Sou Seu Parabatai


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Desculpem-me por não ter postado ontem. Hoje o capítulo está maior!!! Por favor, deixem seus reviews; é muito importante para o autor saber o que os leitores pensam. Beijos! =D



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Eram duas horas da manhã e os Lightwood permaneciam acordados, cada um em quarto. Jace sentia-se agoniado e mais agitado que o normal. Apesar de todas as recomendações que dera para a irmã durante o dia, levantou-se e se dirigiu para o quarto de Alec. Bateu uma vez. Duas vezes. Três vezes. Quatro vezes. E ele não dava sinal de vida.

– Alec, abra essa porta. Sei que está acordado.

Silêncio.

Jace bateu mais uma vez.

– Alec...

– Alexander Gideon Lightwood, por favor, abra a porta. – Jace suplicou.

A porta foi aberta.

– Acha mesmo que dizer meu nome completo como se fosse meu pai me faria te receber? – Ele indagou impaciente.

– Você abriu a porta, não abriu?

Alec engoliu em seco e ficou calado.

– Posso entrar? – Jace perguntou.

– Não quero conversar com ninguém.

– Eu não sou ninguém. – Jace falou firmemente. – Sou Jace, seu irmão de criação, seu Parabatai.

– Eu sei. – Alec falou tentando transparecer indiferença.

– Você acha que isso não me afeta? – Seu tom tinha um que de revolta.

– O que?

– Acorde, Alec! Uma ligação angelical nos une. Uma ligação mais forte que a de amantes, mais forte que a de irmãos de sangue ou criação, mais forte que qualquer laço humano. Você acha que eu não sinto sua dor? Sua agonia? Por favor, deixe-me ajuda-lo.

Alec segurava a vontade de chorar. Sentia-se mal por ignorar os irmãos, mas não conseguia estar na presença de mais ninguém. A dor que sentia era grande, pois se sentia o total culpado, foi ele quem traiu a confiança do namorado, ele quem considerou fazer um acordo com uma vampira que não valia o sangue que bebia. Sem conseguir mais se conter, devido a esta grande dor, a culpa que carregava e as palavras de Jace, Alec desatou a chorar saindo de frente da porta e permitindo que o irmão entrasse.

Jace fechou a porta e foi até ele. Abraçou-o e deixou que chorasse em seu ombro.

– Eu me sinto tão fraco. – A voz de Alec saia cortada devido ao choro que começava a cessar.

– Você não é fraco, Alec.

– O que papai diria se me visse assim?! – Os irmãos já tinham desfeito o abraço e Alec limpava as lágrimas que secavam em seu rosto.

– Não importa o que seu pai diria. Você não é fraco. – Jace disse com veemência.

– Quando Valentim mentiu para você e Clary dizendo que eram irmãos, não o vi derramar uma lágrima.

Jace soltou um riso abafado.

– Eu nunca sofri tanto na minha vida. Você sabe disso.

– Você não derramou uma lágrima. – Alec insistiu. Jace suspirou e se lembrou de quando contou para Clary sobre o presente que recebera do pai de aniversário aos nove anos. Talvez fosse a hora de contar para seu Parabatai.

– A última vez que chorei foi aos nove anos. Meu pai, ou melhor, Valentim, me deu um falcão de presente. Pediu que eu o tornasse obediente, e para isso eu deveria cegá-lo, mas em vez disso, acariciei suas asas e fiz com que ele confiasse em mim. O domei com perfeição. Levei até ele achando que ficaria orgulhoso do meu trabalho, mas, em vez disso, me disse: “Você não o tornou obediente, mas o ensinou a amá-lo. Você o tornou fraco.” Então, ele quebrou seu pescoço. Chorei toda a noite, mas depois, nunca mais derramei uma só lágrima... Nem por Clary.

Pela primeira vez nos últimos dias, Alec conseguira se concentrar em outra coisa que não fosse sua dor e culpa.

– Você não é fraco, Alec. Você só não foi criado por Valentim.

– Por que você nunca contou? – Ele olhava para o irmão.

– Não gosto de dividir sobre minha vida antes de vocês. – Jace abaixou os olhos.

– Obrigado. – Alec olhou para baixo. – Não tem sido fácil. Obrigado por estar sempre comigo.

– Você é meu Parabatai. – Alec levantou os olhos e sorriu para Jace. Novamente se abraçaram e Jace perguntou: – Quer dividir o que aconteceu? – Eles se afastaram e Alec disse:

– Hoje não.

– Tudo bem. Qualquer coisa que precisar, é só me chamar. – Jace se virou e se dirigiu para a porta. Abriu-a, lançou um último olhar para o irmão e, então, fechou-a.

Alec soltou um suspiro, sentindo-se um pouco menos sobrecarregado. Deitou-se e apesar da dificuldade para dormir e de seu sono agitado, foi a melhor noite que tivera desde seu rompimento com Magnus.

*****

Jace voltou para seu quarto mais tranquilo após a conversa que tivera com Alec, pelo menos havia se aproximado dele. Apesar disso, continuava inquieto. Virava-se de um lado para o outro, abria e fechava a janela, tirava e colocava o cobertor. Era pouco mais de três e meia da manhã quando resolveu se levantar e ir para a sala de treinos.

Colocou seu protetor palmar e foi até o saco de pancadas. De certa distância observou o saco como se observa um alvo, deu alguns passos pra frente, outros para o lado direito, e por fim, mirando-o com um passo a frente e um golpe, deu o primeiro soco, que foi seguido pelos demais. Após alguns minutos não dava apenas socos, mas também chutes.

*****

Pouco depois de quatro horas da manhã Clary acordou de repente. Saiu do quarto e, institivamente, foi para o quarto do namorado. Após bater na porta duas vezes, abriu-a. Não o encontrando lá, foi até a sala de treinos.

Clary não sabia por que, mas algo em si lhe dizia que ele estaria lá. Abriu a porta e viu o namorado todo suado, lutando com um dos sacos de pancadas. Ela entrou, fechou a porta e indagou:

– O que esse saco lhe fez?

Na mesma hora, Jace parou e olhou para trás.

– Não deveria estar dormindo?

– Você também deveria.

– Não consegui pregar o olho.

– O que houve? – Clary se aproximava do namorado que estava parado, ainda olhando para ela.

– Nada. – Ele desviou o olhar para o saco. – Consegui conversar com Alec.

Clary sorriu animada.

– E ai?

– Ele não dividiu nada. Mas pelo menos me recebeu no quarto. Nós conversamos um pouco.

– Mas o que ele disse?

Jace olhou para Clary, se aproximou da namorada, deu-lhe um beijo na testa e disse:

– Nada. – Desviou o olhar dos olhos da namorada.

– Como nada?

– Nada.

– Vocês não conversaram?

– Conversamos. – Ele olhava para ela, mas não a encarava.

– Então? – Perguntou ela indignada com o mistério do namorado. Odiava quando ele se portava de tal forma.

– É isso, Clary.

– Mas...

– Clary. – Apesar de não querer falar nada, Jace entendia que a namorada estava preocupada com o cunhado e que deveria lhe dizer algo, assim como para Isabelle. – Alec e eu conversamos, e é apenas isto que vocês precisam saber.

– Por quê?

– Porque sim, Clary. – Jace deu as costas para a namorada, abriu a porta e saiu.

*****

Jace voltou para seu quarto, banhou-se, mas não tentou dormir. Com sua estela cuidou de refazer algumas runas que desapareciam.

Clary também voltou para seus aposentos, e ao contrário do namorado, tentou dormir, mas em vão. Assim que o dia clareou, estava ela em frente ao quarto da cunhada para lhe contar sobre a conversa que tivera com o namorado durante madrugada.

Enquanto conversavam, estavam sentadas na cama de Isabelle, que por fim, olhou para Clary com uma expressão de dúvida, preocupação e alivio.

– Estamos avançando – Ela disse por fim, suspirando.

– Mas por que Jace não falaria o que está acontecendo? – Clary sentia-se preocupada, tanto com namorado quanto com cunhado.

– Clary, eu também estou preocupada com Alec. Mas nós duas teremos que nos conformar com uma coisa: Jace e Alec tem uma ligação angelical. E isso não é qualquer ligação. Apesar de ambos serem muito fechados para sentimentalismo, sempre terão mais facilidade em confiar e dividir coisas um com o outro que com qualquer outra pessoa. Por mais que nos aflija não saber como Alec está, Jace não irá trair a confiança de seu Parabatai e nos contar.

Clary hesitou, mas resolveu se calar. Isabelle estava com a razão.


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