Um começo diferente escrita por Lola Carvalho


Capítulo 17
Coisas do coração


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!!
Antes de lerem o capítulo, quero dizer que as reclamações de vocês foram atendidas... Eu não vou prolongar o sofrimento do nosso casal favorito o.O
Nesse capítulo, as coisas já começam a mudar :D
Mas vou fazer outra coisa também... Vou alongar a história, depois que esse caso do beijo falso se resolver :3 O que acham?
Enfim... Nesse capítulo tem personagens novas :3 e eu espero que gostem e me contem no final como foi, ok?!

Boa leitura!



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James não era o mais popular dos garotos, não apenas por ter acabado de entrar na escola, mas sim porque não conseguira se enturmar, nem mesmo com as dicas que Patrick lhe ensinara. Aos poucos sua introversão se transformara em uma barreira intransponível.

Principalmente porque seus colegas de classe caçoavam dele, chamando-o de “esquisitão” e outras coisas do gênero.

Portanto, ele ficara feliz por ter a companhia de sua irmã para realizar o projeto de ciências.

Eles sempre foram muito amigos... Talvez porque fossem os mais velhos, e a diferença de idade não ser tanta, apenas um ano e dois meses.

E agora ele também teria a companhia dela no ônibus da escola.

Mas, apesar da felicidade que ele estava sentindo, havia algo que o incomodava naquela manhã, e ele não poderia simplesmente ignorar. Ele não sabia como sua irmã reagiria ao ouvir a notícia.

Ele e Teresa caminhavam um pouco atrás de Mike e Tommy em direção ao ponto do ônibus.

– Reese, tem uma coisa que eu quero te falar...

– O que foi James? – perguntou ela preocupada

– É que ontem... Depois que você saiu da escola com o Greg, a Kim... Ela...

– Ela...? – incentivou Teresa

– Ela espalhou pra toda escola que você e Patrick tinham se beijado – falou ele finalmente sentindo como se um enorme peso saísse de seus ombros.

– Ela fez o quê? – Teresa arqueou as sobrancelhas e parou de caminhar, espantada – Ah, não! – ela bateu o pé – isso vai acabar hoje! – disse determinada

– O que vai fazer? – perguntou o menino

– Você vai ver... Você vai ver...

...

Nem precisa dizer que aquele dia fora péssimo.

Patrick e Teresa já não podiam se falar, e ainda tiveram que aguentar piadas de todas as pessoas da escola.

Quando eles chegavam perto de qualquer grupinho de amigos, podiam ouvir as gargalhadas abafadas e viam os olhares de todos em cima deles.

Mas Teresa estava decidida em acabar com tudo aquilo.

Chegou em casa e não disse uma sequer palavra sobre nada do que ocorrera na escola, simplesmente agiu como se nada tivesse acontecido, e esperou até que Kim saísse para poder começar seu plano.

– Mãe? – chamou ela

– Sim, querida?

– Podemos conversar?

– Claro... O que aconteceu? – perguntou ela se sentando na mesa

– Você me conhece, certo? – ela estava andando sobre ovos

– Teresa você está me deixando preocupada!

– Não fique preocupada... É uma daquelas “conversas de meninas” – ela disse aliviando a mãe, que logo deu um sorriso largo

– É sobre o Patrick, não é?!

– É sim...

– O que quer falar?

– Mãe, a senhora me conhece, certo?! Sabe que eu não faria o que Kim diz que me viu fazer, não é?!

– Teresa, as vezes as pessoas fazem coisas por impulso...

– Mãe e-

– Mas eu... – ela aumentou a voz interrompendo Teresa – Estranhei quando ouvi o que Kim havia dito de vocês – Teresa sorriu – Quer me contar o que aconteceu? – nesse momento os irmãos de Teresa entraram na cozinha, pois também queriam ouvir a história.

– Patrick me disse que gostava de mim... Sabe?! Gostava mais do que como amiga...

– Uuuhh! – disseram os três meninos

– Shhh, vocês três! Continue querida – disse Mary

– Então ele pediu para segurar a minha mão... Eu deixei. Depois ele pediu para beijar meu rosto, e eu deixei também. Aí depois o Greg entrou gritando, expulsou o Patrick, e bem... O resto vocês já sabem...

– Resse... Eu acredito em você! Mas não sei como fazer Greg mudar de ideia.

– Bem, eu... Quero dizer, nós – Teresa apontou para os irmãos – Temos uma ideia...

– E qual é essa ideia?

...

Patrick estava em seu quarto, deitado em sua cama. Ele odiava a escola. Aquelas crianças ridículas, e tão, tão abobalhadas...

Mas não eram esses pensamentos que predominavam sua cabeça, mas sim Teresa Lisbon.

Ahh como ele queria poder falar com ela... Chamá-la para tomar um sorvete... Aliás a tarde estava perfeita para isso.

O sol iluminava tudo, já precedendo um maravilhoso crepúsculo, e ele imaginava como seria assisti-lo de cima da árvore deles...

– Patrick, querido? – disse a dona White, governanta da casa, uma senhora muito gentil, e uma excelente cozinheira, segundo o paladar de Patrick e Alex, batendo na porta semifechada do quarto do menino

– Olá senhora White... – ele levantou a cabeça para poder vê-la. Ela carregava um prato de cookies de massa e gotas de chocolate – Oba! – Patrick levantou-se, sentando-se na cama

– Nada melhor do que biscoitos para melhorar o humor... – respondeu docemente – Ainda mais quando se está triste com coisas do coração...

– Como a senhora sabe? – espantou-se Patrick

– Oh, querido... Tenho quase sessenta anos. Tenho experiência nessas coisas.

– Jura?

– Claro! Quando eu era moça, vivia sendo cortejada pelos garotos do meu colégio... Um mais bonito que o outro – Patrick pegou o segundo cookie, ouvindo atentamente a senhora White – E então, quem é a garota?

– Teresa Lisbon...

– Hum, lindo nome!

– Ela é muito linda... A garota mais linda que eu já vi na vida! E ainda é muito inteligente e interessante.

– E porque não diz isso à ela?

– Eu disse... Mas a irmã dela ficou com inveja, e disse para o pai delas que viu a gente se beijando... E então o pai dela a proibiu de falar comigo

– Oh, mais isso é uma pena – lamentou a senhora – Precisa de mais do que biscoitos para curar essa dor. Venha! – Patrick sorriu e a acompanhou até a cozinha.

Ele sabia que nenhuma comida poderia confortá-lo dessa situação, mas gostava da ideia de comer as gostosuras da senhora White.

Então sentou-se na mesa enquanto a governanta o servia com um copo de leite e uma fatia de bolo.

Alex entrou na casa, e logo que sentiu o aroma proveniente da cozinha, correu para ver qual prato a senhora White havia preparado.

– Oi pai! – Cumprimentou Patrick

– Oi filho, senhora White... Que cheirinho gostoso!

– Ora, sente-se, senhor Jane – disse a senhora

– Como foi o trabalho, pai?

– Foi bom, hoje eu- O telefone toca, interrompendo a conversa.

Alex se levanta da mesa e se dirige até o aparelho branco que ficava na sala de estar.

– Alô?

– Alô, Alex? – perguntou uma mulher ao telefone

– Sim, sou eu... Quem está falando?

– Sou eu, Maggie...


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Notas finais do capítulo

Uuuhh.. Quem será essa Maggie, hein? Quem vocês acham que é?
Ahh, mudando de assunto, eu comecei a escrever outra fic, aqui no Nyah e no FFN tbm.
Se chama "Surtos", e eu adoraria ver o comentário de vocês lá tbm :)

Até semana que vem, pessoal s2
Beijinhos :3