Um começo diferente escrita por Lola Carvalho


Capítulo 15
Filha?


Notas iniciais do capítulo

Boa madruga galera linda, linda, linda s2
Eu não comemoro o carnaval, mas como tive esse "tempinho a mais" resolvi trabalhar na fic, e fazer uma surpresa pra vocês :3
Então, espero que gosteem :)
P.S.: Aew Duda, consegui! o/

Boa leitura!



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Dizer que aquela noite fora uma noite mal dormida, seria como contar a maior de todas as mentiras. Não, aquela noite não fora mal dormida... Mas, Gregory não conseguira nem permanecer de olhos fechados por mais de um minuto.

Ele poderia não ser muito perceptivo, mas ele vira que Teresa ficara chateada com a forma com que ele a tratou. Talvez ele tenha exagerado muito tendo mandado ela jantar sozinha e ir dormir naquele horário.

Quando o relógio de cima do criado mudo tocou, anunciando o início de um novo dia, ele o desligou tentando impedir que sua esposa acordasse, porém não obteve sucesso.

– Já está acordado, amor? – perguntou Mary sonolenta

– Eu não consegui dormir...

– Por quê?

– Acho que fui muito rude com a Teresa ontem

– Ah, amor... Não se preocupe! Teresa já é uma mocinha, ela sabe que você estava irritado, ela não vai ficar chateada com você

– Mary, ela já está chateada comigo... – constatou Greg. Mary respirou fundo e abraçou-o depositando a cabeça no peito dele

– Se você acha que ela está tão chateada assim com você, por que você não vai buscar ela na escola hoje, e leva ela pra comer um cachorro quente lá perto do parque? Ela ama cachorro quente, e sei que vai adorar ter esse tempo de pai e filha com você...

– Boa ideia, querida!

...

Aquele dia na escola tinha sido muito difícil, mas, graças a Deus, já era a hora de ir embora.

– Teresa, Kim! – gritou Mary para as duas meninas

– Papai? O que está fazendo aqui? – perguntou Kim

– Eu vim buscar Teresa para almoçarmos... – respondeu Greg, e Teresa arqueou as sobrancelhas

– Só a Teresa?

– Sim, você vai pra casa comigo, Kim... – respondeu Mary e Kim ficou irritada, mas não teve tempo de dar seu show de ciúmes, pois Greg já havia pego na mão de Teresa e já tinha se despedido das duas.

...

Teresa estava contente por estar apenas ela e Greg, sem os meninos, sem a Kim... Greg também parecia feliz.

Assim que eles chegaram no parque, eles compraram os lanches e se sentaram embaixo de uma árvore.

– E então, Teresa...?

– E então o quê?

– Quero me desculpar pela forma que eu te tratei ontem... É que eu estava irritado.

– Tudo bem, eu entendo...

– Então me perdoa?

– Claro! – Greg abraçou e depositou um beijo na cabeça de Teresa

– Obrigado, filha... – ele mordeu mais um pedaço de seu lanche – Então, por que você não me conta a verdade agora?

– Eu já te disse, pai. O Patrick me pediu para segurar minha mão, e me dar um beijo na bochecha... Eu deixei, e foi exatamente o que ele fez. Um beijo na bochecha, só isso...

– Por que continuar mentindo para mim, Teresa?

– Pai, eu não estou mentindo! Por que o senhor não acredita em mim?

– Kim disse que viu vocês dois se beijando...

– E você confia nela? – interrompeu Teresa

– Claro que eu confio... Ela é minha filha!

– E eu não sou sua filha... – afirmou Teresa – Que bom que deixamos algumas coisas bem claras! – continuou ironicamente e saiu correndo, jogando no chão o cachorro quente pela metade

– Teresa, espera! Não foi isso que eu quis dizer... – ele gritou, mas Teresa fingiu não ouvir e continuou correndo para casa.

Ela nunca correra tão rápido.

Chegou em casa, abrindo a porta de supetão, e subiu para o seu quarto.

Não chorou, estava irritada demais para chorar... Mas respirou fundo, e decidiu esquecer-se de tudo por um tempo, e então abriu sua mochila, retirou seu caderno e alguns livros e começou a fazer sua tarefa de casa.

Até que abriu um dos livros e uma folha dobrada caiu. Confusa, Teresa pegou do chão a folha e pôde ler:

“Querida Teresa,

Sei que você está correndo um risco lendo essa carta, me desculpe, eu não quero causar mais prejuízo à você, mas não posso deixar de te pedir desculpas.

Me perdoe, Tessie! Eu nunca imaginei que as coisas tomariam esse rumo...

Por mais que eu esteja feliz por ter dito o que sinto por você, estou triste por ter te causado tantos problemas.

Espero que algum dia possamos nos falar de novo.

Com amor,

Você sabe quem.”

Oh, sim... Ela sabia quem.

A única pessoa que a chamava de “Tessie”, e a única pessoa, no mundo inteiro, que tinha motivos para dizer aquelas palavras: Patrick Jane.

Ela não pôde evitar, mas sorrir ao ler aquela carta.

Guardou-a em sua caixa decorada em baixo da cama, e voltou à escrivaninha para continuar a fazer sua tarefa.

A tarde passou rápido, e todas as vezes que algum pensamento à respeito do Greg vinha em sua cabeça, ela logo o espantava para bem longe.

Mas não poderia ignorar essa situação para sempre, ela sabia. Principalmente agora, na hora do jantar...

– Boa noite amor! – disse Mary quando Greg entrou na cozinha, onde as cinco crianças já estavam sentadas, sendo servidas.

– Boa noite, querida, crianças...

– Boa noite pai – disse Kim

– Boa noite Greg – disseram Mike, James e Tommy. Teresa, porém, permaneceu calada.

– Não vai dizer boa noite para o seu pai, Teresa? – perguntou Mary

– Eu não tenho um pai – respondeu ríspida, embora tivesse pensado em dizer que seu pai estava morto, resolveu que não havia razão para fazer os meninos e nem sua mãe sofrerem ao lembrarem da perda.

– Teresa! – repreendeu Mary – O que foi que houve com você?

– Pergunte ao seu marido... – ela respondeu ainda como se não se importasse

– Teresa, não foi aquilo que eu quis dizer...

– Mas foi o que você disse

– Do que vocês estão falando?

– Acho que este não é um assunto para a mesa de jantar – disse Greg encerrando todo o resquício de conversa durante a refeição.

Antes que todos pudessem se retirar da mesa, Mary preocupada, chamou Greg e Teresa para uma conversa em particular no escritório.

– Vocês dois querem me contar o que aconteceu? – começou brava

– Gregory disse que ele acredita na versão da Kim da história com o Patrick porque ela é a filha dele – Teresa foi direta – logo, eu não sou filha dele, porque eu estou dizendo a verdade e ele não acredita em mim.

– Teresa, eu não quis dizer isso... Eu considero você e seus irmãos como meus filhos. De verdade!

– Agora não adianta mais Gregory. Atitudes falam mais do que palavras. Mãe, posso ir dormir?

– Teresa! – Greg se abaixou, para ficar de frente e na mesma altura que Teresa e poder olhá-la nos olhos – Me perdoe, filha, por favor!

– Eu nunca fui, não sou e nunca serei sua filha Gregory... – e com isso ela se soltou dos braços dele e saiu do escritório, encontrando do lado de fora Kim ouvindo a conversa.

Sem esboçar nenhuma reação em sua face, ela subiu para seu quarto, sem perceber que fora seguida pela meio-irmã.

Ambas trocaram de roupas e se deitaram para dormir, sem dirigirem uma palavra sequer uma para a outra.

Cerca de dez minutos depois, entre pensamentos e lágrimas rapidamente enxutas, Teresa pôde ouvir uma risada curta vinda de Kim.

– O que foi? – ela se atreveu a perguntar

– Só estava pensando... Você quis tirar de mim o Patrick, e depois o meu pai – ela riu mais uma vez – E veja só como tudo acabou.

Com o coração à mil por hora, Teresa só conseguiu respirar fundo e dizer:

– Isso não acabou! – e em um pulo, se viu fora da cama abraçada com seu travesseiro caminhando à passos largos e fortes até o quarto de seus irmãos.

Parou em frente e segurou mais uma lágrima, para só depois bater na porta.

– Entre! – gritou James de dentro do quarto

– Oi meninos...

– Oi Rees... O que você está fazendo aqui? – perguntou Mike

– É que eu... Eu... – ela soltou o ar que havia prendido – Estava impossível ficar no mesmo quarto que a Kim, então... Eu pensei que, talvez... Talvez eu pudesse... Quero dizer, se vocês deixarem, eu queria – gaguejou a menina

– Você pode dormir aqui na minha cama, Rees – interrompeu-a James

– Obrigada Jimmy! – e ela subiu a escada para se deitar ao lado de seu irmão na cama de cima da beliche

– Quer conversar? – ele perguntou sabendo de tudo o que estava acontecendo com Teresa

– Estou triste... Não sei se tenho algo a dizer.

– É por causa do Patrick, ou por causa do Greg?

– Um pouco dos dois...

– Você fez o que a Kim disse que você fez?

– Não! Eu nunca permitiria... Não sob aquelas circunstâncias.

– Sim, eu sei... E se você tivesse permitido, não mentiria – afirmou o mais velho dos meninos – Lembra daquela vez que aquele menino da minha sala disse que eu tinha batido nele?

– Lembro, por quê?

– Você ficou do meu lado quando eu disse que não tinha feito...

– Era impossível ter sido você, aquele garoto tinha o dobro da sua altura na época... E além do mais, eu te conheço, sei que não é de briga.

– Eu te conheço também, Rees... Eu e os meninos vamos ficar do seu lado!

– É, Rees... Estamos do seu lado! – disseram Tommy e Mike

– Obrigada meninos – sorriu Teresa, e então foi embalada em um abraço aconchegante de seu irmão um ano mais novo que ela, James

E os quatro irmãos logo foram para a terra dos sonhos, e descasaram cumprindo a promessa que eles haviam feito de sempre apoiarem uns aos outros.


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse meninos s2 asuhahsuhahshasuhuahsuha
Lindões da tia! >.
Espero que tenham gostado, e não se esqueçam de deixar um comentário, ok?!
Beijinhoos