Um começo diferente escrita por Lola Carvalho


Capítulo 14
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeeee ;)
Eu sei que muitos estão com raiva da Kim (e eu não culpo ninguém, rs) e do Greg também... Mas eu sinto em dizer que...
Bem...
É melhor vocês lerem e tirarem as próprias conclusões hehehehehe

Boa leitura!



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Gregory conversou durante horas com Mary no escritório, de portas fechadas. Teresa permanecia em seu quarto, sem entender muito bem o que aconteceu, e com medo do que estava por vir.

O clima tenso dominava aquela casa inteira, de forma que, nem mesmo o som relativamente alto proveniente da televisão conseguia aliviar aquele peso.

Até que a campainha soou, e Gregory saiu do escritório para atender.

– Olá Alex, Patrick, entrem, por favor...

– Olá Greg... Fiquei curioso com o seu telefonema – respondeu Alex

– Por favor, sentem-se... Querida, você pode chamar a Teresa – Greg dirigiu-se a Mary

Mary buscou a filha no andar de cima, e todos, inclusive Kim, sentaram-se no sofá, esperando pelo início do discurso de Gregory Fischer.

– O motivo pelo qual eu chamei vocês dois aqui, Alex – ele apontou para o homem e seu filho – é pelo o que aconteceu hoje, pela tarde, aqui nesta casa.

– O que houve? – perguntou Alex preocupado

– Patrick e Teresa, eles... Se beijaram.

– O quê? – indignou-se Alex

– Pai, eu te disse, não nos beijamos – defendeu-se Teresa

– Teresa, pare de mentir para mim! – repreendeu Greg – Eu vi com os meus próprios olhos você e Patrick de mãos dadas, muito próximos um do outro.

– Mas foi apenas um beijo na bochecha, senhor Ficher! – disse Patrick

E a sala logo se encheu de queixas da parte de Patrick e Teresa, de defesas de Kim e de broncas de Mary e Alex.

– CHEGA! – exaltou-se Greg e todos se calaram – Eu reuni todos aqui para ver se vocês continuariam mentindo para mim, e como isso aconteceu, eu só tenho uma opção... – Greg respirou fundo – Teresa, a partir de agora, você está proibida de falar com o Patrick.

– Mas pai, eu não fiz nada!

– Proibida! – repetiu ele

– Espere um pouco Greg, não precisamos tomar medidas tão drásticas – tentou argumentar Alex – Eu conheço meu menino, ele não faria isso...

– Mas fez. E não há mais nada que me faça mudar o castigo.

– Por quanto tempo? – perguntou Patrick temeroso

– Para sempre! – respondeu Greg sem pestanejar

– O quê? Pai?! – pediu Patrick para Alex, mas ele permaneceu quieto, sem saber o que fazer – Pai?!

– Não, Patrick... Vamos respeitar a vontade do senhor Fischer – ele então virou-se para Greg novamente – Nós já vamos então. Me desculpe pelo transtorno.

Os dois se despediram, mas antes de saírem da casa, Patrick olhou uma última vez para Teresa, como se pedisse desculpas. Teresa não precisava de palavras ou de outros gestos para entender o que Patrick lhe dizia com aqueles olhos azuis claros que ela tanto amava.

Ela ainda tentava digerir o que acabara de acontecer. Não poder mais falar com o Patrick, nunca mais? Como ela poderia conviver com isso?

A menina preparou-se para pedir para conversar com seu pai à sós, pegando em sua mão, mas Greg a interrompe antes mesmo que ela pudesse dizer qualquer coisa:

– Vá dormir agora, Teresa!

– Mas ainda está cedo... E eu ainda nem jantei...

– Coma uma fruta, e vai pro seu quarto! – ele permaneceu irredutível

– Greg! – disse Mary – Ela precisa comer...

– Está bem. Mas você vai jantar agora, e não junto conosco

Teresa engoliu um bolo de nós que se formaram de repente em sua garganta, respirou fundo, foi até a cozinha, preparou um prato de comida, e sentou-se sozinha na mesa, comendo o mais rápido que pôde para poder ir para seu quarto e tirar aquele peso de seu coração em forma de lágrimas.

Subiu sem ao menos dizer “oi” para seus irmãos que haviam acabado de chegar do treino de baseball.

Trancou a porta, afinal, Kim não iria para o quarto tão cedo, deitou-se na cama de bruços e chorou baixinho, para que ninguém ouvisse.

Ela não estava triste apenas porque não falaria mais com Patrick... Mas ela se sentia injustiçada, rejeitada, indigna de confiança. Não se sentia mais uma filha para Greg... Um peso, talvez.

Entretanto resolveu deixar de lados esses pensamentos... Talvez aquilo fosse apenas um momento de fúria... Talvez Greg mudasse de ideia depois.

Talvez...

No andar de baixo da casa, assim que Teresa passou como um foguete pela sala, sem nem olhar pra os irmãos, James estranhou, e não se conteve em perguntar:

– O que aconteceu com a Teresa?

– O papai pegou ela e o Patrick se beijando no escritório hoje, e proibiu ela de falar com o Patrick para sempre, além de mandar ela dormir mais cedo – respondeu Kim

– Como? Impossível!

– Por que é impossível?

– Teresa não deixaria...

– Bom... Pelo jeito deixou!

James não acreditou nas informações de Kim, mas ele conversaria com Teresa no dia seguinte.

...

Patrick permaneceu calado durante todo o caminho, e Alex sabia que o menino estava chateado com ele, mas não havia outra escolha, então assim que entrou em casa, segurou Patrick pelo braço, impedindo-o de subir as escadas até seu quarto.

– Vamos conversar, filho!

– Pai, o senhor me conhece... Por mais que eu esteja apaixonado pela Teresa, eu nunca a beijaria nessas circunstâncias!

– Calma... Por que você não me conta tudo o que aconteceu desde o começo? – Patrick respirou fundo e sentou-se no sofá, ao lado de seu pai

– Nós combinamos de ir fazer o trabalho de ciências na casa dela, às três horas da tarde. A senhora Lisbon já sabia que eu iria, e ela me recebeu quando eu cheguei lá, e até nos ajudou a achar o livro que precisávamos... Aí ela disse que ia preparar o jantar, e nos deixou sozinhos conversando a respeito do trabalho... No meio da conversa, eu contei pra Teresa que a Kim tinha me pedido para fazer o trabalho com ela, e que eu tinha dito que só iria fazer o trabalho com a Tessie, então ela me perguntou o porquê... – ele respirou fundo, lembrando-se do momento – e eu respondi que era porque eu gostava dela... Depois pedi para segurar a mão dela e ela deixou, depois eu pedi para beijar a bochecha dela – enfatizou – e ela deixou. Foi só isso! Um inocente beijo no rosto, nada de mais... Eu não estou mentindo!

– É... Eu sei!

– Então por que não disse nada para o senhor Ficher?

– Filho... Teresa é a filha dele. Não podemos interferir nas decisões que ele toma.

– Mas pai...

– Patrick! Eu sei que é difícil para você... Sei o quanto você gosta de Teresa, e sei que você não está mentindo... Mas não há nada que possa ser feito! Você me entende?

– Entendo... – afirmou o menino tristemente

– Vai passar, acredite! “Para sempre” é tempo demais...

– Obrigado, pai... Será que...?

– Fala, filho!

– Será que eu posso escrever uma carta para Teresa?

– Isso pode coloca-la em problemas, Patrick...

– Até se for uma única carta? – implorou Patrick

– Você pode tentar...


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Notas finais do capítulo

Viram? Eu disse! hahahahaha
Não me matem, ou tenham algum outro tipo de pensamentos do mal, ok?!
Vai valer a pena :) rsrs

Até o próximo capítulo :3
Beijinhooos s2