Um começo diferente escrita por Lola Carvalho


Capítulo 1
Manhã de sábado


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeee!
Como vocês puderam ver no título e na sinopse, essa história contém elementos um pouco diferentes da história da série. Ela relata como seriam os personagens quando eram crianças/adolescentes.
Eu realmente espero que gostem :)
E, por favor, me digam o que acharam no final :D

Boa leitura!



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Não eram todas as vezes que as manhãs de sábado começavam tão ensolaradas como naquela manhã.

O sol invadia as janelas e ultrapassava levemente as cortinas lilás e branca do quarto das meninas.

– Bom dia princesinhas – disse Gregory Fischer sentando-se em uma das camas enquanto balançava gentilmente as duas meninas, acordando-as de seus sonhos

– Bom dia papai! – respondeu Kim sonolenta, sorrindo.

– Bom dia Greg! – respondeu também Teresa Lisbon, que estava deitada na cama ao lado.

– O café já está na mesa! Levantem-se e se troquem rápido para vocês poderem ir brincar lá fora... – anunciou o homem animado, já em seu caminho de saída do quarto.

Kim levantou-se primeiro e rapidamente trocou seu pijama cor de rosa por uma saia jeans e uma camiseta branca, e depois foi maquiar-se em frente ao espelho.

Teresa sentou-se na cama e observava a meio irmã se arrumar, enquanto tentava despertar por completo e pensava no que faria neste dia.

– Kim? – chamou Teresa

– Sim?!

– Eu estava pensando... Você poderia deixar eu ficar com você e seus amigos hoje... – pediu inocentemente a menina de doze anos.

– Está louca, Teresa? Por que razão, eu permitiria que uma criança como você ficasse comigo e com os meus amigos?

– Ah, Kim... Você não é tão mais velha do que eu! – protestou Teresa – São apenas dez meses de diferença...

– Dez meses que fazem com que eu tenha treze anos, e você apenas doze... Pirralha!

– Hum... Acabou de fazer aniversário e já está se achando, não é Kim?! – Teresa perguntou, mas Kim não respondeu

Kim terminou de se arrumar e desceu para o primeiro andar da casa. Teresa levantou-se e vestiu-se com uma calça jeans simples e uma camiseta amarela. Sua favorita.

Desceu e encontrou-se com todos na cozinha, onde a mesa do café da manhã estava posta, e os outros já se alimentavam das deliciosas panquecas de Mary Lisbon, mãe de Teresa.

– Bom dia dorminhoca, Teresa... – cumprimentou animada Mary

– Bom dia mamãe!

– Fiz uma salada de frutas pra você! – Teresa sorriu e pegou das mãos de sua mãe a tigela com as frutas.

Frutas eram a escolha preferida do pai de Teresa, e ela o acompanhava muitas vezes, mas agora, depois de perder tragicamente seu pai em um acidente de carro, frutas estavam longe de ser a escolha de Teresa... Mas ela não queria desapontar a mãe, então apenas agradeceu.

Assim que terminou sua primeira refeição do dia, Kim Fischer se despediu de seu pai e de sua madrasta, e saiu correndo ao encontro de seus amigos. Teresa Lisbon, por sua vez, saiu correndo para seu quarto antes que sua mãe a obrigasse a sair com Kim.

Entrou em seu quarto, fechou a porta e ajoelhou-se no chão ao lado de sua cama para poder alcançar uma caixa decorada, onde ela guardava algumas coisas suas.

Retirou de dentro da caixa seu diário e uma caneta com pequenos enfeites rosa na ponta e abriu em uma página em branco.

“Querido Diário,

Hoje quase faz um ano e cinco meses que o papai morreu, mas acho que minha mãe nem se lembra mais disso... Ou talvez ela não queira se lembrar.

Ela está feliz com o Greg, e eu fico feliz por ela, mas eu sinto muito a falta do papai e das nossas brincadeiras juntos.

Greg ontem me disse que eu podia chama-lo de pai, mas eu não sei... Acho que ainda não estou preparada.

Ah, hoje também faz três meses que minha mãe e Greg se casaram, e que eu tenho que dividir o quarto com Kim Fischer.

Espero que as coisas melhorem com o passar dos anos, ou não vejo a hora de entrar na faculdade!”

Uma batida na porta tirou Teresa de seus pensamentos que eram transcritos em seu diário, e ela guardou rapidamente seu diário dentro da caixa e a empurrou para debaixo da cama.

– Teresa? – ela Mary quem batia na porta

– Pode entrar, mamãe...

– Filha, o dia está lindo! Por que você não vai lá fora brincar, hein?

– Ah, mamãe, eu prefiro ficar aqui e ler um livro...

– Mas meu amor, o dia está tão lindo!

– Mas eu não quero mamãe! – Mary se sentou no chão ao lado da filha e a abraçou

– Teresa, eu sei que os sábados ainda são difíceis pra você... Também são para mim! Mas querida, você tem que continuar, ok?! Seu pai iria querer que fosse assim...

– Está bem! – a menina concordou por causa da insistência da mãe.

Teresa saiu da sua casa ainda um pouco contrariada, mas saiu.

– O que foi que houve com ela? – perguntou Greg para Mary

– Os sábados eram os dias que ela e o pai saiam para brincar juntos... Ela ainda sente muita falta dele. – afirmou tristemente a mulher

– Oh... Eu sinto muito! – disse Greg e abraçou Mary

Teresa foi encontrar-se com a meio irmã, Kim, no parque perto de onde eles moravam.

– Oi Kim... – ela disse

– O que você faz aqui? – perguntou Kim indignada

– Vim ficar aqui com você... Por que você não me apresenta aos seus amigos?

– Porque aqui é lugar para adolescentes legais, não para pirralhos!

Ninguém gosta de ser rejeitado, e Teresa Lisbon não era uma exceção.

Ela retirou-se dali o mais rápido que conseguiu correr e escondeu-se em um lugar afastado naquele mesmo parque.

Sentou-se abraçando seus joelhos e abaixou sua cabeça, antes que a primeira lágrima escorresse de seus olhos.

Se Kim pudesse vê-la, provavelmente estaria zombando dela para seus amigos “adolescentes”, considerava Teresa em sua mente.

Não muitas lágrimas foram derramadas depois da primeira. Na verdade, Teresa não gostava de demonstrar seus sentimentos para as pessoas.

Tinha poucos amigos, principalmente agora, depois que perdera seu pai e então mudara de cidade.

A mão de alguém encostou no ombro de Teresa, e ela levantou os olhos para ver quem era.

Uma menina, mais ou menos da sua idade, de cabelos ruivos compridos, sardas nas bochechas e muito sorridente.

– Olá! – disse a menina

– Olá...

– Eu vi o que Kim Fischer fez com você... Aquilo realmente não foi legal.

– É... – Teresa estava confusa

– Me disseram que você é irmã dela...

– Meio irmã... O pai dela se casou com a minha mãe – revelou Teresa

– Hum... Se importa se eu perguntar uma coisa?

– Acho que não... Pergunte!

– Seus pais são divorciados? – perguntou a menina curiosa

– Não, eles... O meu pai morreu em um acidente de carro há um ano e cinco meses...

– Eu sinto muito!

– Obrigada! – disse Teresa envergonhada – Eu e meu pai costumávamos brincar aos sábados... Nosso jogo favorito era o detetive. Ele sempre saia correndo atrás de mim depois dizendo que eu era uma fugitiva e que ele era do FBI e iria me prender... Quando ele conseguia me pegar, ele fazia cócegas em mim até minhas bochechas ficarem roxas! – Teresa sorriu com as lembranças

– São boas memórias... Eu adoro brincar de detetive! Vamos brincar juntas?

– Vamos! Eu ainda tenho esse jogo na minha casa... É por aqui. – Teresa indicou o caminho para a menina e ambas começaram a caminhar juntas – Desculpe, eu nem me apresentei... Sou Teresa Lisbon!

– É um prazer Teresa. Eu me chamo Grace Van Pelt.

– O prazer é todo meu, Grace! – as duas apertaram as mãos e continuaram a caminhar em direção a casa de Teresa.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar, por favor!
É muito importante para mim saber o que vocês pensam :P
Beijinhos



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