Sexed Up escrita por LEvans, Paulinha Almeida, Cella Black


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Cella aqui! último capítulo!!! Quem já ta com saudade da fic? o/ o/ Não falarei palavras bonitas pq eu sinceramente odeio "despedidas", e eu ainda tenho até o Epílogo para fazer isso, certo? Então, fiquem agora com o capítulo, na minha opinião, mais lindo, fofo, sexy, quente e romântico da fic inteira!



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POV Harry

Assim que a música lenta começou, ela virou-se de frente para mim e olhou em meus olhos abrindo o sorriso que me fazia perder o fôlego. Dessa vez sem medo de como ela pudesse reagir, e sabendo que ela não me socaria na frente dos convidados de meu pai, eu a puxei pela cintura, fazendo nossos corpos se juntarem ao mesmo passo que ela enlaçava seus braços em meu pescoço, não desviando seus olhos dos meus por nenhum minuto sequer.

Seus passos eram lentos e delicados, acompanhando os meus com perfeição. O cheiro de seu perfume me invadiu por completo e eu podia sentir sua respiração em meu pescoço. Por vezes durante a música, Gina desviava o olhar e logo depois voltava a me focar, fazendo ambos rirem com o ato.

–Oi. –Eu disse, levantando um de meus braços e a acariciando no rosto. Ela mordeu o lábio inferior e eu quase não pude conter um gemido de satisfação ao vê-la fazer aquilo.

–Obrigada por me livrar do seu amigo chato. Ele estava quase pulando com os olhos em meu decote. –Revelou ela, sem vergonha alguma.

–Ele não é meu amigo.

Ela riu com a minha resposta rápida, fazendo um leve carinho em minha nuca que me fez arrepiar, juntamente com o fato de seu corpo estar colado no meu ao redor de meus braços.

Eu poderia passar a eternidade dançando com Gina Weasley.

–Sério? Eu pensei que fosse... ele foi um tanto rude e abusado me dando um copo de Whisky sem nem ao menos perguntar se eu aceitaria.

–Como se livraria dele caso eu não estivesse aqui para salvá-la? –Quis saber.

–Eu provavelmente inventaria alguma desculpa, dizendo que iria falar com meus pais ou... diria a verdade e o alertaria para manter os olhos longe do meu decote.

Eu ri mais uma vez de sua espontaneidade.

–Eu prefiro a segunda opção. Você é péssima em inventar desculpas. –Ela me fuzilou com os olhos – Ah, qual é? “Eu escorreguei”? Aquilo foi péssimo!

–Não me veio nada melhor em mente, e a culpa foi sua se seus pais notaram a mancha em minha perna! –Respondeu Gina, desviando seus olhos do meus.

Eu ri em resposta e percebi que aquela era a primeira conversa que tínhamos sem ambos não se sentirem um tanto desconfortáveis depois da noite em que transamos. Foi esse pensamento que me fez lembrar da noite passada, quando a vi dormir lindamente em sua cama, com as coxas descobertas onde as quais eu havia tocado no lugar da marca que eu sabia ter causado.

–Me desculpe... –Eu disse, um tanto desconfortável com o clima pesado, quase palpável entre nós. - ...por ter deixado a marca.

Ela riu sem graça e bufou, se afastando um pouco de mim e parando de dançar.

–Não diga isso, Potter.

–Porque?

–Porque parece que você está arrependido. –Declarou ela, e eu pude ver um misto de decepção em seus olhos.

–Você está? –Quis saber.

–Você sim? –Gina ergueu uma de suas sobrancelhas, agora totalmente fora do circulo de meus braços.

–Não. –Respondi por fim, a olhando nos olhos.

Nós ficamos apenas nos olhando pelo o que eu diria ter sido muito tempo. Não soube dizer se ela ficara feliz com o que eu dissera, porque a expressão de seu rosto não demonstrava nada. Quando ela finalmente abriu a boca para falar alguma coisa, a Sra. Weasley apareceu, me dando um sorriso e um “Boa noite”.

–Oh, Gina! Venha comigo, quero apresentar você a uma velha amiga! –Disse Molly, puxando a filha pelo braço sem dar tempo dessa falar algo.

Eu bufei e passei a mão em meu cabelo – o que eu sempre fazia quando estava nervoso- tentando não sentir raiva da Sra. Weasley porque, ao contrário dela, eu havia tido Gina apenas por uma noite. E isso nem em mil anos me pareceria o suficiente.

Peguei um copo de Whisky de uma bandeja de um garçom e avistei Dino conversando com uma mulher que eu nunca vira na vida, mas que certamente ele achara gostosa o suficiente para levá-la para cama. O idiota não havia ido embora, mas estava longe de Gina, e isso me alegrou.

Andei até uma mesa vazia e me sentei em uma cadeira, apenas observando o movimento no salão, com a esperança de que Gina se livrasse da mãe e voltasse para os meus braços, embora eu duvidasse que ela o fizesse por livre e espontânea vontade.

–Harry?

Eu me assustei quando uma voz um tanto familiar soou perto do meu ouvido. Olhei para trás e avistei Cho Chang, vestida em uma vestido tomara que caia um tanto curto demais.

Não lembrava ao certo quanto tempo se passara desde a última vez que eu a vi. Ela fora minha namorada no colegial por 2 anos, anos cheios de beijos, amassos, sexo e choros. E essa era a pior parte. De todas as brigas que eu e ela tivemos, todas Cho saía chorando, pedindo desculpas mesmo sabendo que ela talvez não estivesse totalmente errada na situação, mas isso não importava. Ela só tentava se certificar que no dia seguinte eu entraria na escola de braços abertos (não tão abertos assim) para que ela desse o seu showzinho e me enchesse de beijos me chamando por algum apelido idiota. Então, seu choro segurou o namoro por 2 anos, até que eu não agüentei mais e terminei tudo o que tínhamos, ignorando o fato dela ter se jogado aos meus pés com os olhos cheios de lágrimas quando o fiz.

Até hoje eu não sei como eu consegui namorá-la por um longo tempo.

–Olá Cho. –Eu me levantei da cadeira e estendi a mão, mas ela fez questão de ignorar o gesto, preferindo chegar perto de mim e dar um abraço e um beijo em minha bochecha por um tempo maior que eu julgaria ser necessário.

–Oh meu Deus, quanto tempo! –Disse ela, assim que se afastou. – Você continua lindo!

Eu me senti totalmente desconfortável com aquele elogio.

–Ah, obrigado. Você também está... bonita.

Cho riu.

Durante o tempo que se seguiu, conversamos sobre banalidades. Ela fez questão de relembrar cada “fase” do nosso namoro, e embora algumas partes nos fizessem rir, eu não me sentia totalmente confortável com isso porque não era nada legal encontrar sua ex-namorada e conversar com ela sobre o relacionamento que tiveram enquanto você está pensando em outra. E o fato de Cho se aproximar cada vez mais de mim enquanto nossa conversa evoluía não ajudava em nada.

Eu cogitei a ideia de dispensá-la, usando alguma desculpa para escapar, mas eu simplesmente tive medo de o fazer. E se ela começasse a chorar? Portanto, tudo o que eu fiz foi balançar a cabeça algumas vezes como sinal de que eu estava escutando o que ela falava, enquanto essa tagarelava do quanto me admirava e sentia falta do colegial. Bebi mais um copo de Whisky e ofereci um à Cho, mas ela negou e continuou a falar.

Nas poucas vezes que consegui mudar de assunto, descobri que Cho cursara moda na faculdade, e que agora era dona de uma loja em um dos shoppings mais caros da cidade. O trabalho, segundo ela, lhe consumia tempo demais e por isso estava solteira –ela fez questão de enfatizar essa parte.

–Mas e você? Está solteiro? –Perguntou ela mexendo no cabelo e sorrindo pra mim.

Foi inevitável pensar em Gina, o que me fez procurá-la com olhos mais uma vez pelo salão. Ela não estava muito longe, conversando com a mãe e o suposto amigo que ela queria lhe apresentar, mas para minha surpresa, ela olhava em minha direção, embora não diretamente para mim. Seus olhos percorriam cada parte do corpo de Cho Chang, e seu semblante parecia o de alguém que acabara de comer algo estragado. Ainda assim, meu Demônio Pessoal me pareceu tão adorável daquela forma que me fez ter vontade de rir.

Gina percebeu meu olhar sobre o ela, mas essa logo voltou a atenção para a conversa em que estava no mesmo momento que senti Cho tocar em meu braço direito.

–Ah... eu estou... estou saindo com uma pessoa. –Respondi finalmente, me afastando de seu toque.

–Oh... Mas é algo sério? – Cho não fez questão de esconder sua cara de decepcionada.

–Muito sério. –Disse convicto.

Depois disso, a conversa não durou muito tempo. Ela se despediu de mim com mais outro demorado beijo na bochecha, dizendo que esperava me encontrar mais vezes. Eu não pude evitar o suspiro de satisfação ao vê-la se afastar, e não só ela, como muito convidados também já tinham ido embora.

Não foi tão rápido, mas o salão foi se esvaziando a medida que a madrugada se estendia. Quando dei por mim, havia somente alguns garçons recolhendo copos das mesas e outros varrendo o chão. Não vi meus pais seguirem para seu quarto exaustos mas devidamente felizes com o sucesso da festa, nem quando o som fora desligado. Meus olhos estavam um tanto ocupados demais para fazer outra coisa além de procurar por Gina, a qual eu também não mais vira desde o momento com Cho.

Andei pelo salão e dei boa noite a alguns garçons. Cheguei no jardim e andei por entre as mesas agora totalmente sujas e vazias. Encontrei Gina Weasley perto dali, sentada na beirada da piscina com os pés para dentro da água que ali continha. Seus braços estavam firmes de cada lado de seu corpo, os sapatos de salto alto esquecidos na grama e seus olhos perdidos no movimento da água de acordo com o balançar de suas pernas.

Gina não parecia ligar para o fato de estar sentada na grama, muito menos para os fios desgovernados de seus cabelos ruivos que agora haviam se soltado do penteado. Sua aparência estava um tanto angelical, de modo que, se eu não a conhecesse, ela me pareceria um anjo, da mesma forma que me aparentou ser quando a vi dormindo na noite anterior.

Andei em sua direção, sem me preocupar em disfarçar o barulho que meus pés faziam sobre a grama. Já ao seu lado, eu retirei meus sapatos e meias e os joguei perto dos dela. Gina me acompanhou com os olhos assim que eu me aproximei, soltando um riso quando eu acabei me desequilibrando e quase caindo ao levantar a bainha de minha calça para colocar os pés para dentro da água morna da piscina, do mesmo modo que ela havia feito. Sentei-me perto o suficiente dela para que nossas coxas e braços se roçassem.

–Fazia isso com meu pai quando era menor. –Disse, tentando quebrar o silêncio quando percebei que ela não o faria.

–É legal. –Respondeu Gina, dando de ombros.

–Nossa, você é ótima em continuar uma conversa. –Falei irônico, o que a fez rir e olhar pra mim. Estávamos tão próximos que eu fui capaz de sentir sua respiração bater em meu pescoço.

–Pensei que não quisesse mais conversar.

–Como assim... ?

Ela bufou e rolou os olhos como se eu houvesse feito alguma pergunta idiota.

–Como foi a conversa com a Chang? – Perguntou Gina, embora sua expressão não fosse de alguém que quisesse saber realmente sobre aquele assunto.

–Quer mesmo falar sobre ela? –Perguntei, erguendo uma sobrancelha. Eu lembrava-me bem o quanto Gina odiava Cho no colegial, assim como Rony porque, aparentemente, eles haviam percebido primeiro do que eu o quanto ela era... chata.

–Porque não? Vocês me pareciam tão... próximos hoje. –Falou Gina, com falsa empolgação na voz. –Eu até pensei que rolaria um flashback. Aposto que você adoraria, não é mesmo Potter?

E mais uma vez meu Demônio Pessoal fez o que fazia de melhor: me insultar, mesmo que não fosse diretamente.

–Eu acho até que rolaria algo se uma ruiva irritante e ciumenta saísse da minha cabeça!

–Oh, sinto muito. Não foi minha intenção. –Rebateu ela, seca e empinando o nariz exatamente da mesma forma que ela fazia em todas as nossas brigas. –Mas, se você quiser tanto me tirar dessa sua cabeça, não vou me incomodar de ficar aqui, sozinha!

–Eu não vou a lugar nenhum!

–Porque? Aliás, porque você está aqui?

–Porque, ao contrário da Cho, é você quem eu quero! –Respondi meio ríspido.

Gina ficou me olhando em silêncio por minutos, parecendo entender lentamente o que eu havia dito. Em nenhum momento nós desviamos o olhar um do outro, e eu pude ver em seu olhos o quanto minhas palavras haviam a afetado.

–Harry... –Suspirou ela.

Eu bufei mais uma vez naquela noite e segurei sua mão, porque ao contrário das minhas tentativas anteriores, eu me certificaria de que nada, nem mesmo ela, atrapalharia quele momento.

–Eu não consigo tirar você da minha cabeça desde que transamos no carro de meu pai. Pode me bater ou me xingar, mas essa é a verdade.

Gina sorriu travessa e mordeu o lábio inferior. Olhei-a confuso, porque eu estava esperando tudo, menos um sorriso.

–Não vai falar nada? –Perguntei.

–Você é muito lento, Potter. –Disse ela. Qualquer sinal de raiva que ela havia sentido a minutos atrás parecia ter desaparecido. – Demorou 5 dias para me dizer isso.

–5 dias de muita tortura, devo dizer. –Eu levantei a mão que não estava segurando a dela e a acariciei no rosto, me contentando com o gesto do qual eu estava louco para fazer desde a noite no carro.

Gina sorriu ainda mais, me fazendo perder o fôlego.

–Eu não torturei você!

–Jura? Andou suada e com roupas coladas pela casa depois que correu, dorme com um short minúsculo e, como se isso não fosse o suficiente, aparece no meu banheiro nua assim que eu abro a porta.

–Ei, como sabe que eu durmo com um short curto?

–Você esqueceu suas pantufas na sala naquele dia do filme, e eu fui apenas devolvê-las. Mas você estava dormindo, então...

Gina deu um leve soquinho em meu braço.

–Você invadiu o meu quarto! –Disse ela indignada, embora ainda sorrisse.

–E invadirei mais vezes, se for preciso. –Respondi, com um meio sorriso ainda fazendo carinho em seu rosto.

–Você é muito irritante! Como eu pude transar com você!? –Gina riu e dessa vez eu não pude me conter.

Sem Dino Tomas para atrapalhar, sem meu pai para fazer gracinhas ou Cho para conversar, eu juntei meus lábios nos de Gina tão rapidamente como se dependesse daquilo para respirar, e a sensação que tive foi a mesma de um homem tomando água após um dia inteiro no deserto.

Ela não me afastou, me bateu ou fez qualquer gesto que pudesse ser considerado agressivo, ao invés disso, ela sorriu entre meus lábios e logo depois os entreabriu, dando espaço para que a minha língua se chocasse com a dela. Minha mão que antes a acariciava no rosto, desceu para sua nuca, se misturando em seus cabelos, enquanto eu usava a outra para puxá-la para mais perto de mim pela cintura – se é que ainda houvesse espaço para isso.

O beijo não foi muito carinhoso, mas também não chegou perto da ferocidade com a qual havíamos nos beijado no carro de meu pai. Eu brincava com seus lábios, fingindo que iria me afastar para logo depois voltar a domá-los. Foi em uma dessas vezes que Gina colocou uma de suas mãos em minha nuca, deixando claro que se eu por acaso pensasse em me afastar, ela certamente me mataria. Eu sorrir com o gesto e em troca a ruiva mordeu meu lábio inferior, dando tempo para que respirássemos.

Enquanto tentávamos recuperar o fôlego para logo voltar de onde havíamos parado, ela passou uma de suas pernas por cima da minha, se virando um pouco mais pra mim e deixando somente um de seus pés para dentro da água. Assim que ela o fez, ela me beijou, eu tive a plena certeza de que, se o mundo acabasse naquele momento, eu morreria feliz. Ou não tão feliz assim, porque pensar em morrer sem antes experimentar a sensação do corpo de Gina sobre o meu novamente me parecia uma ideia quase absurda.

Retribuí o beijo com a mesma intensidade com a qual ela havia recomeçado, e desci minha mão que estava em sua cintura para a sua coxa em cima da minha, sem cortar o contato e fazendo carinho pelo caminho pelo qual tracei até chegar ali. Apertei levemente sua coxa, fazendo movimentos circulares com o polegar, sem nunca passar o limite de seu vestido que, naquela situação, parecia mais curto do que realmente era.

Quando nossos pulmões gritaram por ar novamente, eu desci com os beijos, explorando toda sua bochecha até chegar em seu pescoço. Gina enlaçou seus braços em meu pescoço, afundado a cabeça no mesmo local, o que me fez arrepiar quando senti sua respiração acelerada contra minha pele.

–Porque antes de nos beijarmos, você sempre me bate? –Perguntei, ainda dando atenção demais ao seu pescoço.

Ela ofegou quando eu mordi levemente o lóbulo de sua orelha, e eu sorrir com o gesto sem nunca parar com o carinho em sua coxa por sobre a minha.

–A culpa é totalmente sua. Você sabe ser irritante até mesmo quando esta prestes a me beijar. – Respondeu Gina, quando eu me afastei um pouco para olhá-la nos olhos. Eu ri novamente com a sua espontaneidade e a naturalidade com a qual ela respondera. Seus lábios inchados e vermelhos devido ao beijo pareciam-me mais convidativos do que nunca.

–Se continuar assim, vou querer que você me bata mais vezes. –Disse com um sorriso safado no rosto. –Além do mais, eu acho super sexy o seu carinho totalmente perceptível por mim.

Gina me bateu novamente no braço, e eu soube que era hora de voltar para seus lábios, embora eu o fizesse mesmo que ela não pedisse. O beijo foi mais rápido dessa vez, mas foi suficientemente bom para ambos. Na verdade, eu duvidava que houvesse algum beijo de Gina Weasley que eu não gostaria.

–‘Tá calor. –Eu disse, depois de minutos de silêncio pelo qual nós somente nos encaramos e continuamos com as carícias.

Gina riu com o duplo sentido da frase.

–Acho que a piscina pode te ajudar com isso. –Respondeu ela, dando de ombros e se fingindo de inocente diante do que eu dissera.

–Se eu entrar, você terá que ir junto. –Falei, apontando para a piscina.

–O que? Harry... eu não vou estragar o meu vestido mais do que eu já estraguei. –Falou ela, se afastando um pouco de mim e apontando para sua veste.

–Quem disse que é pra você entrar na piscina com o vestido? –Eu ergui uma sobrancelha e fiz a cara mais inocente que eu consegui, embora achasse que não havia sido tão inocente assim, porque Gina riu e mordeu o lábio inferior mais uma vez naquela noite. Eu já disse que eu amo quando ela faz isso?

–Só de calcinha e sutiã? –Ela perguntou, sorrindo de canto e parecendo gostar da ideia tanto quanto eu.

Cheguei mais perto dela novamente e lhe roubei um selinho quando respondi:

–Eu já vi você com bem menos.

Gina deu uma gargalhada e tirou sua perna de cima da minha, assim como a outra de dentro da piscina para então se levantar. Eu fiz o mesmo, já desabotoando os botões de minha blusa social um tanto desajeitado quando a vi começar a tirar o vestido.

Nem em mil anos eu me cansaria de olhar para Gina.

Ela estava usando um conjunto de lingerie preto, da mesma cor do seu vestido que agora estava caído sobre seus pés. Não me importei em disfarçar o olhar quase devorador que eu estava a lançando, muito menos ela pareceu se envergonhar com isso. Enquanto Gina me olhava sorrindo marota, eu me esforcei para tirar minha calça e ficar só de cueca box, entrando logo em seguida na piscina, fazendo um barulho que mesmo que fosse alto, eu saberia que não acordaria meus pais.

Ela riu com o meu pulo, e se afastou uma pouco da piscina para logo depois correr e fazer o mesmo, caindo na água a poucos passos de mim. Quando ela emergiu, vi Gina sorrir abertamente para mim, e se encolher um pouco com a água fria que eu tinha certeza que logo esquentaria.

Estendi minha mão para que ela a pegasse e, quando ela o fez, a puxei para mim, me deliciando ao sentir seu corpo molhado e quente se colar ao meu dentro da água. A abracei pela cintura e afundei mais uma vez meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo a curva de seus seios em meu peito nu.

–Ainda com calor? –Perguntou Gina, ainda abraçada a mim.

–Um pouco, mas tenho certeza que a culpa não é do tempo.

–É, tenho que concordar com você.

Eu subi e desci minhas mãos pelas suas costas, e ela se encolheu um pouco mais com o carinho. Ficamos naquela posição por mais uns minutos, apenas aproveitando a presença e as sensações que cada um provocava no outro.

–Sabe... se nós não nos odiássemos tanto, eu até poderia te chamar pra sair... –Eu voltei a encará-la, rindo com a minha frase cheia de sarcasmo.

–Ah, nós nem nos odiamos tanto assim... –Gina deu de ombros, rindo também.

Não sei quantos minutos demorei para responder, porque o som da risada dela me fazia perder o foco. Era melhor do que qualquer música, ainda mais pelo fato dela quase sempre passar a língua entre os lábios depois de sorrir.

–Você é linda. –Assim que eu falei, percebi o quanto eu fora burro de não tê-la dito isso antes.

–Está tentando fugir do compromisso para um possível primeiro encontro? –Perguntou ela marota, em forma de desafio.

–Na verdade, eu acho que já podemos pular essa parte.

Ela continuou rindo e, com um pulo, enlaçou suas pernas em minha cintura assim como enlaçou seus braços em meu pescoço quase no mesmo instante. Tenho a plena certeza que meu corpo não agüentaria ficar tanto tempo colado no dela com aquelas duas peças de roupas nos impedindo de aprofundar o ato, porque eu estava agora tão subitamente próximo a ela que meu coleguinha de baixo pareceu ganhar vida em poucos minutos. Minutos os quais ela mordeu meu lábio inferior e me beijou, enquanto eu dava passos lentos até enfim prensá-la na parede da piscina.

Minhas mãos primeiramente deram atenção as suas coxas, que estavam mais macias do que o normal devido a água. Logo depois, eu comecei a subi-las lentamente, passando pela sua bunda e brincando com as laterais de sua calcinha, até chegar nas curvas de seus seios. Gina gemeu em minha boca quando sentiu eu acariciá-la ali. As mãos dela, por sua vez, subiam e desciam pelas minhas costas e passeavam por todo o vão entre meus ombros.

Embora a necessidade de tê-la novamente fosse quase palpável, eu não tive pressa alguma de correr com as coisas. Não queria deixá-la marcada, muito menos transar em lugar tão “estranho” quanto o carro. Eu queria fazer as coisas certas dessa vez, e me certificar que no dia seguinte eu poderei beijá-la da mesma maneira que havia feito na noite anterior. Eu queria vê-la dormir ao meu lado, mesmo que fosse por poucos minutos antes de eu também pegar no sono. Eu queria ser a primeira coisa que seus olhos encontrariam quando esses se abrissem no dia seguinte.

Eu queria passar o resto de minha vida ao lado de Gina, e faria de tudo para que isso se tornasse real.

Então, quando eu beijei novamente seu pescoço e ela ofegou, sussurrei em seu ouvido que tínhamos que sair dali, e ela assentiu de bom grado. A ajudei a sair da piscina, indo logo atrás. Pegamos nossas roupas na grama e, de mãos dadas e não ligando para o fato de estarmos molhados, adentrarmos a casa e eu a guiei pela escada e corredores até chegar em meu quarto. Gina não questionou ou se importou com o fato de estarmos ali, ela simplesmente entrou, esperou que eu trancasse a porta, virou-se para mim e voltou a me beijar, não antes de jogar as minhas e suas roupas no chão.

Com carinho, eu a peguei no colo e a deitei em minha cama, me pondo por cima dela novamente. Em seu rosto, a satisfação de estar ali era visível, e eu sabia que havia o mesmo no meu.

Beijei todo o seu corpo, me livrando das peças que ainda nos impediam durante o ato e, quando por fim nossos corpos se uniram, eu tive a plena certeza que ali era o lugar certo a se estar.


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Notas finais do capítulo

N/A Cella: O QUE ACHARAM??? Eu estou mais ansiosa do que nunca para saber o que vocês acharam desse cap pq, algumas partes saíram exatamente como eu imaginei, então estou curiosa quanto a opinião de vocês... Ainda não vou me despedir, pq ainda temos o Epílogo, mas quero aproveitar pra responder algumas perguntinhas básicas: Como conseguimos escrever uma história em trio? Bem, eu não sei! Mas creio que o amor por Hinny nos ajudou bastante. Vamos escrever juntas novamente? Eu também não sei, mas espero realmente que isso volte acontecer pq tanto eu, quanto a Giks e a Paulinha ficamos felizes com o resultado de Sexed Up. A fic terá continuação? Por hora, não. Acho difícil ter pq além de ser uma fic curta, outra "situação problema" teria q ser criada pq, convenhamos, uma história cheia de melosidades não é muito legal. Também, nós três não teremos quase nenhum tempo livre para escrever agora nesse primeiro semestre... :/ Enfim, é isso. Espero ANSIOSAMENTE as reviews de vcs. Leitores fantasmas, que tal darem o ar da graça por aqui no último cap da fic? ;)
N/A Paulinha: olá pessoas lindas. Considerando que depois é só um epílogo, esse já é o último capítulo e espero que vocês gostem dele tanto quanto eu gosto. Tenho que dizer que o epílogo está exalando fofura, então comentem muito que ele vem rapidinho .Comentem, opinem, recomendem... Beijinhos
N/A Giks: Acharam esse cap lindo/quente como eu? Quero sabeeer o que acharam! Nos vemos no Epílogo! :D



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