Sexed Up escrita por LEvans, Paulinha Almeida, Cella Black


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, Sexed Up. Esperamos que gostem da parceria, tanto quanto gostamos de fazê-la.
Notas finais.
Enjoy!



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POV Harry

Desci as escadas ainda com os cabelos molhados, com minha blusa pendurada em meu ombro direito. O cheiro do café da manhã atingiu minhas narinas assim que adentrei na cozinha, encontrando meu pai lendo o jornal ao mesmo tempo em que abocanhava uma torrada.

–Bom dia, pai. – Cumprimentei, antes de arrastar uma das cadeiras da mesa e me sentar.

–Bom dia, filhão.

Olhei pra ele e sorri. Meu pai estava lendo a página de esportes do jornal. Era sempre assim. Quando se tratava de futebol, James Potter esquecia-se do resto, a não ser, é claro, a minha mãe.

–Alguma nova? –Perguntei, referindo-me ao futebol.

Meu pai me deu uma rápida olhadela antes de virar a folha do jornal.

–Teremos jogo na próxima semana. Sabe o que isso significa, não é?

Sorri, e me servi de torradas e geleia.

–Não se preocupe. Comprarei as cervejas.

Meu pai e eu tínhamos uma espécie de hábito. Ambos compartilhávamos o fanatismo por futebol, especialmente pelo Manchester United, e desde pequeno, ele me puxava para a sala para assistirmos juntos as partidas. Eram divertidas, já que apostávamos o placar do jogo. Quando eu ganhava, ele me dava novos brinquedos, e quando eu perdia, bem... Eu não ganhava nada. Mas, conforme fui crescendo, nossas apostas foram se diversificando. Hoje, apostávamos quem pagaria as cervejas que tomaríamos nas próximas partidas. E, como eu havia perdido no último jogo, terei que arcar com o prejuízo dessa vez.

Trocamos algumas banalidades enquanto terminávamos de comer. No geral, fazíamos isso no trabalho, já que eu trabalhava junto com ele na empresa da família. Mas, minha mãe nos obrigou a tirarmos alguns dias de folga. E ali estávamos nós, na nossa casa de veraneio não muito longe da cidade. Costumávamos vir aqui em todas as férias quando eu era pequeno. Eu adorava esse lugar, especialmente a praia que ficava a poucos minutos daqui.

Mas os motivos da nossa estadia eram outros. Meu pai, daqui a uns dias, completaria 50 anos. E é claro que Lily Potter não deixaria isso passar em branco. Ela já havia convidado boa parte dos amigos da família, inclusive os mais próximos, os Weasley. E, neste exato momento, eu não me surpreenderia se a encontrasse no telefone, provavelmente organizando os preparativos para a festa.

Depois que terminei o café, meu pai e eu fomos jogar uma partida de tênis. Deixei minha blusa de lado e joguei apenas de short.

–Não sei porque você ainda insiste em jogar comigo. Você sempre perde! –Gritou o meu pai, do outro lado da quadra.

Limpei o suor que escorria da minha testa e corri para alcançar a bola, rebatendo-a novamente.

–Cuidado para o ego não rebater a bola por você, pai. – Brinquei, e ouvi a sua risada. Mas, ele tinha razão. Eu quase – quase – sempre perdia para ele nas partidas de tênis.

–Como se você fosse diferente de mim...

Dessa vez, eu gargalhei, e acabei deixando a bola passar direto por mim.

Caminhei em busca da bolinha e a peguei, porém, uma buzina me impediu de voltar a jogar. Olhei em direção ao som e avistei dois carros estacionando em frente a casa.

–Ah! Finalmente o Arthur chegou! – Exclamou meu pai.

O acompanhei até o local onde os carros estavam. Minha mãe já estava lá. Ela provavelmente me brigaria, já que eu estava suado e vestindo apenas um short e tênis, mas eram os Weasley. Arthur e o meu pai haviam se conhecido nos tempos de escola, e eu cresci brincando com Rony, que eventualmente era meu melhor amigo. Os ruivos eram tão íntimos nossos que minha mãe nem se importou quando eu apareci para os receber daquela maneira.

–Como vão, Sr. e Sra Weasley? –Cumprimentei, bagunçando meus cabelos.

–Oh, Harry!– Exclamou Molly, tão ruiva quanto minha mãe. – Está lindo, como sempre! As mulheres ainda não batem na sua porta, Lily?

Eu ri meio sem graça, mas no fundo, eu já estava me acostumando com os elogios que ela me direcionava.

Minha mãe olhou para mim, com um misto de orgulho e de satisfação nos olhos.

–Ainda não, Molly. Ainda não.

Claro, pensei. Eu sempre levava as mulheres para motéis, porque minha mãe parecia ainda não entender que eu tinha 24 anos e que eu sentia necessidades tanto quanto qualquer outro homem. Ou, eu poderia muito bem levá-las para o meu próprio apartamento, se esse estivesse pronto.

–É porque sou discreto. – Pisquei para meu pai, e recebi um tapinha leve no ombro de minha mãe.

–Corrigindo: é porque você é broxa. – brincou Rony, vindo até mim. Revirei os olhos e dei leves batidas em seu ombro.

–Se você não tivesse um pinto, eu te provaria a minha potencialidade. – Rebati, fazendo-o gargalhar.

Por sobre o ombro de Rony, mais um ruivo surgiu. Ou melhor, uma ruiva. Claro, como eu poderia me esquecer da irmãzinha do meu melhor amigo? Ela estava encostada no carro, usando uma saia de pregas e uma blusa lisa de alcinhas. Sorri com o nariz. Mesmo vestida com roupas simples, ela conseguia chamar a atenção.

Mas, o que a ruiva tinha de gostosa tinha também de irritante. Tudo bem, ela tinha maravilhosas curvas – e que curvas – mas eu nunca admitiria isso em voz alta. Ela passou anos estudando fora e, há quase um ano, voltou. Óbvio que eu me surpreendi ao vê-la depois de tanto tempo, e embora seu rosto tivesse o mesmo ar angelical, ela estava longe de ser um anjo. Pelo menos, não pra mim.

Eu estava em sua casa, bebendo algumas com Rony quando ela chegou de uma festa ou sei lá de onde. O fato é que ela me pegou olhando descaradamente para as pernas dela. E me xingou por isso. Desde então, eu a chamo de meu Demônio Pessoal. A culpa não era minha se as forças divinas a haviam presenteado com um par lindo e maravilhoso de coxas. Parecia até injusto! Enquanto outras mulheres que sem duvida não agiriam de forma bruta comigo se matavam malhando as pernas em academias, Gina Weasley esbanjava seus tributos naturais.

–Olá, ruiva. – Cumprimentei, cruzando os braços. Ao meu lado, Rony olhou para mim e para a própria irmã com um ar de divertimento. Ele sabia do nosso ódio mútuo.

–Oi, Potter. – Respondeu-me Gina, com aquele mesmo biquinho que ela fazia sempre ao me ver, ou seja, sempre que ela estava com raiva. –E, por favor, me poupe desses seus apelidos nem um pouco originais.

–Não são apelidos, e sim um fato, ou vai me dizer que o seu ruivo é de farmácia?

Rony de uma risadinha ao meu lado. Os outros estavam entretidos demais para prestarem atenção na minha maravilhosa recepção para com o meu Demônio Pessoal.

Ela ia me responder, mas a voz de minha mãe a cortou. E eu sorri vitorioso.

–Gina, querida! – Minha mãe lhe deu um abraço, que ela retribuiu. Com os outros, ela era amável, comigo, ela era irritantemente irritante.

–Harry, ajude com as malas. – Esse era o meu pai... Mesmo tendo empregados que fariam isso de bom grado, ele fazia questão de carregar as malas dos hospedes. Segundo minha mãe, 'os hospedes são nossos e não dos empregados', então tínhamos que recepcioná-lo da melhor forma.

–Ora, deixe isso aí, James. Nós podemos carregar tudo, não se preocupe. – Disse Molly, mas meu pai já pegava duas malas da traseira do carro.

Eu e Rony trouxemos as malas para dentro da casa. Mamãe logo chamou Molly e Arthur para mostrar os aposentos onde eles ficariam, enquanto eu mostraria a Rony e ao meu Demônio Pessoal onde eles dormiriam. Eu podia sentir seu olhar em minhas costas enquanto subíamos as escadas, embora seria muito mais vantajoso para mim se ela estivesse subindo na minha frente.

–Aqui é o seu, cara. – Falei para Rony, abrindo a porta de um dos quartos daquele corredor.

–Valeu. – Ele entrou com a sua mala e segui corredor a diante, com a ruiva andando logo atrás de mim.

Parei em frente a uma porta e virei-me para ela, que estava de braços cruzados.

–Seu quarto. – Apontei com a cabeça e ela abriu a porta.

Como na maioria dos quartos da casa, havia uma cama de casal, uma penteadeira e um guarda-roupa. A porta para o banheiro ficava na parede oposta a do quarto, e a janela logo ao lado. Deixei as malas ao lado de sua cama, enquanto ela parecia querer que eu saísse logo dali, mas por que diabos eu o faria? Era ótimo ver Gina Weasley irritada, ainda mais por minha causa.

–Precisa de mais alguma coisa? – Perguntei não me esquecendo dos bons modos.

–Não, obrigada. – Ela não me olhou. –Você já pode ir.

Dei de ombros e saí do quarto sorrindo presunçoso.

Durante o dia inteiro ela me ignorou. No jantar, conversava e ria para todos, menos para mim. Não que eu me importasse, claro. Mas aquilo tudo servia como prova de que eu a afetava, por mais que não fosse de um jeito positivo.

–Tem uma praia ótima aqui perto. O Harry adora, não é mesmo, filho? –Perguntou minha mãe, quando já estávamos na sobremesa.

–Sim. Tem ondas legais. –Respondi. Eu adorava surfar, embora eu não fosse profissional em cima de uma prancha.

–Como amanhã o Ron precisa ir embora à tarde, não aproveitaríamos nada e eu nunca o deixaria aqui sozinho, mas o que acham de irmos lá depois de amanhã? – Minha mãe sugeriu sorridente, e olhando para o Ron com um ar quase de mãe dele.

–Perfeito, Lily! –A Sra. Weasley disse, animada. – Faz tempo que eu não pego um bom bronzeado.

Ficaram planejando a ida a praia pelo resto da noite. Eu e Rony sentamos na varanda e bebemos algumas cervejas, nada demais. Conversamos sobre coisas banais, envolvendo futebol, trabalho e mulheres. Não demoramos muito para irmos dormir.

No dia seguinte acordamos no horário de sempre, e como havia tempo até que meu melhor amigo voltasse para casa, afinal ele não tinha conseguido férias para o mesmo período que nós, fomos para o quintal jogar tênis.

Do meu pai eu sempre perdia, de Ron eu sempre ganhava.

Quando eu já havia ganhado três sets, rebati a bola com força demais e ela foi parar no canto da casa atrás do Ron.

–Pega aí, Ron. – Pedi, gritando do meu lado.

–Cara, eu to perdendo e você quer que eu busque sua bola? Ta bom! – Negou rindo, e eu saí correndo em direção à bola.

Meu pai, que estava sentado assistindo ao jogo com uma lata de cerveja nas mãos, riu da cena enquanto eu comecei a correr para buscar o objeto do jogo. No entanto, quando ainda estava na metade do campo do Ron, Gina saiu de lá de trás carregando o pequeno objeto verde nas mãos.

Ela estava usando apenas uma saia curta, meio transparente, por baixo a sombra do biquíni, com uma estampa semelhante à parte de cima. Ao longe, e calada, era uma visão e tanto, então eu parei onde e estava e esperei que ela viesse até mim. Os óculos escuros que eu usava escondiam o meu olhar, que corria sem parar pelo seu corpo perfeito.

–Obrigado. – Agradeci, cinicamente como a irritava, e estendi a mão para apanhar nossa bola.

–Era sua? – Perguntou e eu assenti, ainda com as mãos esticadas. – Achei que fosse do Ron. – Falou indiferente, antes de soltar a pequena bola no chão, ao meu lado, e continuar andando em direção à piscina, como se não tivesse sido interrompida.

Era bem típico do meu Demônio Pessoal esse tipo de atitude irritante, então qualquer admiração à sua forma física havia sumido quando eu me abaixei para apanhar o que fiquei esperando como um idiota, com as mãos estendidas.

Quando me virei novamente para Ron e meu pai, os dois nos olhavam rindo, e eu apenas balancei a cabeça negativamente, andando novamente para o meu lado do campo.

–Quer pegar? – Ron perguntou ironicamente, e eu sabia que ele estava se referindo à própria irmã.

–Nem fodendo! – Respondi com veemência e me virei, já posicionado no meu campo de jogo, bem a tempo de vê-los trocar um olhar cumplice.

Aproveitei sua distração e saquei, já marcando o meu primeiro ponto. Continuamos jogando até a hora do almoço, quando minha mãe veio até o quintal nos chamar. Eu peguei minha camiseta, até então jogada na grama, e joguei sobre os ombros enquanto andava na frente de Rony e meu pai, que conversavam aos cochichos atrás de mim.

Pouco depois de almoçarmos acompanhei Ron até seu carro e esperei que ele saísse para então me dirigir até a parte de trás da casa e dar um mergulho na piscina, a fim de me refrescar pelo calor intenso que fazia.

–Harry? – Ouvi a voz da minha mãe me chamando, não longe dali.

–Na piscina! – Gritei para que ela ouvisse e me apoiei na borda da piscina, esperando-a.

Assim que ela chegou, se abaixou ao meu lado antes de dizer.

–Eu e Molly estamos planejando um piquenique em família na praia amanhã pela manhã, e você vai também. – Determinou e eu nem ousei questionar, Lily era irredutível. – Não durma muito tarde hoje, porque planejamos sair daqui ainda cedo.

–Tudo o que você quiser, mãe. – Falei, sorrindo matreiro – Me acorde quando se levantar, por favor. – Pedi e ela concordou, antes de se afastar novamente.

“Vai ser tão divertido!”. Pensei ironicamente, já prevendo o dia chato que me aguardava.


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Notas finais do capítulo

N/A Cella: Oi gentee!! Não vou falar muito pq dessa vez são 3 N/A's haha. Eu só espero realmente que vocês tenham gostado dessa fic pq, particulamente, ela foii um desafio para mim. Nunca havia escrito em primeira pessoa com a visão de um homem... e eu gostei do resultado!! Fora que Sexed Up é diferente de tudo que eu já escrevi... Enfim, espero ansiosamente as reviews de vocês! Beijos!
N/A LEvans: Oi geeente!! Eu estou muito ansiosa com essa fic. As minhas ideias junto com as da Cella e as da Paulinha bateram e, unidas, ficaram maravilhosas!! Espero que vocês tenham apreciado muito essa fic que foi escrita com muito carinho por todas nós. Esse foi apenas o primeiro capítulo, e ele não é nada perto dos outros haha aguardem!! Beijinhooos!!
N/A Paulinha: Olá amores! Como prometido, nossa fic postada rapidinho. A quem ja conhecia minhas histórias, espero que continuem apreciando esse trabalho, e a quem não me conhecia ainda, bem, espero agradá-los também. Eu não poderia ter encontrado companhia melhor para minha primeira parceria, e espero que vocês gostem do resultado tanto quanto eu gostei. Ansiosa pelas opiniões de todos. Beijinhos!
Critiquem, opinem, recomendem. Adoraríamos vê-los por aqui.
Até o próximo.
Beijão