Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 48
Esqueceu quem eu sou ?!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas do meu core, desculpem a demora. E não me trucidem, por favor. Bom, tive problemas como sempre, e se quiserem podem me xingar nos comentários pela demora.
E aqui está mais uma aventura da nossa Bad girl.
Beijos e até.



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Eu acordei e me lembrei que iria finalmente sair daquele lugar, rapidamente fui pro banheiro, entrei de baixo da água morna que me deixou relaxada, depois sai e vesti a roupa. Escutei uma batida na porta do quarto.

–Entra. -Heath e Regan entraram no quarto, abracei Regan, mais do que feliz, e dei um beijo no Heath ele se separa de mim e sorri, a enfermeira abre a porta e sorri, liberdade.

Heath passa o braço em minha cintura e então saímos do quarto, o ar morno do corredor me envolve e caminho ansiosa por aqueles corredores e então saímos, o vento frio do outono bate em meu rosto e eu nunca fiquei tão feliz em toda a minha vida de ver pessoas, a rua estava lotada de pessoas e carros, o barulho da cidade grande nunca me alegrou tanto, eu sorrio e Regan entra no seu carro, que nos levaria pra minha nova casa.

São quase uma hora de viajem e eu aproveitei pra matar a saudade que tive de Heath, o beijava e mordia, beliscava e ele estava adorando. Infelizmente tivemos que nós mudar das nossas antigas casas, Heath e seus pais estão morando, como sempre, em frente a minha casa. E mesmo não sendo a minha antiga casa, eu acho que eu vou gostar de lá.

–E ai Kat, será que você vai gostar da casa ? -Pergunta Heath, sorrindo e me observando enquanto eu brinco com nossas mãos entrelaçadas.

–Acho que sim, tendo você por perto, tá tudo certo. -Respondo o olhando e eu escuto um ''Own'' Vindo de Regan, eu sorrio e Heath cola nossos lábios, sinto o gosto de uva e menta dançando em minha língua, como eu senti falta desse gosto.

E assim passamos a viajem, matando a saudade um do outro. Eu deito a cabeça em seu ombro, nossas mãos entrelaçadas e ele fazendo carinho em meu cabelo, seu perfume enebriante me envolvendo e o sono chegando, fico perdida em memórias e a cada minuto que passa eu me sinto mais louca, sentindo falta do passado, da minha rotina e da minha vida, da minha casa.

Heath me cutuca, e com isso, deduzo que chegamos, levanto a cabeça e sorrio pra ele que me olha encantado e animado.

–Pronta pra ver sua nova casa ? -Pergunta ele pra mim, reviro os olhos.

–Siiim. -Ele solta uma gargalhada e abre a porta do carro eu saio e encaro minha nova casa.

É uma casa rústica, mas simples, de dois andares, a fachada branca e em volta das janelas azul marinho, uma grama bem cuidada com canteiros e flores espalhadas por todo o quintal, tinha um caminho de pedra bem no meio do quintal, até a porta de entrada, eu caminhei e abri a porta.

A casa era bem moderna, com uma mistura de antigo com novo, vintage. As paredes misturavam madeira e papel de parede florido vermelho e branco, janelas enormes espalhadas pelas paredes banhavam a casa de luz, a sala tinha um tapete vermelho no chão, um sofá largo e enorme cinza quase branco, com uma Tv de plasma pregada na parede em frente do sofá, logo atrás do sofá tinha uma mesa larga de mogno, com um belíssimo lustre de cristais em cima.

Na parede contrária está a escada de madeira, e depois da escada tem uma divisória e um degrau e lá está a cozinha, com uma bancada americana bem no meio o chão de madeira clara e tudo bem moderno. Olho pra Heath, que está me observando com um sorriso bobo no rosto, eu subo as escadas e me deparo com um corredor, com quadros e fotos espalhadas pelas paredes, eu ando pelo corredor encantada, eu já ia passar reto por uma porta quando Heath pega minha mão, eu o olho e abro a porta.

O quarto da quase duas salas de estar, é enorme, com poster's espalhados pelas paredes brancas e pretas, a cama de casal está coberta com uma colcha roxa maravilhosa, com um criado mudo do lado e do seu lado está uma janela que dá pra varanda, do outro lado do quarto está o banheiro e estantes com livros e um computador, na parede direita tem um closet simples. Eu os olhos e abraço os dois, sorrindo, feliz.

–Acho que ela não gostou. -Sussurra Regan, eu me separo deles e os encaro, com algumas lagrimas nos olhos.

–Eu amei! - Eles sorriem e me abraçam, sinto mais duas pessoas me abraçando e vejo que é mamãe e Peter, sorrio pra eles e nos separamos.

–É bom te ter de volta. -Eu assento e Heath pega minha e sorrio pra ele o olhando, seu rosto de anjo ele parecia tão... Ele.

–Mas, como arrumou essa casa ? Não temos tanto dinheiro. -Pergunto curiosa, ela sorri.

–Obra do governo, um presente. -Meus olhos se arregalam de surpresa, e uma sementinha de desconfiança nasceu, mais deixo pra outra hora. Fomos almoçar e depois Heath e eu saímos.

–Não voltem tarde! -Gritou minha mãe, eu gargalhei.

–Pode deixar! -Gritei de volta e saímos pela porta da frente, deixando todos pra trás.

Heath, levava uma cesta de piquenique e eu a toalha, caminhamos até o parque, que ficava a duas esquinas da minha casa e minha nova vizinhança, estávamos em outro bairro perto do parque central que o rio Platte corta. O silêncio preenche o tempo.

Sorrio quando avisto o vasto espaço verde, o sol deixava tudo mais mágico, crianças gritando e sorrindo, corriam umas das outras, cachorros latindo e brincando, sorrimos e começamos a caminhar, paramos perto da floresta onde tinha uma sombra, abri a colcha e me sentei, Heath colocou a cesta no chão e começou a tirar a comida. Ele tirou uma vasilha com uvas e morangos, algumas torradas, patê de frango, uma garrafa de champagne, duas taças e uma calda de chocolate.

–Uou! Pra que tudo isso ? -Pergunto risonha. Ele sorri e me beija.

–Um presente de boas vindas. -Ele sussurra e depois da seu sorriso de canto, sinto borboletas no estomago. Sorrio e começamos a abrir as vasilhas, eu avanço no morango enquanto ele abre o champagne e nos serve, eu pego a taça e provo o líquido espumante, o gosto doce e azedo da um toque especial e magico junto com o morango. Fecho os olhos e solto um pequeno gemido e dou outro dentada no morango jogando em cima o champagne.

–Nossa! Heath! -Exclamo, o olhando ele franze a testa e sorri. -Prova. -Digo e o ofereço o meu morango, ele morde. -Agora toma o champagne. -Instruo e ele faz, e fecha os olhos soltando gemidos de aprovação, eu gargalho.

–Caramba, é como se... Sei lá, É muito bom. -Diz ele, afoito, pegando rapidamente outro morango e fazendo a mesma coisa de antes. Eu avanço no patê, pegando uma torrada e mergulhando no molho, dou uma dentada e sorrio.

–Faz tempo que eu não como uma comida dessa. -Os sabores explodem em minha língua, como se fosse a primeira vez que eu estivesse comendo algo com tanto sabor.

–Então, como vai ser daqui pra frente ? -Pergunta ele com a boca cheia, o olho e depois olho pra minhas mãos.

–Vou ter que ir no meu psicólogo, duas vezes por semana, tomar remédios pra melhor minhas costelas e minha cabeça, além de anti-depressivos e... Eu quero voltar pra faculdade, quero voltar a ter uma vida normal. -Digo, ele me olha preocupado e pega meu rosto em suas mãos, e sorri pra mim.

–Vai dar tudo certo. -Ele franze o ''Dar''.

–Você vai ter uma vida normal, vamos casar e ter filhos e terminar a faculdade e arrumar empregos que gostamos e ter uma vida feliz. -Diz ele com convicção, sorrio e o beijo, seus lábios, com gosto doce valsavam suavemente nos meus, me deixando nas nuvens. Nos separamos e sorrimos, continuamos comendo, depois vejo que sobrou apenas um morango. Heath e eu nos entreolhamos e olhamos pro morango, quando ele faz menção de pegar o morango, eu o pego rapidamente e saio correndo e rindo.

–Eu vou te pegar! -Rosna Heath com uma voz estranha e depois gargalha, sinto seus braços em volta da minha cintura e caímos na grama macia, eu sorrio e pego o morango, colocando ele em minha boca e deixando metade de fora pra Heath. Ele sorri, malicioso e morde o morango colando nossos lábios e invadindo minha boca com sua língua, o gosto doce do morango me fazendo viajar. Nossas línguas brigam e quando terminamos ele sorri e me encara, eu empurro ele pro lado e saio correndo e Heath atrás de mim.

*

As horas correram rápido e quando vimos já era três da tarde, guardamos as coisas e caminhamos de volta pra casa, eu estava suada e grama estava espalhada pelo meu cabelo e minha roupa, Heath tinha grama até grudada na testa, abrimos a porta e entramos e demos de cara com dois agentes sentados no meu sofá, eles levantam rapidamente quando me veem, minha mãe está do lado deles com um bule de chá, sorrio pra eles.

–Desculpa incomodar, mais precisamos conversar senhorita Marconní. -Disse o mais alto, assenti.

–Vocês se importam se eu tomar um banho rápido ? -Eles negam com a cabeça.

–Vamos ser rápidos. -Eles se sentaram no sofá, e olharam pro Heath, eu peguei na mão dele.

–Ele é meu namorado. -Eles assentiram.

–Ele não pode ficar. -Suspiro e Heath me dá um beijo na bochecha e sussurra ''Já volto.'' e se vai. Caminho até o sofá e me sento, tensa e com medo.

–Então senhorita, você atacou nossos homens, fugiu da polícia, falsificou passaportes e roubou um carro, com isso dá pra lhe manter presa por quase quatro anos. Mas, se prometer nos ajudar a prender Angel Sanders, podemos diminuir essa sentença. Vai colaborar ? - Eu os olho e assento, eles pegam uma pasta e espalha na mesinha de centro, fotos e alguns documentos.

–Você sabe o que aconteceu com ela antes ou depois do incêndio ? -Suspiro e faço que sim com a cabeça e começo a falar.

–Ela era somente uma capanga, uma peça no jogo da Abigail. Angel estava amarrada e machucada quando a encontramos no galpão, eu não sei bem o que aconteceu depois, só lembro que o corpo da Abigail sumiu e Angel também. -Eles suspiraram e eu me preparei pra outra rodada de perguntas.

Passou-se uma hora e finalmente eles foram embora.

–Queremos você no tribunal regional, no dia oito de julho. -Diz o baixinho e vai embora, fecho a porta e olho pra minha mãe.

–Vai ficar tudo bem. -Diz ela e me abraça, quando nos separamos eu corro pro meu quarto, pego uma toalha, pendurada no cabide atrás da porta e vou pro banheiro, me despi e entrei embaixo do chuveiro. A água quente caiu em meu músculos tensos os relaxando, olho pra prateleira azul escura e meu shampoo está lá, suspiro feliz e despejo uma certa quantidade em meu cabelo, o massageando suavemente deixando o cheiro adocicado penetrar.

Saio de lá renovada, e coloco uma roupa ( http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=171720475 ) E saio pegando a chave de casa e partindo pra casa a frente, bato na porta e dou de cara com o pai do Heath, sorrio.

–Boa tarde, hum, Heath está ? -Pergunto, ele sorri e dá um grito e desaparece, Heath aparece na porta sem camisa.

–Kat, entra. -Diz ele e eu nego.

–Não, vai lá e coloca uma roupa, vamos visitar uma amiga. -Sorrio e ele dispara escada acima e eu espero, uns cinco minutos depois ele aparece com uma regata branca e então saímos. Pegamos um táxi e partimos em direção ao hospital.

Quando chegamos lá, fomos até a balconista e ela nos disse o número do quarto.

–Segundo andar, quarto duzentos e quinze. -Então fomos, pegamos o elevador e fomos procurando, quando chegamos abrimos a porta.

Zaine estava dormindo, tubos com soro e sangue estavam conectados a seu braço, ela tinha uma cânula no nariz, ela tinha alguns cortes mínimos por seu rosto delicado. Sorrio, seus olhos se abrem devagar, eu vou e me sento na poltrona e pego em sua mão, ela sorri quando me vê.

–Oi. -Diz ela, sua voz está rouca e fraca, ela dá um sorriso.

–Oi. -Digo e sorrio, ela olha em volta, analisando o quarto e franze a testa.

–Onde... Como ? -Pergunta ela desorientada.

–Qual a última coisa da qual você se lembra ? -Ela franze a testa e olha pro nada e depois seus olhos se arregalam.

–Fogo. -Sussurra ela e sinto que ela ficou inquieta. -O que aconteceu com Abigail e Angel ? E os policias, viram o vídeo ? -Pergunta ela com ânsia e curiosidade.

–Tá tudo bem. mostramos o vídeo e ficou tudo bem, mais ainda vou ter que ficar de castigo por roubar coisas e quebrar as leis. -Digo fazendo um biquinho e uma voz engraçado, ela ri.

–E as vacas ?

–Abigail morreu e Angel fugiu. -Seus olhos se arregalam, inconformados e um clima estranho se instala.

–Mais, como ? -Pergunta ela encabulada.

–Angel descordou a Abigail e ela morreu no fogo. -Digo meio triste também, mais não me sinto arrependida. -Não se preocupa com isso, o que importa é que estamos todos bem. -Digo sorrindo de leve e Heath foi chamar a enfermeira que chega rapidamente, dou lhe um beijo na testa.

–Descanse, quanto mais rápido você se recuperar mais rápido saíra daqui. -Falo e pisco um olho, ela sorri e a enfermeira injeta um líquido esverdeado e ela apaga, saímos do quarto e damos de cara com seus pais, sorrimos, eles parecem desesperados.

–Ela está bem ? -Pergunta desesperadamente Carmem, mãe da Zaine.

–Sim, ela está bem e se recuperando. -Isso deixa eles mais aliviados.

–Mais ela está desacordada, acho que podem ver ela. -Digo e depois saímos os deixando lá.

–Caramba, minha mãe ficou daquele jeito quando ela soube ? -Pergunto olhando pro Heath.

–Ela quase teve um piripaque, ficou pior que eles. -Diz ele e eu o olho assustada e surpresa.

–Gente, mais pra que ficar desse jeito ? -Pergunto indignada, ele suspira e olha pra mim.

–Imagine que fosse sua mãe em seu lugar, como você ficaria se soubesse que ela quase morreu ? -Pergunta ele, eu não respondo. Eu e meus comentários desnecessários.

Depois fomos diretamente pras nossas casa, ele fez questão de me deixar na porta de casa.

–Então linda, o que vamos fazer amanhã ? -Diz ele brincando com nossas mãos entrelaçadas, eu dou de ombros, sem a miníma ideia.

–Você escolhe. Mais não esquece que eu tenho psicólogo amanhã. -Digo o relembrando ele sorri de lado e pisca pra mim, sinto meu coração pular uma batida, sorrio de volta e lhe dou um beijo, suas mãos escorregam pra minha cintura e meus dedos percorrem a linha de seu queixo.

–Vou sentir falta de dormir com você. -Diz ele, meio tristonho, mais sei que ele tá planejando algo, franzo a testa.

–O que tu tá pensando em fazer ? -Ele sorri safado e me dá um selinho.

–Deixa a janela aberta. -E saí, me deixando plantada na porta de casa, bufo e entro.

Mamãe sorri quando me vê e vem me abraçar, eu sorrio e a abraço de volta, depois subo pro meu quarto, me jogo na cama macia e gemo, parece uma nuvem de tão macia, tiro os sapatos e ando pelo quarto exageradamente grande, ando até o closet e o abro, encontro minhas antigas roupas e umas novas, pego uma camisa de banda simples e um shortinho de malha e minha toalha, vou pro banheiro e depois de nua entro debaixo da aguá quente, relaxei lá embaixo simplesmente esquecendo da hora, desligo e me seco, depois visto a roupa e saio, ando lentamente pelo quarto o observando, vou na estante e corro os olhos pelos títulos, puxo um chamado acampamento Shadow Falls, e vou pra minha cama me sento, encosto as costas na cabeceira e começo a lê-lo.

É bom, rapidamente fico entretida com a história, e sem querer caio no sono, dessa vez, nada de pesadelos mas acordo com barulho de pegadas, abro os olhos repentinamente e olho pra janela dando de cara com Heath pulando o segura corpo da sacada, ele sorri e reviro os olhos e vou até lá abrir a porta pra ele.

–Quase me mata de susto! -Digo dando um tapinha em seu braço, ele sorri.

–Também senti sua falta. -Ele me beija e se joga em minha cama, sorrio e me deitou em seu lado.

–Folgado. -Digo cerrando os olhos pra ele, ele dá seu sorri de lado e pega meu livro o analisando, franze a testa.

–Fala sobre o que ?

–Fala sobre uma menina que achava que era normal, até que sua mãe manda ela pra esse acampamento e ai ela descobri que ela é uma sobrenatural e esse acampamento é mais do que ela imaginava. -Digo e ele sorri folheando o livro e depois o coloca em cima do criado mudo e se vira pra mim e me beija, suas mão passeiam por minha cintura e invadem minha blusa passando a mão pela pele da minha barriga, me causando arrepios, enquanto isso tento desligar a luz do abajur, suspiro quando seus lábios encontram meu pescoço e como tudo na minha vida tem sempre que dar algo errado e lá vamos nos.

Com a distração de Heath eu esbarro a mão no meu despertador e ele caí no chão fazendo maior barulho e já eram quase três da manhã, levamos um susto.

–Katerina ?! -Grita minha mãe lá de baixo e escuto seus passos na escada, arregalo os olhos e Heath está do mesmo jeito. Fodeu! Eu e Heath levantamos rapidamente da cama e caçamos um lugar pra ele se esconder, então abro a porta da sacada e o jogo lá e fecho a mesma em seguida, ele pula o segura corpo e desaparece.

Volto pra cama e me cubro, minha mãe abre rapidamente a porta, eu a olho assustada e sorrio sem graça.

–Desculpa, bati a mão no despertador e ele caiu. -Ela suspirou, se recuperando do susto e passou a mão na testa.

–Pensei que fosse...

–Eu sei, mais acho que a última coisa que ela vai fazer é me procurar, relaxa. -Eu digo a certeza em minha voz a confortou e ela sorriu e me deu um beijo de boa noite e saiu fechando a porta. Pulei rapidamente da cama assim que a porta se fechou e corri pra sacada, abrindo a porta e olhando pra baixo, Heath estava pendurado na grade do segura corpo.

–Ajudinha amor. -Sussurrou ele com falta de ar, e eu o ajudei a subir e fomos pra cama novamente, ele se sentou na beirada da cama limpando o suor da testa, eu suspirei e sorrimos, gargalhando baixo.

–Mal saiu do hospital e sua vida já tá cheia de aventura assim ? -Perguntou ele zuando comigo, empurrei ele de leve.

–Por um triz. -Digo fazendo o sinal com os dedos indicadores e dedão, ele sorri e vejo um filete de sangue escorrendo do canto esquerdo de sua testa, imediatamente franzo a testa.

–Nossa Heath! -Exclamo preocupada examinando o corte, ele passa a mão no corte, franziu o cenho e sua expressão ficou meio carrancuda.

–Devo ter machucado quando pulei a sacada. -Assento e vou pro banheiro e caço um kit de primeiros socorros, quando o acho vou até ele e me ajoelho ficando um pouco mais baixa do que ele.

Abro o kit e começo limpando o corte com um pouco de álcool no algodão e passei devagar pelo corte que sangrava, depois eu passei uma pomada para cicatrização e cobri com um band-aid, dei um beijo na ponta de seu nariz e ele sorrio me puxando pela cintura e me jogando na cama, gargalhei.

–Brigado minha enfermeira. -Diz ele sorrindo e me dá um selinho, me aconchego em seu peito e ele começou a fazer carinho em meu cabelo, um pequeno sorriso se abre em meus lábios, estou feliz de estar de volta em seus braços, em seu amor, em seu carinho.

–Eu te amo, sabia ? -Pergunta ele e eu o olho.

–Eu sei. Eu te amo muito também. -Digo e ele sorri eu o acompanho. Ele tira a camisa branca e fica só de moletom.

–Folgado. -Sussurro, ele dá seu sorriso de canto e eu me arrepio.

–E você gosta, né ? -Diz ele atrevido e malicioso, me analisando com seus olhos perigosos, suspiro e me ajeito em seu peito, sem responder, seus braços me envolvem e ele nos cobre com a colcha, fazendo carinho em meu cabelo e rapidamente eu adormeço em seus braços quentes.

Acordo e estou sozinha na cama, uma tristeza me abate até que eu escuto um barulho no banheiro, levanto e vou lá dando de cara com um Heath sem camisa e com cara amassada saindo de lá, ele sorri e me dá um selinho, retribuo e vou escovar meus dentes.

–E ai, quer fazer o que hoje ? -Pergunta ele se apoiando na soleira da porta e cruzando os braços me observando, enxáguo a boca e a seco.

–Quero ficar aqui. -Digo manhosa escorregando minhas mãos por seus ombros nus até seu pescoço, ele se arrepia e sorri.

–Tudo bem. -Ele me pega no colo e me coloca na cama, devorando minha boca e explorando meu corpo com suas mãos ágeis, puxo seus cabelos com brutalidade e ele geme de leve, nos viro e fico por cima, explorando a pele macia e cheirosa de seu pescoço, minhas mãos percorriam seu abdômen nu e sarado, enquanto as suas estavam em minhas coxas, ele se senta e eu envolvo sua cintura com minhas pernas.

Ele morde levemente o lóbulo da minha orelha e o lambe em seguida, um gemido fica preso em minha garganta e arranho com força suas costas, aposto que ficou marcado, sorrio com essa ideia e ele tira minha blusa a jogando num canto do quarto, deixo seus lábios exploram meu colo e pescoço, ele me deita.

Arrepios tomam meu corpo, minha respiração estava entre cortada com o trabalho de seus lábios e suas mãos em mim, seu corpo estava colado no meu e naquele momento eu estava extasiada.

–Senti falta de você sabia ? -Sussurra ele no meu ouvido, eu não respondo. -Do seu cheiro, da sua pele, do seu amor... -Sua voz rouca estava me delirando, calei ele com um beijo, sua linguá morna e com o gosto doce de menta, lambi seus lábios, querendo mais daquele gosto enlouquecedor, um sorri safado estava estampado em sua boca enquanto suas mãos percorriam minha cintura a apalpando e apertando, sentindo cada detalhe da minha pele, afundei meus dedos em seus cabelos macios os massageando e os puxando, ele saiu dando beijos molhados por minha barriga, fechei os olhos, extasiada com o calor, quase dormente, ofego.

*

Uma semana depois...

–Katerina! Anda se não nos perdemos o julgamento! -Grita minha mãe do andar de baixo, reviro os olhos e abro a porta pegando minha bolsa e meus óculos, desço e minha mãe arregala os olhos quando me vê. ( http://www.polyvore.com/bad_girl/set?id=173226294 )

–Katerina! Isso lá é roupa pra ir no tribunal ? -Exclama ela nervosa, reviro os olhos e coloco meus óculos.

–Eu tenho um compromisso depois. -Ela suspira indignada, e eu saio entrando no táxi, chegando lá entramos e vamos pra sala onde vai acontecer o julgamento, eu tiro os óculos e me sento, nervosa e ansiosa, esperamos nossa vez.

–Caso Katerina ? -Pergunta o juiz e eu suspiro.

POV. Heath

Chego ofegante no tribunal e corro pra sala aonde vai acontecer o julgamento, o guarda me impede de entrar e me sento agoniado na cadeira esperando Kat sair e me dar o veredito.

Pessoas entram e saem, eu tava pra voar naquele guarda e entrar lá a força, respiro fundo, meio triste querendo estar do lado dela. Depois de quase uma hora agoniante Kat sai e eu vou até ela que está perplexa, chocada, triste e feliz ao mesmo tempo, a abraço e lhe dou um selinho.

–E ai, no que deu ? -Pergunto afobado, ela sorri e dá um gritinho.

–Eu não fui presa, como pode ver.

–Sim, e ?

–Mais fui condenada a um mês em prisão domiciliar. -Diz ela eu sorrio e a abraço, girando ela no ar.

–Que dia vai começar sua prisão ?

–Amanhã. -Diz ela e ergue as sobrancelhas.

–É melhor do que ser presa. -Concordo com a cabeça e saímos comprimento a mãe dela.

–Oi Melanie. -Digo e ela sorri.

–Oi Heath. -Eu caminho pra minha moto e monto, dando partida chamo a Kat, ela sorri travessa e monta, eu acelero e sorrio.

Pov. Kat.

Andamos por toda a cidade e nos divertimos, um sentimento de liberdade me preencheu e sabia que iria perder aquilo rapidamente, eu amo ser livre, poder fazer o que eu quero sem ter ninguém me controlando ou ditando o que eu tenho que fazer. Eu e Heath compramos um picolé e saímos andando de mãos dadas, sentamos na relva verde do parque vazio e eu desabafo com ele.

–Heath, eu... Eu amo ser livre, sabe ? Fazer o que você quiser sem ninguém mandado em você ou ditando o que você pode ou não ser, entende ? -Ele assente com a cabeça, tomando seu suco de uva, eu olho pras minhas mãos. -E infelizmente eu vou ter que passar um mês presa dentro de casa, isso não combina comigo, fui feita pra ser livre e rebelde, metendo o foda-se pra sociedade e fazendo o que eu quero e pensar que eu vou ficar longe disso me entristece. -Digo e ele passa a mão por meu rosto, eu o olho.

–Mais se você quiser eu me mudo pra sua casa, só pra te fazer companhia e ficar trancafiado contigo, amaria ficar trancafiado contigo. -Diz ele e nos gargalhamos.

–A janela vai estar sempre aberta. -Digo pra ele que sorri malicioso e me beija.

–Mais olha, vamos aproveitar o máximo de sua liberdade hoje. Viu ? -Eu assento e ele me deita na relva macia e morna, me beija como se não houvesse hora, como se nada existisse além de nos, e eu correspondo com a mesma intensidade.

De repente ele interrompe o beijo e eu me sento enquanto ele tenta tirar algo do bolso de sua jaqueta, eu franzo a testa quando vejo uma caixinha preta, meio grande pra um anel, então ele não vai me pedir em casamento, suspiro aliviada. Por mais que eu amo o Heath, não quero me casar agora, quero fazer muita coisa ainda.

–Olha, sei que você vai ficar brava comigo mais, quando se ama você quer agradar a pessoa e ver ela feliz e eu sei que não é um poster de rock nem nada disso e que também não faz seu estilo, bom, mais ou menos, mais o que importa é que eu espero que você goste e pensei que você precisava de algo pra te deixar animada então, aqui, do fundo do meu coração e com todo o carinho. -Diz ele me entregando a caixa, eu o olho e cerro os olhos pra ele que sorri, suspiro ansiosa e abro a caixa.

Minha boca abre em um ''O'' Perfeito, meus olhos brilham e eu ofego com a pulseira maravilhosa que está ali dentro, (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=173320873), ele sorri ainda mais e eu também. Pego a pulseira com cuidado e a analiso, ela tinha cinco corações e tem alguma coisa escrita neles, sorrio quando descubro.

–Eu amo, seu cabelo, sua risada, seu jeito e você. -Eu sorrio e solto um gritinho e o abraço, algumas lágrimas caem mais as limpo rapidamente e ele coloca a pulseira.

–Brigado, eu amei! -Digo e o beijo.

–Eu te amo. -Digo o olhando nos olhos.

–Eu também. -Sorrimos e eu suspiro um pouco frustada.

–Eu não tenho nada pra te dar entroca.

–Só por existir você já me dá tudo e um pouco mais. -Diz ele mais ainda não estou convencida e me decido de comprar algo pra ele.

Voltamos pra cidade e vamos pra festa do Delsing, sua casa estava cheia de adolescentes e luzes piscando, sorrimos um pro outro e entramos. O ar abafado nos envolve e tentamos passar pela multidão de corpos dançantes e vibrantes, encontramos Delsing perto da piscina cheia de gente, ele sorri quando nos vê. Eu o abraço forte, adoro ele.

–Oi, feliz aniversário. -Diz Heath e eu arregalo os olhos surpresa, era niver dele e eu nem sabia, tento não demostrar.

–Feliz aniversário D. -Digo e ele sorri.

–Valeu gente. Vamos, peguem as bebidas e vamos festejar! -Ele grita a última parte e gargalhamos e pegamos copos de cerveja e começamos a nos entrosar na festa.

Eu bebi uns três copos de cerveja e mais uns shots de vodka, eu estava tonta e nem percebi que tinha me perdido de Heath, quando me vi, tinha mãos desconhecidas na minha cintura e lábios doces colado nos meus, o perfume era conhecido, tentei me separar da pessoa mais não consegui, eu estava prensada na parede e não estava conseguindo raciocinar direito, a bebida tomou conta.

Os lábios continuaram se movendo eu não correspondia, não queria, virei a cabeça pro lado cortando o beijo, uma mão possessiva virou meu pescoço e a língua invadiu novamente minha boca tinha gosto de vodka e rum, com raiva mordi sua língua, ele sorriu divertido e lambeu meus lábios, senti um pouco do gosto de sangue e gemi, com nojo, suas mãos subiram pras minhas costelas e desceu até minha cintura novamente, um arrepio me tomou, não acredito que gostei daquilo, me debato e grito, o som estava muito alto, ninguém me escutaria, um medo tomou de conta, ouvi sua gargalhada e seus lábios estavam perto da minha orelha.

–Relaxa, você consegui fazer mais do que isso Kat. -Sussurra ele, eu franzo a testa, a voz conhecida tentei ver o rosto mais estava muito escuro.

–Me solta! -Exclamo me debatendo.

–Curte comigo vai. -Sussurra ele, sua voz rouca, e sua língua invadiu novamente minha boca, tentei morde ela.

–Para Kit-Kat, eu sei que você é arisca mais deixa eu te provar. -Seus lábios partem pro meu pescoço o lambendo e mordiscando, suspiro extasiada e com ódio, algumas lágrimas escorreram, não queria ter meu corpo violado por essa criatura cínica. -Mas admite, você tá gostando. -Me odiei por ele ter um pouco de razão, mais parte de mim não estava gostando nem um pouco e seus lábios voltaram colados nos meus, até que de repente ele se vai, suspiro aliviada, e caio no chão me encolhendo e chorando.

–Kat, calma anjo, tá tudo bem agora, eu to aqui. -Eu arregalo os olhos e sorrio totalmente alegre e pulo em seu pescoço o abraçando e respirando seu perfume.

–Vamos pra casa, eu quero ir pra casa Heath. -Digo choramingando e ele me pega no colo e me passa pra outros braços, que me levam pra fora da casa, olho pra pessoa.

–Delsing, ele, ele tentou... -Não consigo terminar, caio no choro lembrando das suas mãos nojentas passando por meu corpo, Delsing me abraça. Um cara sai voando, praticamente, da casa e Heath vai atrás dele, que está caído no chão, Heath chega perto dele e o soca, uma, duas, três, quatro, cinco, seis... Perco a conta, Heath o chuta e o pega pelos cabelos e o arrasta até mim o jogando aos meus pés.

–Pede desculpas. -Diz ele ofegando. -Pede! -Grita ele pro cara e ofego quando vejo quem é.

–Marshall ? -Sussurro abismada, com os olhos arregalados, ele abaixa a cabeça. -Como pode... Seu desgraçado, eu era sua amiga, seu infeliz! -Me levanto da grama, com muita raiva, e o soco, depois lhe dou um chute no saco bem forte, ele grita e chora levando a mão nas bolas, nunca mais vai ter filhos na vida.

–Esqueceu quem eu sou ?! -Grito pra ele enraivecida. -Sou Katerina Marconní, idiota! A Bad Girl! -Ele geme, ainda segurando as bolas e rolando de dor, algumas pessoas já estavam fazendo rodinha pra observar a treta, algumas riam descaradamente, Heath gargalha e me pega no colo o deixando lá.

–Já chamei a polícia. Boa sorte sendo mulher na cadeia. -Diz ele e saí, Delsing olha pra ele com nojo e lhe dá um soco. Acho que ele desmaiou, enfio o pescoço na curva do pescoço do Heath e respiro seu perfume e apago.

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Notas finais do capítulo

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