Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 45
Surpresa ?


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii jujubinhas, voltei! Demorei ? Acho que sim, me perdoem, me deu um bloqueio criativo e rolou umas treta lá na escola com a vaga quase que eu não consigo estudar, mais agora ta tudo de boa na lagoa kkkkkkkk e aqui estou eu novamente com um cap cheroso pra vocês, cherosos do meu core! Quero agradecer a todos que comentaram, sério to muito feliz, e todos que acompanham a fic e sim vocês também fantasminhas.
Espero que gostem e não esqueçam de comentar, se expressem, falem o que está errado o que precisa melhorar e podem me xingar pela demora também kkkkkkkkkk, comuniquem-se comigo, expressem sua opinião ela é sempre bem vinda.
Para uma experiência completa escutem essa música: https://www.youtube.com/watch?v=cH2512J7GCY
Beijos jujubas e até a próxima.



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POV Heath.

Então, a pequena viajem de carro para a casa de Parker, meu amigo hacker, tinha sido silenciosa e com um clima pesado de preocupação pela noticia, não exata, da Kat.

Ela contou para a Zaine assim que chegamos no aeroporto, seu semblante de animação e alegria se foi o que deixou o clima insuportavelmente pesado. Kat estava calma, quieta e sei que a preocupação acabou de a consumir.

Nos últimos dias que passamos naquele avião eu sabia que ela não estava nem um pouco bem, ela não dormia a algum tempo e tirava apenas pequenos cochilos já que ela não podia acordar gritando e tendo um ataque dentro do avião.

Ela não falava mais do que o necessário, fingia com sorrisos e suas famosas patadas que estava tudo bem, que ela estava bem, mais foi em vão, eu sei como ela é e nada disso adiantou.

Ela se sentia culpada.

E isso estava a matando.

Ela sussurrava isso enquanto dormia.

Eu a amo tanto e queria a proteger de tudo se fosse possível, mais não posso a proteger de sua própria mente, mais vou tentar, se for preciso, até com minha vida.

No carro ela deu uma cochilada, e parecia um anjo dormindo, dei um sorriso a observando.

Seus cabelos pintados de loiro que caíram muito bem nela e sua beleza mortal, seus olhos castanhos com seus cílios super longos, seus lábios rosados entre abertos, a expressão de paz em seu rosto.

Então sua testa se franziu e ela começou a se agitar.

Eu a cutuquei e ela acordou de supetão e agarrou minha mão forte, ela começou a se acalmar lentamente, depois deu um sorriso meio sem vontade e encostou a cabeça em meu ombro, eu acariciei seu cabelo macio, eu a abracei e dei um beijo em sua testa.

Chegamos e eu tirei as bagagens enquanto Zaine pagava o taxista e Kat olhava ao redor analisando o dia nublado e frio de Kansas. Bato na porta.

—Heath! E aí ? -Diz ele apertando minha mão e me dando um abraço, Parker era alto, magro, com olhos pretos, cabelo curto e uma barba por fazer, eu chamei as meninas e as apresentei.

—Parker, essas são Katerina e Zaine. -Ele deu uma abraço em cada uma e depois entramos, Kat se enfiou embaixo do meu braço e sorriu pra mim, coloquei minha mão em sua cintura. Enquanto Parker nos aconchegava em nossa nova estádia.

—Ali a direita está a cozinha, aqui é a sala e ali na frente é meu escritório. Agora, vamos subir vou mostrar seus quartos. -Subimos a escada e passamos por um corredor onde tinha quatro portas.

—Essa primeira porta a direita é o banheiro, Zaine essa porta da esquerda é seu quarto. -Disse ele apontando pra porta de frente pro banheiro.

—Esse é o meu quarto, e o de vocês é aqui. -Disse apontando pra porta a esquerda. Sorrio e entro em meu quarto, sussurrando um obrigado pra ele e fecho a porta, Kat se senta na cama, as olheiras fundas e os olhos pesados.

O quarto era simples uma parede preta e o resto branca e com uma mobília básica, armário, penteadeira, cama de casal e um criado mudo amarelado.

Eu e Kat desfizemos as malas e arrumamos o que deu, depois fui preparar algo para comermos.

Na maioria do tempo penso como livrar-la dessa, mas para isso tínhamos que ter um plano e desmascarar elas, mais antes teremos que enfrentar elas.

Minha linha de pensamento é interrompida com pequenos braços envolvendo minha barriga.

Sorrio e lhe dou um selinho.

—Parker está nos chamando para tomar uma cerveja. -Diz ela sorrindo e me enchendo de beijos, a agarro e a coloco em cima da mesa, beijo seu pescoço com minhas mãos passeando por sua cintura.

Escuto a geladeira ser aberta e me separo rapidamente da Kat.

—Foi mal, não queria interromper vocês dois. -Diz ele com um sorriso malicioso e sai enquanto caímos na gargalhada, a tiro delicadamente de cima da mesa e a coloco sentada em uma cadeira e termino de fritar as batatas.

Saímos na sala onde tinha um baralho na mesinha de centro, uma caixa de cerveja no pé da mesinha e duas em cima dela, com bandas de limão e quimbas de cigarros espalhadas pela mesa.

Coloquei o prato de batatas fritas, e peguei uma cerveja para mim e Kat, enquanto ela se aconchegava a mim no sofá para duas pessoas.

Abri as cervejas e dei uma para Kat, depois espremi um pouco de limão na minha e dei um gole.

—Então Heath, essa é a sua gata fugitiva ? -Perguntou Parker, ri e dei outro gole na cerveja e escutei uma gargalhada de Kat.

Como era bom escutar ela rindo.

—É, essa é minha namorada. -Digo olhando pra ela e lhe dando um selinho.

—Que bom cara... Então Zaine, tem namorado ? -Perguntou Parker na maior cara de pau e todos nos gargalhamos.

Uma coisa que eu admirava em Parker era seu humor, mesmo na foça ela ainda conseguia rir, e consequentemente fazer todo mundo ao seu redor cair na gargalhada também.

—Sim. -Disse Zaine quando conseguiu parar de rir.

—Que pena.

—Então, Heath como foi que você conseguiu ser perseguido pela policia ? -Suspirei.

—Ah, cara é uma longa história, depois te conto. -Depois de um tempo e muito papo Kat adormeceu em meu ombro e resolvi que já era hora para dormir.

Subi e a coloquei na cama e a cobri, depois, tomei um banho bem quentinho e coloquei uma calça de moletom com uma blusa qualquer e me enfie de baixo dos cobertores, enrolei Kat pela cintura e me abracei a seu corpo delicado e cai no mundo dos sonhos.

*

Acordei descansado e disposto como nunca estive, então escutei um pequeno ronco ao meu lado e sorri, beijei o pescoço branco e macio da Kat e depois parti para seus lábios macios e rosados.

Encostei de leve neles depois os mordisquei, nunca me cansaria disso, nunca me cansaria dela, nunca me cansaria de estar morrendo de amores por ela, nem de nada nela.

Ela deslizou a mão por meu abdômen, eu me arrepie por inteiro, ela arranhou minhas costas e mordeu meu lábio inferior, depois foi finalizando o beijo com selinhos longos.

Sorri e a encarei.

—Bom dia. -Sussurro e mordisco seu pescoço, enquanto ela puxa meus cabelos.

—Bom dia. -Ofegou ela e depois soltou um pequeno gemido, que me deixou ''animado'', se é que me entendem.

—Você não teve nenhum terror noturno noite passada, sabia ? -Pergunto, enquanto eu me apoiava na mão e a encarava, ela sorriu e assentiu.

—Menos uma coisa para se preocupar. -Sorriu e a pego no colo descendo as escadas e indo pra cozinha.

Encontro Zaine passando manteiga na torrada e Parker comendo Donuts fuçando num laptop em cima da mesa de madeira com quatro cadeiras.

Coloco Kat sentada em uma delas e me sento na outra, ofereço algumas torradas a ela e a mesma recusa.

—Katerina Marconní recusando comida ? -Exclamo chocado e Zaine faz o mesmo com um exagero bem exagerado.

Rimos e Kat, de raiva, da uma mordida na torrada e depois da um sorriso falso.

—Bem melhor -Digo e lhe dou um beijo na bochecha.

— E aí, algum sinal de vida delas ? -Pergunto em um suspiro, e dou uma dentada na torrada com um pouco de manteiga e dou um gole no café. Ele suspira.

—Não, tudo que achei foi um rastro perto de Savannah. -Diz ele suspirando e tomando um grande gole de seu café.

—Parker, vou sair com as meninas para comprar umas roupas e queimar as velhas depois. -Falo. –Meninas vão colocar uma roupa. -Kat se levanta sendo seguida por Zaine e sobem as escadas.

Dou rapidamente outra dentada e um gole rápido no café e subo.

Tomo um banho rápido e coloco uma calça jeans preta e uma blusa de frio cinza e jogo uma jaqueta por cima e arrumo meu cabelo num topete, depois espero as meninas no sofá de veludo branco na sala de estar do Parker.

Parker e eu eramos velhos amigos de infância estudamos juntos até a sétima serie, quando se mudou para Montana e então nos separamos, mais sempre mantivemos contatos e ele me ajudava a Hackear algumas contas e saber dados de gente importante, isso foi de uma fase ''negra'' minha, antes de eu conhecer a Kat.

Elas descem e nos saímos, o vento frio nos atingi e Kat me abraça pela cintura enquanto seguimos para o carro do Parker, uma picape azul escura brilhante e zero folha, com trava eletrônica e tudo.

Nos entramos e eu, ansioso, finalmente giro a chave.

O motor ronrona suavemente e dirijo em direção ao shopping errando umas quinhentas vezes, o shopping ficava no centro que ficava quase a umas duas avenidas depois da casa dele e ficamos perdidos mais vezes do que posso contar.

Chegando lá as meninas descem, animadas, e vão em cada loja, elas me obrigam a comprar roupas novas também.

Fazemos uma compra pequena e tentamos ser rápidos, mas, sabem como são mulheres não, é ? Depois saímos e vamos para um bairro quase saindo da cidade e queimamos cartões de crédito, passaporte, identidade, roupas... Tudo relacionado a nossa antiga vida em Califórnia.

Suspiro e depois dirijo mais duas horas para voltar para casa do Parker, chegamos e comemos e vamos dormir, todos exaustos.

Tomo um banho quente e caio na cama esperando por Kat depois ela se deita e se enrola em mim e caímos no sono profundo e cheio de sonhos.

Acordo novamente revigorado e descansado, suspiro e me espreguiço, me sentando na cama, Kat não acordou, mesmo com toda a movimentação na cama.

Ela sorri e vira pro lado, continua dormindo.

Sorrio, feliz por vê-la dormindo tranquila depois de meses,lhe dou um selinho depois levanto cuidadosamente da cama, não quero acorda-lá.

Vou para o banheiro e jogo uma água no rosto e escovo os dentes, depois desço e vou pra cozinha, Parker está sentado na mesa com um laptop na sua frente, olheiras fundas marcam seus olhos, e Zaine está sorridente passando Nutella num pedaço de pão de forma.

Cutuco o ombro do Parker, ele me olha e toma um gole de seu café com energético.

—Quer ajuda ? -Pergunto, querendo realmente ajuda-lo.

—Não, está tudo bem. Eu estou em cima do rastro delas nesse momento. -Diz ele quase energético.

—Cara tudo bem eu vigio elas, vai lá dorme, qualquer coisa eu te acordo. -Ele suspira.

—Sério ?

—Sério -Respondo e ele se levanta subindo as escadas e então eu fuço um pouco na internet.

—Bom dia Zaine.

—Bom dia Heath, dormiu bem ? -Pergunta ela e eu sorrio.

—Sim e você ? -Pergunto.

—Sempre. -Ela se levanta saltitando e vai lá pra cima.

Franzo o cenho e suspiro tomando um gole do café que o Parker deixou do lado do computador e passo umas boas horas lá fuçando e pondo em prática as minhas habilidades que afastei todos esses anos.

Até que me sai bem.

Sons de pés descendo a escada enchem meus ouvidos.

E um selinho me acorda para o mundo.

Lábios quentes e com gosto de menta. Sorrio.

—Acordou bela adormecida ? -Digo a puxando para meu colo e a encho de beijos, ela gargalha.

Ah, como senti falta daquela gargalhada. Sorrio e ela me encara.

—Como ta indo o processo ? -Pegunta ela com uma voz rouca.

—Lento mais achamos elas, estão em... -Eu cliquei em enter e fiquei assustado e surpreso com o que saiu. –Casper. -As palavras saem num sussurro da minha boca, seus olhos se arregalam.

Num grito ela chama a Zaine que desce assustada com a boca meio avermelha, os cabelos bagunçados e um Parker do mesmo jeito atrás. Suspeito.

Então nos reunimos e ficamos quase duas semanas arquitetando o plano e estudando a fundo uma fabrica abandonada que para onde atrairemos elas, eu e Parker treinamos as garotas.

Zaine já sabia um pouco de luta, metade ela aprendeu com a Kat e ela fez um ano de karatê então eu só tinha que aquece-las e prepara-las para enfrentar tudo.

Por que não íamos desistir sem lutar.

Então depois de tudo preparado e com passaportes falsos na mão nos vamos, embarcamos e ansiosos esperamos para chegar em Casper e livrar Kat dessa.

Nos desembarcamos e tem policias em todos os cantos mais passamos despercebidos, depois vamos para a antiga casa de Kat.

*

POV Kat.

Descemos do táxi e uma tristeza me abate, meu coração se parte em mil e luto contra as lágrimas.

Tabuas lacram a porta da frente, a fachada tá meio podre e com pichações pelas paredes, a casa onde eu tinha passado a metade da minha vida está acabada, minhas lembranças destruídas, algumas lágrimas escapam e deslizam pela minha face. Só espero que minha mãe não esteja morta e nem Peter.

Damos a volta e vamos para a porta de trás que está com algumas madeiras também, eu e Heath arrancamos as madeiras e metemos o pé nela, que quase cai, entramos.

A casa está conservada por dentro, ainda não deu tempo pra ela apodrecer, as janelas estão quebradas e os cacos estão espalhados pelo carpete da sala, cutuco Heath. Eu não aguentaria ficar ali.

—Heath, vamos, eu não vou conseguir ficar aqui. -Sussurro e ele assente então saímos da casa e vamos pra sua casa, ela está um pouco melhor que a minha, tem algumas tábuas lacrando a porta da frente, então fazemos o mesmo processo, vamos pros fundos e entramos.

Sua casa está suja e mal cuidada, parece que foi deixada as pressas, poeira acumula em cima dos objetos e moveis, subimos as escadas e eu vou pro seu quarto.

A placa de ''GET WAY!'' Continua na porta do seu quarto, a porta está entreaberta, empurro a porta e entro devagar, sua cama está apenas com uma colcha preta simples, a maioria de suas coisas, que antes ocupavam grande espaço no quarto, agora vazio, estão empacotadas em caixas de papelão bege e lacradas com fitas adesivas que estão cobertas de poeira.

As paredes que antes eram cheias de prateleiras e poster's, agora, a maioria dos poster's estão rasgados e as prateleiras sumiram, tanta coisa mudou, eu não queria que nada disso tivesse acontecido.

Uma enchente de sentimentos me preenche, inclusive raiva, então pego a primeira coisa que vejo pela frente, um abajur, e acerto com toda a minha força na parede, ele se estilhaça, pego meu canivete e enfio ele nos poster's e saio rasgando e destruindo tudo que vejo na minha frente, pego um taco de beisebol que encontrei no canto do quarto e vou em direção da sala, passo por Zaine que me olha assustada e Heath que tenta me parar.

—Não! -Rosno pra ele, que recua e termino o meu trajeto, chego a sala e miro em um vaso preto muito lindo, me preparo e o taco acerta ele em cheio, que joga cacos de vidro em tudo.

—Kat! -Grita Zaine assustada, ignoro e arrebento a mesa de canto, pego outro vaso e arremesso ele na parede.

Cacos de vidro enchem o chão.

—Não era pra nada disso ter acontecido. -Sussurro, minha cabeça a mil. –Mais parece que minha vida é amaldiçoada! Todos que eu amo acabam, ou mortos ou me abandonam! Antes meu pai, depois o meu namorado, depois meus amigos, depois minha mãe e meu irmão, falta quem agora ? -Levanto o taco e aponto pra Zaine. –Você ? Ou você ? -Levanto o taco e acerto a Tv de plasma deles.

—Acho que não vão precisar mais disso, eles não estão aqui pra assistir mesmo. -Digo e chuto com força o dvd deles.

Depois saio da casa e vou pra minha correndo, entro e acerto a Tv e alguns vasos, depois vou na cozinha e pego a mamadeira do Peter jogo no chão e piso em cima.

—Ele também não vai precisar disso. -Sussurro e rio com escárnio, Heath e Zaine me acompanham, acerto o microondas. Depois subo as escadas e vou pro meu quarto, está tudo do jeito que deixei, tudo empacotado.

Pego meu canivete e começo a abrir as caixas e esparramar tudo no chão, depois que vejo que tem um número considerável de coisas no chão pego taco e arrebento tudo, cacos banham o chão.

—Vocês perceberam que eu acabei com a vida de vocês ? -Pergunto eles me olham assustados mais não respondem. –Pois é! Eu acabei com a vida de TODO MUNDO que me rodeava, tudo por culpa minha! -Continuei minha destruição. –Acabei com a sua vida Heath, e a sua também Zaine, acabei com a vida da minha mãe, do Peter. De todo mundo, eu... Eu sempre estrago tudo, de qualquer jeito. Sempre! -Pego o canivete e rasgo o colchão.

—Eu gostava desse colchão. Memórias, memórias em todas as partes, em tudo, no colchão, na mesa, na... Em tudo! -Grito e desço as escadas e com o taco de ferro na mão acerto a mesa, ela treme mais nada sai, ela não quebrou. Acerto várias vezes até a tampa redonda de madeira sair da base e cai no chão com um estrondo.

—Já que tá tudo ferrado mesmo, está tudo perdido e não a nada que possamos fazer. -Falo com lágrimas nos olhos. Minha esperança se esvaindo.

—Kat, ainda tem esperança sim. Não lembra do plano que montamos ? Hã ? Das horas incontáveis de treinamento ? -Diz ele com a voz mansa, mais ele estava assustado.

—Não! Ele não vai adiantar de nada! Mamãe e Peter já estão mortos e... Sabe o que é mais chocante ? -Lagrimas descem quentes pelo meu rosto. –É que nas últimas semanas em vez de nos preocupar em salva-los estávamos treinando e arquitetando ''planos''. Como se eles não fossem nada! -Vou pra cozinha e abro os armários, acertando as portas e pratos, fazendo elas arrancarem da base e mais cacos voarem.

Acerto a cafeteria, esparramando café velho por tudo.

—Devíamos ter salvado eles! Devíamos! -A dor no meu peito transborda, não tem lugar mais aqui dentro. Caio no chão e choro, o taco desliza da minha mão e rola pela cozinha Heath e Zaine vem ao meu encontro, eles me abraçam e me confortam.

Sangue escorre das costas das minha mãos e mancham o chão, alguns cacos estão presos em minha pele, eu pego um caco e puxo ele devagar, o sangue escorreu. Zaine buscou o kit médico no banheiro e Heath me sentou no sofá, depois ela foi pra cozinha fazer alguma coisa para comermos.

Heath pegou algumas bandagens, álcool, e uma pinça, e começou a tirar os cacos de vidro de dentro dos cortes, depois de limpo ele jogou álcool, ardeu, depois enfaixou com as bandagens e me deu um selinho.

—Desculpa se te assustei -Suspirei, e peguei suas mãos, macias e quentes, nas minhas, frias e enfaixadas. –Eu, não quis fazer aquilo. Eu simplesmente explodi. -Expliquei e ele assente.

—Não tem problema, todos temos o direito de explodir. -Disse ele e sorriu sem entusiasmos, tentando colocar verdade em suas palavras. –Eu sei o que você está passando, eu e Zaine também perdemos nossos pais. Estamos quase explodindo também. -Ele sussurrou a última parte.

Eu o agarro, devagar, pela gola da camisa e colo seus lábios, quentes e adocicados, nos meus, alguns segundos se passam e seus lábios valsam nos meus, ansiosos e explorando cada parte da minha boca.

Suas mãos exploram minha cintura, barriga e costas, suspiro quando ele mordisca meus lábios e aperta minha cintura, quando o ar é necessário seus lábios quentes partem para o meu pescoço, arranho suavemente suas costas, enquanto seus lábios correm por meu pescoço e colo.

Meus dedos afundam em seus cabelos sedosos, e suas mãos em minha cintura me puxam para mais perto, ele me senta em seu colo e enlaço sua cintura com minhas pernas, passando a mão em seu rosto e costas, seus lábios atacam os meus, mordo seu lábio inferior e o puxo, ele me olha e sorri, então um pigarreio nos interrompe, e a tensão volta.

—A sopa está pronta pombinhos. -Zaine cantarola, como se eu não tive um ataque a praticamente dez minutos e estava me pegando com o Heath a três segundos atrás.

Levanto e dou lhe um abraço forte e longo ela cai em lágrimas. Ela sente falta dos pais e está preocupada com eles, ainda não sabemos se eles foram pegos pelas bruxas.

—Oh Kat! Eu sinto tanta falta deles e você me assustou! -Soluça ela. Eu a aperto mais um pouco e deixo ela desabafar enquanto tomamos um pouco de sopa.

—E não fique brava mais eu trai o Marshall com o Parker. E agora... Que dizer o Parker é fofo e delicado e muito gato e o Marshall é fofo também e eu me sinto culpada e não sei de quem eu gosto, to tão confusa. -E então ela chora de novo. Eu e o Trevisan passamos o resto da tarde a consolando até ela achar uma garrafa de Whisky e se embebedar o suficiente pra dormir no sofá da sala.

Heath a carregou até o quarto dela e a botou na cama, depois fomos pro meu quarto e viramos o colchão de casal pro lado de trás que eu não tinha rasgado, depois fui tomar uma ducha enquanto ele limpava a bagunça que eu tinha feito, como senti falta daqui, da ducha e do cheiro do meu shampoo.

Memórias e sentimentos me pegam como uma avalanche, rapidamente fecho o chuveiro e me enrolo na toalha.

Me enfio dentro de uma blusa velha do Guns N Roses e um shortinho preto e espero o Heath sair do banho, enquanto isso troco o forro da cama e dos travesseiros.

Depois vou ver como está a Zaine, então desço as escadas e vou para a cozinha e preparo um lanche pra nós e volto pro meu quarto, Heath está se deitando e sorri quando me vê, coloco o prato com as bolachas e os copos de café com leite em cima do criado mudo e me sento na cama, ele me dá um selinho e eu pego a bandeja e coloco no meio da cama ele sorri.

—Obrigado amor. -Ele me dá um selinho e eu sorrio franzindo a testa.

—Amor ? -Pergunto e ele franze a testa.

—O que ? Não pode ? - Interroga ele e eu sorrio.

—Não! Claro que pode, é só que você nunca me chamou assim antes. -Esclareço e ele dá uma mordida na bolacha.

—Eu pensei que você não gostasse de ser chamada de amor, é cliché. - Eu sorrio.

—É claro que eu gosto, amor. -Ele me olha com um sorriso no olhar enquanto ele dá um gole no café com leite. –Tá bom ? Eu nem provei. -Pergunto e seus olhos brilham.

—Tá ótimo. -Responde ele. –Suas mãos estão melhores ? -Pergunta ele apontam pras minhas mãos desenfaixadas, tive que tira-las para tomar banho.

—Ainda meio dolorido. -Respondo e tomo um pouco do leite com café para ajudar a descer a bolacha.

—Faço um curativo depois que terminarmos aqui, tá ? -Pergunta e eu assento, já que estou com a boca cheia.

O silêncio reina por um tempo, nesse meio tempo aprendo que não posso ficar em silêncio com meus pensamentos, memórias preenche meus pensamentos, de como minha vida foi turbulenta até agora, primeiro meu pai, depois meu namorado, eu e Dylan costumávamos a tomar chá e andar no parque.

Amávamos a natureza, ela nos acalmava, depois de sua morte tudo ficou mais estranho, mais dolorido, mais sem sentido e mais sombrio.

Abigail se aproveitou da minha dor e me torturou junto com seu grupinho, ela nunca fora muito legal comigo nem quando papai estava vivo nem depois disso.

Ela nunca fora gentil com ninguém, sempre foi fria e calculista mais depois da morte dele ela enlouqueceu de vez.

Nenhuma de nós superou, até hoje tenho pesadelos com ele e aquela criatura bizarra em cima dele, não pode ter sido um... demônio que o matou. Eu sou irônica, não louca.

É ridículo!

—Kat! Kat! -A voz urgente de Heath me traz para a terra, sua testa está franzida e seu olhar assustado, acho que ele tem medo que eu enlouqueça, estou assustando ele. Sorrio e ergo a sobrancelha.

—Desculpa, me perdi aqui. -Digo e tento parecer descontraída, seu rosto relaxa um pouco.

—O que te perturbas bela dama ? -Pergunta ele fazendo uma voz engraçada que me faz rir.

—Oh meu senhor! Lembranças é isso o que me perturba! -Respondo teatralmente e nos rimos, sinto falta do tempo em que tudo era normal.

—Que tipo de lembrança ?- Pergunta ele normalmente dessa vez, eu franzo a testa.

—De que a Abigail era meio maluca mesmo antes da morte do meu pai. -Respondo omitindo a parte do suposto ''demônio'' e a pequena falta do meu ex-namorado.

Ele ergue a sobrancelha.

—Que tipo de maluca exatamente ?

Suspiro.

—Do tipo irritadiça, fria e calculista. -Ele ergue a sobrancelha, eu reviro os olhos.

—Eu sei mais não é o tipo irritadiça, fria e calculista da Katerina Marconní, era mais de um jeito psicopata e sombrio, bem mais do que eu, meio que bizarro, era como se ela estivesse planejando matar todos enquanto dormiam. -Digo.

—Bizarro. Mais bora mudar de assunto, né ? -Pergunta ele erguendo a sobrancelha, eu assento e ele parte para minha boca.

Seus lábios exploram os minhas e sua linguá continua a exploração de mais cedo, sorrio por entre o beijo.

—Heath... O-o que... você tá... fazendo ? -Pergunto entre os beijos, ele sorri.

—Mudando de assunto. -Explica ele com o sorriso mais safado do mundo, e com aquilo o clima estava no ar.

Me esqueci de todo o assunto da Abigail e tudo mais, tudo o que sabia e queria saber, pelo menos por agora, era de nós e de suas mãos em minhas coxas.

Ele me puxou para o seu colo e novamente eu enlacei sua cintura com minhas pernas, afundei minhas mãos em seus cabelos, suas mãos passeavam por debaixo da blusa, em minha barriga, eu ofeguei e me arrepie.

Joguei a cabeça para trás e ofeguei com o toque quente em minhas costas e barriga, então seus lábios partiram para meu pescoço sugando a pele, deixando marcas, escorreguei minhas mãos por debaixo de sua blusa e ele ofegou quando comecei a explorar sua barriga, sorri e dessa vez eu ataquei seu pescoço.

Sua pele quente era macia em meus lábios, eu depositava beijos e mordiscava, ele ofegou e me deitou na cama com um pouco de violência, prendendo minhas mãos contra o colchão e mordiscando desde meu pescoço até meus lábios, ele prendeu meu lábio inferior entre os dentes e o puxou devagar, quando eles escapuliram de seus dentes ele parou e me olhou, analisando meu rosto.

Depois levantou minha camisa até aonde começava a barra do meu sutiã, e saiu distribuindo beijos molhados por toda minha barriga, eu me contorcia e gemia, finalmente me livrei de suas mãos e ele retirou minha camisa a jogando em algum canto do quarto, suas mãos caminhavam por minha cintura e as minhas corriam pela barra de sua blusa que retiramos e teve o mesmo fim da minha.

Seus lábios navegavam por minha barriga, depois voltou a minha boca enquanto suas mãos achavam a barra do meu short.

*

Olhei para o seu rosto, o quarto estava escuro por causa da cortina e do tempo, estava escuro lá fora, aposto que está nevando, sua pele macia estava rosada, seus olhos fechados, os cabelos bagunçados e um sorriso tranquilo no rosto.

Eu acariciava suavemente seus cabelos, corri a mão por seu rosto, sua pele quente e macia me trazia calma, já ia retirar minha mão, a mão de Heath pegou meu pulso levemente.

—Não, por favor. -Suplicou ele, levei um pequeno susto mais continuei, o sorriso em seu rosto ficou um pouco maior, suspirei.

—Há quanto tempo você está acordado ? -Sussurro com minha voz meia rouca, ele solta uma pequena gargalhada.

—Há pouco tempo. -Suspira ele para mim, meio anestesiado. Ele abriu um pouco os olhos e olhou para mim, e me puxou para o seu peito, ali era quente e confortável.

Ajeitei o pano que estava sobre nossos corpos e ficamos ali, passou-se um tempo depois e acho que dormi, acordei e Heath tinha sumido, eu estava embolada no pano e deitada em um travesseiro que era para ser seu peito, suspirei e levantei, fui direto pro banheiro e tomei um ducha, depois escovei os dentes e me enfie em sua blusa.

Desci e encontrei os dois na sala assistindo Tv, sorri e fui pra cozinha e preparei algo para comer, depois fui pra sala e me sentei entre os dois, e comi meus ovos com suco enquanto os dois resmungavam sobre alguma coisa que eu não prestei muita atenção, me perdi novamente em meus pensamentos, fui acordada por barulhos na porta.

Pesadas na porta de trás, a porta tremia e rapidamente ficamos alertas, Heath foi verificar e olhou pelo olho magico, sorrio e abriu a porta, franzi a testa.

Delsing e Marshall estavam lá, olhou para nós assustados e congelaram por alguns instantes, sorri e corri, pulei praticamente em cima do Delsing, escutei Heath rosnar lá de trás.

—Ai meu Deus!! Que saudade! - Falei e dei um abraço no Marshall e depois ele correu para a Zaine.

—Caramba! Vocês tinham sumido e depois aparecem nos noticiários, eu fiquei confuso e... -Ele me deu mais um abraço. Admito que senti falta dele, e do Marshall, mas mais dele.

Eles entraram e só faltava o Heath pular em cima do Delsing só por ciúme, dei um sorriso malvado e apertei de leve seu braço.

—Calma playboy, eu sou sua. -Sussurrei para ele, que relaxou e me deu um selinho. Fomos todos para a sala e esclarecemos tudo para eles.

—E esse plano você vão executar quando ? -Perguntou Delsing franzindo a testa.

—Daqui a dois dias, vamos repassar tudo e depois vamos agir. -Respondi.

—Nós vamos ajudar. -Exclamou Marshall. E eu olhei para Heath.

—Tá, quanto mais gente melhor, né ? -Ele ergueu as sobrancelhas me olhando e eu assenti entusiasmada, Heath explicou o plano pros dois e começamos a repassarmos ele.

Estava louca pra encarar aquelas bruxas.

XXX


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Notas finais do capítulo

Comentem, podem até me xingar pela demora.



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