Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 38
Deusa adolescente ?


Notas iniciais do capítulo

Oie, demorei ? Pra caralho, eu sei mais está aqui um capitulo cherosissimo só pra vocês.
Eu demorei por que eu não conseguia terminar o capitulo e eu fui enrolando e acabou que demorou, me perdoem.
Bejuss.



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—Por que veio atrás de mim ?-Pergunto me ajeitando no peito do Trevisan. Estamos no meu dormitório.

Chegamos a alguns minutos, e resolvemos deitar um pouco e colocar os assuntos em dia.

— Quando eu voltei para a cidade sua mãe, me contou. O por que de você fazer aquilo. Eu me senti um idiota por não ter percebido isso antes. -Diz ele com uma culpa na voz, acaricio seu braço.

—Eu tentei Katerina, eu juro que tentei seguir em frente, mais não conseguia, demorou demais pra parar de pensar em você, e quando eu pensava em você com outro...

Ele não terminou, eu suspirei.

—Não é culpa sua. É que eu te olhei naquele dia e você parecia tão cansado, tão... triste e aquilo me fez perceber que eu só te faço...

—Fazia! Na verdade, você nunca me fez mal, só bem -Diz ele e me beija carinhosamente, passeando a mão pelo meu corpo e aquilo acendeu uma chama dentro de mim.

Me aproximei mais, colocando minhas pernas uma de cada lado de seu quadril, intensificando o beijo e deixando ele animado.

Sorri entre o beijo e ele pega na minha nuca me trazendo ainda mais pra perto, intensificando o nosso ''toque'' Ele me beija e rosna toda vez que eu me esfrego nele, e isso tira sorrisos de mim.

—Que bela recepção. -Rosna ele, mordendo meu pescoço e arrancando um gemido meu enquanto ele intensifica o nosso toque. Eu queria mais, meu corpo queria mais, mais dele.

—Hum. -Resmungo puxando seus cabelos e trazendo sua boca pra mim, provando seu gosto doce com gana, com desejo.

Ele nos gira e ele fica em cima e tira minha camisa sem demora, e sorri quando dá de cara com um sutiã branco perolado com rendas pretas e um lacinho no meio.

Ele beija meu pescoço enquanto sua outra mão está ocupada com as minhas pernas.

Eu já coloquei a mão na barra de sua blusa quando alguém bate na porta, eu levo um puto de um susto e caço minha camisa rapidamente e arrumo meu cabelo o mais rápido possível, e vou abrir a porta. É a Zaine, suspiro irritada e ele olha pra nos com um sorrisinho.

—Interrompo algo ?-Pergunta ela com um sorrisinho malicioso na cara. Reviro os olhos.

—E pensar que tem tanta gente morrendo sem motivo -Digo sorrindo maliciosamente e ela me olha com medo e sai assustada.

Viro pro Trevisan.

—Está com fome ? -Pergunto e ele assente, vamos pro refeitório e comemos um sanduba duplo.

—Onde você esteve ? Nesse um ano que tu passou fora ?

—Terminei o terceiro ano em Londres, depois viajei pra Rússia fui pra Bulgária visitar uns parentes meus lá e depois fui pra Paris e voltei pra cá fui na sua casa te visitar, ai sua mãe me falou tudo. Aí eu te preparei essa surpresa, passei dois dias pra achar essa música. E cá estou eu. -Diz ele tomando um gole da coca em seguida, enquanto eu to de boca cheia.

—Caramba! Eu sempre quis ir pra Rússia! -Digo batendo a mão na mesa com força, enquanto ele ri da minha cara de raiva.

Nos terminamos de comer e fomos andar um pouco lá fora, ele entrelaçou sua mão na minha disfarçadamente e começa a balançar ela enquanto falamos de várias coisas.

De vez em quando, sem ele perceber, eu acaricio o anel, sentindo os detalhes dele e a pedra no meio. Gelada.

Ele olha pra mim.

—Você gostou ? -Ele pergunta, se referindo ao anel.

—Claro. Eu amei. -Digo colocando minhas mãos entorno do seu pescoço e lhe dando um selinho rápido e sorrindo logo em seguida.

Andamos mais um pouco.

—Nesse meio tempo, eu mantinha contato com sua mãe. -Diz ele eu sinto uma vontade quase incontrolável de bater nele.

—VIADO!!! -Digo andando rápido e o xingando de vários nomes e em todas línguas que eu sei.

—Calma!! -Diz ele rindo.

Enquanto me segura pela cintura.

—Qua é a graça ?? -Pergunto encabulada.

—É que você fica linda com raiva.

—Ninguém FICA BONITO COM RAIVA!! -Digo começando a bater nele.

—AI!!! -Exclama ele enquanto o estapeio, ele consegue me segurar e olha bem no fundos dos meu olhos, me fazendo esquecer da minha raiva, meu nome, quem sou eu, onde estou...

—Você, fica. -Ele diz lentamente e me beija lentamente com amor e paixão.

Um beijo que não é um simples beijo, ele tem química, amor. Alguma coisa, que faz com que nunca cansamos um do outro, e, na verdade, acho que isso nunca vai acontecer.

Escuto de longe uma trovoada, e pingos começam a cair na minha cabeça, interrompemos o beijo e olhamos pra cima.

O céu cinza nos encara, ruge e sorrimos.

Eu e Trevisan nos olhamos sorrindo e corremos, não sabemos pra onde, mas não nos importamos, só corremos pra qualquer lugar, nos encontramos debaixo do saguão da faculdade, e uma pergunta surge na minha cabeça e uma preocupação misturada com tristeza.

—Você vai embora ? -Pergunto com um olhar triste, e ele sorri.

—Depois desse olhar de cachorrinho perdido... Não -Diz e eu solto um gritinho de felicidade e me jogo em seu braços.

*

Acordo sem saber onde estou e sem fazer ideia do que aconteceu ontem. As memórias voltam como um bombardeio e eu me lembro do resto do dia.

Fomos pro meu quarto, de cavalinho, e quando chegamos dançamos, cantamos, jogamos ( e ele ganhou de mim) e assistimos um filme qualquer e eu caí no sono.

Olho pros lado, o procurando, e acho um belo de um nada, suspiro triste, e tento me convencer que ele não foi embora, que ele deve estar em algum lugar no campus, mais percebo, que só estou mentindo pra mim mesma e caminho preguiçosamente até o banheiro e tomo um banho bem demorado, já que hoje é sábado e não tem aula no sábado.

E escuto alguém abrindo a porta, procuro pela minha toalha e vejo que ela não tá no cabideiro do banheiro. ''Merda'' penso e abro a porta me escondendo atrás da mesma.

—Kat ? -Pergunta Trevisan me olhando com a testa franzida.

—Tá, tudo bem ?

—Hum, tá, quer dizer mais ou menos, hum, você ia falar algo ? -Pergunto não querendo explicar que eu to nua.

Ele me entrega um papel e eu o pego com a ponta dos meus dedos tentando não molha-lo e leio com atenção.

'' Ficha técnica.

Nascido dia : blá, blá, blá... Pulo a parte da ficha técnica e parto pro importante.

Declaramos senhor Heath Camporazi Trevisan um estudante oficial da faculdade, Dignus est ita se habet virtus, DEV.

Parabéns, faça bom proveito.''

Congelo e devagarinho vou raciocinando. DEV é a minha FACULDADE!!!

Saio de trás da porta, afobada, e pulo em cima dele.

E é aí que a realidade cai em cima de mim.

E eu percebo que eu to nua no colo dele.

Ele olha pra minha cara de terror e abaixa o rosto e olha pras minhas bolas/peitos e eu os tampo com os braços e ele sorri e fecha os olhos, me coloca no chão e anda até o cabideiro e pega minha toalha e vem até mim de olhos fechados e me dá, eu me enrolo nela.

—Pode abrir. -Digo perplexa pelo seu ato nobre. Se fosse outro menino teria me comido ali mesmo, ou pelo menos tirado umas boas casquinhas.

Ele vira pra mim e eu sorriu e o abraço.

—Você é o melhor namorado que existe!! -Sussurro em seu ouvido. E sinto ele sorrir.

Ele me larga e olha pra mim com seus olhos brilhantes.

—Vem quero te mostrar algo! -Diz ele me arrastando pela porta. O paro.

—EI!!! Eu to sem roupa lembra ? -Pergunto um pouco assustada com sua ação, ele arregala seus olhos verdes, e me empurra pra dentro do quarto gentilmente e fecha a porta, vou ao guarda roupa e caço dentro dele algo apresentável e acho ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=140896422&.locale=pt-br ) saio e os olhos do Trevisan brilham. Ele vem até mim.

—Minha Deusa adolescente. -Diz ele me abraçando e eu rio.

—Deusa adolescente ? -Pergunto totalmente perdida.

—Por que você tem a beleza de uma deusa e você é adolescente ainda então eu juntei os dois e deu nisso. -Diz ele coçando o pescoço e ficando um pouco vermelho, pego seu rosto em minhas mãos e sorrio.

—Eu amei.

—Tenho uma surpresa -Ele pega na minha mão e caminhamos pra fora do campus, onde tem uma linda limusine preta e lustrosa. E

le abre a porta e eu entro, ele fica ao meu lado, pega a minha mão e devagar entrelaça nossos dedos. Seu calor é tão reconfortante, tranquilizante e estranho ao mesmo tempo. Fiquei tanto tempo sem isso que até estou desacostumada.

Viajamos por mais ou menos duas horas, na metade do caminho já não tinha mais prédio nenhum, só árvores, mato e gado.

Muitos bois e vacas eu vi pela janela, mais eu não estava assustada, mesmo que ele iria fazer algo ruim comigo, eu não estava ligando. Algo em mim dizia para eu não temer. E foi isso o que eu fiz, só relaxei.

Finalmente a limusine parou, ele me olha, sorri e pega uma faixa preta, meu sorriso diminuiu.

—Tá de sacanagem, né ? -Pergunto apontando pra faixa.

—É uma surpresa.

—Mais e se você me estupra ou coisa do tipo ?-Digo zuando.

—Nunca -É só o que ele me diz e me dá uma selinho, esse selinho me derrete toda e eu me rendo, ele põe a faixa sobre meus olhos e eu os fechos.

Ele me guia pra fora do carro, e eu piso em cascalhos, nos andamos e andamos. Eu nunca abro os olhos, deixo ele me guiar.

Eu confio nele, mais que em mim mesma. E de repente paramos e ele tira a venda e o sol do começo da tarde invade meus olhos, abaixo a cabeça e espero meus olhos se acostumarem, três minutos depois ergo a cabeça e vejo onde estamos.

Estamos em um tiro ao alvo, que é parecido com uma Haras, só que tem várias cabines de madeira com um alvo a uns cinco, dez metros em cada uma, e são separadas por dois troncos de madeira.

—Ai meu Deus, Heath!! -Digo não contendo minha animação.

—Vamos -Diz ele com um sorriso satisfeito no rosto, eu vou quase saltitando.

E chegamos a portinhola que dá acesso as cabines, tem um cara muito alto e moreno parado nela, não sei como não vi ele antes por que ele tem quase dois metros de altura.

—Olá, bem vindos ao rancho Paradise -Diz ele com uma voz muito grossa, eu me agarro ao Heath enquanto nos o seguimos até uma cabine dupla onde tem dois fones de ouvido e dois óculos, nos os colocamos e ele começa a nos passar as armas.

Primeiro foi uma pistola, eu acertei um tiro no centro do alvo e três nos lados do alvo, Heath a certou dois no centro do alvo e dois nas laterais.

As horas passaram muito rápido, de repente, estávamos dentro do carro de novo e eu com a minha cabeça em seu ombro, já caindo no sono.

Sonhei que estávamos numa praia e ele vinha em minha direção, lindo, elegante e com seu tipico sorriso de lado em sua boca. Seu rosto estava claro, lindo, simplesmente perfeito.

Seus olhos verdes de gato se acendiam como fogo. Seus cabelos estavam caindo em seus olhos, sedosos e brilhantes. Ele parecia um anjo e meu corpo parecia estar em chamas, eu me deitei na toalha e ele se sentou ao meu lado, ficamos só mexendo a boca mais não dizendo nada.

Toques quente encheram meus sentidos, parecia que o sol e a aguá se juntaram, quente e sedoso, eu fecho meus olhos, e quando os abro estou no meio do mar, Heath e seu toques de anjo desapareceram, me desespero.

Começo a gritar e me debater, grito seu nome o mais alto que consigo e um sentimento de perda e solidão me preenchem, sinto que não posso fazer nada e estou sozinha numa tempestade.

Lagrimas de dor aparecem nos meus olhos e sinto o mar me puxando pra baixo com mãos invisíveis, a voz dele me submerge, chamando meu nome, o ar começa a faltar nos meus pulmões, mais, por incrível que pareça, é reconfortante. A escuridão me leva e aí eu acordo.

*

—Kat! Kat! Acorda! -Chama ele sacudindo-me pelos ombros, abro os olhos e ele sorri aliviado, sorrio de volta.

—Meu Deus, Kat. Você quase me matou do coração! -Exclama ele feliz com a mão em cima do coração.

—O que aconteceu ? -Pergunto confusa.

—Você começou a gritar, e se debater! Ai, você parou de repente, e eu pensei que você tinha morrido -Diz ele assustado.

Nos saímos do carro.

—Quer um sorvete ?

—Sim! -Caminhamos de mãos dadas, e agora que eu percebi que estamos em um shopping, nos vamos e tomamos o sorvete, enquanto isso, tento esquecer o pesadelo.

Eu peço um de baunilha e ele um misto. Sentamos numa mesa e começando a comer calmamente, as vezes eu dou umas lambidas no sorvete dele e ele faz o mesmo o meu.

—Com o que você estava sonhando ? -Pergunta ele calmo dando uma lambida no seu sorvete, o olho por cima do meu cabelo e sorrio, '' Sempre tão curioso.'' Penso o encarando ainda e pensando em algo que não o deixe fazer perguntas.

—Heath, eu preciso de... uma roupa nova. Para ser exata, de camisas, novas. Se importa de comprar algumas para mim ? -Pergunto, ''Isso vai mante-lo ocupado'' penso ainda com o sorriso no rosto.

—Claro!! Vamos! -Diz ele se levantando e nos vamos.

Escolho três, e vamos pagar, um leve desespero me toma, mais eu vou ter que contar pra ele de qualquer jeito! Então, não falo nada e ele me leva até uma loja de biquínis.

—Escolha um -Diz ele e eu o encaro curiosa.

—Para que ?

—Você vai saber!-Diz ele com um sorriso de lado na cara e eu sorrio.

—Mais surpresas ? -Digo com um sorrisinho cansado.

Provo vários, e quando acho o felizardo nos pagamos e vamos pra limusine de novo, andamos até saímos da cidade, mais uma vez, passamos pela ponte que corta a cidade. O rio reluz abaixo de nos, brilhando, solitário. Minha cabeça dá uma volta no passado, meu coração protesta com a dor e minha alma ri.

—Tá tudo bem ? -Pergunta Heath interrompendo meu momento poético.

—Tá, por que ?

—Você parecia triste.

—O passado é triste -Sussurro.

—O que ?

—Nada -Digo sorrindo e encosto minha cabeça em seu ombro e jogamos conversa fora.

—Chegamos -Indaga ele, saímos e ele pega uma toalha xadrez do guarda roupa de Nárnia e coloca a venda em mim, e andamos.

Ele me guia, e sinto a brisa salgada, o som do mar, a areia sob meus pés. É magico a junção de tudo.

Sinto suas mãos deixarem meu corpo, e sinto a ausência de seu calor.

—Calma, pode sentar -Diz ele e eu me agacho devagar e segundos depois estou senta e a venda vai embora dos meus olhos e a luz entra me cegando por alguns segundos.

Aos poucos eu recupero minha visão, ele espera pacientemente, sem pressa.

O olho e a visão é de tirar o folego. O sol da tarde, um laranja forte que beija o azul do mar e mandando a mistura através da luz, o mar calmo, as ondas dançando suavemente, calmas e o mar limpo.

Um azul cristalino lindo, da pra ver os corais daqui, estamos quase na beirada onde as ondas tocam,

olho pra ele e sorrio e o abraço forte.

—Kat, eu preciso respirar -Sussurra ele e eu o solto.

—Desculpa -Digo sorrindo sem graça.

—Quer da um mergulho ? -Pergunta ele erguendo a sacola do meu biquíni, sorrio pra ele e pego a sacola e vou a um banheiro químico e me troco coloco minhas roupas íntimas, minha blusa e meu tênis e os acessórios tudo dentro da sacola e coloco meu chapéu e saio.

( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=142279110&.locale=pt-br ) ele sorri quando me vê e magicamente ele tá de bermuda, e eu corro em sua direção ele corre também e quando nos encontramos ele me agarra e me gira, meu chapéu voa e eu o beijo.

Ele me coloca no chão e nos corremos em direção ao mar, a água nos atingiu com um baque surdo, aguá era morna e eu mergulhei sentindo meu corpo leve, e recebo um selinho rápido e volto a superfície o ar que faltava preenche deliciosamente meus pulmões.

O encaro e ele estava sorrindo e nos mergulhamos de novo e nossas bocas se encontram, se entrelaçando e se enroscando. Voltamos a superfície ainda grudados, nossas linguás se acariciam gentilmente e o ar é necessário, sorrimos e eu jogo água nele.

—Aah, vamos brincar então -Diz ele e começamos a jogar água um no outro, e assim, o tempo passa.

XXX


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