Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 3
Sonho quase normal.


Notas iniciais do capítulo

desculpe mais uma vez o capitulo ser pequeno, e eu tenho um site também que tem a mesma historia lá so que eu vou excluir, por que lá as pessoas não comentam e tals eu espero que aqui vala a pena.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/459184/chapter/3

Pela primeira vez em duas semanas eu tive um sonho ''normal''.

Eu estava cercada por unicórnios saltadores com chifres multicoloridos que soltavam cupcakes, sim, unicórnios saltadores.

Eles faziam rodinhas ao meu redor, dançando, pulando, cantarolando e soltando cupcakes rosas pelos chifres brilhantes.

Eles vinham coberto por glitter, e estavam todos eles muito lindinhos e comestíveis, meu Deus.

Os pequenos cupcakes criaram pequenas e fofas perninhas e começaram a correr em minha direção, todos gritando e implorando para serem comidos, peguei um e o coloquei na boca quando o maldito do despertador toca.

Pelo mais incrível que pareça, eu acordei feliz, eu, pela primeira vez em duas semanas infernais, sem Heath e sem me arrebentar no chão e tive um sonho diferente.

Mas minha felicidade se evaporou na mesma rapidez que veio quando me lembrei que hoje era o primeiro dia de aula.

Choraminguei e rolei na cama, cobrindo a cabeça com o cobertor, pensando seriamente em cabular aula hoje.

O som da chuva batia contra o telhado e me fazia estremecer.

Eu não queria deixar minha caminha quentinha e encarar o frio chuvoso e úmido de Casper.

Choraminguei mais uma vez e com o pouco de coragem que eu tinha naquele momento, chutei a coberta macia e quentinha para longe de mim e me levantei, sonolenta e irritada.

Fui pro banheiro, fiz minhas higienes matinais e fui me vestir (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=126573732&.locale=pt-br).

Depois de pronta, desci pra tomar o café da manhã.

Quase cai enquanto descia a escada, o que serviu só pra piorar meu humor.

A cozinha estava escura por causa do céu cinzento, que não deixava nenhum raio de sol penetrar, e fria, eu estava sozinha em casa, mamãe tinha ido cobrir um turno para uma amiga dela.

Não sei que dia ela volta, apesar de ela ter me falado, mas não me lembro.

Suspirei e olhei o relógio já eram 6:50 da manhã, revirei os olhos irritada e catei uma maçã, saindo rapidamente de casa, encarando o frio da manhã de Casper.

Aqui, apesar de grande parte do ano fazer frio e ser chuvoso, só tem dois meses de sol e calor que é junho e julho, então nesses meses a cidade enlouquece e as praias ficam lotadas.

A vizinhança era calma e aquela hora da manhã só tinham as vizinhas velhas e fofoqueiras, que acordavam antes de todo mundo pra ficar observando a vida dos outros.

Passei em frente a casa de dona Carmen, a velha era a sentinela do bairro, acordava antes das outras fofoqueiras e ficava na janela observando a rotina de todos, ela estava lá com aquela cara fechada dela e aqueles horrendos óculos fundos de garrafas, quando me viu ela me olhou com reprovação, me olhando de cima abaixo e torcendo o nariz.

Revirei os olhos quase dando o dedo do meio pra ela.

*

Cheguei na escola e a Zaine é a primeira que vejo.

Seus cabelos ruivos estava mais lisos que nunca e brilhantes, as pulseiras dela chacoalhavam enquanto ela movimentava os braços, as bochechas dela com as pequenas sardas cobrindo o nariz e os olhos cinzentos brilhando de empolgação enquanto ela falava com duas meninas de cabelos loiros platinados e unhas portiças.

—Amiga! -Gritou ela vindo em minha direção, abandonando as duas meninas sozinhas que a olharam com reprovação e saíram rebolando suas bundas secas.

Ela me abraçou forte, e eu a abracei de volta, sorrindo.

Como senti falta dela.

—Fala baixo cassete. -Resmungo e rio, ainda agarrada a ela.

A Zaine é a unica pessoa que não me critica ou me chama de esquisita, apesar de ter alguns bem mais estranhos que eu aqui.

Sou mais tachada de problemática, por que rejeitei todos que tentaram fazer amizade comigo aqui e nunca falo com ninguém, sou boca suja e briguenta demais.

Encaro todos mortalmente e rapidamente eles param de olhar e saem, indo cuidar de suas vidas.

Subo a escada e me encaminho pra minha sala.

Zaine é tagarelando que nem uma doida do meu lado, contado tudo o que aconteceu nas suas férias, eu só ignorava.

Eu não queria saber nem como foi as minhas férias quanto mais as dela.

A deixo falando sozinha e entro na sala, quase vazia e os alunos que estavam lá estavam ou olhando pro nada como loucos, ou dormindo.

Vou me encaminhando pro final da sala, do lado direito da mesma, perto da parede e coloco minha mochila em cima da mesa me jogando na cadeira logo em seguida.

Solto um longo suspiro e cruzo os braços, esticando as pernas e me recostando na cadeira.

Heath entra na sala, meus olhos se arregalam um pouco e quando seus olhos encontram os meus ele sorri, fecho a cara e desvio o olhar pra janela, olhando pro céu cinzento e pesado.

Sinto ele vindo em minha direção e sinto meu coração martelar em meus ouvidos.

Ele coloca a mochila em cima da mesa atrás de mim e se acomoda lá, reviro os olhos e bufo.

Tanto lugar vago nessa bagaça e ele tinha que sentar logo atrás de mim, não basta a gente ser vizinho, ele tem que grudar em mim até no colégio.

Posso quase ver o sorriso sacana que ele exibe nos lábios agora, enquanto seus olhos perfuram minha nuca.

Sinto sua respiração perto do meu pescoço, os pelinhos se arrepiando.

Fecho os olhos, sentindo um frio na barriga.

—Bom dia querida. 

—O que você quer ? -Perguntei.

—Só estou dando bom dia pra você.

Um risada sarcástica me escapou os lábios.

—Péssimo dia pra você. 

Escutou sua risada, seu hálito quente e mentolado batendo em meu pescoço.

A professora chega e a sala se aquieta.

 

Derretendo...

*

As duas primeiras aulas quase não passaram.

Eu sentia Heath atrás de mim, sua presença me desconcentrando, me fazendo ficar perdida em memórias.

Lembro me do dia em que ele chegou e eu estava no meu quarto brincando com minhas bonecas, Regan estava tentando impressionar mamãe com algum desenho ou brincando lá fora com os meninos da vizinhança, eu não me importava.

Mamãe insistiu em fazer um almoço e convidar alguns dos meus colegas, queria que eu me socializasse, mais como eu não tinha colegas para convidar deixei quieto e neguei.

Passei o dia trancada no quarto, faltei a escola e fiquei comendo besteira o dia inteiro.

Lembro que eu estava na janela e estava chovendo, quando um caminhão de mudança parou na casa em frente a minha, fiquei curiosa claro e pensei que talvez, só dessa vez Regan não roubasse os meus futuros amigos de mim.

Sorri e coloquei minha galochas amarelas e meu casaco azul escuro e desci toda alegrinha para dar boas vindas ao novos vizinhos, mamãe me acompanhou e atravessamos a rua.

Um homem que aparentava ter uns quarenta anos, de cabelo grisalho estava tirando as caixas de dentro do caminhão, junto com um menino lindo de olhos verdes tão vivos quanto os do pai. Ele aparentava ter a minha idade, mais ou menos uns cinco, seis anos, e quando ele me encarou eu sorri e ele fechou a cara. 

Abaixei os olhos e meu sorriso murchou, o pai dele deu uma gargalhada e se agachou na minha frente.

—Não se preocupe pequena, ele só está cansado. -E deu um sorriso acolhedor pra mim. Sorri de volta.

—Oi, sou Marcos e aquele é Heath. -Cumprimentou me ele.

—Sou a Katerina. -Ele assentiu e sorriu mais uma vez.

—Acabamos de nos mudar também. -Falou mamãe.

Não prestei muita atença na conversa deles, fiquei curiosa com o menino de péssimo humor que me tinha negado um sorriso.

—Bom sejam bem vindos, e qualquer coisa se precisarem de algo, é só baterem na porta a frente. -Falou mamãe e nos despedimos, olhei uma última vez pra casa naquele dia, e na janela do segundo andar os olhos verdes felinos me perseguiam.

*

E lá estava eu, olhando pra professora de Ensino religioso, ela era uma velha com voz esganiçada e muito irritante, tirando o fato de que ela era muito chata.

Eu estava imaginando o Freddy, entrando na sala e arrancando a cabeça dela, então, assim eu comecei a dar um sorriso de psicopata, mas bem na hora que o Freddy ia arrancar a cabeça dela o sinal toca.

— FINALLY! -Eu grito, e guardo as minhas coisas, já ia saindo quando o Heath me puxa, e me prensa numa parede que saiu de hogwarts.

— Katerina, você quer sair comigo hoje ? -Eu o encaro, seu hálito de menta batendo em meu rosto, meu coração batendo forte, minha boca ficou seca, mas ignoro isso e rio na maior cara de pau.

Ele me encara sério, com aqueles lindos olhos verdes encantadores, fraquejei e o encarei.

— É sério isso ? -Pergunto com a voz falha, ele me olha sério.

— Por que não seria ? -Pergunta ele indignado, e o empurro.

— Vou pensar no seu caso, até mais.- E de novo ele me puxa e me prensa na parede delicadamente.

Minha respiração falha e minha mão começa a tremer, meu coração palpitava alto e rapidamente, eu só queria me afastar dali.

Ele coloca a boca perto da minha orelha e sussurra.

—Você mexe comigo de um jeito que você nem imagina Bad Girl.

Meu corpo arrepiou de um jeito que até os cabelos que eu não tenho ficaram em pé, o sonho voltando em minha mente, ele abaixou a boca até meu pescoço e deposita um beijo, que deixa minhas pernas bambas e moles, meu coração quase sai pelo peito e minha respiração acelera.

Fiquei quente, derretendo em chamas.

Eu queria mais, queria ele, queria sua boca.

Rezo pra que ele não tenha percebido, depois ele simplesmente sai da sala com a maior cara de paisagem.

— Maldito. -Eu sussurro e rio, tentando recuperar minha dignidade e minha respiração.

XXX


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o mesmo de sempre... comentem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.