Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 27
Pequeno pedaço do céu temporário ?


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, estou de volta demorei ? Me desculpem mas é férias né, sabe como é né? Finalmente a Kat parou de ser cabeça dura ein ? então mas um capitulo pra vocês, espero que gostem.
Mas pleoples vocês shipam quem ? Katerina + Heath ou Katerina + Delsing ? E qual nome vocês dão ? Comentem meus Zombies bjusss.



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Acordei de manhã com despertador tocando dei um tapa nele, me levanto pego minha toalha e vou pro banheiro.

A manha está muito mais fria essa semana do que semana passada ignorei este detalhe e continuei meu banho normalmente lavando minhas madeixas e as secando, olho pela janela e tá nevando sorrio, vou direto pro guarda roupa, me visto (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=128524991&.locale=pt-br), aqui neva duas vezes por ano, no natal e no meio do ano antes das férias.

Minhas melhores memórias são de quando está nevando.

Eu, minha mãe e papai, nos íamos lá pra fora e ficávamos brincando no quintal de guerra de bolas de neve.

Era legal, mamãe se divertia bem mais que nós por que ela era e era focada no trabalho de advogada dela, que agora ela trabalha como aeromoça, então ela quase não brincava conosco, agora isso nunca mais aconteceu.

Paro de pensar nisso e pego minha mochila, desço vou pra cozinha pego uma fatia de torrada preparo um copo de chocolate quente, na verdade morno, e como sem pressa, saboreando a torrada e o chocolate meio amargo e quando esbarro os olhos na pia encontro de novo aquela mulher mas hoje ela está vestindo uma calça legging preta com uma blusa cinza e uma blusa de frio fina branca.

Deduzo que ela seja nossa empregada mas mesmo assim só pra ter certeza escorrego pela mesa até minha mãe e sussurro:

—Quem é ela ? - Pergunto apontando com a cabeça pra mulher mexendo no nosso fogão.

—Ela é nossa empregada Cona ela é do México e vai vir aqui duas vezes por semana só pra dá uma ajeitadinha na casa. -Diz ela e volto a me sentar normal.

Continuo comendo meu café da manhã e vez em quando dou uma troca de olhares com a Zaine e penso naquilo que ela me falou, na verdade é só no que penso nas últimas semanas.

Suspiro cansada e levanto da mesa pego minha mochila e saio pro inverno lá fora.

Sim, já faz duas semanas que Heath e eu não nos falamos e quando nos falamos ele me trata frio e não trocamos mais de quatro palavras, mas durante esse tempo eu descobri que gosto mais dele do que antes.

O bom do começo do inverno é que ele começa bem devagar, começo de inverno é sempre bem fraquinho então o vento não é tão congelante assim, mais é bem gelado.

Eu gosto do inverno por que eu posso falta aula alegando que estou gripada, quase sempre as aulas são canceladas por causa da neve, posso dormir com meu cobertor especial de inverno ele é bem gordo e peludo parece um panda e ele é muito macio e quentinho, posso vim bem agasalhada pra escola e dormir na aula que ninguém nota ou me atrapalha essa é minha parte favorita.

Em meio todos os pesamentos um simples pensamento me deixa com um embrulho no estomago e faz eu querer voltar e me enfiar de baixo das cobertas e nunca mais sair de lá é:

COMO VOU OLHAR PRO TREVISAN ??!

*

Paro em frente a escola engulo em seco, arrumo minha toca, aliso meus cabelos com as mãos, respiro fundo e entro.

Não vejo ninguém, dou de ombros e sigo meu caminho chego na sala prendo a respiração e entro me deparo com a sala vazia entro e solto o ar me viro pra colocar a mochila na cadeira e adivinha com quem eu deparo sentado lá no fundo lendo um livro, exatamente Heath Trevisan.

Paro no lugar que estou, na posição que estou, tento sair mais meu corpo não responde, então só me resta ficar ali o admirando.

Reparo em seu cabelo perfeito que antes era um tope bem feito e castanho agora está enegrecido e bagunçado gosto mais assim, suas sobrancelhas pretas perfeitas que combinam exatamente com seu nariz nem grande de mais nem pequeno demais, combina perfeitamente com seus cílios pretos e grandes que moldam seus olhos de gato verdes extremamente sexy's, suas bochechas chamuscadas com algumas sardas que eu nunca tinha notado antes, agora estão mais brancas e as sardas clarinhas realçam suas bochechas brancas, sua boca que antes era meio rosada agora está mais brancas mais seus lábios continuam inchadinhos e lindos e... Sardas??!

—Como essas sardas foram para aí ? -Exclamo em voz alta e Heath olha pra mim sinto meu estômago embrulhar e minhas bochechas esquentarem.

Merda.

—Perdeu algo aqui ? -Pergunta ele olhando frio pra mim.

—Não! Quem perdeu foi você sem educação. -Rebato, ele sorri.

Meu coroação se quebra mais um pouco.

—Faço suas as minhas palavras. -Diz ele irônico, reviro os olhos e engulo seco.

—Usando frases combinadas ?  

Ele fecha o livro e me encara.

—O que você quer ? -Pergunta ele direto e frio, cruzando os braços.

—De você ? Absolutamente nada. 

Saio da sala, com meu coração a mil.

Suspiro, respirando o ar limpo e frio do corredor me encosto no parapeito da escada que vai até o fim do corredor e fico observando a neve cair.

De vez em quando pego um floco no ar observo os desenhos e o coloco na boca, sentindo ele derreter.

Até agora não vi nenhum movimento vivo no corredor nem na escola, só eu e o Heath, acho que cheguei cedo de mais.

Enquanto calculo as horas sinto uma respiração atingindo meu pescoço e a fumaça saindo de sua boca, meu coração dispara e gelo.

Sei que é Heath por que somos as únicas pessoas aqui á essa hora, mas mesmo assim não me viro fico na mesma posição observando o silêncio pairar no ar.

Por alguns minutos nenhum de nós se mexe, dá pra escutar a respiração de nós dois inundando o ar, começo a perder a sensibilidade do meu nariz mais, mesmo assim, não saio da posição.

Ele põe as mãos quentes em minha cintura e encosta a cabeça no meu ombro, estranho o toque quente mas é tão bom.

Depois de alguns minutos coloco minhas mãos em cima das suas e ele beija meu pescoço estremeço e ficamos naquela posição por um bom tempo, um sentindo o calor do outro, aproveitando nosso pequeno pedaço do céu temporário.

Temporário.

Essa palavra ecoa no meu cranio e desce pro meu coração, uma tristeza me abate como se eu fosse um animal numa armadilha só esperando.

Pensar que isso, esse conforto, essa sensação de segurança pode acabar assim que o sino bater me deixa querendo segurar ele aqui para nunca mais ir embora, beijar ele e falar em voz alta que gosto dele!

—Eu gosto dele... -Sussurro num fio de voz, em choque por perceber e ainda por dizer em voz alta que gosto do Trevisan.

—Eu sei. -Sussurra Heath no meu ouvido me fazendo arrepiar.

Eu estava rendida, derretida.

Eu não quero me virar, e eu não me viro só sorrio e continuamos ali, suspiro aliviada já que ele sabe e torço para que o sino não toque tão cedo, e continuamos ali.

De repente Heath vai me virando devagar, quando estou de frente pra ele ele toca no meu cabelo alisando ele.

—Você tá linda. -Exclama ele sorrindo e me olhando nos olhos, com adoração, eu sorrio.

—Eu fui uma boba. -Sussurro alto o suficiente pra ele me escutar, ele balança a cabeça em negação e acaricia minha bochecha.

—Não, foi não, foi só cabeça dura. -Diz ele e eu riu ele também não aguenta e solta um meio sorriso.

—Mas uma parcela foi minha também.

—Estamos bem agora ? -Pergunta ele erguendo as sobrancelhas perfeitas, e acariciando minha bochecha gelada.

—Sim. 

—Você me perdoa ? Por tudo ?

—Sim.

—Acredita que eu mudei ?

—Acredito.

Ele sorri e aproxima seu rosto do meu, encosta o nariz perto da minha bochecha e respira fundo.

Depois ele trilha pequenos beijos até meus lábios, que esperam ansiosamente os dele.

O calor de nossos lábios se chocam com o frio e dá uma sensação gostosa, como se tivéssemos comido uma bala de menta, seu halito tem gosto de chocolate e seus lábios continuam macios.

Me concentro no beijo aproveitando cada pedacinho desse momento, notando como seus lábios capturam os meus, como nos movemos em sincronia e como sua língua acaricia meus lábios.

Terminamos o beijo com um selinho carinhoso e demoramos um pouco antes de nos afastar, Heath me abraça de novo por algum tempo e separa o abraço pegando meu rosto em suas mãos e olhando profundamente em meus olhos ele respira fundo e me pergunta:

— Katerina Marconní quer namora comigo ?

Meu coração falha uma batida e começa um ritmo que eu desconhecia antes, ele bate descontrolado mais suave ao mesmo tempo.

A batida de um coração apaixonado.

Minha boca vai se abrindo aos poucos, mesmo com um frio lá fora começo a suar.

Um sorriso, que demora a surgir, se abre na minha boca e fico lá o encarando enquanto processo a informação a resposta sai da minha boca sem eu mandar.

—Sim. -Respondo e ele me pega pela cintura e me gira no ar enquanto gargalhamos como se tivéssemos ganhado na loteria, ele me põe no chão e me beija, um beijo longo, bom e demorado assim que terminamos eu falo:

—Mas com uma condição. -Digo.

—Qualquer uma que você quiser. -Responde ele falando pro céu, sorrio.

—Pode ser escondido ? -Pergunto temendo que a resposta seja não.

—Claro! De qualquer jeito tá ótimo pra mim, demorou de demais pra ter você assim nos meus braços e eu to achando até que é um sonho! -Eu sorrio e o abraço.

—Bobo. -Digo e o sinto sorrindo.

Assim que nos separamos do abraço o sinal toca sorrio pra ele e falo ''por pouco'' sem emitir som e como resposta eu recebo um sorriso.

*

Pessoas começam a chegar e nos vamos pra sala eu sento no meu antigo lugar na frente dele, os alunos começam a entrar na sala e eu formo, com muito esforço, minha carraca habitual como se tivesse brava mas na verdade to soltando foguetes por dentro.

A professora de sociologia chega e começa á dar sua aula, coloco minha mão entre a cadeira e a parede esperando pela de Heath e pouco tempo depois sinto sua mão quente na minha mão fria, ele fica acariciando minha mão e eu sentindo seu calor passando pelo meu corpo.

Eu nem olho pros lados para ver se tem alguém olhando pra nós, por que sei que está todo mundo prestando atenção na aula, mas mesmo assim dou uma varrida pela sala com os olhos e eu confirmo então sem medo continuamos nosso chamego escondido.

Nem acredito que eu e ele nos rendemos, demos as cartas, o cheque mate do nosso jogo. 

Eu estava derretida e refém dele, eu queria ele e estava mais que satisfeita que tinha conseguido. 

Ele era meu.

O tempo pareceu andar mais rápido quando vejo já bateu o sino.

Nos largamos a mão um do outro e guardamos as coisas bem devagarinho esperando todo mundo sair, quando todo mundo sai terminamos de guardar as coisas e damos um selinho rápido e saímos da sala de aula em direção ao refeitório, no caminho ficamos trocando olhares que podem significar só olhares pros outros, mas pra nos é muito mais que isso. São palavras, gestos, caricias e confidencias.

Chegamos no refeitório, eu chego com minha carranca habitual, me segurando para não agarrar Heath e dar um beijo bem bom nele, vou para fila pegar meu lanche, pego um refrigerante de uva, um bolinho de chocolate, um sanduíche, um pedaço de pizza e outro bolinho.

—Você vai ficar gorda assim. –Heath sussurra risonho no meu ouvido, não consigo segurar e sorrio também.

—Tô nem ai. –Digo, ele ri.

—Não consigo entender como alguém tão magra pode comer tanto. –Diz ele ainda rindo como se isso fosse a maior piada do mundo, mas não fico brava.

Não consigo.

Não com ele, então só me resta ri também.

Vamos caminhando até a mesa e formo minha carranca de volta ao rosto. Delsing se senta do meu lado e o sorriso do Heath desaparece, puxo Delsing e sussurro pra ele:

—Precisamos conversar.

—Pode esperar ? Eu to com muita fome. –Reviro os olhos, levanto e puxo ele pela gola dá camisa até o corredor onde não tem ninguém.

— É que eu não preciso mais de um namorado de mentira por...

—Por que você e o Heath tão namorando, é pois é eu percebi quando vocês estavam na fila do lanche estão exalando amor. – Ele fala sorrindo com minha surpresa.

— Parabéns, espero que vocês sejam muito felizes. –Diz ele, eu agradeço ele por ter entrado nessa comigo e dou um abraço nele, ele sorri e diz que qualquer coisa é só chamar e falo que quero segredo ele assente.

Voltamos pro refeitório, sentamos e comemos normalmente como se ele não soubesse de nada mas nos não nos tocamos nem nada, nenhuma vez, eu não quero estragar meu namoro com o Heath, eu gosto muito dele para isso.

Depois de eu e Heath comer tudo o mais rápido possível antes do sino tocar pra poder namorar um pouco, nós saímos o mais sorrateiro possível e eu vou andando pra de baixo da arquibancada de lacross e Heath segue atrás de mim á uma distância segura, chegando ele tira um violão de uma das paredes de madeira eu fico boquiaberta por que eu pensei que só eu sabia desse lugar e como entrar aqui.

—Pois é você não é a única á saber desse lugar. – Diz ele sorrindo com minha surpresa.

—Como você sabe que eu vinha aqui ? – Pergunto meio surpresa.

—Bom... as vezes eu te seguia e via você vir pra cá então, eu percebi que esse era um ótimo lugar para criar musicas, era calmo, tinha pouco barulho e era seguro. -Ele sorri e eu o acompanho.

Ele suspira e passa o dedo pelas cordas do violão, eu o observo, hipnotizada e maravilhada.

—Então passei a vir aqui com mais frequência, criar algumas musicas e tinha vezes que você estava aqui, como aquele dia que você estava me evitando.

Ele me encarou e eu desviei os olhos, envergonhada, ele sorriu e voltou a dedilhar as cordas.

—Você estava aqui, comendo um pedaço de pizza e parecia muito concentrada. Então para não te atrapalhar sai de fininho. E eu vinha pra cá imaginar como seria minha vida com você, Katerina Marconní.

Seus olhos brilharam quando ele disse meu nome e eu sorri, sabendo que estava ficando vermelha.

—Principalmente depois que brigávamos. Eu vinha pra cá esfriar a cabeça então teve um dia que eu vi você criando uma musica antes de sermos amigos, você tava cantando e sua voz parecia de um anjo. Nunca vi nada igual.

Ele parecia em outro mundo, olhando perdido pro chão.

—Então fiquei aqui, escondido, te escutando cantar por horas até o sino bater, a partir dai eu vinha pra cá todo dia pra ter a esperança e a sorte de te escutar cantando de novo foi depois disso que eu mudei, e a música era a melodia mais linda que vi na terra, era suave e a letra não tem palavras pra descrever o quão linda era, tudo que eu queria era te encontrar de novo cantando aquela musica, mas você nunca mais apareceu, então eu pensava nela para me acalmar, para dormi, para tudo e eu penso nela até hoje. –Termina ele e eu fico com a boca aberta de choque e água nos olhos, eu queria bater nele e o beijar a o mesmo tempo.

Eu queria bater nele por que ele me seguiu e ficou me espionando e beijar ele por que ele é o cara mais romântico e fofo da terra e faz tudo parecer bonito.

—Você pode cantar ela de novo pra mim ? – Pergunta ele estendendo o violão pra mim, seco algumas lagrimas que caíram e corro até ele o beijando e pegando o violão, sento no chão mesmo e ele me acompanha e começo á tocar.


Minha vida era tão fácil antes de você

Você chegou e se instalou no meu coração

Eu te odeio e te quero

Não sei mais o que sinto por você

Você me faz questionar meus sentimentos, minhas crenças e meu jeito e eu te odeio por isso

Mas ao mesmo tempo você me faz melhor, você me faz bem e nem percebe isso

Eu odeio me sentir assim mas o que o coração sente a razão não pode controlar

E tudo que eu queria é sentar num penhasco escutar minhas musicas e esperar a hora de saltar – Chega o refrão e o sorriso de Heath se alarga mais que a boca consegue.

Por que isso tá me deixando doida

O que o coração sente a razão não pode controlar

Você sabe que eu odeio me sentir assim, odeio pensar que minha felicidade está em outra pessoa.

Então para de fazer isso, me deixe atrás do meu muro, do meu mundo, não destrua minha defesa.

Não destrua meu muro, por que aos poucos você está fazendo.

Essa é uma promessa que eu to quebrando.

Queria me esconder atrás de meus demônios e deixarem eles me controlarem pra ver se eu gosto um pouco menos de você

Encobrir meu rastro com mentiras.

Por que eu sei que você não merece, e nunca vai merecer o que eu sinto por você e sei que você nunca vai mudar.

Odeio quando me pega de surpresa e tudo que queria é sentar num penhasco escutar minhas musicas e esperar a hora de saltar.

Termino a musica e Heath aplaude feliz como se fosse uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo.

—Pra quem você fez essa musica ? – Pergunta ele sereno e calmo.

—Na verdade não foi pra ninguém mas foi baseada no que eu sentia na época que conheci você, ela foi mais feita pra desabafar o que eu sentia e o que fiz questão de esconder e tentar não sentir então... –Ele sorriu e começou um pequeno interrogatório.

 

—E por que '' só quero sentar num penhasco escutar minhas musicas e esperar a hora de saltar'' ? –Pergunta ele curioso como sempre.

Sorrio e abaixo a cabeça, com vergonha. Não queria explicar, era intimo demais, profundo demais, era muito meu pra ele saber.

Dei de ombros, dedilhando as cordas do violão.

—Então eu destruo sua defesa ? –Pergunta ele meio risonho depois de um tempo em silêncio.

— Pois é, né ? Só pra você ver o poder que você tem sobre mim.

Afirmo envergonhada abaixando o rosto.

—Eu mudei por ti esse é o poder que você tem sobre mim.

Meu rosto queima e eu viro a cara mas ele puxa pelo meu queixo.

—Você não tem muito costume com isso né ? – Pergunta ele.

—Não, eu não gosto muito de ficar demonstrando meus sentimentos, não tenho muito costume com isso. -Falo meio sem graça e seus olhos verdes parecem em chamas, brilhando e me prendendo neles.

—Vamos ? –Pergunto, ele assente e guarda o violão e nos vamos.

No meio do caminho a Zaine brota do chão ou de sei lá a onde e começa a nos interrogar.

—Onde vocês estavam ? – Pergunta ela apontando pra nos dois.

—E desde quando é da sua conta ? –Pergunto cruzando os braços e a encarando ela se cala e fecha cara. –Pois é, fique sabendo que a vida é minha e pra sua informação eu tava assistindo o treino de Lacross e essa mula aqui eu não sei. – Digo apontando pro Heath.

Cara, chamar ele assim dói no fundo do meu coração.

—Ih! garota eu tava lendo sem noção tá doida é ? – Pergunta ele cruzando os braços

— Olha aqui sem noção é você tá!

—Ou! vocês não cansam não ? –Pergunta Zaine brava nós interrompendo.

—Não! –Eu e o Heath respondemos juntos, Zaine sussurra um ''desisto'' e vai embora, nos sorrimos e vamos pra sala.

Chego na sala com minha carranca habitual, Heath chega logo atrás, sento em meu lugar e como agora é aula de literatura, pego meus livros e a professora entra e começa a aula.

Estava tão concentrada na aula que me assusto quando um papel pousa na minha carteira olho pros lados e dou de cara com Heath atrás de mim rindo, reviro os olhos sorrindo e abro o papel.

—O que vamos fazer quando sairmos daqui ? -Pergunta ele no papel, pego a caneta e começo a escrever.

Não sei ainda porque ? -Jogo o papel por cima do ombro e espero um pouco e o papel voa de volta pra minha carteira abro e leio.

—Eu tenho uma noção de onde a gente pode ir. -Pego a caneta e escrevo.

É ? aonde ? -Pergunto e jogo o papel por cima do ombro e depois de um tempo ele voa de novo a minha carteira abro e leio.

Segredo.

Jesus esse menino ainda me mata.



XXX


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Notas finais do capítulo

Comentem o que você acharam :D