Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 2
Heath é igual á cabras.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o capítulo ser pequeno. Espero que gostem :D Comentem ;D



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O Heath.

Nossos olhos se encontram e meu coração dispara, o sonho me volta a mente... Ofego quando encaro seus olhos verdes que derretem a alma.

Dou de cara com a pessoa que menos quero ver agora! Isso que é sacanagem! 

Reviro os olhos e já me armo.

—Cego! Presta atenção! ou vou arrancar seus olhos fora! -Exclamo jogando as mão na cintura, tentando disfarçar que eu estava quase desmontando sobre seu olhar.

Ele sorri.

—Katerina! Que surpresa te ver aqui. -Diz rindo, ignorando minha ameaça.

—A gente é vizinho, doido. Agora o que VOCÊ faz aqui ? -Digo frizando bem o ''você'' e cruzando os braços, o encarando com as sobrancelhas erguidas e ignorando os sentimentos gritando dentro de mim.

Ele dá de ombros, ajeitando o skate na mão esquerda.

—Só vim dar uma volta ali no ginásio.

Ah! O ginásio ficava atrás do colégio de artes local, era famoso, muitas vezes já matei aula pra ficar lá badernando e ficar de vela pros outros.

Ele me olha, seus olhos verdes me hipnotizando, para disfarça reviro os olhos.

—Quer tomar um refrigerante comigo ? 

Arregalo de leve os olhos, surpresa, mais logo me recomponho.

Minha garganta estava seca e não faria mal provar a mim mesma que eu podia usar e abusar do Heath, lidar com meus sentimentos, não me entregar e ainda continuar com minha fama de má.

Sorri perversa, e ele devolveu.

—Tá, tanto faz. -Falei revirando os olhos e o seguindo pra barraca de pastel mais próxima.

*

Eu estava tomando um guaraná sentada na cadeira, enquanto Heath me encarava e tomava sua coca, aquilo estava me irritando.

Comecei a ficar envergonhada e consequentemente vermelha.

— E ai, como vai sua mãe ? - Ele perguntou, mexendo o canudo com seus dedos longos e ágeis, sem malicia.

Respirei aliviada por ele desviar o olhar.

—Vai bem. -Respondo dando de ombros e arrumando uma mecha do meu cabelo, olhando em volta distraída e tentando não corar, sentindo seu olhar queimando em mim de novo.

—Sabia que você tá linda hoje ?- Pergunta ele o ar me escapou, meu coração quase sai pela boca, ignoro.

—Sim, já sabia disso. -Sorrio, e ele sorriu de canto, eu pensei que fosse derreter ali mesmo, meu corpo esquentando e borboletas loucas dentro do meu estomago.

A quanto tempo não sinto isso por ele ? Um bom tempo.

—Não deixa escapar uma ein ? -Perguntou ele sorrindo, eu sorrio maliciosa, e ergui as sobrancelhas.

—Nunca. -Rebato, ele suspiro se encostando na cadeira.

—Como vai a Zaine ?

—Para de graça, você fala com ela todo dia. -Eu disse, ele riu.

Ele adorava a Zaine, minha melhor amiga, ele parecia aqueles melhores amigos gays que toda patricinha tem. 

Eu odiava ter que dividi-lá com ele, mais depois de um tempo aprendi a lidar.

—Senti sua falta. -Arregalei os olhos e o encarei enquanto sentia o ar ficar mais denso a medida que seu olhar ficava mais intenso em mim.

Fiquei sem reação.

Ai meu Deus! O que eu faço ? O que respondo ?

Entrei em pânico.

—H-hum! -Resmunguei meio desordenada o fazendo gargalhar.

—E as aulas de bateria como vão ? -Ele perguntou, mudando de assunto.

—Putz, nas férias você ficou bem desligado ein ? Bom, eu desisti das aulas.

Ele ergueu as sobrancelhas surpreso e balançou a cabeça.

—E você, o que fez nas ferias além de viajar ? -Perguntei só pra continuar a conversa, mas não estava interessada de verdade.

Ele soltou um longo suspiro e se ajeitou na cadeira, colocando os cotovelos em cima da mesa e apoiando o queixo nas mãos entrelaçadas, uma posição meio afeminada que arrancou uma gargalhada de mim e ele sorriu, mudando de posição novamente e cruzando os braços, deixando as veias de seus braços bronzeados e torneados bem evidentes.

—Nada demais, fiquei em casa jogando video game, fui a algumas festaa, me empanturrei de pizza... -Levantei a mão, interrompendo ele bruscamente.

—Tá! já entendi você é rico. Não precisa esfregar na minha cara, que suas férias foram melhores que as minhas!

Ele gargalhou, da minha expressão de raiva e eu chutei sua canela por de baixo da mesa.

Seu sorriso rapidaemnte sumiu, substituído por uma testa franzida e exclamações de dor enquanto ele massageava a canela.

Isso foi por você mexer comigo idiota! E despertar sentimentos em mim, penso.

Depois de ele me lançar um olhar feio e eu de lhe dar meu melhor sorriso inocente ele continua nosso papo.

—E você, o fez nessas férias ? -Ele pergunta me encarando, mordo o lábio.

—Dormi, comi e dormi. -Dou de ombros.

—Não tehno dinheiro, então não fiz nada. Foi bem tedioso, na verdade.

Suspirei dando um gole no meu refrigerante e ele também, aquilo tinha que acabar antes que fosse longe demais.

Precisava contar o contato antes que piore.

Me levantei.

—Já vou indo, foi bom te encontrar, mentira, não foi nem um pouco agradável. Valeu pelo refrigerante.

Já estava andando, quando ele começou a me seguir, remando no seu skate.

Revirei os olhos e bufei.

—Vou te levar até em casa. -Disse ele simplesmente, colocando as mãos nos bolsos.

Parei abruptamente e o encarei, que parou mais a frente e me analisou.

Cruzei os braços.

—Não vai, eu sei me cuidar sozinha. -Falei irritada.

Ele deu o sorriso mais inocente dele, e quando percebi que não ia adiantar, desisti e segui a passos largos pra casa, com ele em meu encalce.

—Cara, você é mais teimoso que uma cabra, ein ?

*

—Pois é, chegamos, tchau te vejo amanhã.

—Até cobra. -Ele ri e eu dou a língua pra ele, batendo a porta na cara dele em seguida.

Eu sei, muito adulto da minha parte.

Vou á cozinha e caço algo pra comer, só tem uns salgadinhos na geladeira, então pego eles e coloco no microondas, pego o ketchup, tiro os salgadinhos de lá e pego o suco de caixa de 1 litro sabor manga , é só meu, e subo pro quarto, tentando desaparecer com os pensamentos sobre Heath Trevisan, o demônio em pessoa.

Troco de roupa, coloco um shortinho de malha folgadinho preto e uma camisa velha dos Ramones, me jogo na cama, pego meu celular e meu fone de ouvido e coloco uma musica do Bring Me The Horizont, e começo a devorar os salgadinhos.

Meus pensamentos devaneavam sobre Heath e sobre os sentimentos se remexendo dentro de mim.

Eu era de gelo, era fria, calculista, arrogante e ninguém gostava de mim, era pra isso que eu era assim, para não agradar ninguém, para não ter que me machucar novamente e Heath estava destruindo tudo isso, toda a minha barreira de muros altos e exércitos quase indestrutíveis.

Tudo que eu sentia no começo da nossa amizade e que eu consegui enterrar dentro de mim estava voltando com força total, sem controle, não consigo mais negar o que sinto por ele.

Mais eu sabia o que estava acontecendo, ele era o fogo e eu era o gelo...

Canso da musica e ligo a tv, coloco os salgados em cima da mesinha de cabeceira e me viro de lado, caio no sono e tenho um sonho diferente...

XXX


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor.



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