Lembre-me! escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 12
Capítulo 11




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Dizem que quando estamos em uma situação difícil devemos desconectar nossa mente do corpo e vagar para lembranças de lugares bonitos onde estivemos fazendo coisas felizes... Mas quando você não tem lembranças? O que fazer? O que fazer quando sua mente não tem para onde vagar? Eu me perguntei isso enquanto caminhava debilmente pelos corredores verdes do labirinto. Já havia escurecido a o que antes era uma garoa, transformou-se em um temporal. Minhas vestes não me protegiam do frio, eu tremia tanto que não conseguia caminhar decentemente. Perguntei-me se alguém havia notado meu desaparecimento, se alguém iria procurar por mim.

Continuei a caminhar.

A fim de não deixar o cansaço, fome e frio me tomar, eu pensei em Edward. Isso era algo sensato a fazer. Pensar nele estranhamente fazia qualquer situação não parecer tão apavorante, como se a felicidade que ele estava me proporcionando me envolvesse em um casulo e me tirasse de pensamentos e situações aflitivas. Lembrar de seu rosto, seu cheiro, seu calor, o timbre da sua voz... Isso conseguia fazer qualquer um ignorar o inferno.

Uma luz.

Estava tão alheia a tudo, lembrando de meus momentos com Edward que não notei em primeira instancia. Olhei envolta e fiquei surpresa ao ver que estava do lado de fora, eu tinha encontrado a saída. A princípio eu fiquei parada encarando a grande mansão ao longe e depois eu estava correndo. As minhas roupas pesadas devido à água não me impediram de avançar, querendo mais do que nunca o aconchego do meu lar. E então quando estava a alguns metros de casa, o cansaço me pegou forte e eu me vi seguindo trôpega até a porta. Ouvi vozes no interior da sala antes mesmo de passar pela porta dupla e ao passar notei que a sala estava cheia. Edward, Joel e todos os empregados estavam lá, os rostos estampando preocupação. A face de Edward não era apenas preocupada, era quase desesperada. Por alguns minutos todo o barulho se cessou e todos me olhavam. E então Edward despertou e veio às pressas em minha direção.

-BELLA! –Gritou e abraçou-me fortemente. Continuei parada, cansada até mesmo para balbuciar algo. Meu corpo despencou sem que eu quisesse isso e eu teria ido ao chão se Edward não tivesse sustentado meu peso.

-BELLA, O QUE HOUVE? –Perguntou alarmado. Tentei me manter consciente.

-Eu to bem eu só... Eu estou um pouco cansada. –Disse lutando contra a letargia que ameaçava me engolir.

-O que houve? Onde esteve? –Edward me perguntou um pouco mais composto. Ele me ajudou levantar e me levou até uma das cadeiras da mesa da sala de jantar para que eu descansasse o que eu agradeci.

-Joel, traga água para Bella. –Edward ordenou e Joel, seguido por uma comitiva de empregados, foram para a cozinha. Edward retirou sua sobrecasaca e colocou por cima de meus ombros, eu tremia violentamente pelo frio. Edward puxou uma cadeira e sentou em frente a mim.

-Onde esteve Bella? Fiquei muito preocupado quando cheguei e não a encontrei. Ninguém sabia dizer onde você estava.

-Eu fui passear no jardim e entrei no labirinto verde, mas não conseguia sair. Eu fiquei vagando até que encontrei a saída.

-Bella, que atitude mais imprudente você foi ter! Deveria ao menos ter avisado que iria sair. Além disso, você perdeu a memória, não pode ir para aquele lugar desconhecendo sua saída!

-Eu sei. Desculpe-me Edward. –Murmurei. Eu odiava causar preocupação para ele. Minhas palavras pareceram refrear o nervosismo de Edward. Eu o vi respirar fundo, duas vezes.

-Não precisa se desculpar, você não fez nada de errado. Eu peço perdão por minha rudeza, eu fiquei muito nervoso, só isso. –Joel entrou com um copo de água nas mãos equilibrado em uma prateleira de prata.

-Aqui está à água para a senhora Cullen. –Disse e ficou lá ao nosso lado enquanto eu bebia a água ofertada. Eu estava com muita sede. Após a água tive um acesso de tosse.

-Você está ensopada! É melhor ir para o seu quarto e tomar um banho quente. Venha, eu vou ajudá-la a chegar até o quarto. –Edward envolveu minha cintura com um braço e ergueu-me para ficar de pé. Sustentou a maior parte do meu peso, só assim pude ir para o meu quarto.

-Eu vou estar por perto caso precise de ajuda. –Sussurrou enquanto eu me afastava.

-Eu estou bem. –Sorri. Ele ainda tinha uma expressão preocupada.

-Vou tomar um banho e venho aqui para jantarmos juntos. –Edward beijou-me na testa e saiu do meu quarto. Fechei a porta e segui reto para o banheiro. De fato a água quente me fez relaxar, mas eu podia sentir minha garganta protestar. Certamente amanhã eu estaria doente. Após o banho, mesmo com uma fome enorme, eu não resisti e me deitei. O meu moletom limpo e quente, assim como a colcha de minha cama, me embalou rapidamente para a inconsciência.

...

Era de manhã, notei pela claridade do meu quarto. Sentia minha garganta e corpo doerem, um dor de cabeça forte e o corpo quente. Sim, eu estava doente. Mover um único dedo parecia exigir de mim um grande esforço. O cansaço ainda estava presente em mim. Fechei os olhos e, embora estivesse acordada, estava cansada demais para me mover. Ouvi barulhos em minha porta, mas continuei imóvel, esgotada demais para mostrar que eu estava desperta. Uma mão tocou meu rosto, o afagou, era Edward. As vozes ficaram um pouco mais claras.

-Ah não! Bella está com febre! Deve ter sido por causa da chuva. –Lastimou-se Edward.

-Quer que eu chame o médico para ela, senhor Cullen?

-Sim Joel. Ligue para o medico da família. Diga a ele que Bella não poderá ir até seu consultório para os exames de rotina como eu havia combinado com ele ontem por telefone.

-Sim senhor. –Joel disse e acredito que saiu do quarto. Consegui abrir minhas pálpebras e o vi. Edward, lindo como sempre, traja do um elegante paletó preto com gravata azul celeste. Certamente estava pronto para ir ao seu trabalho. Estava sentado em minha cama, o tronco levemente inclinado para mim, uma mão em minha bochecha.

-Oi amor. –Disse com a voz calma, meiga.

-Edward... –Murmurei e tive de me deter pela crise de tose que tive. A preocupação de Edward era quase tangível.

-Bella, eu acho que você está gripada. Eu pedi para Joel chamar seu médico.

-Eu estou bem, só preciso descansar. Não chame nenhum médico. Não há necessidade.

-Mas Bella, você está ardendo em febre! –Edward tocou minha testa, sua pele era fria.

-Eu vou ficar bem.

-Ontem seu médico me ligou e pediu que você fosse hoje de manhã para exames. Eu cancelei sua consulta. Você não está em condições de sair hoje de casa. E eu vou ligar para a empresa. Já que você não quer que um médico a veja então eu ficarei e cuidarei de você. –Edward sorriu e me pareceu que agradava ele a sua sugestão.

-Não Edward. Não mude seus planos por mim. Eu vou ficar bem. Vou ficar aqui e descansar. –Eu sorri e vi que Edward estava dividido. Ele suspirou.

-Esta bem. Volto rapidamente. Joel ficará de olho em você e caso piore irei levá-la ao médico.

-Tudo bem. –Disse. Edward inclinou-se ainda mais, iria me beijar. Tapei a boca com minhas mãos.

-Que foi? Não posso beijá-la? –Ele disse sorrindo, mas havia tensão em seus olhos.

-Não quero que fique doente também. –Disse com a voz abafada pelas minhas mãos. Edward soltou uma gostosa gargalhada. Inclinou-se beijando minha testa, retirou minhas mãos de minha boca e beijou-me nos lábios. Um simples selinho, mas que conseguiu me aquecer mais do que a febre.

-Fique boa logo. Qualquer coisa ligue para mim. –Deu-me mais um selinho e saiu, em momento algum enquanto saia de meu quarto Edward deu as costas para mim.

...

Tudo é uma questão de descanso, eu sabia disso. –Após comer, contra a minha vontade, e um bom banho, eu me sentia bem. Edward ligava a cada vinte minutos, eu dizia estar bem, realmente eu estava bem, mas Edward não confiava muito em mim. Eu sabia que ele também ligava para o telefone no andar de baixo para falar com Joel. Meu dia foi praticamente em casa. Para me distrair resolvi ver DVD e foi mexendo em minha cômoda que encontrei meu notebook. Lembrei-me que até hoje não havia mexido no computador. Eu o peguei na esperança de encontrar algo, mas fiquei frustrada ao vasculhá-lo. Mais uma vez nada encontrei. Era estranho não ter nada em meu celular, em meu quarto, nos álbuns de minha família, no meu notebook... Como se alguém tivesse apagado tudo, os vestígios para que eu não soubesse de nada.

Liguei o notebook e, sabendo que não encontraria informações nos documentos comuns, conectei a internet. Uma idéia me ocorreu, talvez eu conseguisse encontrar algo na internet. Usei um site de busca e escrevi “família Swan”. Houve muitos resultados. Decidi por fim colocar juntamente com as palavras “família Swan” o complemento “família Swan empresa de calçados”.

-Bingo! –Eu disse ao ver todas as reportagens. Dei uma olhada no resumo dos sites, não me interessava saber da empresa e sim dos meus familiares. Nenhum site chamou muito minha atenção até que vi uma noticia sobre meu pai. Cliquei no site abrindo-o. Falava da morte do meu pai e em como sua morte afetado a empresa. Minha mãe havia comentado que a empresa teve problemas, mas não entrou em detalhes. Li diversas matérias e nada encontrei. Claro que a imprensa não diria os podres da historia! Voltei à parte de pesquisas e estava prestes a fechar tudo aquilo quando vi algo promissor em um blog de algum jornalista. Era uma matéria sobre minha mãe.

Eu a abri e li pacientemente. À medida que lia algo se operava em mim, peças se juntando num quebra-cabeça medonho. Antes de desligar meu notebook eu estava pronta. Peguei um casaco e minha bolsa e segui para o andar de baixo. Joel estava na sala.

-Senhora Cullen?

-Joel, peça ao motorista que venha até aqui. Eu vou sair.

-Mas senhora Cullen a senhora não está em condições e...

-Eu estou bem. Preciso ir até a minha mãe.

-Está bem. Eu chamarei o motorista. –Joel comunicou. Esperei com a paciência de Jó pelo motorista, ele demorou mais do que deveria. Tive a impressão de que Joel ligou para Edward antes de falar com a portaria pedindo que o motorista viesse até mim. Logo eu estava em um carro e não demorou nada para chegar ao apartamento de minha mãe. Liguei dizendo que estava em frente ao prédio. Claro que Renée me recebeu com entusiasmo, mas seu sorriso esmaeceu ao ver minha cara. Entrei em seu apartamento sem dizer nada.

-O que foi filha? Aconteceu algo?

-Por que não me disse que tentou se matar mãe?

-Me matar? Do que está falando? –Eu me virei e mostrei seus pulsos e as cicatrizes em ambos os pulsos.

-Você tentou se matar, não foi? Após a morte do meu pai, quando a empresa começou a ruir pela sua má administração. Não minta pra mim dessa vez mãe! –Eu disse com autoridade. Renée ficou abalada, isso era visível. Caminhou para longe de mim e sentou-se no sofá. Eu caminhei até ela, mas não sentei.

-Não deve acreditar em notícias sensacionalistas. Onde leu esse absurdo?

Tirei a matéria que eu havia impresso da minha bolsa e joguei no colo de minha mãe. Ela olhou atentamente a matéria, mas deu de ombros.

-Isso é mentira.

-Não, não é. Mãe, eu sei que isso é verdade. Por favor, para de tentar me enganar! Se não me contar nada eu vou investigar e será pior descobrir através de outra pessoa! –Esbravejei andando de um lado para outro.

-EU FIZ ISSO! EU FIZ ISSO TA LEGAL! E DAÍ? EU NÃO SOU A ÚNICA QUE TENTA COMETER SUICIDIO! –Renée gritou e parecia reprimir um choro. Procurei me conter. Sentei em frente a ela no sofá.

-Por que fez isso mãe?

-Eu cometi um erro. Billy Black, amigo do seu pai, deveria assumir os negócios , mas eu não confiava nele eu...

-Você tentou assumir os negócios e a empresa do papai faliu, não é? –Perguntei.

-Foi o fiasco! Ficamos endividadas e então...

-E então a empresa foi comprada pelos Cullen. Entendo. Eles pagaram as dividas e converteram as empresas de meu pai em extensão da própria empresa deles.

-É isso! É isso o que você queria saber? Bom ai está a sua verdade!

Eu fiquei calada absorvendo a confirmação de minha mãe. E então uma coisa passou pela minha cabeça.

-Mãe, o fato da nossa empresa ter falido e essa sua tentativa de suicídio... Que relação isso tem com o meu casamento?

-Nenhuma Bella! O pai de Edward quis ajudar, só isso. E ele lucrou comprando nossa empresa. –Mas Renée não olhou para mim enquanto falava. Ela mentia.

-Eu me casei com Edward para que o pai dele nos ajudasse, não foi? –Eu falei com a voz embargada. Renée apenas me olhou e então eu soube que era isso. Eu havia me casado com Edward para que ele salvasse nossa posição social. E então eu estava chorando.

-Bella, minha filha, não é nada disso! Vocês se conhecem desde pequenos, vocês sempre se gostaram! Você nem queria que Edward comprasse a empresa, mas ele...

-MENTIRA MÃE! É MENTIRA! –Levantei. Renée ficou alarmada com a minha cara.

-Não é Bella! Escute-me eu fiz muita besteira, mas você não faria algo tão imprudente como se casar por interesse! –Renée ficou falando, mas não dei atenção. Sai num rompante e subi no carro sem olhar para trás.

...

Eu estava deprimida, nem me dei ao trabalho de almoçar. Fiquei trancada em meu quarto enquanto minhas especulações assombravam minha mente. Quem estava certo? Renée ou eu? Por que eu achava que minhas especulações estavam certas? Se era isso que tipo de monstro eu era? O tipo de monstro que se casa por interesse? Eu teria sido capaz de tal atrocidade com Edward?

As batidas na porta soaram ao longe.

-Bella? Sou eu, Edward. A porta está trancada. Poderia abrir? –Edward pediu, mas eu permaneci no lugar, sentada na cama. Só de pensar em minhas especulações eu sentia nojo de mim. Eu não queria vê-lo. Enterrei minha cabeça no travesseiro querendo desaparecer. Edward insistiu em entrar no quarto por alguns minutos, mas acabou desistindo. Eu agradeci por isso.

...

Secava meus cabelos com o uma toalha. Já devia ser meia noite ou mais e lá estava eu em meu quarto, meu refugio, sem conseguir adormecer. Além da dor de imaginar o tipo desprezível de pessoa que fui outra coisa doía: eu estava magoando Edward enquanto o evitava. Eu sabia disso, mas não conseguia evitar. Como eu iria olhar para ele com aquelas especulações em minha mente? Um pouco afastado de mim, mas visível, estava matérias impressas sobre meu pai e sua empresa. Através daquelas matérias eu pude conhecer o homem que era meu pai, um homem fantástico. Mesmo lendo coisa agradáveis minha mente ainda vagava para minhas especulações. O silencio de minha mãe quando perguntei a ela se eu havia me casado com Edward por interesse foi uma confirmação de tudo. Se fosse assim o que eu faria? Como iria encarar Edward caso isso fosse verdade? Meus olhos agora estavam marejados. Mais do que temer minhas lembranças, eu temia que Edward descobrisse o que me levou a casar com ele e quisesse se afastar de mim. Eu estava dependente dele, eu precisava de Edward.

Ignorando o corpo e cabeça doloridos assim como a febre que não havia cessado, eu me arrastei para a porta e, após sair de meu quarto, segui pelo corredor que me levaria até onde Edward deveria estar. Quando abri a porta pensei que o encontraria dormindo. Para a minha surpresa Edward estava acordado, sentado em sua cama com um notebook no colo. Ele trajava pijama de seda preta. Ficou espantado ao me ver na porta, isso deu para ver em sua cara.

-Bella? –Ele perguntou colocando o notebook ligado em cima da mesinha ao lado de sua cama. –O que houve? –Pelo seu tom de voz notei que Edward estava alarmado. Não era para menos, passei a tarde trancada em meu quarto, isso após sair de carro. Ao vê-lo a tristeza que comprimia meu peito aumentou. Eu corri e me joguei em seus braços, enterrei meu rosto em seu ombro não querendo encará-lo. Edward correspondeu ao meu abraço após um tempo, devia estar desnorteado. Ajeitou-me em seus braços fazendo com que meu corpo ficasse praticamente em cima do seu.

-Bella... –Murmurou meu nome, suas mãos mantinham-me em seus braços, afagavam minhas costas. Edward comprimiu seu rosto em meu cabelo. –Você está tão febril! Tem que ir ao hospital.

-Não quero. Me deixa ficar aqui, dormir com você. –Implorei numa voz sôfrega. Talvez Edward não tenha percebido isso, pois minha voz fora abafada pelo seu ombro. Edward ficou calado por alguns instantes. Por fim ajeitou-se na cama, deitando-se completamente e me colocou em seus braços o mais próxima possível do seu corpo.

-Sua mãe ligou para mim, por isso voltei cedo para casa. Ela disse que vocês duas brigaram, mas não disse o motivo da briga. Quer conversar sobre isso meu bem? –Edward perguntou, uma mão acariciava minhas costas e a outra afagava meus cabelos. Abri meus olhos e fitei um canto qualquer do quarto sem querer olhá-lo. Meu silencio deve ter dado a dica de que eu não queria conversar. Experimentei olhá-lo e aquela dor em meu peito voltou de forma nauseante. Como eu pude? Como eu pude fazer algo tão tenebroso com Edward? O que eu tinha anteriormente no lugar do coração? Uma pedra? Senti meus olhos marejados novamente. Edward pareceu agoniado. A mão que antes afagava meu cabelo passou para meus olhos enxugando minhas lágrimas.

-Bella, converse comigo, por favor. Diga o que a entristece. Sua mãe não quis me dizer, mas você pode. O que houve? O que conversaram? –Ele perguntava frenético enquanto eu estava quietinha nos seus braços tentando respirar pausadamente. Sacudi a cabeça em negativa, nunca eu diria algo sobre minhas especulações. Edward suspirou frustrado pela minha negativa.

-Como posso ajudá-la se você não quer se abrir comigo? Bella, você deve ter mais confiança em mim. No entanto eu não vou pressioná-la. Conte-me quando estiver preparada, esta bem? –Eu assenti e Edward pareceu satisfeito com isso. Beijou-me na testa, na ponta de meu nariz e em meus lábios.

-Eu estou aqui. Independente do que houve com sua mãe, saiba que sempre estarei ao seu lado. –Disse e seus olhos cor ocre estavam abrasadores fitando os meus.

-Promete? –Murmurei.

Prometo. –Inclinou-se e beijou-me nos lábios sem aprofundar o beijo. Aconcheguei-me melhor em seu corpo procurando pelo seu calor. Coloquei minha cabeça na curvatura do seu pescoço. Enquanto seus braços fechavam-se mais e mais em mim. Edward cantarolava uma música que eu conhecia, era a música “crazy” de Júlio Iglesias, nossa música de acordo com Edward. Eu fui relaxando, a respiração e batimentos cardíacos foram ficando mais e mais espaçados, minhas pálpebras pesadas. Mesmo quase que completamente entregue a inconsciência eu ainda podia ouvir a voz de Edward próxima a mim, seus braços envolvendo-me, acariciando-me nas costas, e seus lábios roçando nos meus lábios.

Eu não o merecia se realmente me casei com ele para salvar minha condição financeira, mas parando para pensar eu era uma nova pessoa. Enquanto eu não me lembrasse de nada eu poderia, quem sabe, merecê-lo um pouco que fosse. Esse pensamento me bastava para adormecer tranqüila sabendo que pela manhã Edward ainda estaria comigo, ainda estaria me amando.

 


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Notas finais do capítulo

Gente obrigada pelos reviews. Como prometi se tivessem 10 reviews eu postava o/
Leiam minha one-shot chamada Quando um estranho me olha e deixem reviews. Se tiver uns 10 reviews lá eu posto mais um cap aqui ainda hoje. beijos