Perdida na Ilha escrita por Ann_Cullen


Capítulo 3
II - Perdida na Ilha - Primeiros contatos


Notas iniciais do capítulo

Oi amores di mi vida! Aqui está outro capítulo como prometido.
Agradeço a: Leth Cullen, mary , Gaby Cullen Black, Cybella , sabrinna, danielasilva, argentum, HELEN FREITAS e AnaMK. Muito Obrigada!
Agora vamos ler!






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Capítulo dois

Uma das coisas mais frustrantes que eu já passei na minha vida é quando eu falo com alguém e este alguém não me responde ou finge que não está escutando.

Para quem tem irmãos isso ocorre continuamente. Quem nunca mandou o irmão fazer algo e ele finge que não escutou e continua vendo televisão? Ou então quando você manda sua irmã lavar a louça e ela simplesmente ignora como se você estivesse falando com outra pessoa?

É frustrante!

Mas imagine minha situação. Eu estou em frente de um lindo selvagem perguntando o seu nome e ele me olha como se eu fosse uma lunática. Eu mando ele falar alguma coisa e ele simplesmente toca minha boca. Será que eu estou com mau hálito? Preciso urgentemente de minha escova e de uma pasta de dente.

– Eu sou a Bella - falo devagar apontando para meu peito - Be-la.

Ele continua me olhando sem nenhuma reação. Argh! É como falar com as paredes.

– Você não fala ou fala, mas em outra língua? - pergunto.

Fico esperando ele responder, mas ele coloca novamente a mão na minha boca e a abre com as mãos e se aproxima para olhar dentro.

– Ei cara - afasto dele rapidamente explodindo - O que você está fazendo? Não pode fazer isso.

Ele se afasta com os olhos arregalados. Acho que o assustei. Droga! Estávamos nos socializando tão bem.

– Desculpe- respondo calmamente. - Eu sei que eu fui grosseira, mas é que eu estou com muita fome e sede.

Ele continua me olhando, só que mais relaxado do meu pequeno ataque. Eu coloco a mão na minha barriga sinalizando que estou com fome e ele somente olha.

– Fome - disse devagar para ele entender enquanto fazia mimica.- Fo-me.

Ele estreita os olhos levanta e sai.

– Onde você vai? - perguntei alarmada. - Me desculpe pela grosseria. Volte aqui, volte...

Mas já não dava para vê-lo. Comecei a entrar em pânico. Era bom saber que alguém estava com você ali e agora ele se foi. O sentimento é de puro pânico. É a mesma sensação que você tem quando se perde, sem querer, do pai ou da mãe no shopping quando pequena.

Coloco o rosto no joelho e começo a chorar. A última coisa que eu pensei quando fiquei de férias é que estaria perdida numa ilha com fome, sede e medo.

Continuo me lamentando quando ouço passos. Levanto rapidamente minha cabeça dos meus joelhos secando os olhos e percebo o Selvagem entrando com frutas na mão.

Oh! Comida.

Ele estende as frutas para mim e eu rapidamente as pego. Abro desesperadamente uma banana e a mordo. Nossa, estava tão deliciosa. O engraçado é que nunca gostei de banana.

O que você não come com fome.

Ataquei mais frutas e foi só no quando faltava algumas para acabar que eu percebi que devia estar parecendo uma desesperada por comida. O que não era mentira porque eu realmente estava.

– Me desculpe - falei com a boca cheia. Engoli e depois ri. - Eu estava com muita fome. Obrigada pela comida.

E sorri mostrando os dentes. Ele continuou me olhando e depois fez uma tentativa frustrada de sorrir também.

Eu ri mais alto ainda.

– Não é assim que faz - disse quando ele tentou sorrir novamente.

Ele estava meio que rosnando com os dentes, mas sem o som só com os dentes para fora. Parecia, de certa forma, com uma criança mostrando os dentes enquanto esperava a mãe escová-los.

– Você está fazendo errado é assim - e mostrei como fazia.

Ele tentou me imitar, mas fez a mesma coisa de antes. Me aproximei dele e puxei o canto dos seus lábios de forma mais relaxada e escondi um pouco dos dentes, pois ele os mostrou demais.

Depois de tirar minhas mãos fui ver minha obra. Ele tinha um sorriso lindo.

– Perfeito. Tem um belo sorriso. - falei sorrindo.

Ele alargou mais o sorriso. Que selvagem esperto. Continuei olhando ele imaginando há quanto tempo ele estaria ali, parecia ser muito.

Meu coração se apertou. Eu aqui parecendo uma bebê chorão por está sozinha há um dia enquanto ele devia está há anos.

Ele me olhava com curiosidade.

– Como você se chama? - tentei novamente.

Ele só me olhava.

– Bella - falei apontando para mim. - E você é...?

Ele não me respondeu só olhava meu dedo que apontava para ele. Ele levantou a sua mão e pegou as minhas puxando para mais perto dos olhos. Eu as puxei delicadamente.

– Isso são mãos. - disse mostrando elas a ele.

– Ma-us - tentou falar ele.

Me sentei ereta.

– Quase. Repita: mãos.

– Mãos - falou devagar.

Eu abri um grande sorriso.

– Perfeito.

Ele sorriu pra mim também.

– Agora diga o meu nome. Be-la - falei devagarzinho.

– Be... Bel... Be-la - disse fazendo um biquinho com a boca

– Muito bem.- disse eufórica e pulei para seus braços abraçando-o.

Ele petrificou. Puta merda! Ele deve está pensando que eu estou atacando ele. Me separei dele rapidamente, mas ele me olhou confuso como se eu estivesse feito a maior besteira do mundo. E depois se aproximou de mim e me abraçou como eu tinha feito segundos atrás e gemeu. Fechei meus olhos e apreciei o abraço do selvagem. Tão bom.

Tentei soltar do seu abraço, mas ele apertou ainda mais. Tentei de novo e ele relutante soltou.

Olhei pra ele e disse:

– Abraço. - e fiz isso nele para ele aprender.

– Baço. - falou roucamente

Eu ri perto do seu ouvido e me separei dele.

– Está quase lá.

Ele sorriu e me abraçou novamente. É eu poderia me acostumar com seus abraços.

[...]

Ficamos mais um tempo no lugar onde eu descansava, eu estava tentando ensinar umas coisas para ele, foi muito divertido. Ele é uma ótima pessoa.

Já estava escurecendo quando ele se levantou eu fiquei com receio dele ir embora, mas relaxei logo que ele tentou me levantar e me puxou para dentro da ilha. Ele me segurava pela a mão me direcionando para dentro da mata.

Andamos cerca de 10 minutos quando entramos numa linda campina. Tinha muitas árvores e flores de todas as cores. No final da campina tinha um pequeno riacho de água cristalina e próximo dele tinha uma espécie de tenda feita das folhas das palmeiras. Com certeza era a casa do selvagem.

Eu ri encantada.

– Que legal. Você tem um casa.

Ele deu um lindo sorriso e me puxou em direção do riacho. Sentou na beira e colocou os pés dentro dele, o imitei.

Olhei para ele e sorri.

– Obrigada, por tudo. - disse pegando sua mão.

Ele ficou fitando nossas mãos entrelaçadas e apertou. Depois olhou para mim e sorriu. Tirou os pés do riacho e me puxou em direção a tenda correndo.

Eu ri e fui junto com ele. Sua tenda era incrível. Tinha vários utensílios para caçar e comer, além disso tinha alguns panos, outros travesseiros e um baú.

Olhei de volta para ele e o vi pegar comida que tinha próximo ao que parecia ser sua cama. Ele estendeu para mim uma maça. A peguei e fui em direção ao seu baú que tinha um nome gravado.

Edward.

Edward? Seria esse o nome do meu Selvagem?

Voltei-me para ele e o vi comendo uma laranja, aproximei dele e sentei ao seu lado.

– Qual é seu nome? - perguntei novamente. Ele me olhou e parou de comer. Fez uma cara de pensativo, mas não disse nada.

– É Edward? - perguntei.

Ele ficou me fitando e acenou. Acenou!

– Nome - disse devagar o meu Selvagem - Eduad

Eu ri

– Ed -war-d - falei.

– Eduard.

– Perfeito - disse a ele.

Ele se levantou levando consigo algo que não consegui identificar, foi até o riacho e os mergulhou na água. Depois voltou e estendeu para mim.

Era um coco aberto com água.

– Obrigada. - agradeci bebendo.

Ele sorriu e me puxou para sua 'cama'. Terminei de beber água e deitei do seu lado.

– Baço - ouvir ele dizer antes de cair na inconsciência.

– Sim - concordei - Abraço.

E ficamos assim enquanto dormíamos.


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Notas finais do capítulo

Então gente? O que acharam?
Espero vocês nos comentários.
Bjos :)