Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 7
Preocupações, beijos e surpresas.




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Eu particularmente estava me sentindo um pouco incomodada, por está “chamando atenção”, não era muito meu feitio, e parecia que as pessoas lá dentro estavam falando sobre mim. Estava evitando olhar pela porta de vidro, porém era automático, e acabava pegando uns e outros olhando para onde estávamos.

– Então... – Jean voltou a sentar-se.

– Então... – Repeti.

– Quer dançar? – Ele sorriu ao olhar para mim.

– Eu não sei dançar. – Corei e olhei para baixo, eu realmente não sabia, e estava me sentindo uma bobona.

– Eu te ensino. – Levantou-se e me esticou a mão. – Me permite esta dança, Senhorita Dewes?

– Mas é claro. – Peguei sua mão, meio insegura e levantei-me.

Então Jean me guiou até a sala, onde havia a pista de dança. A música não era lenta e nem muito agitada, os outros apenas se mexiam naturalmente, conversavam e bebiam. Paramos um pouco afastados da onde havia mais pessoas. Ele parou em minha frente, perigosamente próximo. Pôs as mãos em minha cintura, por um momento eu estremeci, e Jean sorriu.

– Relaxa... – Disse ele e acariciou com uma de suas mãos o meu ombro, para que eu relaxasse, e foi o que eu fiz.

Nos aproximamos mais e Jean começou a me guiar, me enrolei um pouco no começo, porém depois segui em seu ritmo.

– Você aprende rápido. – Disse em meu ouvido, o que me fez arrepiar.

Passamos um momento daquele jeito, feito aqueles filmes. Jean me encarava por um momento e sorria, e eu continuava envergonhada. E então, como sempre, algo tinha que atrapalhar... Senti uma cutucada no meu ombro e virei, já zangada, era Lola.

– Cher, podemos conversar? – Ela falou em meu ouvido, parecia meio nervosa.

– Sim. – Me virei para Jean que nos observava. – Volto já!

Lola me puxou pela mão até o primeiro andar, entramos no seu quarto e seus olhos se estreitaram.

– O que houve, Lola? – Perguntei-lhe curiosa.

– David quer ficar um tempo a sós comigo, e eu estou apavorada. – Ela sussurrou.

– Calma, respira. – A sentei na cama. – Você quer ir?

– Eu não sei, eu mal o conheço... E se ele for um estuprador? – Ela começou a falar.

– Sei lá, Lola. Fica tranquila. Se ele tentar algo que você não queira, chuta o que mais ele gosta. – Dei de ombros. Particularmente, eu adoraria ver esta cena.

Então batidas na porta.

– Ai que droga. – Lola murmurou.

Caminhei até a porta e abri. David e Jean estavam lá, com olhos curiosos, ambos sorriram a meu ver.

– Vocês demoraram... Decidimos procura-las. – Jean se explicou.

– Opa, esta é a deixa de vocês. – David me puxou para fora do quarto e entrou, fechando a porta atrás de nós.

– Devo me preocupar? – Mordi o lábio, eu já estava preocupada.

– Relaxa, Lola sabe se cuidar. – Jean pôs suas mãos em minha nuca ao falar, e por um momento eu me esqueci de tudo. – Mas e você, senhorita Dewes? Sabe se cuidar?

– Boa pergunta. – Sorri, estava tentando o máximo que podia encará-lo. – Eu acho que sim.

– Então acho que você não vai ser assustar, quando eu fizer isto... – Ele me colocou contra a parede e se aproximou o bastante da minha boca, para eu sentir seu hálito quente.

– Isto não é ameaçador. – Me enrolei um pouco para falar, meu coração sambava no meu peito e eu não sabia o que fazer.

Encarei aqueles olhos maliciosos por um momento e meus instintos falaram mais alto. Minha mão estava soada de nervosismos, mas eu não ligava, e acho que ele também não estava se importando, o puxei pela nuca e selei nossos lábios com um beijo caloroso. O que me fez gritar por dentro, pelo motivo de: Eu tomei a maior das iniciativas e beijei Jean Furley! Não era algo de se esperar.

– Cherry? – Aquela voz assustadoramente familiar me fez gelar, Jean saiu da minha frente rapidamente e eu pude ver meu pai, de braços cruzados encarando furioso o Jean. – Posso falar com você?

– Claro, pai. – Murmurei, e então Jean olhou para mim com medo.

– Eu vou deixa-los à sós... – Jean disse ao passar por meu pai, que o puxou pelo braço.

– Como você se chama, garoto? – Ele disse ao encará-lo, por incrível que pareça, meu pai era bem maior que Jean e seus olhos eram bem mais ameaçadores.

– Jean. – Sua voz tremeu por um momento, segurei o riso.

– Prazer. Sou John. – Meu pai sorriu, soltando o braço de Jean e apertando sua mão. – Sou o xerife da cidade.

– Ele sabe, pai. – Rolei os olhos, segurando a mão do papai e o puxando para longe de Jean, que na primeira oportunidade sumiu de nossa vista. – O que você quer?

– Você estava trocando saliva com aquele rapaz? Você o conhece o bastante para isso? –Ele disse, ignorando minha pergunta. – Qual o sobrenome dele?

– Você conhece o bastante as mulheres que você leva para nossa casa? – Ri. – Agora, pode me dizer por que você está aqui?

– Mas isto é diferente, você é jovem e ele é homem... – Coçou a nuca. – Você esqueceu o celular, e eu vim trazer. – Tirou meu celular do bolso e me entregou.

– Obrigada, pai. – Sorri cinicamente. – Agora, deixe-me lhe acompanhar até a porta.

O puxei pelo braço e desci as escadas, enquanto ele observava o local. Meu pai era muito ciumento e cismado. Enquanto nós passávamos pelas pessoas, muitas garotas o secavam indiscretamente, e eu estava ficando aborrecida com isto. Qual as chances que essas vadizinhas tem com os pais alheios?

– Por que você está com essa cara? – Meu pai me perguntou quando chegamos na porta, e então percebi que eu estava com cara de brava.

– Essas meninas, olhando para você. – Disse e ele riu.

– Bobona, mal sabem elas que a mulher da minha vida é você. – Então ele me deu um abraço e um beijo no rosto. – Te vejo mais tarde, e nada de trocar salivas!

– Até mais. – Dei tchau enquanto o observava ir até o carro.


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