Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 43
Garotas más também amam!




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Quando à noite chegou e eu estava extremamente perversa, meu celular tocou e quando li aquele nome, tomo meu corpo formigou e meu coração palpitou.

– David? – Murmurei ao telefone, sem acreditar.

Olá, meu amor. – Sua voz rouca fez todo meu corpo estremecer. – Está tudo bem por aí? Como é bom ouvir sua voz.

Onde você tem estado? Eu preciso te ver, estou com saudades. – Disse ignorando sua pergunta.

Estou um pouco distante agora, acho que estou próximo à casa do lago de Lola. – Explicou ele.

– Venha me ver, por favor. – Supliquei.

– Estou ligando justamente por isso, minha linda. – Ele riu do meu desespero, como se eu estivesse o elogiando. – Quer ir ao baile comigo?

Você ainda pergunta? – Ri, me deitando na cama e fechando os olhos, ouvindo sua respiração do outro lado. – É tão bom falar com você.

Estava tão sexy naquele dia, fico pensando nele todo o momento. – David riu. – Você nem imagina meus pensamentos sujos.

– É a saudade. – Ri. – Por que você só volta no baile? Eu quero vê-lo antes... Só eu e você.

– E-Eu não posso voltar para casa, querida. – Falou agora sério. – Minha mãe está me mandando mensagem todos os dias, dizendo que já comprou minha passagem e que não adianta fugir... Falando nisso, como está com seu pai?

Nada bem, não estamos nos falando e discutimos nesta tarde. – Suspirei. – Onde você está?

Na casa de campo do Evan, ele me emprestou por alguns dias. – Explicou ele. – Não diga a ninguém, se minha mãe descobrir que estou muito próximo, não dará tempo de ir ao baile.

– Como assim não dará tempo? – Perguntei confusa.

Umas das mensagens diziam que assim que ela me encontrasse, eu viajaria imediatamente. – Explicou, meu coração se apertou. – Estou ganhando tempo, sabe... Uma hora ela irá me encontrar.

– Então, quer dizer, que você terá que ir de qualquer jeito? – Abri meus olhos e eles automaticamente se encheram de lágrima.

Ele suspirou.

Sim.

O silêncio pairou por um momento, não sabia o que falar, não conseguia falar.

Vou te deixar dormir. – David falou com a voz embargada. – Fica bem, ok? Em breve estaremos juntos, não se preocupa.

Eu te amo. – Foi tudo o que consegui tirar da minha boca.

É tão bom ouvir isso. – Ele deu uma risada rouca. – Adivinha...

– O que?

Eu também te amo.

David desligou o celular e eu ainda fiquei por um minuto com ele na orelha. Era tão bom falar com ele... Toda minha raiva e o demônio que nascia em mim adormeceram por um momento, só conseguia repassar sua voz dentro da minha cabeça e pensar em como o amava. Não conseguia imaginar ficar distante de David.

Quando finalmente adormeci, tudo se acalmou dentro de mim. Aquela confusão de pensamentos... Tudo estava passando tão rápido que eu não se lembrava de como era dormir em paz.

Acordei com aquele demônio se apoderando, eu estava maligna. Tomei um banho e analisei as roupas por alguns minutos. Coloquei uma calça toda rasgada, que eu havia arrumado. Vesti uma blusa que eu adorava, dos Beatles, a cortei na noite anterior e ela estava muito curta, dando a liberdade de minha barriga à mostra. Então, a jaqueta de couro de David estava em cima da cadeira, eu sorri ao pegá-la.

Procurei na internet “maquiagem fácil” e não é que existe? Fiz alguma coisa que não sei chamar, entretanto coloquei um batom vermelho. E meu Deus, estava me sentindo a Megan Fox. Ok, não é para tanto. Calçando meus tênis, Lola já estava mandando mensagens desesperadas. Já tinha comentado sobre e ela estava eufórica para me ver.

Suspirei, peguei minha bolsa e então saí do quarto. Tudo calmo, porém ouvir a televisão no andar debaixo. O jornal soava calmamente na sala, então desci as escadas agarrada com minha bolsa na frente do corpo, pensando na possibilidade de desistir. Entretanto, a imagem dele falando sobre o que eu deveria ser tomou toda minha mente. E no último degrau da escada tirei a bolsa da frente e abri um sorriso cínico.

Papai me olhou de cima a baixo, em seguida, me encarou sério.

– Bom dia. – Continuava sorrindo, então fui à cozinha com ar de despreocupada, propositalmente, devo dizer.

Ouvi seus passos e logo ele apareceu na soleira da porta.

– Você vai assim para a escola? O que houve com suas roupas? – Perguntou ele, ainda sério.

Peguei meu cereal e coloquei na tigela.

– Não gostou? – Ri ao pegar o leite na geladeira.

– Ainda pergunta, Cherry? Vá se trocar. – Cruzou os braços sério.

– Vá se trocar você, ainda está de pijama. – Comentei o observando, estava com uma camisa cinza colada e uma calça moletom preta, será que meu pai sabe o que é ser feio? Mesmo brava, o achava lindo e sentia uma imensa vontade de abraça-lo.

– Não estou brincando, Cherry. – Fez cara de bravo e ficou extremamente fofo.

Cherry, não olhe para ele! Foco! O diabinho no meu ombro esquerdo gritou no pé do ouvido.

Dei uma colherada em meu cereal, ignorando-o.

– Já vi que não adianta falar nada com você. – Deu de ombros. – Desse jeito você só perde comigo, Cherry.

– Você já perdeu a credibilidade comigo, a partir do momento em quê começou a me julgar como “garotinha certinha do papai”. – Murmurei aborrecida, peguei minha tigela e saí comendo rapidamente até à sala.

Papai continuava em meus calcanhares.

– Ok, quem sabe de tudo é você, senhorita da razão. – Falou ironicamente.

– Você está atrasado, papai. – Sorri, deixando a tigela no criado-mudo próximo ao sofá. – E eu também. – Menti, não estava nada. Mandei um beijo para ele e caminhei para o carro ignorando seu olhar de reprovação.

– Meu Deus você está a cara da Megan Fox! – Exclamou Lindsay, dando palminhas quando me viu na entrada do colégio.

Lola virou-se rapidamente e abriu um sorriso enorme.

– Você está linda, C! Nem acredito nisso... – Ela agora estava incrédula.

– Quebrei aquela cláusula que dizia que eu não deveria mostrar nenhuma parte do meu corpo. – Fiz uma piada, mas lembrei de que escravas da moda não entendem nada sobre isto, só Lola riu.

Logo havia uma rodinha, onde estava Lola, Lindsay, Betty e a Saya. Todas estavam incrivelmente bonitas, com saltos agulhas e bolsas de marca. Agora todas olhavam para mim.

– Adorei a jaqueta. – Saya comentou, com seu alvo sorriso, seus olhos miúdos também sorriam.

– É do meu namorado. – Ri envergonhada.

– O Jean? – Betty perguntou.

– Ora, onde você esteve, Betty? – Lindsay perguntou indignada. – É o David.

– Ah, é que eu estava em Paris, lembra? – A garota corou. – Não sei as novidades...

– Está perdoada, Bê! – Lola gargalhou. – Só por que trouxe uma bolsa da última coleção da Louis Vuitton, eu amei!

– Que bom que gostou! – Betty abriu um sorriso imenso.

Começaram a caminhar para dentro do colégio, Lola entrelaçou seu braço no meu e caminhamos juntas. Então observei sua bolsa, era branca com umas listras pretas. Parecia normal, se eu não soubesse que custava quase a metade do salário do meu pai.

Todos olhavam para nós, eu já estava ficando incomodada. Foi então que vi Jean, encostado em seu armário, conversava com Derek, um dos garotos do time. Usava seu típico casaco do time e seu sorriso de sempre. Estava lindo, como sempre esteve... Em outras épocas, meu coração dispararia e ficaria louca só por vê-lo, agora nada desperta em mim. Quando Jean virou-se, nos encarou, olhou para todas, uma por uma. E então parou em mim e seu rosto demonstrou surpresa, ele caminhou rapidamente e me alcançou, com um sorriso brotado em seus lábios.

– Cher! – Exclamou ainda sorrindo, Lola olhou surpresa.

– Vamos, meninas, eles precisam conversar. – L riu baixinho e continuou a caminhar, as garotas a seguiram sem contestar.

– Não sabia que agora você andava com elas. – Colocou as mãos no bolso e caminhamos vagarosamente juntos.

– É, motivo de força maior. – Ri.

– Você está incrível! – Jean corou e me encarou. – Sério...

– O-Obrigada. – Disse encabulada.

– Não parece com as garotas de Lola. – Comentou. – Um estilo só seu, eu adoro isso em você.

– Valeu. – Sorri timidamente.

– Desculpa por ter sido grosso com você naquele outro dia... – Coçou a nuca sem jeito. – É que eu estava irritado com algumas paradas e descontei em você. Eu sinto muito por aquele vexame com a Érika, ela é uma vadia.

– Até que enfim você descobriu. – Ri baixo. – Está tudo bem, fica tranquilo. Até me senti culpada, não deveria ter desconfiado de você.

– Cher... – Ele mordeu o lábio. Parou bem na porta da sala que eu teria que estar quando tocasse.

– Sim? – O encarei curiosa.

– Já que estamos bem e tudo mais... – Pigarreou. – Quer ir ao baile comigo? Só como amigos, é claro... Se você quiser...

– Oh... – Fiquei surpresa. – Sinto muito, Jean... E-Eu vou com David.

– Ah, claro, o David. – Deu de ombros, meio envergonhado. – Pensei que ele não estava mais aqui, depois de todo esse tempo sem dá às caras.

– É uma longa história. – Ri baixinho, sem jeito. – Podemos conversar no intervalo? Quero revisar para a prova que terei já já!

– Ah, ok... – Jean sorriu, depois me abraçou apertado, seu perfume me trouxe a lembrança de quando nos beijamos pela primeira vez, ou quando Jean me levou até à porta de casa quando nos conhecemos. – Te vejo mais tarde!

– Sim, senhor. – Sorri, acenando timidamente enquanto seguia para a sala.


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