Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 38
Desapaixonar? Isso existe?!


Notas iniciais do capítulo

Gente, lembrando que esta história também está publicada no wattpad! http://www.wattpad.com/story/27005630-quebrando-as-regras Para facilitar a leitura de todos! Beijoss



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Aquele silêncio pairou sobre a mesa, enquanto Jenny acompanhava a senhorita Rebecca até à porta. Eu e David nos entreolhamos nervosos quando ouvimos os passos dela de volta.

– O que deu em vocês? – Meu pai perguntou, em seguida riu, quando ele ia se levantando, Jenny tocou em suas costas, séria.

– Precisamos conversar, John. – Ela disse e sentou-se, enquanto papai também se sentava.

– O que houve? – Ele a olhou confuso.

– Vocês querem que eu conte ou vocês dois? – Jenny nos encarou por um momento.

– Ok... – Pigarreei.

– Não. – David tocou no meu braço, pedindo para que eu parasse. – A culpa foi minha.

– Alguém pode explicar? – Papai disse já um pouco nervoso.

– Peguei Cher e David se beijando lá em cima. – Jenny disse rapidamente, como se ela estivesse falando rápido não fosse magoar ou sei lá o que.

– Vocês... – Meu pai apontou para nós, um pouco confuso. – Não entendo... Não pode ser. Mas Cher, querida, naquela festa... Você estava com outro rapaz...

– É, pai. – Murmurei angustiada.

– Quanto tempo? – Ele olhou para mim.

– Acho que um mês já. – David disse com dúvida.

– Mas que merda. – Meu pai levantou-se aborrecido. – Vamos embora, Cherry.

– John... – David levantou-se também.

– Eu não quero saber mais de nada, David. Por favor, vou embora, antes que eu seja grosso com você. – Papai pegou seu casaco e olhou para mim. – Vamos embora agora, Cherry.

– Mas pai... – Disse confusa.

Jenny caminhou em silêncio até a porta, meu pai continuava parado, me encarando aborrecido. Levantei-me, David agora estava sério.

– Nós vamos resolver isso. – Sussurrei para ele e apertei seu ombro.

– Cherry Dewes, vamos embora agora. – Meu pai falou autoritário.

Caminhei em silêncio, quando me aproximei dele, ele tentou me tocar, porém me esquivei e o encarei brava. Eu não queria ouvir seu discurso machista e conservador. Estou cansada de entrar em encrencas e ser a culpada de tudo!

– Precisamos conversar eu e você. – Ele pigarreou, enquanto seguíamos para casa em sua viatura.

– Não, pai. – Disse grossa. – Eu não quero ouvir seu discurso sobre eu ter que me preservar e focar nos estudos. Estou cansada disso, ok? Eu odiava David, na verdade... E então, não sei o que aconteceu!

Ele freou o carro.

– Cherry, eu amo a Jennyffer! – Falou quase gritando. – E esta é a primeira vez depois de tantos anos que isso acontece. Você me entende?

– Eu entendo! – Gritei furiosa. – Porque eu estou apaixonada por David!

– Então desapaixone! – Ele gritou de volta. – Seremos uma família e você não pode está com romance com um irmão.

– Ele não é meu irmão! – Gritei nervosa. – E-Eu vou embora.

– Para onde? – Papai me observou sair do carro.

– Algum lugar bem longe de você! – Falei ao bater a porta.

Caminha rápido para o sentido contrário de onde o carro estava, o raiva me tomando por completa. Não acredito nisso! Que dia estúpido é esse? Tudo de ruim aconteceu. Olhei de soslaio e meu pai ainda estava lá, mas eu não iria voltar, teria que ser um pouco orgulhosa. Porém, para onde eu iria? Não estava nenhum plano em mente quando sair daquele carro.

Coloquei as mãos no bolso, a fim de esquentá-las. Estava ficando frio e escurecendo.

Casa da Lola, melhor opção.

Caminhei algumas quadras, o frio me tomando por completa, quanto mais escurecia mais meu queixo tremia. Quando finalmente cheguei, todo meu corpo parecia agradecer.

Toquei na campainha e esperei alguns longos segundos.

– Olá, Cher! – Monique Grand parecia mais bonita enquanto os anos passavam. – Lola está aqui, entre. – Abriu um alvo sorriso em seus delineados lábios avermelhados.

Seus cabelos ruivos arrumados em um coque perfeito, deixando amostra seu belo rosto de uma mulher extremamente bonita e madura. Usava um salto alto e um vestido que marcava seu corpo magro, com seu quadril bem-feito que era o charme de seu corpo. A mãe de Lola era extremamente bonita, como se fosse ela mais velha.

– Oi Cher! – L pulou do sofá quando me viu e me abraçou. – Pensei que estivesse em uma reunião chata de casamento.

– Quem vai casar? – Senhora Grand perguntou, sentando-se em uma longa mesa de jantar, onde havia vários papéis espalhados.

– Meu pai. – Disse, sentando-me com Lola no grande sofá branco de sua sala.

A sala daquela casa era muito elegante, tudo tinha branco. Havia este imenso sofá, que dava para uma televisão gigantesca. Um lustre enorme tinha no centro da sala. Sua arquiteta era a melhor, na época em que construíra a casa. E era realmente boa, pois a casa ainda era uma tendência, depois de tanto tempo.

– Nossa, dê meus parabéns a ele, querida! – Ela sorriu.

– L, precisamos conversar. – Sussurrei para ela.

– Ok! – Lola levantou-se e me puxou escada acima para seu quarto.

Sentei em sua cama, e então, eu não aguentei... Tudo o que estava preso, naquele nó em minha garganta, eu tive que soltar naquele momento. Como se eu estivesse em um lugar seguro. Minhas lágrimas caíam involuntariamente, eu estava tocando-as, numa tentativa sem sucesso de segurá-las.

– Cher, o que foi? – Lola sentou ao meu lado, olhando para mim confusa.

– Minha vida, Lola... – Solucei sem querer. – Está uma completa bagunça... E-Eu não sei o que fazer...

– Estou aqui, vamos com calma. – L ajeitou meu cabelo e deu um meigo sorriso.

– Meu pai vai casar com a mãe do David. – Suspirei, tentando me recompor.

– Eu soube disso... – Disse ela. – Estranho, não é?

– C-Como você sabe?

– As coisas se espalham rápido naquele colégio, Cher. – Deu de ombros.

– Mas o problema não é esse. – Enxuguei as lágrimas com as costas da mão. – David me beijou hoje... – Percebi a careta que Lola fez quando disse isso e parei.

– Não, Cher... Continue... – Ela riu. – Está tudo bem...

– Jenny viu, e deu a maior confusão. – Abaixei a cabeça.

– Como assim? – Perguntou confusa. – Ela não pode fazer isso!

– Meu pai ficou furioso, disse para eu me desapaixonar. – Deitei na cama.

– D-Desapaixonar? Isso lá existe? – Parecia perguntar-se a si mesma.

– Não! – As lágrimas insistiam em cair. – O problema é que eu já tentei!

– Cher, isso não pode acontecer!

– O que? Desapaixonar? – Sentei novamente.

– Sim! – L segurou minha mão.

– O que você está dizendo, L? Eu me tornei um monstro desde que me aproximei de David. – Ergui a sobrancelha.

– Dramática... Você não se tornou um monstro. – Revirou os olhos. – Só quebrou algumas regras... Mas é assim que o amor funciona.

– Por que você ta com esse papo, L? – Perguntei desconfiada.

– Acho que estou apaixonada. – Agora ela deitou-se na cama, perturbada.

– E essa tristeza é...? – Deitei de lado, apoiando minha cabeça na mão.

– Porque eu não posso me apaixonar por ele! – Suspirou.

– Claro que pode!

– Ele trabalha no clube que mamãe faz parte. – Explicou ela. – Quando não estávamos nos falando, era onde eu mais passava o meu tempo.

– O que você fazia lá? – Falei curiosa.

– Lia, tomava banho de piscina, jogava tênis... – Disse rindo. – Mas isso não vem ao caso... O problema é que ele sempre conversava comigo, quando podia.

– E qual o problema? Eu ainda não entendi... – Sorri, estava me sentindo melhor ouvindo “os problemas” da Lola.

– Mamãe descobriu. – L virou-se para mim, seus olhos azuis baixos.

– Ela sempre descobre tudo. – Murmurei.

– Eu sei! – Concordou. – O problema é que ela me proibiu de ficar de conversa com ele!

– O que? Ela não pode fazer isso!

– Ela pode sim. Disse que se eu continuasse com isso, ela faria de tudo para ele ser demitido. – Falou ela cabisbaixa. – E ele precisa do emprego.

– Que merda...

– Sim! – Disse. – Mas acho que isso de que me apaixonei é coisa da minha cabeça, sabe... Nem nos beijamos...

– Vocês o que? – Sentei na cama rapidamente, incrédula. – Você, Lourdes Grand, não conseguiu o que quer?

– Dá para parar de ser boba! – Lola riu.

– Levanta daí, Lola. – Me levantei, limpando meu rosto das lágrimas.

– O que foi? – Sentou-se confusa.

– Vamos resolver seu problema. – Falei decidida.


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