Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 37
Mas que m##$@@!!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458961/chapter/37

Depois de tudo que me aconteceu em uma simples manhã, ainda tive que ir à casa de David, pois meu pai insistiu demais e eu já estava estressada com o quanto ele tagarelava sobre isso.

Estava eu, sentada no sofá, esperando algo, que ninguém sabia o que realmente era, apenas meu pai e Jenny. David comia pipoca, despreocupado, usava apenas meias e assistia algum filme que passava.

– Precisamos conversar. – Murmurei, quando meu pai levantou-se para ajudar Jenny em alguma coisa na cozinha.

– Sim. – Falou de boca cheia. – Soube de tudo sobre hoje, te procurei em todo canto.

– Eu fui embora mais cedo. – Dei de ombros.

– Com a Lola. – Disse ele.

– Lola? – Meu pai sentou-se novamente no sofá. – Voltaram a se falar?

– É... – Olhei para David.

– Que bom! – Papai me abraçou com o largo sorriso. – Devo admitir que já estava ficando preocupado.

– Também estava. – Ri.

– John, que horas essa mulher chega? – Perguntou David impaciente.

– Que mulher? – Cruzei os braços olhando para o meu pai.

– Você não sabe? – David riu.

– A organizadora de casamentos, filha... – Deu um sorriso.

– Por que você não me contou antes? – Bufei. – Eu sempre sou a última a saber de tudo.

– Parece uma criança. – Gargalhou David.

– Cala a boca. – Dei uma cotovelada nele.

– Até na altura. – Continuou a rindo, meu pai também riu.

– Isso é crime, ok? – Bati de leve no ombro do papai.

– Ok, desculpe. – Ele me deu um beijo na testa. – Mas que foi engraçado, foi.

– Estamos aqui para isso. – David riu e piscou para meu pai.

– Não estou gostando disso. – Cruzei os braços fingindo estar emburrada.

– John, querido, você sabe onde eu deixei o cartão da senhorita Rebecca? – Jenny mexia nas gavetas da cômoda próxima à televisão, depois apoiou as mãos na cintura de frente para a televisão.

– Mãe, eu to assistindo! – Reclamou David, eu ri baixinho.

– Só um instante, querido. – Ela sorriu para David, que resmungou e voltou a comer pipoca.

– Acho que está na minha carteira. – Levantou-se papai e pegou sua carteira, depois sorriu e entregou o cartão para ela, que lhe deu um imenso sorriso em seguida um beijo.

– Uh! Aqui não! – David reclamou e eu fiz uma careta.

– Até parecem que vocês nunca fizeram isso. – Jenny riu.

Eu corei, acho que David também, pois ele não fez gesto algum. E então a campainha tocou e meu celular também. Olhei o visor e havia um “Lola”, com uma foto estampada nossa do ano passado, quando ganhei o celular.

– Eu preciso atender. – Me levantei e disparei para o andar de cima, Lola estava me salvando de alguma coisa chata sobre casamento.

– Cher, iremos precisar de você! – Exclamou meu pai da ponta da escada.

– Um minuto, papai! – Disse já atendendo. – Oi L!

– Oi C! Você não vai acreditar! – Ela parecia entusiasmada com algo.

– Conte-me que eu acreditarei! – Ri e encostei-me à parede.

– Érika ligou para mim! – Disse rindo. – Pedindo desculpas por ter feito aquilo e que não queria que eu me afastasse dela.

– Não acredito! – Exclamei. – E você disse o que? Que vaca!

– Que eu não queria mais a amizade dela. – Comentou. – E apesar de seus defeitos, você nunca quis poder ou algo assim com minha amizade...

– Hm. – Pigarreei envergonha.

– Deixa de ser bobona e para de vergonha. – Gargalhou Lola do outro lado da linha. – E então ela mostrou as unhas, dizendo que eu nem era essas coisas todas e achou bem merecido tudo o que aconteceu. Ainda disse “vou acabar com você, piranha nojenta” – Imitou Lola a voz de Érika de um jeito malfeito.

– E o que você disse?

– “Você está no fundo do poço, querida. Ainda por cima é caloura. É humanamente impossível tirar uma coroa de uma rainha que tem sangue real e não depende dos outros para ser erguer, beijos!” – Lola repetiu o que disse e ouvi seu beijo estralado do outro lado da linha.

– Não acredito! – Gargalhei.

– Cher? – David apareceu no último degrau da escada, depois começou a caminhar até mim.

– L, preciso desligar, estou em um planejamento chato de casamento, já já te ligo! – Murmurei para ela.

– Ok! Divirta-se! Beijos, C. – Disse Lola e desligou a chamada.

– Estão sentindo minha falta? – Perguntei. – A dona lá chegou?

– Sim. – Aproximou-se perigosamente de mim.

– David, não. – Coloquei minha mão em seu peito para repreendê-lo. – Por favor.

– Não o que? Está tudo bem entre você e Lola, ela pode nos aceitar agora. – Sussurrou ele, aproximando-se cada vez mais, já conseguia sentir sua respiração em minha bochecha.

– Nossos pais não vão aceitar. – Murmurei. – E não podemos estragar o relacionamento deles.

– Eles não precisam saber. – David sussurrou entrelaçando seus dedos em meu cabelo. – Eu... Gosto muito de você, Cher.

– Por favor, David. – Encarei o chão, ele ergueu meu rosto, seus olhos foram para os meus. Aquele familiar pedacinho do céu em suas órbitas me deixaram sem ar por um momento.

– Por favor, Cher. – Ele fechou os olhos e aproximou os lábios dos meus, nos beijamos.

Aqueles lábios quentes e sua língua passeando com a minha, por um momento, fez sentir-me viva com aquele típico calor em minhas entranhas.

– Quando eu comentei sobre aquilo, não eram necessariamente vocês dois se beijando, sabe. – Aquela voz feminina me fez gelar.

Desgrudamo-nos rapidamente e Jenny estava de braços cruzados nos encarando, séria o bastante para me assustar profundamente.

– Mãe... – David coçou a nuca, um pouco perturbado.

– Não, David. Mais tarde conversamos. – Ela olhou para ele, seus olhos ameaçadoramente azuis me fez estremecer.

– Jenny, por favor, a culpa é minha. – Murmurei desesperada.

– Não, querida, eu conheço meu filho. – Jenny olhou para mim. – Precisamos conversar, nós quatro, vou pedir para a senhorita Rebecca vim depois.

– Não, Jenny! Por favor, voltaremos para lá e depois conversaremos sobre isso. – Peguei em seu braço, suplicando com o olhar. – Por favor.

– Ok. – Suspirou ela. – Vamos.

Jennyffer caminhou glamourosamente, como sempre fazia, desceu a escada ainda séria. E fomos atrás, sem dar uma palavra ou um olhar sequer.

Sentamo-nos à mesa de jantar, calados. Papai conversava tranquilamente com a mulher desconhecida. Muito bonita, por sinal. Ela estava em pé no fim da mesa, com algumas coisas espalhadas sobre esta. Usava uma saia secretária bem alta branca que valorizava claramente suas belas curvas e uma blusa rosa por dentro, seus seios eram grandes e se destacavam demasiadamente naquela blusa. Cabelos longos e castanhos, em seus lábios carnudos usava um batom vermelho.

– Então, a família agora está completa! – A mulher alargou um belo e alvo sorriso batendo palminhas excitantes. – Boa tarde a todos! Como vão? Sou Rebecca e quero lhes ajudar com um casamento perfeito!

Jenny pegou a mão exposta de meu pai, em cima da mesa, que olhou para ela rapidamente e sorriu. Em seguida, ela encarou a mim e a David, ainda séria. Estava ficando realmente com muito medo.

Como em um dia tudo de ruim pode acontecer? Já não conseguia entender nada! Eu estava ferrada...

Outra vez.

O que já não era novidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quebrando as regras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.