Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 32
O melhor pai do mundo!




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− Gosto das nuvens. – Disse David, deitado na relva, despreocupado.

− Também gosto. – Sorri, ainda observando o céu.

Não sabia exatamente que horas eram, mas parecia que o relógio havia parado naquele momento. Estávamos apenas deitados, sem falar muita coisa. Não havia nada demais. Eu estava me sentindo melhor.

− Gosto de você. – Ele disse e apenas virou a cabeça, para me encarar.

− Gosto de estar com você. – Admiti, David abriu um sorriso.

− Bom saber. – Em seguida, virou-se novamente para encarar o céu.

− Será que já está tarde?

− Acho que sim, quer ir embora? – Sentou-se. – Você está melhor?

− Sim. – Me sentei também. – Estou.

− Então vamos. – Sorriu, mas continuou parado, olhando para mim.

− Vamos. – Sorri de volta, encarando seus lábios.

− Por que você está com essa cara? – Franziu o cenho, mas continuava a sorrir.

− Que cara? – Ri.

− De que quer me beijar.

− E quem disse que eu quero? – Gargalhei.

− Mas eu quero te beijar. – David aproximou-se, seus olhos nos meus.

− Então beija.

E David me beijou. Seu beijo misturou-se com um sorriso que ambos dávamos no momento, tinha gosto de balas de morango e cigarro. Eu adorava como aquela mistura me deixara atordoada no momento.

Em seguida, fomos embora. Quando chegamos ao colégio, não havia ninguém saindo. David foi encontrar com sua mãe para almoçar, e eu fiquei no carro, esperando que tocasse, para que eu fosse para minha casa. Deitei a cabeça no volante, com alguma música que passava no rádio. E então ouvi alguém bater no vidro do carro, levantei a cabeça assustada.

Era ele. Jean. Meu rosto queimou, meu sangue parecia que estava fervendo. Estava sério, me encarava.

− Precisamos conversar. – Disse ele. – Abre a janela, pelo o menos...

− Não temos o que conversar. – Liguei o carro. − Afaste-se do carro.

− Por favor, Cher... – Pediu, mas depois deu dois passos para trás.

Saí dali em disparada para casa.

Nada melhor do que a minha casa naquele momento. Eu estava melhor do que antes, David trouxe-me um conforto incrível. E isto, infelizmente, me fez gostar um pouco mais dele. Mas, será que eu realmente gosto dele? Não seja boba, Cher!

David esteve comigo neste momento complicado, já disse que gosta de mim... Contudo, algo dentro de mim, faz sentir-me culpada por gostar disto. Sim, eu gosto de David gostar de mim. Em outras ocasiões, isto seria bom, mas nessa minha situação...

Primeiro: Lola ainda é apaixonada por David.

Segundo: Pode não parecer, mas Lola ainda é minha melhor amiga, por minha parte. E eu a amo.

Terceiro: Não posso namorar o ex-namorado da minha melhor amiga, isto vai contra as regras!

Quarto: DAVID É QUASE MEU MEIO-IRMÃO!

Eu havia esquecido este imenso problema! Meu pai está irrevogavelmente apaixonado por Jenny, o que é outro problema que estou deixando para lá por um tempo. Mas, até quando posso fugir disto? E se papai casar-se com ela... David e eu iríamos ter que morar na mesma casa? Isto não pode acontecer!

Creio que tudo isso deve ser sinal divino... Para quê eu e David não aconteçamos!

Eu definitivamente, não posso me apaixonar pelo meu meio-irmão. Não seria incesto, já que não somos irmãos de sangue, seria estranho! Papai não iria gostar disto.

− Cher, querida? Está em casa? – Ouvi papai gritando do andar debaixo.

− Sim, estou! – Gritei de volta, despreocupada, ainda deitada na cama, olhando para o teto enquanto refletia.

Então, só ouvi seus passos. E ele abriu a porta. Com seu uniforme de Xerife e um sorriso imenso no rosto.

− Como você está, meu amor? – Continuou com aquele sorriso incrível e então aproximou-se da cama.

− Bem...

− Tenho algo para você ficar melhor!

− Sério? Trouxe chocolate? – Sorri, sentando-me na cama.

− Não. – Ele riu. – Não sabia que você queria chocolate... Mas, vim te buscar para ir almoçar comigo.

− Bem melhor! – Pulei da cama.

− Com a Jenny e David. – Completou ele, desnecessariamente, meu sorriso murchou. – Ora, não vai ser tão mal assim...

− Hm. – Grunhi.

− Você pode escolher a sobremesa que quiser! – Papai deu um meio sorriso.

− Ta ok. – Forcei o sorriso em seguida o abracei.

Papai tinha um dos cheiros mais reconfortantes do mundo para mim. O abraçar me deixava bem. Eu estava bem.

Eu tinha o melhor pai do mundo.

Porém, não tinha com o fugir dos meus problemas com abraços...

Enquanto mais eu me distanciava deles, mais eles se aproximavam.

Estava muito ferrada no momento.


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