Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 12
Lola e seus planos, um encontro duplo e um encontro secreto dentro deste.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora! Espero que gostem...



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Merda, merda, merda. Repeti mil vezes, enquanto estava a caminho daquele restaurante, no carro de David. E sim, estávamos em um encontro duplo, que eu havia aceitado.

Jean envolvia seu braço em meu ombro, enquanto conversava sobre qualquer besteira com David. Eu estava aborrecida e envergonhada demais para prestar atenção. Lola não parava de se olhar no espelho, e eu estava vestindo um de seus vestidos. Era um vestido preto, muito justo, e estava prendendo a minha respiração enquanto sentada. Quando finalmente chegamos ao restaurante, David falou com a moça que havia reservado a mesa. Era um dos restaurantes mais caros da cidade, eu, particularmente, não estava me sentindo à vontade. Nem com aquela roupa, nem ao menos com aquela companhia. Eu e David nos olhávamos, às vezes, disfarçadamente. Mas estava eu estava irritada por ele ter feito a Lola pensar em algo deste tipo.

– Eu adoro esse lugar. – Lola sorriu ao sentar-se a mesa, e ela realmente adorava, sempre implorou para que eu viesse com ela, mas não era algo que eu amasse. Sempre fui muito caseira, e sou fã de ficar em casa assistindo filme e comendo besteira.

– Eu também. – Comentou Jean, puxando minha cadeira educadamente, e então me sentei, David também havia feito isso com Lola.

David sentou a minha frente, e eu estava encurralada, não tinha como evitar não olhar para ele. Fizemos os pedidos, e enquanto Jean conversava descontraidamente, eu poderia sentir a perna de David por baixo da mesa se aproximar da minha. Logo ele a roçava na minha.

– Algum dos dois poderia me passar a jarra de água? – Lola sorriu, se referindo a mim e a David.

Não hesitei em pegá-la, e na mesma hora ele também a pegou. Foi o nosso primeiro contato de verdade, o que me fez estremecer quando ele apertou a minha mão, depois soltou. E então passei a jarra para Lola. A noite seria longa, de fato...

Passamos algum tempo conversando e comendo, eu estava fingindo que estava confortável com Jean com seu braço ao redor do meu ombro, enquanto David me encarava discretamente. Jean continuava sendo o cara por quem eu sempre esperei que reparasse em mim, e David de modo algum iria estragar tudo. Principalmente minha amizade com Lola, que agora achara que ele quer namorar sério com ela. Então, a noite passada, de fato, teria que ser esquecida – o que seria difícil de tirar da cabeça, além do mais, ninguém nunca esquece uma primeira vez –.

– Vou ao banheiro. – Informei ao me levantar.

Passei alguns minutos o procurando... Por que banheiros fazem o favor de ser tão escondidos? Havia um bar próximo ao banheiro, e uma vista incrível da cidade, do terraço, com algumas namoradeiras e postes envergados, era um lugar romântico. Fiquei um tempo ali, parada próximo ao corredor que dava no banheiro, feito uma retardada, observando um casal demonstrando afeto em uma das namoradeiras. Logo percebi o quão ridículo era bisbilhotar o namoro dos outros e entrei no banheiro. E sim, eu estava enrolando para não voltar para a mesa. Aquela, definitivamente, estava sendo uma noite de terror, pior que o halloween.

Lavei as mãos, retoquei a maquiagem, brinquei de fazer bolhas de sabão com a mão... Até que uma mulher entrou e acabou com o meu divertimento. Quando sair, me deparo com quem? Quem?

– Olá. – Brotou um sorriso malandro em seus lábios, o que me fez gelar, estávamos próximo o bastante, para que eu pudesse sentir aquele perfume familiar, que estava impregnado em meu travesseiro.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei, me enrolando um pouco nas palavras, ninguém poderia nos ver tão próximo assim.

– Essa mulher que entrou vai demorar? – David apontou para a porta do banheiro, depois olhou para trás e para os lados, não havia ninguém naquele corredor, que dava para o terraço romântico.

– E eu sei? Quer que eu volte e pergunte? – Dei alguns passos para trás, mas ele fez o favor de me puxar, me colando com seu corpo. – David, por favor... Alguém pode ver.

– Não percebeu que o perigo é excitante? – Ele deu um sorriso, me puxando pela nuca para um beijo breve, porque logo me afastei.

– Não podemos continuar com isso. – Suspirei.

– Por que não? – David mordeu o lábio, colando sua testa na minha. – Até parece que você não está gostando... E aposto que ontem foi uma noite inesquecível...

– Você é mais idiota do que eu imaginava. – Bufei. Como ele poderia se achar tanto? “Uma noite inesquecível”, ele falava como se fosse o Deus do sexo.

– Porque para mim foi. – Ele completou ao acariciar meu rosto. – Bobona.

– Bobão. – Dei um soco de leve no seu ombro, e então a mulher saiu do banheiro, passando pela gente meio desconfiada.

Quando ela saiu de nossas vistas, David me puxou pela mão para o banheiro. Eu estava com medo do que poderia acontecer se descobrissem, porém meu corpo, meu instinto... Não me deixava protestar.

Nos trancamos em uma das cabines e começamos a nos beijar intensamente. Ele puxava meu cabelo brutalmente, mas ao mesmo tempo aquilo me excitava, estávamos em um apertado e o calor tomava conta. David já estava com a camisa entreaberta e seu rosto naquela claridade demonstrava todo seu lado safado e selvagem.

– David. – Ofeguei, quando ele seguiu um caminho com a sua língua até a minha boca. – Não podemos demorar.

– Calma. – Suspirou ao morder meu lábio inferior. – Eu fui procurar meu celular no carro.

– Ele está no carro? – Ri.

– Não, está bem aqui. – Ele pegou minha mão e colocou contra o bolso da frente da sua calça, aonde eu senti o volume de seu celular, próximo o bastante de seu membro.

– Temos que voltar. – Lhe dei um selinho.

– Então vou a sua casa às onze. – David se afastou um pouco e abotoou a camisa. – Seu pai vai está em casa?

– Não, de plantão. – Sorri.

– Melhor ainda, aí podemos conversar sobre o que você quiser. – Ele piscou. – Agora, primeiro as damas. – Falou com um sorriso ao abrir a porta da cabine.

Eu saí do banheiro e caminhei normalmente até a mesa. Jean estava com cara de tédio mexendo no celular, enquanto Lola se olhava no espelho. Ambos sorriram quando me viram. Eu sentei e arrumei meu cabelo, os dois olharam para mim curiosos.

– Por que demorou, C? – Lola perguntou.

– Encontrei com uma amiga minha, e ficamos conversando. – Menti. – Vocês já foram até o terraço? – Sorri. – É linda a vista.

– Eu sei! – Lola sorriu. – Por isso sempre te chamou para vim aqui, além da comida ser boa, a vista é incrível.

– Olha o David! – Jean disse ao colocar seu braço sobre meus ombros novamente.

– Encontrei meu celular. – David disse ao sentar-se, e colocar o celular sobre a mesa, depois deu um beijo rápido no rosto de Lola. – Querem mais alguma coisa?

Todos estavam calados.

– Vou pedir a contar. – Ele olhou para os lados, procurando um garçom. – Deixem que eu pago, agora guardem um dos bancos lá no terraço para nós. – David deu um sorriso, e por um momento seu piercing de touro brilhou na luz.

Nos levantamos e seguimos até lá. Jean ao meu lado, com sua mão em minha cintura. Foi então que eu percebi, o quanto ele estava bonito naquela noite. Eu me distraí tanto com David que não percebi que Jean estava em um encontro comigo. E isto deveria ser especial, de alguma maneira.

Jean encostou-se a pilastra de madeira e me abraçou, seus olhos baixos sorriram para mim na mesma sincronia que seus lábios também brotavam um sorriso. Ele era lindo, eu não poderia negar... Mas de alguma maneira, algo faltava.

– Você está linda. – Sussurrou próximo o bastante do meu rosto.

– Obrigada. – Corei.

– Fica mais bonita assim. – Seu sorriso alargou-se ao tocar com seu polegar em minha bochecha.

Depois disso, me aproximei, e nos beijamos. Com aquele cenário e naqueles braços... Por um momento, eu esqueci a noite passada.


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