Amoureux de mon meilleur ami escrita por Arisusagi


Capítulo 9
Surprise


Notas iniciais do capítulo

Surprise(fra): Surpresa



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– Você pode vir aqui em casa?

Prendi a respiração, senti meus joelhos fraquejarem.

– Qu-

Agora.

– Sim. Mas–

Ele desligou o telefone.

Chequei as chamadas recentes para ter certeza do que havia acontecido. Sim, era o número dele que estava lá. Minhas mãos tremiam e eu estava começando a suar. Por que ele estava me chamando para ir a casa dele?

Desci as escadas correndo, estava quase abrindo a porta da frente quando Teto me parou.

– Onde pensa que vai?

– O Rook… ele me ligou, ele… - balbuciei.

– Você vai sair nesse estado?!

Parei para me olhar; estava de pijama, chinelos, meus cabelos estavam soltos – eu não os penteava há 2 semanas.

– Mas…

– Sem “mas”! Quando foi a última vez que você tomou banho?

Essa era uma boa pergunta.

Fui empurrado para dentro do banheiro e tomei um banho rápido, sendo forçado a lavar os cabelos e escovar os dentes. Teto escolheu minha roupa, uma camiseta azul com estampa de super-herói e calças jeans pretas, e secou meus cabelos com o secador. Havia se passado meia hora desde que eu recebera a ligação, a ansiedade estava me matando.

Por fim, ela me empurrou para fora de casa enquanto gritava frases de incentivo. Corri em direção ao prédio do Rook, sentindo o vento bater em meu rosto quente. Subi as escadas rapidamente, e, quando me dei conta, já estava parado em frente à entrada do apartamento. Fechei o punho e, hesitante, aproximei-o da porta.

Ela se abriu antes que eu sentisse a madeira contra os nós dos meus dedos. Rook arregalou os olhos quando me viu, mas sua expressão tornou-se neutra logo em seguida.

– Entra. – disse antes de se virar e seguir para a sala.

Entrei silenciosamente, fechando a porta atrás de mim. Estava suando muito e teria me preocupado com meu cheiro se Teto não tivesse me obrigado a passar perfume e desodorante.

– Senta aí. - falou, sentando-se na ponta do sofá preto de três lugares.

Sentei-me, pensando se devia dizer alguma coisa. Rook me olhava com certa desconfiança, parecia me analisar. Vi que trajava uma camiseta vermelha sem mangas e bermudas pretas.

Após alguns minutos em silêncio, ele suspirou e resolveu de manifestar.

– Você estava falando sério, aquele dia?

– Eu não brincaria com uma coisa tão séria. - respondi, encostando minhas costas no braço do sofá.

– Você me viu com a Maiko, não é?

– Sim. E eu entendo perfeitamente, não se preocupe.

– Não, calma aí, eu não expliquei direito.

Ele ficou de frente para mim, se encostando ao outro braço do sofá.

– O quê?

– Vamos pelo começo. – suspirou - Maiko está em volta de mim desde o começo do ano. Eu havia prometido que ficaria com ela algum dia, assim, para ela parar de me encher o saco, entende?

– Entendo. - na verdade não entendia. A meu ver, só se “fica” com quem se gosta.

– Bom, você me falou aquilo tudo e eu resolvi descer para pensar um pouco na situação, porque já faz um tempo que eu me sinto estranho quando estou perto de você.

Meu coração estava quase saindo pela boca. Como assim,“se sentindo meio estranho”?

– E aí a Maiko me agarrou. Eu deixei, obviamente. Foi horrível, ela tava bêbada e tinha um bafo do cão. – riu - Eu não queria te magoar, sério.

– Tudo bem, não magoou.

– Mas você não encheria a cara daquele jeito por nada. - Rook se aproximou de mim, não muito, mas o suficiente para me deixar ainda mais nervoso.

– É…

– Vamos ao que interessa. Faz alguns meses que eu tenho pensado em você todos os dias. - ele sorriu, senti meu rosto esquentar - Gosto de imaginar como seria te abraçar, te beijar, segurar sua mão, já pensei até em como seria fazer outras coisas…

Quase engasguei com minha própria saliva. Que outras coisas ele quis dizer?!

– C-como assim?

– Não interessa, o que importa é que eu já tentei me imaginar fazendo tudo isso com outros caras, mas não gostei da ideia. Cheguei à conclusão de que você é o único homem com quem eu ficaria.

Não sabia para onde olhar, e acabei me focando em algum ponto perdido na parede. Meu rosto devia estar tão vermelho quanto meus cabelos.

Senti algo quente sobre minha mão, e quase pulei ao ver aquele par de olhos vermelhos tão próximos a mim. Meu coração se debatia contra minha caixa torácica. Rook estava quase em cima de mim, eu podia contar seus cílios. Ele se inclinou, deixando nossos rostos tão próximos, e…

Ele me beijou. Foi simples, seus lábios sobre os meus. Estremeci no início, fiquei em dúvida sobre o que fazer. Fechei os olhos e tentei corresponder, vagarosamente a princípio. Sua mão esquerda pousou sobre minha cintura; a direita embrenhou-se em meus cabelos, ignorando o elástico que os prendia.

Sua língua invadiu minha boca devagar. Segurei seus ombros desajeitadamente. Sua mão, outrora em meus cabelos, se dirigiu ao meu quadril, me puxando para perto. Pus meus braços em volta de seu pescoço, tentando diminuir o desconforto. Sua língua se movimentava contra a minha, como se quisesse tocar cada canto de minha boca.

Senti o beijo ser interrompido e seus braços envolverem meu corpo. Não ousei abrir os olhos, apenas escondi meu rosto na curva de seu pescoço. Fiquei assim por um momento, sentindo seu cheiro.

– Ah, Ted. - disse, quase que em um gemido. Estremeci, ouvindo uma risada em resposta.

– Qual a graça? - levantei a cabeça, tentando vê-lo.

– Você é muito fofo. - senti um leve beliscão nas costelas.

– Você também é.

– Então, eu queria te perguntar uma coisa…

– O quê? - senti suas mãos deslizarem para os meus ombros, me puxando.

Rook me olhou nos olhos, notei um leve rubor tomando conta de suas maçãs do rosto.

– Você quer ser meu namorado?

X

– E esse anel aí? - foi a primeira coisa que minha irmã me perguntou, assim que cheguei em casa.

– Ah. - olhei para o meu dedo indicador, rodeado por um simples anel de coco - O Rook me deu.

– Mas já? Esse não é o Rook que eu conheço!

Sim, ele havia comprado um par de anéis de coco em uma feira de artesanato na cidade de seu pai. Eram alianças de compromisso, mas a minha havia ficado larga demais no dedo anelar. Aparentemente, ele estava planejando o pedido de namoro antes mesmo de viajar.

Rook me entregou aquilo pouco depois de eu dizer que adoraria ser seu namorado. Passamos umas duas horas em seu sofá, abraçados, conversando – e, vez ou outra, nos beijando. Fui embora assim que sua mãe chegou, e ela pareceu feliz em me ver. Despedimo-nos com um selinho discreto na porta do apartamento.

– Então vocês estão namorando? - ela perguntou, segurando minha mão para ver melhor a peça.

– É, estamos. Não conte pra ninguém!

– Não vou, pode deixar.

– E o seu namorado? - provoquei.

– Ah, eu vi ele com outra garota na praça hoje. Eles formam um belo casal.

– Não fique triste. - ri, saindo do quarto dela e se dirigindo ao meu.

– Não estou! - gritou.

Joguei-me na cama e fiquei a admirar a aliança em meu dedo. Então essa era a sensação de ter um amor correspondido? Era ótimo, sentia meu coração mais leve, mais feliz. Parecia que um peso enorme havia sido retirado de minhas costas, toda aquela ansiedade havia desaparecido.

Tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

E finalmente rolou o beijo (desculpa, mas sou muito ruim em descrever esse tipo de coisa).
Bom, espero que tenham gostado desse capítulo, pois o próximo será o último :3
Deixem comentários, favoritem, sei lá, só me digam o que acharam, pode ser até por mensagem.
Até o próximo capítulo!



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