Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 8
Capítulo 07 – Complicado.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite,
Era para eu ter postado mais cedo, mas me distrai assistindo dois filmes em seguida, desculpem-me.
Obrigada a Sra Winchester pela recomendação maravilhosa e por Gercisales por manter mostrando que realmente gosta acompanha as fic's, e a todos vocês que acompanham e comentaram essa história...



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Este deve ter sido um dos piores dias da minha vida. Eu nunca fiquei tão assustada. Oliver e Diggle estavam lá fora, e a cidade estava em caos e embora eu houvesse conseguido orientar detetive Lance a parar o aparelho capaz de provocar sucessivos terremotos, ainda havia outro por ai e não tivemos tempo suficiente sequer para tentarmos para-lo, não pensamos que pudesse existir outro, eu deveria ter imaginado, esse era o meu trabalho na equipe, e agora toda a cidade sofria horríveis danos. O teto parecia que ia desabar literalmente em minha cabeça, e após informar Oliver onde estava Laurel, eu não conseguia entrar em contato com ele, ou com John, eu estava sozinha e apavorada. Apavorada por que eu não sabia em que condições a cidade, mais precisamente o Glades, estaria amanhã, eu estava apavorada por que eu seriamente temia ser esmagada pelo teto do nosso esconderijo e acima de tudo por que não sabia se eles estavam bem.

Quando depois de um longo tempo, escutei chamar meu nome, me apressei ao encontro de John, ele estava sério, não precisei perguntar para saber que algo de muito ruim havia acontecido.

– Onde está Oliver? – Não notei que estava chorando até o momento em que fiz a pergunta. –Ele...

– Ele está bem Felicity. – Soltei a respiração.

– É Thea? – Perguntei começando a ficar assustada.

– Ela está bem. – Informou-me enquanto me guiava até a saída. Estava tudo uma bagunça, e quando sai para rua parei em choque notando o quanto o Glades havia sofrido com o empreendimento. – É Tommy.

– O que aconteceu com ele? – Perguntei temendo a resposta, eu não tinha muito contato com ele, mas sabia que qualquer coisa que acontecesse com ele, Oliver seria consumido por isso, eles estavam afastados depois que ele finalmente descobriu que Oliver era o vigilante e que Oliver e Laurel voltaram a se envolverem, mas isso não mudava que Oliver se sentiria culpado por qualquer coisa que acontecesse ao seu amigo. – John?

– Ele está morto Felicity. – Informou-me após um suspiro. – Ele morreu ao salvar Laurel.

– Não. – Sussurrei não querendo acreditar que uma pessoa tão cheia de vida como Tommy havia perdido sua vida salvando a mulher que amava, morto vítima de um plano do seu pai.

– Oliver sumiu. – John continuou. – Eu não tentei encontra-lo, acho que ele precisa de um momento após... Tudo isso. – Concordei em silêncio, eu precisava ir para casa, por mais que eu quisesse procura-lo, eu via que as palavras de John eram certas, esse não era o melhor momento. John me levou para casa com a promessa de trazer meu carro pela manhã, eu estava cansada demais para protestar, me despedi sabendo que apesar do cansaço não conseguiria dormir pensando em Oliver e imaginando onde e como ele estaria.

Deitei em minha cama e passei a hora seguinte tentando fazer com que minha cabeça parasse por apenas alguns minutos de pensar demais, mas era impossível desligar minha mente de todo o caos que foi o dia de hoje, e não me preocupar com Oliver. Quando eu finalmente senti o sono chegar sorrateiramente escutei o barulho da minha janela sendo aberta, meu coração acelerou em questão de instantes.

– Não devia ter deixado à janela aberta. – Sua voz saiu rouca.

– Não acho que faria muito diferença. – Falei antes de me virar e encontra-lo ainda ao lado da janela. O que vi me deixou extremamente triste, eu nunca tinha visto Oliver naquele estado, pude notar que estava ferido, mas isso não era nada comparado à dor que havia em seus olhos. Levantei hesitante da cama e caminhei até ele, ele não se moveu, ainda havia ainda havia rastro das lágrimas derramadas, e parecia que a qualquer momento ele voltaria a chorar, segurei seu rosto em minhas mãos, e finalmente o abracei, sabia que talvez ele fosse recuar, mas não podia evita-lo. – Eu sinto muito Oliver. – Murmurei baixinho. Podia senti-lo rígido ao abraço, até que ele por fim desmoronou, chorou agarrado a mim, seus ombros tremendo enquanto eu o afagava sem notar, ficamos assim por um bom tempo. Por fim afastei-me temendo estar o machucando, levei minhas mãos até a sua jaqueta e a tirei, ele não esboçou nenhuma tentativa de movimento ou protesto, então tirei sua camisa ainda suja da batalha com Malcolm Merlyn, e estremeci ao imaginar o que havia acontecido, procurei o meu kit de emergência e improvisei um curativo, o ajudei a tirar a calça, o deitei em minha cama e deitei ao seu lado.

Não acho que ele tenha dormido, mas em algum momento eu consegui dormir, então não posso dizer com certeza que horas ele saiu, apenas sei que quando acordei, ele não estava mais lá, e que só voltei a vê-lo novamente meses depois, quando cansei de esperar que ele voltasse, e imaginar se estaria bem. Resolvi tomar as rédeas e embarquei em um avião que eu temia não durar muito tempo no ar com Diggle. A cidade havia sido tomada por falsos vigilantes, sua mãe havia sido presa e Isabel Rochev agia com se a Queen Consolidated a pertencesse. A cidade precisava do vigilante, Thea precisava do seu irmão, e eu precisava do meu C.E.O de volta.

Quando finalmente o encontramos e conseguimos convencê-lo a voltar ele não queria voltar a ser o vigilante, foi preciso Thea ser sequestrada para convencê-lo, para mostrar que ele não precisava matar para ser o vigilante, que ele poderiam sim honrar Tommy sendo o arqueiro. Finalmente voltamos a nossas atividades, ele visitou sua mãe, e assumiu o controle como C.E.O novamente.

Hoje era o primeiro dia na empresa desde que ele havia ido, e eu estava abrindo minha gaveta no meu escritório no departamento de IT da QC, quando ele entrou como um furacão.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntou ríspido.

– Como? – Estranhei seu tom bruto.

– Pensei que já tínhamos deixado claro, meses atrás que seu cargo era como minha assistente. – Reclamou.

– Não. – Neguei. – Meu cargo estava descrito como assistente do C.E.O da empresa. Quando você saiu sabe quem assumiu a empresa? – Perguntei sem esperar sua resposta. – Isabel Rochev também conhecida pela mulher que me odeia, então eu definitivamente não era mais assistente, eu só não fui demitida por que oficialmente você ainda era o C.E.O e graças ao meu maravilhoso currículo diga-se de passagem.

– E agora que eu voltei vamos voltar à mesma discussão anterior do por que você deve ser minha assistente? – Perguntou se aproximando.

– Eu acho que a discussão seria por que eu não deveria ser sua assistente. – O corrigi. – Mas não, eu não vou perder meu tempo com isso.

– Então por que você está aqui? – Perguntou confuso.

– Por que o tempo que você esteve fora eu estive trabalhando aqui...

– E?

– ... E eu só passei para pegar minhas coisas. – Terminei. – Por que você está tão nervoso?

– Eu não estou nervoso.

– Deus nos livre de quando estiver. – Ironizei.

– Isabel Rochev convocou uma reunião. – Confessou. – E você não estava lá.

– A reunião é daqui a meia hora. – O lembrei.

– Eu quis dizer na sala ao lado. – Completou.

– Oh. – Entreguei uma pequena caixa a ele com minhas coisas, eram poucas, muito poucas na verdade, não era nada de urgente apenas queria evitar Isabel até o momento que fosse necessário. – Então vamos.

Caminhamos até o elevador e permanecemos em silêncio até chegar ao nosso andar. Quando as portas se abriram revelaram uma estranha surpresa para nós.

– Laurel? – Oliver franziu o cenho.

– Ela não marcou nada comigo. – O informei em tom baixo, já que estávamos no aproximando dela, eu cuidava da agenda de Oliver, e posso afirmar que Laurel Lance não estava lá, eu imagino que ele ainda não tenham se encontrado desde sua volta. Tentei um sorriso de cumprimento, que foi devolvido por um cordial que durou apenas um segundo.

– Ollie. – Sorriu ao encara-lo.

– Laurel. – Sorriu e beijou seu rosto. – Eu não sabia que te encontraria hoje.

– Minha culpa. – Brincou. – Eu não planejei nada, mas eu acho que precisamos conversar. – Me encarou por uns instantes. – A sós.

– Oh, eu vou vê se encontro... Os bagels. – Fechei os olhos brevemente ao escutar minha própria desculpa. – Eu só vou... – Fiz um gesto atrapalhado com a mão apontando a saída. Pude notar rapidamente Oliver comprimir os lábios tentando não sorrir, ótimo agora eu era uma piada na frente da sua ex que eu não sabia se ia virar atual. Quando dei apenas alguns passos me lembrei da caixa nas mãos de Oliver, e voltei surpreendendo Laurel que me observava atentamente. - ... Isso é meu. – Falei antes de sair novamente com a caixa, deixar em cima da mesa e voltar novamente para o elevador. Por sorte por perto realmente havia um lugar onde vendia bagels e eu resolvi compra-los, enquanto esperava o meu pedido peguei meu celular e liguei para Thea.

Você não devia está em uma reunião agora? – Perguntou em tom ácido.

– Será daqui a 15 min. – Respondi automaticamente. – Por que está com raiva?

Por que são apenas 08:00 da manhã e estou em uma delegacia tirando meu namorado da cadeia, de novo. – Suspirou. – Desculpe Fel, eu não queria ser rude.

– O que ele fez? - Perguntei alarmada.

O mesmo de sempre. – Respondeu sem animação. – Estava segundo o rastro do vigilante, e chegou a roubar um rádio da policia para isso, detetive Lance disse que o prendeu para mantê-lo seguro. Mas e você, qual o problema?

– Por que tem que ter um problema para eu te ligar?

Há essa hora? Tem que ter algo te incomodando.

– Ok. –Suspirei. – Você acha que Oliver pode ter uma recaída, outra recaída com Laurel novamente?

Por quê? Você viu os dois juntos?

– Ela está agora conversando com ele, enquanto estou comprando bagels. – A informei enquanto os pagava.

Por que você está comprando bagels?

– Pode prestar atenção no que interessa?

Desculpe, mas você comprando bagels enquanto sua rival está “conversando” com Oliver me interessa. – Retrucou.

– Ela não é minha rival. – Neguei. – Eu e Oliver somos apenas amigos. E eu vou levar esses bagels para a reunião.

– Quanto tempo você fica repetindo para si mesma até acreditar?

– Thea! – Reclamei. – Não é assim...

Felicity vocês precisam parar de andar em círculos.

– Nós realmente somos apenas amigos. – Reforcei.

Então por que está preocupada com Laurel?

– Eu não estou. – Neguei. – Apenas não acho a relação deles saudável. – Escutei vozes no fundo. – Você ao menos está me escutando?

Desculpe. – Pediu. – Roy está mandando um oi, mas eu não estou me sentindo muito tentada a ser boazinha e deixa-lo conversar com você agora.

– Ouça, eu não quero me atrasar para essa reunião. – Suspirei. – Depois conversamos, e vê se pega leve com Roy.

– Você está sempre o defendendo. – Protestou. – E não pode me ligar e me dispensar assim sem contar mais detalhes.

– Beijos.

– Felicity não des... – Cortei a ligação. Quando cheguei até a sala de reunião Oliver ainda não havia chegado, Isabel e os demais acionistas chegaram praticamente juntos, ela me lançou seu típico olhar avaliativo.

– Oliver não virá à reunião?

Mr. Queen logo estará aqui. – A informei. – Ele está ocupado em seu escritório.

– Então ele chegará apenas atrasado. - Sorriu. – Apesar de está no prédio, que surpresa. – Eu ia responder, mas preferi sentar a mesa em silêncio, ela se limitou a erguer uma sobrancelha me desafiando a falar algo, peguei meu celular e comecei a digitar uma mensagem para Oliver.

Estão todos na sala de reunião. E só para você saber, ninguém comeu os bagels.”

Bagels?” – Podia sentir seu sorriso até mesmo na mensagem.

Cadê você?

Saudades?”

Desespero. Isabel parece está analisando uma forma de me matar e sair impune.

Ela poderia tentar.”

Oliver é bom que esteja chegando.”

Estou no elevador.”

Saindo do elevador.”

Estou olhando para você. Você parece mesmo desesperada”. – Ergui minha cabeça encarando sua chegada, ele me lançou um olhar rápido antes de cumprimentar os demais e sentar na cabeceira da mesa. Eu estava no seu lado direito, enquanto Isabel estava em minha frente, me fuzilando com o olhar, ela realmente me odeia. Tentei prestar atenção na reunião, enquanto tomava notas, mas Oliver me distraia chutando meu pé levemente com a ponta do seu sapato, mas evitei encara-lo, o que é difícil quando se é sua assistente. Ficava imaginando o que teria acontecido em sua conversa com Laurel, eu sempre notei que Oliver ainda sentia algo por Laurel, e essa parecia ser sua fraqueza, acho que esta foi a primeira vez que se encontraram desde a morte de Tommy. Não deve ter sido fácil para nenhum dos dois, eu não gostava muito de Laurel, mas ...Tudo bem, eu não gosto de Laurel, mas isso não me impede de ser parcialmente simpática a sua história com Oliver, e agora com Tommy morto...

– Felicity. – Encarei Oliver que estava me encarando confuso.

– Hum?

– Todos os outros já foram. – Olhei ao redor notando que estávamos sozinhos. – Aconteceu alguma coisa?

– Não. Nada aconteceu. – Neguei me levantando.

– É por que me atrasei? – Perguntou me acompanhando.

– Esse papel é de Isabel, não meu. – Brinquei.

– E qual o seu papel? – Perguntou segurando meu braço.

– Você sabe. Ajudar no combate ao crime, impedir que cometa bobagens, pular de um avião, o de rotina. – Sorri. Então passei a caminhar novamente até a minha mesa. – Você faz com que seja difícil às vezes, mas eu consigo levar. – Ele não retribuiu o sorriso.

– Temos um problema. – Falou por fim. – Laurel, ela está atrás do vigilante.

– Ela veio falar sobre o vigilante com você?

– Não. Ela veio falar sobre outras... Coisas, sobre nós dois, e sobre Tommy, o assunto apenas surgiu. – Suspirou. – Ela se juntou a promotoria para ir em busca do vigilante.

– Por que ela está atrás de você, digo do vigilante? – Corrigi-me.

– Ela acha que por culpa dele, por minha culpa, Tommy morreu. – Seus olhos traziam angústia mostrando que Laurel não era a única ao achar isso.

– Ela está errada Oliver. – Falei me aproximei forçando-o a me encarar. – Você não é o culpado.

– Eu nunca te agradeci. – Confessou. – Por ter saltado de um avião e ter me trazido de volta, e pela noite em que Tommy morreu. Obrigado.

– Não foi nada. – Dei de ombros tentando amenizar o clima. – Eu sempre quis pular de um avião. – Ele sorriu rapidamente, eu não queria falar no dia em que Tommy morreu, por que eu nunca tinha visto Oliver tão frágil. Eu também não conseguia conversar com ele sobre como mais uma vez dormimos juntos, era complicado, e neste momento após tão pouco tempo dele ter voltado eu não queria complicar mais ainda. Ele pareceu notar porque com um leve toque no meu ombro se afastou e foi para sua mesa. Esse era um gesto que eu havia sentido falta, mas que jamais admitiria, no momento havia muitas coisas que eu me negava a admitir e Oliver estava envolvido na maioria delas.


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Notas finais do capítulo

Amanhã postarei um capítulo de ELC, comentem! Xoxo LelahBallu.



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