Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 23
Capítulo 22 - Ela se foi


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!! Então, esse ia ser o último capítulo oficial, e o próximo seria um boônus, mas ficou muito grande, então resolvi dividi-lo, então ainda haverá um novo capítulo depois desse, e então o bônus...
Espero que gostem!



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P.O.V DIGGLE

A cidade estava um caos, parecia novamente o dia em que Merlyn executou o “Empreendimento”. Só que dessa vez não havia mais a ameaça de Merlyn para lidar, agora era um novo inimigo a ser enfrentado. Oliver estava focado em encontrar Slade, e havia pedido para que eu e Lyla lidássemos com mais um problema que havia surgido, mais uma ameaça em um dia que estava repleto delas nas ruas, iríamos lidar com a A.R.G.U.S. E para isso não só poderíamos contar com a ajuda de um grupo peculiar, com uma pessoa que eu pensei que jamais trabalharia juntos novamente, eu estava indo de encontro ao Deadshot, eu estava indo recrutar o Esquadrão Suicida. Roy havia ido com Oliver, cada um desesperado para encontrar a mulher que ama, eu o entedia, eu estava ao lado de Lyla e tudo com o que conseguia pensar era no bebê que ela carregava. Isso fazia com que eu imaginasse o estado mental que Oliver se encontrava, ele não queria deixa-la chegar perto de Slade, inferno, eu mesmo não queria ela perto dele, mas ela havia argumentado arduamente, sabíamos que antes dele fazer qualquer mal a ela e o bebê ele tentaria atingir Oliver com Thea antes, e Felicity foi firme ao dizer que a arrogância de Slade seria sua própria derrota, levou muita briga até que ela convencesse Oliver, e Roy havia saído indignado ao saber que ela seria a isca para atrair Slade, ele sequer sabia do bebê ainda.

Quando finalmente “Libertamos” o esquadrão suicida, Deadshot estava ansioso por algo para enfrentar, suas piadas estavam a toda e eu precisava me conter para não revirar os olhos cada vez que ele abria a boca, reunidos e decididos caminhamos ao encontro de Amanda para impedi-la de destruir a cidade.

P.O.V ROY

Mirei e soltei uma flecha instantes antes de um dos soldados de Slade me atacar, estava funcionando, um por um estava sendo derrubado, com a ajuda da policia, Sara e o pequeno exercito de Nyssa estávamos tomando vantagem, me esquivei de um e o derrubei a tempo de lançar outra flecha no que estava preste a atacar Oliver, ele deu um aceno em agradecimento e se juntou a Sara pra derrubar um, Nyssa passou por mim correndo antes de salvar Lance e por sua vez receber seu próprio aceno em agradecimento. Trabalhávamos como uma equipe, mesmo que uma relutante hoje erámos uma equipe, estávamos nos túneis onde o exercito de Slade fora encurralado.

Oliver estava um inquieto, podia-se ver isso na forma com que lutava, era implacável e furioso, e é claro que isso tinha totalmente ligação com o fato de que sua irmã e namorada estava nas mãos de um louco. Só em pensar que Thea corria perigo fazia com que meu corpo vibrasse em fúria, eu mesmo queria ter a chance de pôr as mãos em Slade. Eu estava preocupado, como estaria Thea?

P.O.V THEA

Eu não conseguia acreditar que estava nessa situação novamente, e ainda assim estranhava não ter acontecido antes, Slade tinha nos deixados tensos sempre imaginando seu próximo passo, e agora ele havia conseguido chegar onde queria, pareceu uma eternidade desde que fui deixada trancada aqui. Eu havia visto o momento em que Felicity havia chegado, e eu sabia que o momento de ficar cara a cara com Slade e meu irmão havia chegado. Em um acesso de raiva esmurrei a porta da sala em que eu havia sido trancada, soltei um gemido de dor e um xingamento enquanto deslizava até o chão, envolvendo minha cabeça com ambas as mãos. O desespero voltava a me invadir, tal como naquela noite, eu havia perdido minha mãe, agora eu poderia morrer, mas meu maior medo era de ficar viva e ter que lidar com a morte de Felicity e meu sobrinho.

– Thea?! – Escutei a voz feminina soar fracamente do outro lado da parede oposta.

– Lis! – Gritei correndo para a parede, encostei minhas mãos nela, como se pudesse promover algum contato entre nós duas.

– Thea! – Repetiu. – Você está bem?! – Sua voz saiu embargada. – Ele fez algo? Você está ferida?

– Eu estou bem Lis. - Tentei acalma-la. – Eu estou bem, eu preciso saber se você está bem. O bebê...

– Estamos bem. – Interrompeu-me. – Ao menos eu acho que sim. – Murmurou agora apreensiva.

–Precisamos sair daqui Felicity. – Murmurei. – Por favor, me diga que você tem um plano.

– Não. – A resposta veio abafada. Franzi meu cenho, não achava possível isso, ao menos que Oliver já estivesse enfrentando Slade, e Slade era arrogante demais para não fazer isso em nossa frente.

– Não? – Repeti.

– Oliver tinha me deixado na casa de vocês. – Respondeu. – Ele havia pensado que eu estaria salva lá até isso tudo acabar. – Encarei a parede como se ela pudesse me responder, Ollie a levou para a mansão? O que diabos ele estava pesando? Alguma coisa estava errada, não era possível ele tê-la deixado só e vulnerável, tinha que haver algo mais. Algo que Felicity não confiasse em me dizer agora... Será que tinha alguém com ela na outra sala? Estaria ela sendo vigiada... Câmeras! Era isso. Tentei olhar discretamente em volta, mas eu não conseguia ver nada, talvez estivessem escondidas. Seja qual for o plano de Oliver envolvia Felicity está aqui, e por mais que eu quisesse sair viva daqui eu estou um pouco contrariada por Lis está correndo perigo. – Como vamos sair dessa Lis... – Murmurei encostando minha cabeça na parede, ela não escutou, disso eu tinha certeza, eu sequer tinha falado para ela escutar.

– Thea? – Escutei seu chamado preocupado. – Thea, Oliver virá por a gente.

– Eu sei. – Respondi. Eu sabia, a final fazia parte dos planos de Slade, éramos apenas peças sendo manuseadas em um jogo de xadrez, cada passo nosso havia sido calculado pela mente doentia de Slade. Me encostei dessa vez na parede e passei a encarar a porta com aborrecimento.

– Temos que sair daqui Felicity. – Repeti apenas para mim. Nem bem havia terminado de falar essas palavras e a porta a minha frente se explodiu, meu corpo se aderiu à parede enquanto eu emitia um grito involuntário.

– Thea! – Escutei Felicity gritar, ela seguia chamando meu nome, mas eu era incapaz de responder e acalma-la, meus olhos, minha mente estava em branco, eu encarava a figura masculina vestida toda de preto em minha frente.

– É impossível. – Murmurei observando Malcolm Merlyn. – Você devia estar morto.

– Thea. – Sorriu. – Eu vim te salvar. – Fechei os olhos escutando suas palavras, e por mais que o momento fosse dramático não pude deixar de soltar.

– Você quase derruba uma porta em mim. – O observei. – E diz “Eu vim te salvar?” Por que você está vivo?

– Eu adoraria te explicar... Mais tarde, se você achar possível. – Comentou antes de estender o braço para porta indicando o caminho. – Agora precisamos sair daqui.

– Eu não vou a lugar nenhum sem Felicity. – Falei entre dentes.

– Quem é Felicity? – Apenas quando ele perguntou notei que ela nãoo gritava mais por mim.

– Alguém que você vai se arrepender se deixar para trás. – Retruquei. – Eu estou bem Felicity. Uma ajuda inesperada. – A informei. – Felicity? – Respirei fundo. – Felicity? Você pode me ouvir?

– A levaram. – Malcoml falou. – Precisamos ir. – Repetiu puxando meu braço.

– Eu não vou sem Felicity. – Repeti.

– Ela não deve valer mais do que sua própria vida. – Gritou. Fiquei em silêncio, por que apenas agora me dei conta que falava com o homem que havia matado centenas de pessoas no ano passado, que pouco se importava com a vida humana. Ele encarou meu silêncio como um consentimento, pois andou alguns passos e parou para analisar o corredor. – Está tudo limpo. – Falou e me observou, dei um passo para trás quando ele puxou uma arma. – Para você. – Explicou. – Caso precise. – Estendi minha mão de forma automática e senti o peso da arma na mão, ele assentiu e saiu na minha frente, e o segui, por que não sabia onde estava e para onde haviam levado Felicity, quando sai pela porta notei que essa era a única porta do corredor, por tanto a sala em que Felicity estava antes devia ser do outro lado. Eu sabia apenas de uma coisa, Malcolm jamais deixaria eu ir atrás de Felicity, ele jamais deixaria eu fazer isso, percebi que tinha parado de segui-lo quando o próprio se virou para me encarar.

– Sinto muito por sua amiga. – Falou entre dentes. – Mas não podemos voltar por ela. Não vale o risco. – Acrescentou. Meu braço moveu-se por si só , eu estava erguendo a arma que ele havia me dado.

– Thea, não faça isso. – Pediu. Minha mão não era firme, meu coração batia descompensado, minha cabeça estava uma bagunça. Uma mistura de pensamentos passava-se por ela, todo o mal que ele fez, para a cidade, para minha mãe, para Tommy, e para mim. Tudo isso somado a necessidade de ira atrás de Felicity fez com que eu apertasse o gatilho, foi rápido, em um momento ele me encarava apreensivo, no outro eu já havia disparado, soltei a arma minhas mãos tremendo, ela caiu no chão com um barulho, encarei seu corpo inerte ao passar por ele.

– Você não tem ideia de quem é Felicity Smoak. – Murmurei. – Ela não é minha amiga, ela é minha irmã. – Falei antes de começar a correr em sua busca. Eu não tinha ideia de para onde eu estava indo, de onde eu estava, e se eu iria sair ilesa deste lugar, tudo o que eu sabia era que eu estava correndo por minha vida, e pela de Felicity. Eu estava cansada e o lugar parecia mais um labirinto do que qualquer coisa, eu podia ouvir passos atrás de mim, alívio me atingiu quando vi uma porta, encontrei forças para forçar minhas pernas a continuar, mas o alívio foi logo substituído por desespero quando alcancei o trinco, não abria, não abria e logo eles estariam aqui, eu não poderia encontrar Olie, ele não poderia salvar Felicity. Eu nunca mais veria Roy. Deus eu nunca veria Roy.

O.V FELICITY

Parecia que esta noite nunca terminaria mesmo o pequeno alívio de escutar Thea havia ido embora quando escutei um estrondo e seu grito, a chamei apenas duas vezes antes que minha boca fosse tampada por uma mão forte, ele me arrastou pelos corredores sem fim do prédio abandonado em que estávamos, eu já sabia o que estava por vir, eu sabia que encontraria Slade, eu sabia que isso significava que Oliver estava a caminho, e que quando ele chegasse seria nossa única oportunidade de acabar com Slade, que tudo estava em minhas mãos.

– Olá de novo senhorita Smoak. – Apertei meus lábios ao escutar sua voz soar antes mesmo de me encontrar face a face com ele, exibia um sorriso, é claro que sorria, estava muito contente de como tudo estava acontecendo exatamente como ele queria.

– Onde está Thea? – Perguntei direta.

– Posso ver o que o garoto viu em você. – Ignorou minha pergunta me analisando atentamente.

– Por que não acaba com isso logo?

– Não se preocupe. – Se aproximou. – Oliver logo estará aqui,e quanto a sua cunhada, já tenho meus homens indo ao seu encontro, isso está prestes a acabar. – Encarou-me por mais alguns segundos e olhou para o homem que segurava meu braço. Com um gesto de mão pediu a ele algo, logo havia um celular em suas mãos, ele se afastou, eu não teria que imaginar muito para saber para quem ele estava ligando. – Você parece ocupado garoto. – Andava a medida que falava. – E eu sinto muito por eles, mas uma vez mais, você não entende o ponto. – Engoli em seco ao escutar a forma como sua voz saia ameaçadora e ainda assim tranquila. – Eu tenho aquela que você ama, você se encontrará comigo onde eu disser, do contrário irei mata-la, e com ela seu filho. – Sua voz saia pausada, meus olhos fecharam-se ao escuta-lo falando do bebê. Qual que seja a resposta de Oliver o irritou, pois sua voz se elevou. – Terá acabado, quando eu disse que acabou. – Mas logo seguia a mesma cadência de antes. – Eu estou surpreso, pensei que tinha algo por mulheres fortes, mas agora que a conheci posso ver o por quê. –Virou-se a medida que terminava a última sentença. – Ela é adorável, sua Felicity.

P.O.V OLIVER

Caminhei pelo prédio observando tudo o que me cercava, havia sido aqui que ele havia combinado, este lugar seria o local onde eu finalmente enfrentaria Slade, onde por fim lidaríamos com minhas escolhas no passado. Eu odiava o fato de que Felicity estava em suas mãos, de que sua vida corresse perigo por minhas culpa, de que por não ter salvado Shado quando eu estava na ilha, eu corria o risco de perder Felicity. Odiava que para salvar ela e Thea da ameça constante que era Thea, eu precisava coloca-la em perigo antes. Escutei seu discurso soar através do recinto, falava de Shadow, e de como o destino de Felciity seria igual ao dela. Quando finalmente encontrei o local exto de onde vinha o eco de sua voz, parei em frente a ele com o arco preparado para disparar.

– Solte o arco garoto. – Ordenou. A lâmina de sua espada roçava a garganta de Felicity, a mesma com que havia matado minha mãe. – Faça. – Exigiu. Os encarei, e lentamente me abaixei, deixando o arco no chão. Um de seus homens apareceu atrás de si carregando Thea, Thea lutava para ser liberada, a encarei brevemente, antes de voltar encara Slade, eu não podia expressar o que eu sentia, eu não podia deixar que Slade visse meu medo. – Eu vou tirar de você, tudo o que você tirou de mim.

– Matando a mulher que amo. – Falei encarando-o, eu não poderia desviar meus olhos para Felicity, não sem que perdesse a calma e foco no processo.

– Sim. – Concordou.

– Como você amava Shadow. – Afirmei.

– Sim. – Repetiu, sua voz saindo mais fraca.

– Você a vê, não é mesmo? – Perguntei observando atentamente sua reação. Seu rosto mudou, havia confusão, resolvi prosseguir. – Como ela se parece em sua mente Slade? O que ela diz para você? – Hesitei quando ele fez com que Felicity se ajoelha-se e embora confuso, mantivesse uma mão firme em seu ombro, mantendo-a dessa forma. – Eu me lembro como ela era linda, jovem, gentil! – Prossegui não deixando, porém, de observar como sua lâmina deslizava em torno de Felicity. – Ela ficaria horrorizada pelo o que você está fazendo aqui.

– O que eu estou fazendo. – Falou. – O que eu estou fazendo? – Repetiu com fúria. – Era o que você deveria ter feito, ter lutado por ela! Então, quando o corpo dela estiver ao seus pés, e seu sangue em sua pele. – Apontou para Felicity, sua voz se elevando. – Você saberá como eu me senti!

– Eu sei como você se sente. – Ergui minha própria voz chamando sua atenção, deixando um pouco da minha própria fúria ser liberada . – Eu conheço o ódio. A vingança. E agora eu sei como é quando seu inimigo está tão distraído, que ele não vê que o verdadeiro perigo está em sua frente. – Conclui, ele agora estava cada vez mais confuso, aind ame encarando puxou Felicity a erguendo-a novamente, esse foi seu erro, Slade estava tão focado em mim, que nunca a notou, e não percebeu até muito tarde que ela era a real ameaça, apenas quando sentiu a agulha contendo a cura penetrar seu pescoço. Felicity se afastou do seu agarre no mesmo momento em que o captor de Thea recebia uma flecha de Roy.

– Corra! – Gritei para Felicity. Quando ela fez o que eu disse sai correndo em busca de Slade que havia fugido. A partir dai foi como se tivéssemos voltado no tempo, e estávamos seguindo o mesmo roteiro da luta de anos antes, eu ainda era fraco para ele, mesmo sem o Mirakuru em seu sistema Slade parecia ser invencível, cada golpe que eu dava era interceptado por ele, cada chute, murro, quando vez que eu esquivava parecia ser premeditado por ele, era como uma criança tentando superar seu pai. E ele fez questão de falar isso, de dizer que eu não conseguiria supera-lo. Seguimos lutando cada vez mais arduamente, estávamos no teto do prédio agora, e eu podia ver o drone enviado por Amanda circulando o lugar. Ela iria explodir Slade, não importando quantos fosse junto com ele.

– Você acha mesmo que eu deixaria sua garota ser livre facilmente? – Perguntou ofegante após afastá-lo com um chute. – Acha que este local não está cercado com meus homens, todos com apenas uma missão? Matar sua Felicity. – O ataquei tentando não dá ouvidos as suas ameaças, para acabar com Slade eu tinha que manter minha mente aqui, Felicity estava com Roy. Ela estava salva. Sua mão envolveu meu pescoço me sufocando. Tirou um aparelho de seu uniforme e apertou um botão. – Faça a gritar. – Ordenou. – O grito que veio a seguir fez com que meu coração falhasse uma batida, era Felicity, em algum momento desde que ela havia fugido haviam capturado. Ao perceber que eu não tentava me soltar mais ele me soltou no chão.

– Deixa-a ir. – Implorei.

– Chegou o momento em que devo cumprir minha promessa. – Apoiou-se em um joelho ao meu lado. – E você sabe que sempre cumpro minhas promessas garoto. – Falou antes de dirigir sua atenção para o aparelho novamente. – Mate-a. – Veio a ordem, o que veio a seguir conseguiu com que toda a razão para que eu seguisse lutando se esvaísse, o grito em forma de meu nome seguido pelo som de tiros trouxe lágrimas aos meus olhos em uma velocidade surpreendente.

– Não! – Meu protesto veio muito tarde, eu estava atônito e minha primeira reação foi me erguer e lançar-me contra Slade novamente, mas ele estava em vantagem, minha mente havia sido dominada pela dor, foi-se o estrategista, aqui estava apenas o homem que lutava pela mulher que amava, e que havia morrido. Desviei do soco de Slade com muito esforço, ele ria a cada golpe que dava, ele percebia que eu estava cansado, que eu já não aguentaria por muito tempo, ele havia conseguido, ele havia executado seu plano com perfeição, anos atrás havíamos tido a mesma luta, e eu estava perdendo. Senti o golpe em meu peito e a força do mesmo me levou ao chão, ofeguei buscando ar, e tentei me levantar, mas eu não conseguia, eu forçava cada músculo meu a me erguer, e, no entanto era como se eu não tivesse qualquer influência sobre ele. Plantei minhas mãos no chão tentando empurrar meu corpo para cima e mais uma vez falhei.

– Desista garoto. – Sua voz estava impregnada de vitória. – Ela se foi, você não tem mais pelo o que lutar. – E nesse momento eu desistir, por que ele estava certo, ela se foi, eu não tinha mais nenhuma razão para lutar, larguei meu corpo contra o chão frio sentindo as gotas de chuva escorrer pelo meu rosto. Eu sequer havia percebido antes que estava chovendo. - Essa noite Mr. Queen você irá morrer. – Pensei em apenas desistir, não havia razão para não fazê-lo, até o momento em que esqueci minha própria dor e pensei apenas em Felicity, se eu desistisse eu não merecia ser o homem por quem ela se apaixonou, se eu deixasse Slade sair ileso nada teria valido a pena, e sua morte teria sido apenas mais uma vitória para ele, e foi pensando nela que me ergui, que o golpeei fortemente e o prendi contra a coluna grossa.

– Você pode me matar... – Respirava com dificuldade. - ... Ou não. De qualquer maneira eu venci. – Respirei ofegante observando-o atentamente.

– Nós dois perdemos Slade. – Falei amargo. – E nós dois viveremos para lidar com isso. – Dei-lhe as costas incapaz de seguir encarando-o, e me afastei tropeçando, mal me sustentando, ordenei que Amanda cancelasse os drones, e caminhei de volta ao prédio, joguei-me contra uma parede qualquer e envolvi minha cabeça com os braços, uma vez que os soluços começaram não conseguiam mais parar, sentir os tremores involuntários por meu corpo. Ela estava morta, não havia nada mais que eu pudesse fazer, eu criei esse personagem, esse vigilante para manter as pessoas protegidas, e a única a qual eu deveria ter salvado, eu havia falhado. Eu havia a perdido.


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Notas finais do capítulo

Bem, estamos apenas poucos passos do fim, e agora mais do que antes preciso saber o que vocês acham, fiquei desapontada pela quantidade de comentários do último capítulo, confesso, então por favor, não tenho como saber se estou fazendo certo se vocês não me dizem... xoxo LelahBallu