Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 17
Capítulo 16 - Desespero


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

Eu só quero fazer dois pedidos, o primeiro é que sei que levamos um golpe forte ontem, e ainda estamos nos recuperando, mas tentam entender o lado de Felicity e Oliver nessa temporada, não vamos desistir de Olicity ou de um dos personagens desse casal ok? Sem ódio a Felicity, por favor. Quanto ao segundo é de desculpas pela demora. Quero também agradecer pela presença continua de vocês nos comentários.



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– Felicity é Thea, eu preciso saber que horas você vai a sua médica, por favor, me ligue de volta. – Desliguei o celular, encarando o aparelho com preocupação. Hoje eu acompanharia Felicity em sua consulta, fazia uma semana desde que estivemos em seu banheiro, e nos encontramos apenas um par de dias depois apenas para saber que ela ainda não havia contado a Olie sobre sua gravidez, apesar de Felicity está assustada com essa gravidez eu não achava certo manter isso por tanto tempo em segredo, eu odiava segredos, eu entendia por que ela preferia manter em segredo por hora, mas... Céus eu estou tão ansiosa para ver meu irmão babando por um pequeno Queen, do que Felicity tinha medo a final? Olie iria ficar atordoado com a notícia, mas ele não era mais o idiota de antes, eu podia ver o quanto ele havia amadurecido, principalmente quando estava perto de Felicity.

– Thea querida, algo de errado? – Escutei a voz de minha mãe soar atrás de mim, a encarei por cima do ombro, está ai uma pessoa cuja reação Felicity deveria temer, minha mãe deixou claro que não entendia o envolvimento de Oliver com Felicity, eu acho que ela sempre esperou, e talvez ainda espere que Oliver e Laurel voltem, eu amo Laurel, mas isso não vai acontecer.

– Não. – Falei por fim, e passei por ela. – Tudo perfeito.

– Espere Thea. – Suspirei sem paciência e virei-me a encarando. – Por quanto tempo ficaremos nesse clima? Por quanto tempo terei que suportar isso?

– Por quanto tempo você escondeu que Malcoln Merlyn é meu pai? – Perguntei fingindo pensar. – Talvez eu ache que preciso um pouco mais de tempo para associar o fato que você mentiu por anos. – Ergui minha voz. – Não só para mim, mas para meu pa... Para Robert. Então me perdoe mãe, se não consigo simplesmente deixar essa história de lado. –Concluí antes de sair e ignorar seu chamado. Pensei em subir as escadas, mas meu celular vibrou em uma nova mensagem, Felicity dizia o horário e onde deveríamos nos encontrar, era no mesmo restaurante em que comecei a suspeitar que ela esta grávida, percebendo que já estava perto do horário me apressei em encontra-la. Quando cheguei ela já estava sentada me aguardando.

– Desculpe. – Pedi antes mesmo de me sentar. – Estou atrasada.

– Não, você não está. – Sorriu. – Eu namoro um Queen lembra?

– Você mentiu o horário?

– Só adiantei um pouco para você. – Deu de ombros. – Apenas no caso...

– Entendi. – Olhei ao redor. – O que você pediu?

– Dois sucos de laranja.

– Você é tão preparada. - A elogiei.

– Eu sei.

– Você vai ser uma ótima mãe. – Falei com um sorriso, o sorriso que estava em seu rosto foi embora.

– Disso eu não tenho tanta certeza. – Retrucou.

– Lis, você tem que parar com isso. – Reclamei. – Seja o que for que está te deixando tão assustada com essa gravidez está me preocupando, eu já te disse que tudo vai ficar bem. – A encarei fixamente. – Olie vai ser um grande pai. – Analisei seu rosto, ela parecia tão incerta quando envolvia Oliver na conversa. – Vocês dois estão tendo problemas no relacionamento? Você tem medo que ele não queira o bebê? O que você está me escondendo Felicity? – Ela mordeu o lábio mostrando está nervosa, e que eu estava certa, Felicity estava me escondendo algo, e isso doeu, já tinha minha cota de segredos e mentiras, a única pessoa que pensei que nunca mentiria para mim, era Felicity. – Lis?

– Você sabe que sou muito, muito boa com computadores não é mesmo? – Perguntou de repente.

– A melhor. – Concordei sem sequer duvidar disso.

– Então, minhas habilidades permitem que eu possa ajudar esta cidade, de uma forma diferente. De um jeito que eu nunca imaginei. – Seus olhos estavam sérios analisando cada reação minha.

– Entendo. – Falei, embora não tivesse ideia de onde ela queria chegar.

– Não, você não entende. – Uma risada forçada saiu de sua garganta. – Eu trabalho para o arqueiro Thea. Na verdade com seria mais certo, somos parceiros. – Revelou em tom baixo, seu olhos avaliaram o nosso entorno temendo ter sido escutada por alguém além de mim, eu estava chocada, tentava processar o que ela havia dito. Isso poderia explicar muita coisa, muita, exceto como Oliver permitia isso. – E como trabalho com o arqueiro, eu posso mesmo não estando em campo, ter minha cota de perigo. É por isso que estou apreensiva, é por isso que não me sinto preparada para esse bebê.

– Olie sabe? – Falei após alguns segundos. Algo em seus olhos, um leve lampejar, algo que me indicou que suas seguintes palavras não seriam verdadeiras.

– Não. – Respondeu. Seus olhos desviaram do meu, eu estava dividida em fazer mais perguntas ou apenas despejar o quanto eu estava chateada, ela estava mentindo, em minha cara.

– Por que você não me contou antes? – Deixei um pouco de irritação atingir minha voz, ela estremeceu involuntariamente ao escutar o tom duro. Ela ficou em silêncio quando o garçom chegou com nossos sucos. – Por que Felicity? – Perguntei quando ele se afastou.

– Não é meu segredo para contar Thea. – Falou decidida. Então tudo caiu perante aos meus olhos, com o mesmo impacto que um jarro em uma sala dominada pelo silêncio. Não era seu segredo para contar, era do meu irmão, Oliver sabia, Por que ele era o arqueiro, por isso era tão complicado um bebê agora, ele a salvou no dia da audiência de nossa mãe, por isso ele desapareceu, por isso ele constantemente desaparecia, as desculpas idiotas, seus atrasos, tudo por que ele era o arqueiro.

– É ele não é? – Seus olhos abriram em par. – É Olie, ele é o arqueiro. – Se antes havia alguma dúvida o fato dela ter ficado pálida quando eu disse tirou quaisquer dúvidas sobre.

– Thea...

– Eu preciso falar com ele Lis. – A interrompi. – Eu preciso que ele me diga.

– Não fique com raiva dele. – Pediu. – Tudo que ele fez e faz é para te proteger, e manter esse segredo também foi com esse intuito.

– Há quanto tempo você sabe? – Perguntei mais curiosa do que irritada agora.

– Há um bom tempo. – Sorriu. – Ele veio até mim, não como arqueiro no começo, eu o ajudava, mas ele vinha com essas desculpa ridículas, e um dia... – Parou. – Bem um dia ele precisou muito da minha ajuda, e precisou se revelar, desde então faço parte do time.

– Então você como sua assistente não foi ao acaso?

– Não. E acredite eu odiei isso, mas era maneira de sempre estarmos em contato sem gerar suspeitas. – Deu de ombros. – Você não está com raiva? Você está me assustando, eu esperava gritos, e como eu sou uma péssima amiga...

– Eu estou muito chateada Felicity Smoak. – A interrompi. – O único motivo de não está gritando com você agora é pelo bebê Queen que você carrega.

– Não o chame de bebê Queen. – Interrompeu-me. – Só bebê.

– Ah vejo que alguém está se afeiçoando. – Brinquei, ela pareceu envergonhada por isso. – Vamos Felicity, é seu filho, tudo bem se afeiçoar.

– Eu sei, é só que você sabe, parece cada vez mais real, não que antes não fosse, mas, eu não sei só que agora parece... real. Eu sei que não faço nenhum sentido.

– Vocês vão conseguir lidar com isso Lis. – Segurei sua mão tentando acalma-la. A verdade era que agora mesmo eu não tinha tanta certeza, eu precisava conversar com Olie sobre isso, sobre ele ser o arqueiro, mas meu irmão era um cabeça dura, e se existe a possibilidade de Felicity e o bebê se machucarem, ele poderia realmente tentar afasta-la, achando que com isso estaria protegendo. – Tome seu suco, temos uma consulta para ir.

[...]

– Boa tarde. – A Dr. Johnson conforme li em seu jaleco nos cumprimentou e nos indicou as cadeiras para que sentássemos. – Qual de vocês duas é Felicity Smoak? – Nos olhou de uma a outra.

– Eu. – Felicity ergueu a mão, parecia está nervosa. – Eu sou Felicity Smoak.

– Thea Queen. – Falei quando ela me lançou um olhar curioso.

– Ela é a tia. – Felicity acrescentou rapidamente.

A obstetra era calma e atenciosa com Felicity, ela sorria cada vez que Lis a interrompia para perguntar algo, que foi muitas vezes, Felicity não estava só apavorada por ter um bebê no meio ao caos em que vivia, ela estava apavorada em ser mãe.

– Obrigada por ter vindo comigo hoje Thea. – Felicity falou quando saímos do prédio, exibia um sorriso genuíno. – Foi importante.

– Confie em mim, você vai ter que me implorar para sair de perto de você agora. – A avisei, então observei atentamente. – Você está mais leve.

– Estou. –Concordou. – Estou decidida a contar para Oliver hoje, eu sei que não vai ser perfeito, e que provavelmente será bastante tenso, mas eu não posso fugir por muito tempo. – Olhou de um lado para o outro antes de confidenciar. – Meus seios estão maiores.

– Você está com seis semanas. – Dei de ombros. – Ela disse que era natural, por falar nisso daqui vamos comprar imediatamente as vitaminas que ela passou, e melhorar sua dieta, por que você não pode mais continuar com a comida do Big Belly Burger e sorvete.

– Não julgue o Big Belly até provar. – Advertiu-me, ri com a veemência que ela disse.

– Sério Felicity. – Retomei, comecei a contar nos dedos. – Nada de besteiras demais, nada de estresse, bebida...

– Oh meu Deus eu realmente vou implorar não vou?

– E não vai conseguir. Como você veio hoje? – Paramos em frente ao meu carro. Perguntei lembrando que havia dado carona a ela desde o restaurante até aqui.

– Diggle. – Respondeu enquanto eu dava a volta para ficar ao lado da porta do motorista. – Por isso marquei no restaurante, não queria que ele suspeitasse.

– O motorista de Oliver. – Falei.

– Nosso amigo. – Corrigiu-me. Assenti e ia me desculpar pela forma como tinha saído quando sua expressão se transformou em terror e sua boca se abriu para emitir um grito que eu não escutei, ao mesmo tempo em que seguravam meus braços com força vi fazerem o mesmo com ela, não pude gritar embora foçasse meus pulmões, minha boca havia sido tampada por um pano, minha última lembrança antes de cair na inconsciência foi olhar aterrorizado de Felicity.

Acordei era noite, e estava no escuro, aos poucos me acostumei com a pouca claridade e comecei a observar o entorno. Árvores nos rodeavam, eu podia escutar o som dos animais noturnos, como grilos. Ajeitei-me até ficar de joelhos, direcionei meu olhar para o corpo inerte de Feliciy ao meu lado e temor me invadiu. Meus pulsos estavam presos, tentei forçar, mas apenas consegui ferir mais a pele que já ardia, me foquei em prestar atenção em Felicity, ela respirava, alívio me dominou quando o percebi, meus olhos encheram de lágrimas, eu estava muito perto do desespero, não sabia onde eu estava e não havia nenhum sinal de alguém por perto, queria gritar por ajuda, mas temia que isso trouxesse apenas mais problema, olhei envolta novamente buscando qualquer coisa que pudesse me ajudar a me soltar, mas voltei a encarar Felicity que voltava lentamente a consciência.

– Lis. – Sussurrei o mais baixo que podia. – Lis, por favor, acorde. – Pedi. Ela moveu-se inquieta, chamei-a mais uma vez e por fim seus olhos finalmente se abriram.

– Thea? – Seus olhos piscaram assimilando a pouca claridade, ela finalmente focou sua atenção em mim. – Oh meu Deus Thea. – Sua voz estava impregnada de desespero. – Ele nos pegou. – Falou se endireitando.

– Quem Felicity? – Perguntei deixando o desespero também atingir minha voz. – Quem foi que armou isso? – Ela não pode responder, antes que o fizesse fomos distraída pelo som de galhos se quebrando, alguém se aproximava.

– Eu acho que ela está falando de mim. – A voz rouca surgiu antes que seus corpo entrasse em nossa linha de visão. Era Slade Wilson, ele é uma figura pública, Deus não faz muito tempo eu estava mostrando a coleção do meu pai para ele em minha casa. – Olá Thea. – Seu olhar foi até Felicity, ela estava paralisada o encarando, se aproximou dela, isso me fez engolir em seco.

– Não toque nela!

– Thea eu estou bem. – Sua voz estava embargada, mas ainda assim ergueu a cabeça mostrando coragem. – Não se preocupe.

– Ela está certa Srta. Queen. – Ele dirigiu seu olhar até a mim, por minha vez repeti o gesto de Felicity não me deixando intimidar. – Ela está bem... Por hora. – Concluiu com um sorriso frio se estendendo em seu rosto. – Ainda estamos aguardando convidados. – Franzi o cenho quando ele disse isso, encarei Felicity que meneou a cabeça. Como uma deixa o barulho de pessoas se aproximando chegou a nossos ouvidos, foi com horror que encarei dois homens de máscaras metade preta e laranja carregarem cada um meu irmão e minha mãe.

– Não! – Felicity exclamou quando percebeu que Olie tal como chegamos, inconsciente possuía um corte na testa, como movido pelo grito Olie acordou atônito, seus olhos alternavam entre nós três, quando seu olhar focou em Felcity havia pesar. Um dos homens de Slade foi até ele e o ergueu.

– Olá garoto. – Seu tom era debochado, havia vitória em sua voz, ele era doente. – Estamos fazendo uma pequena reunião de família. Caminhou com passos despreocupados até minha mãe, ela estava acordando aos poucos. A puxou bruscamente colocando-a de joelhos, formávamos uma espécie de circulo, encarávamos uns aos outros com nada além do medo, estava atordoada, seu olhar disparou até a mim, o medo estava evidente, então passou rapidamente por Felicity até que caiu em Oliver.

– Deixe-as ir. – Oliver implorou. – Seu problema é comigo, deixe-as ir.

– Eu poderia fazer isso. – Slade falou, havia satisfação em sua voz por escutar Oliver implorando. – Mas não seria justo. – Sua voz endureceu. – Não para Shado.

– Shado não iria querer isso. – Oliver gritou, minha cabeça dava voltas tentando entender do que se tratava.

– Não se atreva a dizer o que ela gostaria. – Parou em frente a Oliver, o ódio o dominando. – Ela não está mais aqui por sua culpa. – Acusou. Virou-se parecendo querer dominar a fúria que tinha explodido, quando girou novamente seu sorriso estava gélido, assim como seu olhar. Caminhou novamente até Felicity, Oliver ficou tenso, e eu passei a ficar tensa também. Esse homem era doente, eu não tenho ideia de qual seria o problema dele com Olie, algo haver com o arqueiro talvez, mas ele claramente pretendia nos usar para atingir meu irmão. – E pra honrar ela eu preciso tirar tudo o que você ama e mais preza. – Seu dedo correu pelo rosto de Felicity que afastou seu rosto do toque.

– Afaste-se dela. – Oliver exigiu, seu rosto marcado pela fúria e desespero. – Ou eu juro Slade, eu vou mata-lo. – Engoli em seco ao escutar a ameaça de Oliver, ele não estava blefando, ele estava determinado a fazê-lo, mas nesse momento, inclusive eu poderia faze-lo.

– Nenhum de nós estará morto até que eu consiga minha vingança, garoto. – Slade se afastou começando a andar em torno de nós. – Eu matarei todos que você ama, eu começarei por sua mãe. – Senti meu coração pulsar quando ele parou brevemente ao lado de minha mãe, ela chorava, e pedia que poupasse nossas vidas. – E então mataria sua irmã. – Continuou quando chegou ao meu lado. O encarei através das lágrimas sentindo que cada vez mais estávamos perto de morremos. – E quando você estiver sozinho, consumido pelo seu desespero, tirarei a única esperança de felicidade que você poderia ter, eu vou matar sua Felicity. – Concluiu parando novamente ao lado de Felicity. Seu olhar desceu até o rosto de Oliver que encarava Felicity fixamente – E com ela seu filho.


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor ignorem qualquer erro por que estou postando as pressas, meu note está que nem pisca pisca, acende e apaga, por isso estou correndo mesmo, aguardos os comentários, Xoxo Lelahballu.