Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha linda,

Eu confesso que nunca vi tanto tumulto por causa de um teste de gravidez, a maioria da opinião é que "Eu não quero, mas quero". Foi muito divertido ler os comentários de vocês, seja aqui, no grupo ou no Twitter, fico feliz por estarem gostando da fic, e por ela ainda está sendo bem recebida apesar da minha demora em postar os capítulo. Eu acho que maioria pulou essa nota e foi saber se ela está grávida ou não, mas eu queria agradecer especialmente "Little D" não só pelo comentário entusiasmado da fic, mas também pelo elogios ao OlicityBR. Agora quem se seu o trabalho de ler até aqui... Te libero para ler a fic ;)



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Isso não poderia está acontecendo. Tinha que ser alguma espécie de brincadeira, algum engano que nos deixa paralisadas de medo apenas para emitir um suspiro de alívio quando percebemos que tudo era apenas um erro, que estávamos enganados, que o medo que isso estivesse acontecendo nublou nossas mentes ao porto ter transformado um pequeno objeto em algo que poderia acabar com tudo aquilo que planejamos em nossas vidas.

– Felicity? – Pisquei surpresa. Havia esquecido completamente da presença de Thea no outro lado da porta, observei o trinco girar e ela entrar, e sentar ao meu lado, de alguma forma eu havia escorregado até ficar sentada no chão, minhas costas contra a parede fria do banheiro, ela passou um braço nos meus ombros e me atraiu em um abraço. – Eu acho que não preciso perguntar novamente. Você está grávida. - Fechei os olhos assimilando o que ela dizia. Grávida. Essa palavra parecia gritar em minha mente, como se eu as estivesse vendo em letras maiúsculas zombando de mim, e ao mesmo tempo era como se não fosse comigo, em um canto da minha mente eu assimilava vagamente a voz de Thea dizendo coisas suaves tentando me acalmar. Eu não conseguia falar nada, eu sequer poderia repetir o que ela dizia. Ela me afastou levemente para me encarar e limpar delicadamente as lágrimas silenciosas que desciam por minhas bochechas, em nenhum momento eu percebi que estava chorando, não até ela fazer isso. – Hey. – Chamou minha atenção, segurando meu braço. – Tudo vai ficar bem, Felicity. – Eu meneei a cabeça discordando.

– Você não entende. – Protestei, minha voz embargada falhando. Ela não poderia entender, não quando achava que meu maior medo em ter um bebê com Oliver era insegurança no nosso relacionamento. – Você não entende. – Repeti meneando a cabeça.

– Então me explique Felicity. – Pediu. – Eu sei que tem pouco tempo que vocês namoram, mas vocês se conhecem há dois anos...

– Dois anos e meio. – A corrigi.

– ... E vejo você dois dando voltas no relacionamento de vocês desde então. – Completou. – Foi inesperado, não planejado, mas muitos pais não esperam pela chegada de um bebê, muitos não queriam até que acontece, e muitos conseguem lidar com isso, e vocês dois vão conseguir. – Respirei fundo escutando atentamente o que ela dizia, então meneei a cabeça.

– Tem que está errado. – Protestei me erguendo e enxugando meu rosto ao perceber novas lágrimas. – Esse teste pode está errado. – Falei com esperanças. Thea me observou do chão parecendo querer me sacudir. Não poderia está certo, o que eu ia dizer a Oliver? Como eu ia dizer a ele que estava grávida, que agora com Slade por ai, ele teria que se preocupar também com um bebê? Um bebê que de uma forma ou de outra mudaria tudo com o que ele estava acostumado, como eu conseguiria vê-lo sair para enfrentar criminosos, assassinos, e encarar a possibilidade de ele não voltar mais? Como poderei fazer isso com um bebê no colo? Com nosso filho nos braços?

Thea se levantou e me abraçou novamente quando a frequência das lágrimas aumentou. Ela tentou me acalmar novamente, e aos poucos, lentamente consegui.

– O que a está preocupando Felicity? – Perguntou angustiada. – Não é só isso.

– Só? É um bebê. – Comecei a sentir falta de ar. – Um bebê, que dependerá de mim, que precisará de mim... - A encarei observando seu rosto preocupado. – Thea...

– Você não está pensando em abortar, não é? – Perguntou apreensiva.

– O quê? – Exclamei horrorizada. – Não. De jeito nenhum. Essa nunca foi uma possibilidade.

– Então tenta se acalmar logo Oliver vai estar aqui...

– Você não pode contar a ele Thea. – Pedi.

– Eu acho que isso é algo que você tem que contar. – Franziu o cenho. – Você vai contar não é mesmo? – Fitou-me atônita com meu silêncio que se seguiu. – Felicity?

– Vou. – A tranquilizei. – É claro que vou, mas não agora. – Ela meneou a cabeça em desacordo. – Não agora Thea, vou fazer um exame clínico, não mais um de farmácia. Preciso ter certeza...

– Felicity as chances...

– Por favor, Thea. – A interrompi. – Me dê um pouco de tempo para processar tudo isso.

– Eu não gosto de esconder algo assim de Olie. – Suspirou. – Mas você precisa de um tempo para si, eu entendo. E não cabe a mim, falar sobre isso. Mas Felicity... – Encarei seu rosto em expectativa, ela segurou minhas mãos. – Este bebê vai ser um Queen, e como tal será amado, Olie ficará surpreso, chocado e talvez não tenha a melhor reação, mas você precisa dar uma chance a ele quando você mesma entrou em pânico com a noticia. Promete que vai tentar entende-lo? – Assenti, tentando aliviar um pouco o peso que havia se instalado no recinto em tão pouco tempo. – Eu sei que é uma péssima hora, mas eu estou ansiosa para ser tia. – Sorriu levemente, não pude deixar de retribuir o sorriso, mesmo que tenha sido tênue, e me agradecendo mentalmente por tê-la por perto, em um impulso a abracei.

– Obrigada. – Agradeci.

– Não por isso. – Respondeu. Dei um passo para trás a largando ao escutar o som da campainha tocando, um temor me sobressaltou. Thea deu um tapinha leve em meu ombro. – Tome um banho, tome seu tempo, vou distraí-lo. – Falou antes de fechar a porta do banheiro. Segui seu conselho e tomei meu tempo refletindo sobre tudo enquanto deixava a água levar o restante das lágrimas, me recompus sabendo que eu não podia agir dessa forma por muito tempo, vesti-me rapidamente e coloquei uma armadura em forma de sorriso quando passei pelo corredor, Thea me deu um sorriso encorajador abraçou o irmão brevemente e beijou meu rosto antes de ir embora.

– Hey. – Sua voz foi suave, ele sabia sem que eu dissesse qualquer coisa que algo me incomodava, eu sorri novamente e me aproximei. – Tudo bem? – Perguntou intrigado assenti levemente, enquanto sua mão envolvia meu rosto e se inclinava para beijar minha testa, fechei os olhos e segurei a manga da sua camisa, sem resisti o abracei fortemente, ele devolveu o abraço ainda que não compreendesse. – Felicity, o que aconteceu? – Inalei seu cheiro ante de inclinar minha cabeça e encarar seus olhos, estava preocupado, eu me sentia culpada por não falar abertamente com ele, mas apenas dei de ombros.

– Conversei com minha mãe hoje. – Menti. – Por celular, fiquei um pouco emotiva depois disso. – Ele me observou absorvendo a convicção com que falei as palavras.

– Essa não é uma boa hora então para falar que Isabel está trabalhando com Slade. – Falou hesitante. Separei-me incrédula de seus braços. – Ela tem papéis que a deixam com poderes na QC. – Continuou. – Papéis que eu assinei. – Concluiu.

– Oliver...

– Eu sei. Eu sinto muito.

– Por que você fez isso? – Sentei. – Deus esse dia não acaba nunca. – Falei em tom baixo. Então o encarei. – Precisamos fazer algo.

– Isso não é tudo.

– Tem mais?

– Invadiram a QC. – Informou-me. – Levaram um equipamento. A polícia já foi chamada, eu estou indo lá averiguar.

– Eu vou com você. – Falei me erguendo. Ele segurou minha mão me impedindo de avançar.

– Você tem certeza? – Assenti. – Você não parece bem.

– Eu já disse, eu estou bem. – Falei antes de pegar minha bolsa. – Vamos? – Ele me lançou um olhar em dúvida, mas assentiu guiando-me com uma mão na base da minha coluna. Logo estávamos em frente à QC e eu não pude deixar de pensar que Isabel finalmente tinha algo do que se vangloriar. - Quanto tempo você acha que vai demorar até que Isabel nos expulse? – O inicio de um sorriso se propagou em seus lábios.

– Não muito.

– Termos que ser rápidos então. – Murmurei antes de entrar, fomos recebidos pelo detetive Lance que se apressou em nos explicar o que havia acontecido, ele parecia ligeiramente cético como a forma que aconteceu, e ainda mais quando Barry Allen confirmou que o estrago havia sido feito por um homem. Barry Allen era simpático, atrapalhado e tinha um sorriso doce, foi um alívio conhece-lo hoje, foi uma brisa no meio de uma tempestade. Oliver não gostou dele, disse que não confiava em sua história e sua carranca se acentuou quando eu disse que entraria em contato com ele para saber tudo relacionado ao que aconteceu na QC. Fomos para o Verdant e quando descemos encontramos Sara e John envolvidos em meio a uma conversa tensa.

– O que está acontecendo? – Oliver perguntou olhando de um a outro.

– Sara está pensando em partir. – John respondeu.

– O quê? – Caminhei até ela. – Por quê?

– Eu tenho assuntos a resolver com a Liga Lis. – Respondeu sem explicar, entretanto que assuntos seria esses.

– Quando? – Olive perguntou tenso.

– Em breve. – Respondeu igualmente tensa. – Preciso apenas me despedir do meu pai.

– Eu não perguntei isso. – Oliver tornou a falar. – Perguntei quando voltaria.

– Eu não sei Olie. – Afastei-me dando-lhe certa privacidade a eles, John me encarou com olhos astutos ao notar meu desconforto. Dei de ombros para sua pergunta silenciosa e me concentrei no meu celular que havia vibrado informando-me uma nova mensagem de Barry, sentei-me em minha cadeira plugando o celular ao computador. O desconforto que senti com a conversa de Oliver e Sara não tinha muito haver com o que John pensava, não era ciúmes, era medo. Descer aqui hoje e ver mais uma vez Sara tendo que lidar com a liga, se despedindo do pai, Oliver preocupado, a QC nas mãos de Isabel, Slade cercando-nos por todos os lados. Isso me mostrava o quanto um bebê entrando nas nossas vidas agora seria uma loucura.

– Tudo bem? – John perguntou se agachando nivelando seu olhar com o meu, lancei um olhar rápido para Oliver, ele e Sara haviam se afastado e pareciam envolvidos em uma pequena discussão, ele estava concentrado no que Sara dizia, as linhas do seu rosto estavam rígidas, mostrando que ele não concordava com o que ela dizia.

– Claro. – Respondi. – É só que tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.

– Felicity você não está preocupada com eles, está? – Perguntou com certo nível de preocupação.

– Não. – Neguei firmemente. – São muitas coisas o que preocupar agora John, eu juro que não estou sendo a namorada ciumenta agora. – Ele assentiu não parecendo está muito certo do que eu disse, mas deixando o assunto morrer por hora. Voltei minha atenção para o celular. - Barry tem novidades, já sabemos o que foi roubado, ele também está analisando os resíduos deixados na QC. Ele quer me mostrar algo. – Falei pegando meu celular e me levantando.

– Você já vai? – Diggle falou agora em tom alto chamando atenção de Oliver que se afastou de Sara e veio até a mim.

– Onde você está indo? – Parou ao meu lado sua mão envolvendo meu antebraço.

– Vou me encontrar com Barry, ele...

– Não.

– Como é que é?

– Ele pode mandar o resultado para você. – Respondeu se afastando e tirando sua camisa, mostrando que iria começar seus exercícios e que tinha dado o assunto por encerrado.

– Desculpe Oliver, mas observar você na escada salmon não vai me distrair dessa vez. – Falei passando por ele. – Eu vou conversar com Barry, ele me explicará o que achou e depois passarei para vocês as informações. – Encarou-me atônito.

– Eu não confio nele. – Falou se aproximando tentando me intimidar com seu tamanho e sua expressão sombria, isso nunca funcionou antes, muito menos agora, no momento todo o meu estava centrado em fraldas sujas, e um pequeno Queen atirando flechas de brinquedo, eu precisava me distrair e sempre fazia isso quando eu estava concentrada no trabalho, Barry era o que eu precisava agora.

– Eu confio. – Retruquei antes de pegar minha bolsa. – Vejo você mais tarde. – Falei tentando amenizar o clima. Ergui-me nas pontas dos pés e plantei um beijo rápido em seus lábios. Ele me encarou ainda atônito, olhei rapidamente para Diggle. – Até mais John. – Falei me afastando, parei apenas quando cheguei ao lado de Sara. – Não faça nada precipitado, você sabe que pode contar conosco. – Ela assentiu com um sorriso triste e com um último aceno eu subi as escadas. Apenas quando estava na rua lembrei-me que não estava de carro e que tinha vindo com Oliver.

– Aqui. – Virei-me ao escutar Oliver falar. Ele tinha vestido a camisa novamente e estendia a chave do seu carro. Ergui minha mão para pega-la e ele aproveitou o movimento fechando sua mão na minha. – Eu não sei o que está acontecendo, mas eu sei que alguma coisa está te incomodando, e eu sei que você não quer dividir comigo.

– Oliver...

– Felicity. – Interrompeu-me. – Sei que você não está preparada agora, mas quando estiver... Você pode me contar qualquer coisa, entende? Eu estarei aqui por você. – Inclinei minha cabeça apreciando sua delicadeza ao abordar um assunto que ele não tinha ideia, mas sabia que era difícil compartilhar para mim, me senti culpada por não contar, mas não queria jogar essa bomba agora, não assim. Enlacei seu pescoço o atraindo até a mim, o beijei com paixão, com carinho e com saudades, porque eu sabia que no momento em que eu revelasse que estava esperando um filho dele tudo iria mudar, a questão era o quanto dessa mudança eu conseguiria aguentar.

– Obrigada. – Falei quando o soltei. Ele me beijou novamente ante de me deixar ir, caminhei até o carro com dois objetivos, o primeiro era falar com Barry e diminuímos a vantagem quem Slade tinha sobre nós. A segunda era marcar uma consulta o mais rápido o possível.


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Notas finais do capítulo

Estou esperando vocês nos comentários, Xoxo LelahBallu