Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 14
Capítulo 13 - Coração partido


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!
Depois do episódio dessa semana estou meio que destruída com o reencontro Olicity, amei. Por isso acordei disposta a um novo capítulo... Obrigada pelo carinho com que vocês receberam Fuckin' Perfect e quero avisar que logo sairá mais um capítulo dela.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458505/chapter/14

– Aqui. – Virei-me com um sorriso enquanto Oliver me ajudava a colocar meu casaco, dei-lhe um pequeno beijo em gesto de agradecimento e entrei no carro, os momentos que passávamos juntos dessa forma se tornavam cada vez menores. Estávamos muito envolvidos com o retorno de Slade Wilson, e nos ataques sorrateiros que ele exercia em Starling City e principalmente contra Oliver. Oliver não dizia isso claramente, mas eu sabia que ele temia por mim, eu via a preocupação em seus olhos momentos antes que ele pudesse disfarçar com um sorriso ou me distrair com um beijo quando não havia tempo, tudo havia se tornado pior quando Roy também havia sido injetado com o Mirakuru, o mesmo soro que havia mantido Slade vivo e danificado sua mente. Oliver passou a treinar Roy sem mostrar sua identidade, mas eu não sabia o quanto disso estava funcionando, Roy ainda não conseguia lidar com sua raiva e como o Mirakuru afetava seu sistema, e o pior disso tudo é que ele estava afastando Thea cada vez mais.

– No que você está pensando? – Oliver me encarou atentamente. Observei Diggle me lançar um olhar pelo retrovisor. Estávamos a caminho da QC, e eles haviam insistido que eu fosse com eles, e deixasse meu próprio carro em casa. Nenhuma palavra a mais havia sido dita, mas eu tinha certeza que eles temiam o próximo movimento de Slade.

– Estou preocupada com Roy. – Fui sincera. – E com Thea e como isso tudo está os afetando. Eu me sinto uma péssima amiga, fingindo que não entendo o que está passando com Roy, apenas escutando Thea falou como ele está cada vez mudado, e pensando em como pode ajuda-lo se ela sequer sabe o que está acontecendo... – Parei de falar ao sentir sua mão envolver a minha e um aperto mínimo, virei a minha e entrelacei meus dedos aos seus. – Não é justo Oliver, ela precisa saber.

– Eu não posso contar a Thea, é muito perigoso para ela saber qualquer coisa que envolva o arqueiro, principalmente que eu sou o arqueiro. – Ele me encarou na esperança que eu havia entendido o seu paradigma. Assenti relutante. Ficamos em silêncio pelo restante do caminho, apenas sentindo o calor reconfortante de sua mão que se mantinha junto a minha. Logo estávamos no elevador e entrávamos em seu escritório, deixei minhas coisas na minha mesa, enquanto ele passava no escritório de Isabel para discutir novamente sobre como a campanha de sua mãe a prefeita afetava QC. Esse era outro problema, Moira Queen para prefeita de Starling City, suspirei pensando nessa ideia, eu não confiava nela, poucas foram as vezes que a encontrei depois que ela ficou livre, ela estava consciente do meu papel na vida de Oliver e já demonstrou não aprovar. Como vou explicar ao meu namorado que não vou votar em sua mãe?

– Com licença. – Levantei meu rosto abrindo minha boca em surpresa ao notar quem estava em minha frente.

– Você. – Falei piscando.

– Eu. – Sorriu.

– Por que você está aqui? – Perguntei me levantando, tentando buscar em minha mente alguma possível reunião que Oliver pudesse ter com Ray Palmer, e que eu tivesse esquecido.

– Eu estou bastante interessado na QC. – Explicou. – Estava com esperanças de encontrar Oliver Queen. - Estendeu sua mão em cumprimento, a encarei por alguns segundos antes de estender a minha. – É um prazer revê-la Felicity. – Sorri em resposta e puxei discretamente minha mão quando percebi q passaram-se alguns segundos do que seria considerável um aperto de mão amigável, entretanto notei certa resistência por parte de Ray, e passei a me perguntar como poderia puxa-la novamente sem soar mal educada.

– Ela precisa de sua mão. – A voz de Oliver surgiu ao meu lado. Ray piscou surpreso e soltou minha mão. Encarei Oliver que mostrava agora curiosidade e aborrecimento em sua expressão.

– Ray Palmer. – Tornou a estender sua mão dessa vez para Oliver, que a analisou e por um momento temi que a ignorasse, mas o único sinal de sua irritação foi um comprimir de lábios antes de aperta-la.

– Oliver Queen. – Respondeu. Então me encarou. – Vocês se conhecem?

– Sim. – Ray falou ao mesmo tempo em que eu dizia não, Oliver me encarou com um sorriso irônico e cruzou os braços, voltando-se para mim.

– Não. – Repeti. Ele ergueu uma sobrancelha. - Quero dizer, sim, mais ou menos. – Atrapalhei-me com as palavras. – Nos conhecemos algumas semanas atrás, na loja de conveniência perto de casa, ele está aqui... – Franzi o cenho. – Por que você está aqui? – Encarei Ray que parecia atento a minha pequena conversa com Oliver.

– Hum... Eu? – Sorriu parecendo surpreso por eu ter feito tal pergunta. – Eu vim falar com você. – Explicou agora para Oliver. – Tenho grande interesse em sua empresa Mr. Queen. – Repetiu.

– Eu posso ver. – Oliver falou em tom baixo. – Mas não me lembro de ter nenhuma reunião marcada para hoje... – Lançou-me um olhar avaliativo. – Tenho Srtª Smoak?

– Não Mr. Queen. – Respondi a sua provocação. – Mas eu posso acompanhar Mr. Palmer para a sala de reuniões...

– Não. – Negou prontamente. – Podemos conversar aqui. – Completou indicando para que Ray sentasse em uma das poltronas, eu assenti e voltei para minha mesa, imaginando que ficar seria considerado uma provocação de minha parte já ele visivelmente estava com ciúmes, não que ele fosse admitir. A pequena reunião não demorou muito, Ray passou com um pequeno aceno por mim.

– Até mais Felicity. – Sorri embora entranhasse a ênfase aplicada à frase. Levantei-me e fui até Oliver.

– Então? – O encarei aguardando uma reposta. Ele se levantou e caminhou até que nossos corpos ficassem apenas alguns centímetros de distância.

– Então... – Seus olhos estavam focados nos meus lábios, tentei ignorar a já esperada reação automática do meu corpo a ele. E encarei sua gravata, pois eu tinha certeza que se eu encarasse seus olhos e visse desejo neles, eu me deixaria levar.

– O que aconteceu? – Perguntei tentando ser mais clara. Ele desceu sua mão pelo meu braço, em uma caricia suave que levou arrepios, até encontrar minha mão.

– Deixei claro que não estou interessado em nenhuma proposta por minha empresa. – Respondeu prontamente. – Por que você não me falou sobre ele?

– O que havia para falar? – Perguntei. – Para se sincera não me lembrava de ter o conhecido até que ele apareceu aqui hoje. – Confessei. – A única coisa que me lembro daquela noite é de nós dois em minha cozinha, e mais tarde em meu quarto, toda a noite. – Respirei fundo quando imagens vívidas daquela noite explodiram em minha mente, esperei alguns longos segundo até que julguei ser seguro encara-lo. Ergui meus olhos até os seus, julgando estar mais calma, meu erro. Sua expressão era de um homem faminto, seus olhos desciam pelo meu corpo, e mesmo que o único contato que tivéssemos era de sua mão na minha, uma descarga elétrica atingiu todo meu corpo a partir daquele ponto de união. – Oliver? – Sussurrei. Seus olhos pareciam mais brilhantes, algo escuro abalando seu típico controle. Se curvou até que sua boca encostou em minha orelha.

– Eu estou pensando nas várias maneiras que posso fazer para que você esqueça que ele esteve aqui. – Toquei em seu braço, segurando o tecido de seu terno, pronta para pedir para que ele fizesse exatamente isso, quando o bom senso me atingiu, estávamos em seu escritório, cujas salas eram todas de vidro, um designer elegante, mas que infelizmente não dava privacidade, dei um passo hesitante para trás, afastando-me dele.

– Não agora, e principalmente não aqui. – Falei lançando um último olhar antes de me afastar. Não houver outra oportunidade para ficarmos sozinhos, entre saímos da QC e irmos para o Verdant, conversamos apenas sobre assuntos relacionados à próxima abordagem de Slade, Oliver passou as seguintes horas apenas colhendo informações nas ruas, quando decidimos dar a noite por acabada eu fui para casa na frente, enquanto ele precisava passar em sua casa, prometendo ir ao meu apartamento logo em seguida.

Esses dias Oliver têm passado muito pouco tempo em sua casa, menos do que o normal, parte da culpa poderia ser atribuída a mim, já que não teve um dia na última semana que não dormimos juntos. Assim que cheguei em casa fiz minhas atividades de rotina e liguei a televisão esperando por ele, quando a campainha tocou ergui-me em um salto, já em expectativa, Oliver havia se tornado um vício, um que eu não queria me livrar, porém quando abri a porta observei surpresa Thea me encarar com os olhos inchados, marcas de lágrimas em suas bochechas, com o brilho de outras em seus olhos.

– Posso entrar? – Sua voz saiu rouca. Não respondi, apenas a envolvi em um abraço apertado, ela me devolveu o abraço, as lágrimas que segurava descendo. – Ele terminou comigo. – Confessou. Afastei-me para fechar a porta e ela caminhou até o sofá se jogando nele. – Ele simplesmente chegou e falou que queria terminar, eu não levei a sério, eu neguei, o ignorei e continuei a trabalhar, mas no fim da noite ele havia sumido, e eu fui procura-lo, então eu o encontrei com essa garota, e estava tão óbvio que ele fez de propósito...

– Thea... – Suspirei descontente, Thea estava tão fragilizada.

– Algo está errado com ele Felicity, - Interrompeu-me. - Ele vem agindo estranho, eu quero ajuda-lo, mas como posso ajuda-lo se ele não deixa? Se ele não me diz o que está acontecendo? – Eu queria poder conforta-la, dizer que estava tudo bem, que ele logo falaria com ela, mas Roy era tão cabeça dura quanto Oliver, e eu não podia falar nada que não revelasse sobre o que realmente estava acontecendo. Com um suspiro alcancei meu celular, dei um leve aperto em sua mão e me levantei. – Vou pegar algo para você beber.

– Eu já estou indo. - Balançou a cabeça em negativa. – Olie vai chegar a qualquer momento...

– Ele não vem. – A interrompi. – Você pode dormir aqui. – Falei antes de ir até minha cozinha. “Fique em sua casa hoje. Thea precisa de mim.” Digitei rapidamente. Fui rapidamente até meu armário e peguei duas garrafas e ergui para que Thea visse. – Vodca ou tequila?

– Ambos? – Perguntou tentando gracejar.

– Vamos começar por vodca. – Pisquei. – Se ela não der conta chamamos a tequila. – Brinquei, ela sorriu brevemente, voltei para pegar os copos.

– Você poderia me falar algo sobre seu dia. – A escutei falar. – Eu sei que pela crença popular deveríamos está falando mal dele, mas eu prefiro me distrair agora, do que falar sobre o fracasso que foi o fim do meu namoro.

– Humm. – Procurei em minha mente um tópico seguro que eu pudesse discutir com Thea, nada envolvendo Roy seria seguro, que eu não votaria em sua mãe seria péssimo, e que havia virado amiga da ex de Oliver não seria muito bom, já que Thea pensava que Sara estava morta.

– Ray Palmer estava na QC hoje. – Escolhi o que parecia ser o tópico menos... Complicado.

– Sério? – Perguntou entrando na cozinha. – Oliver deve ter pirado.

– Por quê? – Perguntei entregando um copo e enchendo.

– Por que ficamos conversando sobre o quanto quente ele é. – Lembrou-me.

– Isso foi você. – A acusei. – E ele meio que pirou. - Concordei. – Mas foi por que eu deixei de falar que o havia conhecido antes.

– Como assim havia o conhecido? – Perguntou surpresa.

– Acho que me esqueci de te contar também. – Falei antes de tomar minha própria dose. – Foi rápido, em uma loja de conveniência aqui perto. – Ergui minha mão a interrompendo, quando abriu a boca. - Nada escandaloso.

– De qualquer jeito quero todos os detalhes de hoje. – Falou voltando para sala, assenti sabendo que não tinha como vencer e que ela merecia um pouco de fofoca hoje, senti meu celular vibrar e notei que havia recebido uma nova mensagem.

Ela está bem?”

Com o coração partido. Roy terminou o namoro.” Respondi. Não demorou muito e chegou à resposta.

Amanhã falarei com ela. Boa noite.

Encarei o celular vendo sua reposta, pensei em como poderia responder, sentirei sua falta? Bons sonhos? Digitei “Eu te amo”, quase sem perceber, olhei descrente para a tela, não havíamos chegado a isso ainda, não parecia sempre achei que demoraríamos, e ainda assim eu havia digitado, meneei a cabeça tentando pensando que talvez assim essas palavras saíssem da minha mente, então com um suspiro apaguei a mensagem, passei a digitar novamente e enviei outra em seu lugar.

Boa noite.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aguardo o feedback e já peço desculpas por quaisquer erros. Xoxo LelahBallu.