Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 12
Capítulo 11 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui está um novo capítulo. Obrigada a todos vocês pelos incentivos que são seus comentários. Espero que gostem.



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Suspirei em meio ao sono que se desvanecia, um sorriso se formou lentamente em meus lábios quando senti seus lábios em meus cabelos, sua mão fazendo movimento em círculos em minha coluna. Seu cheiro impregnando minha mente.

– Bom dia. – Escutei sua voz rouca sussurrar em meu ouvido. Levantei meu rosto encarando os mais incríveis olhos azuis que eu havia conhecido. Pisquei ainda com sono.

– Bom dia. – Devolvi. Seus lábios estavam dominados por um largo sorriso que fez com que meu coração palpitasse rapidamente. Mordi os lábios sem ter certeza de como agir agora que demos esse passo, agora que havíamos atravessado essa tênue linha de amigos para amantes. Olhei para baixo e corei ao notar que ainda estávamos despidos, desconforto me dominando.

– Hei. – Chamou minha atenção em tom suave puxando meu lábio inferior. – Não pense muito. – Pediu.

– Você diz isso para mim, que não consigo manter minha mente parada. – Ri constrangida enquanto puxava o lençol junto ao meu corpo com mais firmeza, ele notou a insegurança em meu gesto. Analisou as linhas enrugadas do lençol e me encarou com firmeza.

– Eu sei uma maneira de mudar isso. – Comentou com um sorriso malicioso antes de me puxar para baixo do seu corpo separando minhas pernas com a sua. Estremeci com o contato imediato, seu sorriso não poderia ser mais depravado quando sua boca deslizou pelos meus seios agora expostos, mordiscando e lambendo cada centímetro da minha pele, não pude evitar emitir um suspiro de prazer quando sua trajetória seguiu pelo meu ventre até a parte mais sensível do meu corpo, os músculos das minhas coxas se contraíram no momento em que ele chegou ao seu destino, meu corpo se esticou à medida que com a língua ele me levava para uma nova onda de prazer, que dominou todo meu corpo.

[...]

– Para onde você está indo? – Perguntou mais tarde quando me levantei. Segurou meu pulso impedindo que eu saísse.

– Tomar um banho. – Soltei-me rapidamente e me virei com a mão erguida. – Você não vai me acompanhar. – Protestei sabendo suas intenções antes que ele tivesse a oportunidade de sair da cama.

– Por quê? – Perguntou com surpresa genuína.

– Por que se formos juntos pra lá... – Apontei ao banheiro. – Vamos acabar juntos aqui. – Apontei agora a cama. – E não temos tempo para isso.

– Eu te dou o dia de folga. – Sorriu.

– Oliver. – O repreendi, ele suspirou e assentiu relutante voltando a se deitar de bruços, eu poderia ter aproveitado a chance e caminhado rapidamente para o banheiro, mas tomei meu tempo analisando o corpo masculino, desejo novamente me dominando, não pude fazer outra coisa se não me aproximar novamente e beijar suas costas, senti seu corpo estremecer enquanto eu seguia roçando de leve os lábios pela sua coluna, passando pelo ombro, chegando a base da nuca, onde mordisquei de leve. – Mais tarde. – sussurrei antes de partir. Escutei um rosnado baixo, e senti-me levemente culpada por deixa-lo assim. Quando saí novamente ele já não estava no quarto, me apressei em me vestir e o encontrei na cozinha, vestindo apenas sua calça caída nos quadris, obriguei-me a encarar seu rosto e notei que me olhava fixamente.

– Desse jeito não vamos sair da sua cama. – Murmurou em tom rouco. – E não estou protestando.

– Você poderia arrumar suas roupas, então não seria um problema. – Retruquei me aproximando.

– Duvido. – Respondeu antes de se inclinar para me beijar rapidamente. – Estou fazendo o café. – Confidenciou. Sorri internamente sabendo que ele estava pensando em nossa discussão sobre eu nunca levar café para ele novamente. Já ia fazer uma piada sobre o assunto quando a campainha tocou, franzi o cenho imaginando quem seria, Oliver pareceu também confuso, e passou a sair da cozinha, me toquei que ele pretendia atender a porta vestido, ou melhor, despido daquela maneira.

– Oliver. – O chamei correndo até seu lado, segurei seu braço impedindo que ele fosse além.

– O quê? – Perguntou alheio.

– Você poderia esperar no quarto? – Perguntei corando.

– Felicity, você está tentando me esconder? – Perguntou com raiva. – Nos esconder? – Foi mais claro.

– Sim. – Respondi. – Quero dizer não, eu não sei. – Confessei. – Eu não sei como vamos lidar com as sobrancelhas erguidas quando mostrarmos que somos um casal. – Então percebi o que havia dito. – Eu não estou dizendo que somos um, ou assumindo que você quer que sejamos. Digo, você pode muito bem estar arrependido ou não quiser algo mais sério, não precisa se sentir pressionado apen...

– Felicity. – Interrompeu-me segurando meu braço. – Nós somos um casal. Não tenha dúvidas sobre isso.

– Oh. – Foi tudo que consegui emitir.

– Você vai atender a porta? – Apenas quando ele perguntou, notei que a campainha ainda soava frenética, a pessoa por trás soava desesperada, e foi notando isso que encarei novamente Oliver.

– Vá colocar sua camisa. – Exigi. Ele me encarou sem paciência. – Pelo desespero, eu duvido que seja minha vizinha atrás do seu gato, eu tenho certeza que é sua irmã. Coloque suas roupas, eu não vou lidar com Thea com você seminu. – Ralhei. Ele assentiu em concordância e se afastou, tomei uma inspiração e finalmente abri a porta do apartamento, e como previa encontrei Thea me encarando em um misto de preocupação e fúria. – Thea... Nossa. – Falei quando ela se jogou em meus braços me abraçando.

– Por que você não atende o celular? – Perguntou quando se afastou. – Tem ideia do quanto eu estava preocupada? Apenas quando eu cheguei em casa soube do que havia acontecido com você... Oliver? – Virei meu rosto na direção do seu olhar.

– Oh Graças a Deus está vestido. – Fechei meus olhos quando percebi que havia falado alto.

– Vocês dois... – Thea nos encarou de um para o outro, então um largo sorriso se estendeu pelo seu rosto. – Roy está me devendo 50 pratas.

– Vocês estavam apostando na gente? – Perguntei incrédula.

– Sim. – Concordou, para então abraçou seu irmão. – Eu sabia que você não era um completo idiota. – Oliver respondeu com um aceno forçado e uma careta, Thea não chegou a vê por que já havia virado para mim, ela alcançou minha mão e me puxou até o sofá. – Eu fiquei sabendo hoje sobre o ocorrido, como você está?

– Estou bem. – Respondi com sinceridade.

– O que você estava fazendo lá Felicity? – Perguntou entre aborrecida e ainda preocupada. – Por que aquele louco estava lá?

– Eu não sei. – Menti. – Eu estava em busca de alguns papéis importantes que iria trazer para aqui e ele apenas... Apareceu.

– Por que você não me contou ontem? – Reprendeu Oliver que voltava da cozinha com duas canecas. – Eu notei que você estava abalado, não tinha ideia que fosse algo envolvido com Felicity.

– Já passou. – Oliver limitou-se a responder. – Aquele lunático não será mais um problema. – Acrescentou me entregando uma das xicaras.

– Eu sei. – Acenou. – Eu soube que o arqueiro o matou.

– Ele me salvou. – Interrompi lançando um olhar rápido para Oliver. Então me ergui rapidamente. – Eu estou atrasada, Oliver já estava de saída, ele precisa ir para sua casa e se trocar. – Falei encarando-o com um sorriso.

– Você está me expulsando. – Acusou-me.

– Sim. – Confirmei. – Ambos. – Thea reagiu indignada, levantou-se de pronto e cruzou os braços.

– Eu vim aqui preocupada com sua segurança e seu emocional e você me expulsa. – Lançou-me um olhar exasperado. – Eu sou sua melhor amiga Felciity.

– Poderia ser pior. – Oliver comentou aproximando-se dela e empurrando seu ombro. – Você poderia ser o namorado. – Os olhos de Thea iluminaram-se ao escutar o que ele dizia, meu coração por sua vez falhou uma batida ao escutar o termo.

– Namorado? – Thea que não gostava de deixar passar nada perguntou.

– Na verdade. – Tomei voz. – Eu não me lembro de ter havido um pedido.

– Eu lembro. – Aproximou-se de mim, seu tom de voz baixando. – Eu estava no meio...

– Thea! – Falei puxando seu braço e a afastando, antes que Oliver pudesse falar mais alguma coisa. – Por que não marcamos um almoço hoje, só nós duas?

– Por que eu não posso ir? – Oliver perguntou de onde estava.

– Por que, sem dúvida nenhuma, iremos falar de você. – Thea explicou, então me encarou. – Se eu não me engano você está me devendo uma noitada entre garotas.

– Estou?

– Sim. – Respondeu. – Você disse que iria passar uma noite lá em casa.

– Por que você não vem aqui? – Sugeri. Agora com Moira na mansão eu não me sentia muito a vontade de passar a noite lá, doava como uma péssima ideia. Thea me observou por alguns segundos não gostando de fato da sugestão, mas encolheu os ombros concordando.

– Mas terá que ser hoje à noite. – Avisou.

– Você não quer ter um tempo com sua mãe? – Perguntei insegura.

– Eu amo minha mãe, e eu não poderia estar mais feliz por ela finalmente estar livre. – Suspirou. – Mas eu acho que podemos curtir sua liberdade aos poucos, sem enjoarmos uma da outra.

– Está bem. – Concordei. – Terei tudo pronto.

– Ótimo! – Sorriu contente. – Vamos Olie?

– Vá na frente. – Pediu. – Logo te alcanço.

– Entendi. – Meneou a cabeça. – Mal posso espera para contar a Roy. –Falou antes de beijar meu rosto e sair.

– Eu não tenho certeza se gosto da ideia de minha aqui hoje à noite. – Parou em minha frente suas mãos envolvendo minha cintura aproximando-me de si.

– Não vamos falar de você a noite toda. – Brinquei. – Só parte dela.

– Não poderei te vê hoje à noite. – Reclamou. Inclinou-se sua boca roçando meu ouvido. - Você disse mais tarde.

– Desculpe. – Murmurei antes de me erguer e beija-lo suavemente. – Vamos ter que adiar mais um pouco. – Inclinei minha cabeça esperando sua reação, seus olhos varreram meu rosto e sua boca tomou posse da minha, em um beijo mais quente e profundo, agarrei-me a sua camisa enquanto sua mão deslizava pela lateral do meu quadril.

– Ei. – Escutei a voz feminina interromper. – Desculpe. – Thea pediu, mas quebrou seu semblante sério com um sorriso. – Mas se você ainda quiser carona Olie... – Oliver assentiu a contra gosto os lábios forçando um sorriso. – Tchau Felicity. – Thea piscou quando Oliver plantou um último beijo e saiu com passos largos. – Até mais tarde.

É claro que eu o encontrei mais vezes depois disso, no escritório onde sem ao menos termos falado nada John já havia dado conta do nosso novo status e nos dado os parabéns com um leve sorriso. Já que havíamos marcado nos encontrarmos a noite, o almoço com Thea havia sido cancelado, então almoçamos juntos no escritório, pedimos comida italiana e a desfrutamos até o momento em que Isabel entrou, alegando precisar urgentemente de minhas funções, Oliver a lembrou que eu trabalhava para ele, mas insistiu dizendo que sua assistente havia tido algum problema de saúde insignificante e não havia tido tempo de substitui-la. Com isso nos vemos novamente mais tarde na toca, estávamos conversando com John sobre a loira misteriosa quando eu finalmente dei-me conta do que coincidia com a suas aparições, sem pestanejar comentei com Oliver sobre minhas suspeitas, ao ouvi-las ele imediatamente foi até ao apartamento de Laurel vigia-la, não demorou muito e com uma armadilha ele a pegou, apenas para descobrir que se tratava de Sara Lance.

– Felicity? – Thea me chamou em tom urgente. – Você está bem? Faz tempo que a chamo, já estamos quase no final do filme e parece como se você não tivesse notado nada.

– Eu estou bem. – Murmurei. –Só algo que aconteceu na empresa. – Optei por uma meia verdade, já que estava gastando todo o meu saldo de mentiras com Thea.

– Eu não acredito. – Meneou a cabeça deixando de lado o pote com pipoca. – Isabel Rochev novamente?

– Sim. –Assenti. – Mas não se preocupe, eu sei lidar com ela.

– Oliver não pode deixar essa mulher te tratar desse jeito. – Reclamou. – Ela é uma vaca.

– Thea ela age dessa forma por que suspeita que eu e Oliver tenha alguma coisa. – Falei – Isso antes mesmo de acontecer, ela acha que eu sou apenas mais uma empregada usando o chefe para subir na empresa.

– Ela é uma vaca. – Rafirmou.

– Eu sei lidar com ela. – Falei convicta.

– Algo me diz que não é só isso. – Negou. – Você e meu irmão estão bem? Por favor não vá me dizer que o namoro de apenas um dia...

– Ainda não fez 24 horas – Corrigi. – Ele me “pediu” em namoro pouco antes de você chegar.

–... Já está com problemas. – Continuou.

– Estamos bem. – Falei agora sem convicção, esta noite, quando ele retornou para a toca ele estava muito abalado, ele havia nos escondido que Sara não havia morrido na noite do naufrágio, que ela esteve na ilha, quando ele finalmente falou ele estava exaltado, não chegou a ser uma briga ou discussão, mas o ambiente estava no mínimo tenso.

– Você tem certeza? – Buscou em meus olhos a resposta.

– Sim. – Menti. Pois eu não tinha certeza, por que apesar de tentar me convencer que a chegada de Sara Lance não mudaria nada em meu recente relacionamento com Oliver. Eu não conseguia tirar da minha mente que eu estava errada.


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Notas finais do capítulo

Se houver qualquer erro eu peço desde já desculpas, fico no aguardo pelos comentários... Xoxo LelahBallu.