Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 11
Capítulo 10 - Sinto muito


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, eu não acho que cheguei a avisar aqui, mas eu viajei (Férias), hoje estou postando um capítulo, domingo tem mais :)
Dedicando o capítulo para "Mica" que fez uma recomendação adorável, e para as meninas do whats que acompanham...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458505/chapter/11

– Ah ai está você. – Levantei meus olhos do tablet e encontrei o olhar crítico de Thea. – Uma semana Felicity, uma semana sem você sequer mandar uma mensagem. – Reclamou parando em frente a minha mesa.

– Estou admirada por você ter demorando uma semana para reclamar. – Sorri.

– Nós brigamos e eu esqueci? – Perguntou com o olhar carrancudo.

– Sabe, quando você faz esse olhar fica exatamente igual ao seu irmão. – Comentei. – Exceto por não ter seus músculos, enormes braços e está sempre com o peito desp...

– Felicity!

– Isso também é bem característico dele. – Acrescentei.

– O que aconteceu? – Perguntou se sentando. – Por um momento pensei que teria que agendar um encontro com você.

– Ok. Isso é um exagero. – Apontei. – Desculpe Thea, só tem sido uma semana e tanto...

– Eu sei, sempre é uma semana e tanto, mas amanhã começa o julgamento da minha mãe. – Lembrou. – E eu preciso da minha melhor amiga.

– Eu tive que viajar. – Confessei. – Oliver tinha que visitar as instalações de uma sede na Rússia. – Não acrescentei que tivemos que colocar nosso amigo em uma prisão de segurança máxima para que ele liberasse sua ex-mulher que ao que parece ainda ama.

– E só estou sabendo disso agora? – Perguntou estranhando.

– Desculpe. – Repeti. – Tem sido um caos.

– Ok. – Suspirou. – Eu te perdoo, mas você tem que me responder uma pergunta. – Pediu.

– Claro. – Concordei já me arrependendo, pois eu nunca poderia ser 100% sincera com Thea.

– Como estão as coisas com meu irmão? – A observei um momento, ela parecia genuinamente animada e ansiosa. – Essa viajem os aproximou mais?

– Estamos... Em pausa. – Confessei. – A viajem a Rússia realmente foi um caos Thea. – Falei quando observei seu olhar aborrecido. Era verdade, entre todas as preocupações com a segurança de John e os constantes olhares reprovadores de Isabel não tivemos muito como pensar em nós, principalmente quando Rochev parecia decidida em levar Oliver para sua cama, não fiquei surpresa, apesar de pensar que ela o odiava, mas suas intenções eram óbvias, temi que Oliver aceitasse suas provocações e que para acabar com as insinuações dela sobre nós dois ele dormisse com ela, mas quando fui ao seu quarto de hotel informar sobre as últimas notícias de John pude vê-lo recusando sua oferta “discreta”.

– Felicity. – Encarei firmemente Thea que parecia hesitante em fazer à próxima pergunta, mas respirou fundo tomando coragem. – Você acha que minha mãe pode ser perdoada? – Foi minha vez de respirar fundo com sua pergunta, era um assunto que eu evitava falar, eu estava naquela noite, eu estive morta de medo do que poderia me acontecer na nossa base, e quando sai de lá pude vê o quão destruído tudo estava, quantas mortes e feridos, quantas casas e empreendimentos perdidos, quantas vidas perdidas, tudo pela ação de um homem, e querendo ou não, apesar de arrependida, Moira havia participado disso.

– Eu não sei Thea. – Respondi finalmente.

– Você a perdoaria? – Perguntou séria.

– Eu não sei. – Repeti. – Eu sou próxima a vocês, a Oliver e você, eu posso entender o porquê dela ter permanecido em silêncio por tanto tempo. Por estar próxima, eu me sensibilizo com a sua causa, mas se fosse alguém da minha família, se fosse alguém que eu amasse entre os 503 mortos, eu sinceramente não sei se poderia perdoar. – Falei sincera. – Mas eu também sei que isso é culpa de Malcolm Merlyn.

– Eu entendo. – Suspirou. - Eu não a culpo em pensar assim.

– Thea! – Oliver sorriu ao entrar na sala e encontrar sua irmã. – O que você está fazendo aqui?

– Visitando minha amiga, já que você monopoliza seu tempo. – Reclamou.

– Isso não é verdade. – Defendeu-se.

– Para ser sincera ela está certa. – Falei ganhando um de seus olhares. – O quê? De um jeito ou de outro você me mantêm presa a você. – Soltei.

– De um jeito ou de outro? – The me encarou interessada.

– Não íamos descer e tomar um café? – Perguntei me levantando tentando faze-la mudar de foco.

– Felicity. – Encarei Oliver que tinha um sorriso mínimo nos lábios. – Já está no horário do almoço.

– Oh. – Corei. – Certo, vamos almoçar Thea.

– Claro. – Concordou. – Você vem Olie?

– Acho que já monopolizei Felicity demais. – Falou em tom acusador.

– Não seja criança. – Thea o provocou. – Você pode vir conosco, ou ficar aqui enquanto eu e Felicity conversamos sobre Ray Palmer.

– Quem é Ray Palmer? – Franzi o cenho, enquanto Oliver movia-se inquieto.

– Este é Ray Palmer. – Thea falou pegando uma revista em sua bolsa que conseguia ser grande e bonita ao mesmo tempo e jogou sobre a mesa mostrando a foto de um moreno vestido em terno, eu tinha que concordar que ele preenchia o terno perfeitamente.

– Este Ray Palmer. – Repeti ainda admirando a foto. – Será que ele é tão alto como aparenta?

– Eu tenho certeza que cada músculo nessa foto condiz com a realidade. – Thea concordou.

– Humm. – Foi tudo que emiti.

– Eu vou com vocês a esse almoço. – Escutei Oliver falar atrás de mim.

– Ele está entre os solteiros mais sexy? – Perguntei lendo o título da revista.

– E ricos. – Thea acrescentou.

– Felicity? – Escutei Oliver proferir meu nome em tom de advertência, mas apenas para provoca-lo fingi não escutar.

– Os olhos deles são incrivelmente escuros. – Falei tentando esconder meu sorriso sabendo que Oliver estava prestes a perder a paciência e que Thea estava adorando.

– Foi exatamente o que pensei. – Thea falou, pude escutar seu sorriso por trás das palavras. – E esse rosto?

– É um belo rosto. – Concordei.

– Fe-li-ci-ty. – Virei-me prontamente, pois quando ele soletrava meu nome daquela maneira a coisa já havia atingido um nível que eu não poderia prosseguir.

– Almoço? – Perguntei em tom inocente.

– Almoço. – Concordou. Saímos com Oliver ainda irritado com nossa conversa sobre Ray Palmer e Thea não escondia sua diversão, procuramos um local mais intimo e escondido, pois com a aproximação do julgamento de Moira, Oliver e Thea estavam sendo cada vez mais assediados pela imprensa.

– Roy está a caminho. – Thea avisou.

– Espero que ele esteja fora de problemas. – Comentei.

– Eu não sei. – Thea suspirou. – Ele tem uma nova amiga, Sin, ela é uma pessoa legal, mas eu acho que os dois estão se metendo em encrencas. – Lancei um olhar para Oliver, sabíamos exatamente do tipo de encrenca que Roy estava se metendo.

– Talvez você só esteja se preocupando muito. – Oliver sugeriu. Thea apenas assentiu ainda em dúvida.

– Eu estava pensando se você não queria dormir em casa hoje. – Thea falou, demorei alguns segundos para perceber que era comigo que ela falava.

– Eu? – Pisquei surpresa.

– Sim. – Afirmou. – Apesar de quase nunca estar lá Oliver até onde sei ainda mora em casa. – Falou lançando um olhar debochado para o irmão.

– Eu acho uma boa ideia. – Oliver comentou com um sorriso.

– Não. Você não acha. – Ele me encarou em um misto de confusão e diversão.

– Por que não Felicity? – Thea perguntou igualmente confusa. Fiquei em silêncio procurando por uma razão válida que não fosse “Estarei rastreando alguns bandidos e uma loira misteriosa que ajuda seu irmão sem nenhuma razão aparente.” Ela notou meu desconforto e emitiu um suspiro descontente. – Ok. Se não pode ser hoje... podemos marcar outro dia.

– Outro dia soa como uma boa ideia. – Concordei. Eu não sei até quando conseguirei ocultar essa parte da minha vida de Thea, para Oliver deve ser mil vezes pior.

– Você não poderá desmarcar. – Avisou.

– Não vou. – Prometi. Ela me encarou por mais alguns segundos certificando-se se minha promessa era verdadeira, e pareceu ter uma resposta positiva, pois se encostou-se à cadeira com um sorriso contente, Roy não demorou a chegar e o ambiente ficou mais leve a medida que conversávamos. Quando terminamos eu e Oliver voltamos para a QC apenas para sair poucos minutos depois e irmos ao Verdant, apesar dos meus protestos foi uma noite calma, o que me fez ganhar um olhar carrancudo de Oliver que havia repetido inúmeras vezes que ele e John dariam conta essa noite sem mim, e que eu poderia muito bem ter remarcado com Thea. Eu balancei a cabeça em negativa, temia pelo o que John poderia fazer com meus bebês em apenas uma noite.

[...]

Entrei no elegante prédio em meio a multidão de jornalistas que circundavam a entrada, Diggle havia acompanhando Thea e Oliver por razões óbvias e eles já se encontravam dentro.

– Oi. – Cumprimentei Thea suavemente, ela emitiu um suspiro de alívio quando meu viu, eu caminhei até ela e a envolvi em um abraço. – Vai dar tudo certo. – Falei em tom baixo, ela assentiu com um sorriso forçado e voltou-se para Roy que a abraçou de leve.

– Obrigada por ter vindo. – Ela murmurou. – Estou uma pilha de nervos. – Sorri em resposta e finalmente encarei Oliver que estava ao seu lado, eu tinha vontade de poder abraça-lo livremente e tal como fiz com Thea dizer que ficaria tudo bem, mas me limitei a me aproximar e apertar seu braço de leve, ele assentiu com um sorriso e voltou sua atenção para irmã. Fiquei ao lado deles pelo tempo que podia, mas logo tive que voltar para a QC.

As horas que se seguiu o julgamento foram agitadas, tanto como assistente de Oliver, como integrante do time. A cidade estava um caos, centenas de pessoas, incluindo John estavam sofrendo do que parecia ser um surto viral. Não demorou muito e descobrimos que não se tratava de um vírus, mas sim que o Conde Vertigo havia fugido e elaborado uma fórmula mais potente do vertigo. Oliver precisava se dividir entre o vigilante e comparecer ao julgamento de sua mãe, John não podia seguir as pistas que levaria até o local onde o vertigo se encontrava, e resolvi eu mesma segui-las, uma decisão da qual havia me arrependido ao me deparar com o próprio Conde Vertigo e estar em uma situação onde para me salvar Oliver teve que matar novamente.

Após me salvar ele teve que retornar rapidamente para ouvir a decisão do juiz, enquanto eu tive que responde algumas perguntas dos policiais, detetive Lance fez de tudo para que eu fosse liberada rapidamente e após fazer uma rápida ligação para John me certificando que ele seguiria minhas instruções e que estaria bem, pude em fim ir até meu apartamento. Quando entrei em meu apartamento fui direto para o meu quarto, tocando minhas roupas por outras mais confortáveis, fui até a geladeira e peguei meu pote de sorvete favorito, uma colher e sentei no sofá as pernas encolhidas encarando a televisão a minha frente sem absorver nada, minha mente estava a mil e paralisada ao mesmo tempo, eu estava funcionando no modo automático, eu não poderia tirar da minha mente que por minha culpa Oliver havia quebrado sua promessa a Tommy, uma promessa que havia feito a si mesmo.

– Felicity. – Olhei assustada para a figura masculina em minha frente.

– Oliver. – Sussurrei. – O que? Como?

– Eu bati. – Falou ainda estático. – Mas você não respondeu então... – Engoliu em seco. - ... Eu precisava vê como você estava.

– Oh. – O encarei por mais uns segundos até me ajeitei no sofá dando espaço para ele. Ele sentou-se hesitante ao meu lado. Ficamos o que parecia ser um longo tempo em um silêncio opressor até que eu o quebrei. – Parabéns... Soube que sua mãe foi considerada inocente.

– Sim. – Ele me observou brevemente e pegou a colher que estava no pote. – Eu não acreditava que isso fosse acontecer. Obrigado. – Murmurou antes de levar o sorvete à boca.

– Oliver. – O chamei, ele me encarou e deixou o pote de lado, uma pergunta no olhar. – Sinto muito. - Murmurei.

– Pelo o quê? – Perguntou confuso.

– Eu me meti em problemas de novo e você... Matou ele. – Falei com pesar. – Você matou novamente, e eu sinto muito por ter te colocado em posição de fazer uma escolha.

– Felicity. – Sua mão envolveu a minha. – Ele tinha você e ia te machucar. – retrucou seus prendendo-me aos seus. – Não havia escolha a ser feita. – Não pude evitar um pequeno sorriso ao ouvir suas palavras, assim como não pude deixar de notar o seu, olhei para baixo encarando nossas mãos unidas e emiti um suspiro.

– Eu não posso lidar com isso Oliver. – Confessei em tom baixo. – Não falo de nossas atividades envolvendo o arqueiro, nem o perigo que ela trás. – Falei rapidamente, temendo que ele entendesse errado. – Falo de nós dois. – Conclui. – O que estamos fazendo?

– Eu não sei. – Encolheu os ombros em derrota. – O que fazemos todo dia é arriscado, o que aconteceu hoje... Deixou-me aterrorizado Felicity, e não apenas por ter matado outra vez, mas pelo o que poderia ter acontecido com você, eu não quero colocar você em perigo, mas eu não consigo me afastar de você. – Observei as emoções passarem em seu rosto, que tantas vezes escondia o que sentia, não só de sua família, mas também de si mesmo, e senti minhas próprias emoções me dominar, eu também não queria me afastar, fiquei muito tempo negando qualquer coisa entre nós dois, tentando não sentir algo por ele, que agora eu estava cansada de afasta-lo.

– Não precisa. – Murmurei por fim, o surpreendendo ao fazê-lo. – Não se afaste. Eu não quero que se afaste. – Ele ainda me encarou incrédulo por alguns segundos, analisando o que eu havia dito e o significado do que seria para nossa relação, só então senti sua mão envolvendo minha nuca e puxando-me para pousar seus lábios nos meus, a principio foi leve, uma mera carícia deixando-me alerta pelo que estaria por vim. Logo seu beijo cresceu quente e profundo, suas mãos atrevidas descendo até a barra da minha camiseta, acariciando minha barriga antes de tira-la em um rápido movimento, fazendo com que nos separássemos apenas para voltarmos a nos beijarmos. Sua atenção foi desviada até meus seios, seus olhos descendo pelo meu corpo, distraindo-me ao ponto em que eu não havia escutado o toque do meu celular, até ele repetir novamente.

– Ignora. – Pediu quando afastei meu rosto do seu encarando o celular em cima do balcão, fiquei tentada a fazer o que pedia.

– Pode ser John. – Falei tentando a todo custo ignorar sua mão que traçava com as pontas dos dedos a borda do meu soutien. - Ou pode ser engano. - Sugeri quando senti sua boca segui os mesmos contornos minha mão quase que inconsciente envolveu seu couro cabeludo impedindo que parasse. Em um piscar de olhos eu não estava mais ao alcance do celular, demorou apenas o instante entre Oliver me jogar na cama e subir seu corpo no meu para que qualquer pensamento coerente sobre o celular desvanecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Prontinho,
Para quem acompanha sabe que não faço uma cópia dos episódios, apenas me inspiro, e nem faço na mesma ordem cronológica, por isso que como nessa fic quem manda sou eu, Oliver não pega a Isabel ;) Comentem... Xoxo LelahBallu



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mr. Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.