Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 6
Capítulo 6: Ausência.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores. Estou vendo que meus seguidores aumentaram para 14, estou com 8 seguidores e estou adornado meus comentários. Tudo bem que existe alguns leitores fantasmas, mas será que esses leitores fantasmas podem pelo menos comentar ? Eu adoraria.
Acho que vocês devem descobrir a relação de Daryl, Emma e a mãe dela. - Eu ainda chamo de mãe porque não escolhi um nome.
A primeira fase da fic está acabando - pode ser primeira temporada, fase ou ate mesmo etapa, vocês quem decide. - e logo começará uma temporada com o restante dos personagens. Boa leitura.



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Fui a primeira a acordar e fiz o café. Eram ovos mexidos com ervilhas e um suco natural. Logo depois Rick, meu avô e Carl acordaram. Meu avô como sempre dispensou as ervilhas e fumou um charuto. Rick aceitou e fez Carl comer também. Me sentei com eles à mesa e fiquei ouvindo Rick e meu avô conversarem sobre suas vidas passadas. Meu avô falava sobre sua Alemanha nazista e Rick sobre sua antiga vida de xerife. Carl e eu trocávamos alguns olhares durante a conversa e depois voltávamos a prestar atenções neles. Rick contou sobre a prisão, o grupo e sobre o ataque.

– Você não tinha mulher ?. - Meu avô tragou um pouco do charuto e perguntou.

– Sim. - Rick respondeu. - Lori era o nome dela. Ela morreu quando deu a luz à minha filha que também morreu.

Assim que Rick terminou de falar isso, Carl se levantou e saiu. Saiu pela porta do fundo. Fiquei sem entender, mas pedi para Rick deixar eu falar com ele a sós. Era só uma desculpa para entender os sentimentos de Carl.

– Quer falar ?. - Perguntei sentando ao lado dele.

– Não. - Ele falou com dificuldade.

– Você não quer mesmo falar ?. - Insisti.

– Era a minha mãe. - Ele encarava o chão cheio de folhas mortas. - E ainda é ruim para mim ouvir alguma conversa sobre ela. Eu à matei e foi difícil. Ela deu luz a Judith. - Caiu uma lágrima dos olhos dele. - E hoje as duas estão mortas.

– Sabe, minha mãe também está morta. - Falei. - Ela morreu me protegendo do meu vizinho. Eu não sei aonde está meu pai. Minha avó morreu e a única pessoa que me resta é meu avô. - Suspirei. - Ele não está na melhor saúde do mundo, mas eu também não me queixo.

– Você convivia com seu pai ?. - Ele finalmente olhou para mim.

– Sim, mas foi por pouco tempo. - Lembrei do tempo em que Daryl vivia comigo. - Ele morava com minha mãe numa casa totalmente bagunçada. Depois de um dia bêbado ele e seu irmão foram pegos e presos, depois disso nunca mais vi ele.

– Deve ser difícil para você.

– Não; não é. Eu consegui me acostumar com a ausência do meu pai. E eu acho que você vai se acostumar com a ausência da sua mãe e irmã, na realidade você deve se acostumar. O mundo está terrível e você viver se apegando as coisas vai piorar ainda mais, mesmo sendo seu pai, mãe ou qualquer outra pessoa.

Carl ficou em silêncio e voltou a olhar para o chão. Eu estava contrariando minha própria logica me apegando a Carl Grimes. Eu sei que era cedo demais, mas depois que vi Carl senti alguma coisa mudar dentro de mim. Em uma das várias conversas que tive com minha mãe ela falava sobre as várias sensações que sentia quando estava perto de Daryl. Sobre as borboletas na barriga, sobre o sorriso que abria nos lábios dela toda vez que ela conversa com Daryl. Eu sentia isso por Carl.

– Você quer sair ?. - Perguntei. - Eu conheço quase toda a região.

– Não. Eu conheço um outro lugar. - Ele falou pensativo.

Não discordei e segui caminho com ele. Entramos na floresta e andamos. Não parei para pergunta onde iríamos pois Carl estava apressado demais. Depois de um tempão andando eu arrancei meus sapatos e comecei a caminhar descalça. Se ele fala-se que o lugar era fora do perímetro eu descordaria na hora.

Era a antiga prisão que Carl morava. As grades estavam no chão, zumbis caminhavam pelo pátio, as torres estavam destruídas. Eu imaginei como aquilo deveria ter sido seguro e como Carl devia ser feliz ali.

– Aqui já foi um lugar seguro. - Carl murmurou pensativo, mas deu para ouvir. Seus olhos azuis brilhavam e ele estava vago.

Quando Carl segurou minhas mãos, senti meu coração disparar. Ele andou de mãos dadas comigo ate um prédio com metade da parede destruída. Quis muito pergunta por onde iriamos, mas fiquei em silêncio. Queria sentir a pequena sensação de segurar a mão de Carl.

– Você vai primeiro. - Ele exclamou apontando para uma janela entre-aberta bem acima de nós. - Você vai ver como está lá e depois eu entro.

Revirei meus olhos e escalei a parede com a ajuda dos ferros que formavam um tipo de escada. Pela janela já dava para ver que a sala estava vazia e não havia o que se preocupar. Quando eu cheguei na sala senti o impacto dos meus pés e gemi de dor. Logo em seguida Carl subiu e observou toda à sala.

– Para onde nós vamos ?. - Perguntei.

– Para o bloco de celas 'C'. - Ele respondeu. - Está pronta, olhos azuis ?.

– Eu nasci pronta. - Rebati. Ouvir Carl me chamar de olhos azuis era perfeito.

O corredor por qual passamos era frio e aterrorizante. Era escuro e todas as celas estavam aberta. Não ouve o que se preocupar, nem mesmo os dois zumbis que passaram por nós. Carl fez questão de mata-los e economizou minhas balas. Em meio toda àquela bagunça, o bloco 'c' era o menos bagunçado. Não havia nenhum objeto jogado no chão ou qualquer quarto desarrumado.

Carl falou sobre pegar qualquer coisa e eu aceitei. Eu acho que era igual ao irmão de meu pai - Merle. Eu adorava encrenca ou ate mesmo adorava pegar coisas sem pedi. Na primeira cela que entrei senti um perfume bom. Tinha uma casa de casal bem no centro da cela e alguns preservativos no lixo. Ri imaginando o casal que deveria morar aqui. Tinha uma câmera fotográfica encima da cômoda marrom e foi a única coisa que eu peguei.

Quando sai Carl ainda não havia voltado e eu continuei minha buscas pelas outras celas. Não encontrei nada mais interessante que a câmera. A única coisa que me chamou atenção forra uma flecha no chão.

– O que você encontrou ?. - Carl perguntou depois de algum tempo.

– Uma câmera e uma flecha. - Respondi. - E você ?.

– Balas, armas e o antigo urso da minha irmã. - Ele mostrou o urso velho com um dos olhos arrancados.

– Adorável. - Comentei sorrindo.

Quando desci senti meus pés serem esmagados no chão. Voltamos nós dois completamente exaustos. Um com um urso de pelúcia e a outra; com uma câmera fotográfica e uma flecha. Meu avô estava sentado na varanda quando nós viu chegar.

– Aonde vocês estavam ?. - Ele perguntou calmo.

– Mistério. - Respondi.

Deixei minhas coisas na mochilha e desci para fazer o jantar. Preparei sopa de ervilha e meu avô comeu sem reclamar. Eu estava tão cansada que não fiquei para à conversa com meu avô e os Grimes. Eu não conseguia tirar Carl da minha cabeça. Eu sentia que alguma coisa por ele crescia em mim e tinha quase certeza do quê era.

– Estou completamente apaixonada por Carl Grimes. - Murmurei para mim mesma. - O par de olhos azuis mais lindo do mundo.


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Notas finais do capítulo

Continue comentando!.
Eu sei que este capítulo não ficou lá aquelas coisas, mas ela admitiu que ama Carl.
Teremos mais alguns capítulos. Ate domingo.



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