Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 49
Capítulo 49: Fim dos dias dourados.


Notas iniciais do capítulo

Hei, voltei, com um dia só de atraso, mas era importante. Enfim, venho comunicar que Surviving the love está acabando, faltam poucos capítulos para ela ter seu fim, então, peço que meus adoráveis leitores fantasmas me deixam pelo menos um único ''oi''. Enfim, o título do capítulo não é o tema, o título é um aviso. Obrigada pelos comentários, espero que gostem desse. Boa leitura!

Também estou recomendando uma história, de uma amiga um tanto quê conhecida minha rsrs. Aqui está: http://fanfiction.com.br/historia/544574/Made_to_Suffer/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458414/chapter/49

A luz que invadia o quarto me fez acordar um pouco tonta. Carl ainda dormia ao meu lado, seu rosto era sereno, carregava uma energia tão apaixonante quanto isso, lembranças da noite de ontem invadem minha mente, me pego sorrindo feito uma boba.

Eu não sei se Rick desconfiou de algo, se meu pai desconfiável de algo, a preocupação ficou notável no meu rosto. No mesmo momento, Carl acordou e me pegou, encarando-o o nada com o selo franzido.

– O que foi? – ele perguntou, acariciando meu rosto.

– Meu pai. Ele pode ter notado, ou seu pai... Eu não sei. – respondo apavorada, praticamente, comendo as palavras.

– Calma! – ele segura meu rosto e sorri. – Meu pai deve ter pensado que eu fui dormir e Daryl também. Ele pode ser um caipira esperto, mas ainda não entende dessas coisas.

Me conforto em abaixar a cabeça, totalmente envergonhada, mas abrindo um sorriso tensional. Ele me beija de leve, como um beijo de bom dia, e procura por suas roupas. Fico observando-o colocar suas roupas. Eu não sei o que me deu ontem, talvez uma vontade inimaginável ou puro desejo de adolescente, eu só me sentia a melhor pessoa do mundo ao lado dele.

– Eu tenho que ir. – murmurou como se quisesse ficar.

– Espere, deixe-me ver como está a casa. – em um pulo, salto da cama e vou direto ao corredor, tudo está em pleno silêncio e a porta do quartos de meus pais está fechada. – Pode ir! – digo, sorrindo.

Ele passa por mim, sorrindo, seus olhos estão tão brilhantes e intensos, parece esconder um mar de mistério. Ele me beija e vai embora. Eu ainda fico encarando o caminho que ele fez, com os olhos cheios de um brilho maravilhoso, quando vejo a porta do quarto da minha irmã se abrir totalmente.

Olho para ela, praticamente implorando com o olhar que ela não conte a ninguém. Mika sorri e balança a cabeça, se rendendo ao meu olhar, eu a olho sorrindo e mando um beijinho. Mika sabe quando deve esconder algo, é disso que mais gosto nela.

Voltei para cama, completamente encantada lembrando da minha primeira vez. Essa sim foi uma primeira vez, eu vou guardar isso para sempre, só espero que ninguém tenha notado meu sumiço no meio da noite.

Depois de um longo tempo, nos reunimos todos na mesa para o café. Papai – ainda tenho que me acostumar a chama-lo assim, foram tantas coisas que aconteceu que falar sobre eles já é um saco – está com a maior cara de ressaca e minha mãe, tranquila e alegre como sempre.

– Parece como nos velhos tempos... – minha mãe comentou colocando os copos sobre a mesa. – A mulher preparando o almoço, o homem com a maior cara de resaca e as crianças, chatas como sempre. – ela brincou.

– Eu não estou de resaca. – retrucou meu pai com a voz rouca e gélida.

– Ah, magina... Lógico que não está. – Mika revirou os olhos e ruborizou.

– Bom, chega desse assunto. O que acharam da festa de ontem? – minha mãe juntou-se a nós, finalmente, na mesa.

– Maravilhosa. – respondi depois dos comentários de todos.

– Nossa! E de onde vem tanta animação? – ela pergunta.

– Você não sabe? Carl estava aqui, por isso ela está tão feliz. – Mika respondeu, eu praticamente quis mata-la, mas levantaria muita suspeita.

Daryl, que até então estava com ambos os cotovelos sobre a mesa e a cabeça apoiada nas mãos, ergueu o olhar frio e curioso até mim. Eu sabia que a partir daquele momento estava completamente ferrada, enterrei minha cabeça no prato e engoli os pedaços de panquecas.

– Que história é essa, Emma Stonem Dixon? – ele sobressalta meu nome, me deixando ainda mais ferrada.

– É história de Mika, não é? – a encaro e ela acaba concordando. – Eu e Carl somos bons amigos.

– Mas parece que não é. – desta vez, é minha mãe quem quer me ver frita. – Os dois são adolescentes, querido! Eles já podem amar, sabia?

– Não minha filha. – ele contradisse.

– Ela também pode! – ela sobrepôs. – Emma pode fazer o que bem entende e você não pode ficar contra isso só porque é pai. Ela está crescendo e Carl é um bom garoto.

Eu não entendia como eles podiam discutir minha ’liberdade’ diante de mim. Era engraçado e ao mesmo tempo vergonhoso, nunca me vi engolir duas panquecas banhada em mel. Mais tarde, os dois saíram para seus trabalhos e eu poderia discutir sobre o que Mika fez.

Pov – Carl Grimes.

Eu me sentia realizado com tudo que aconteceu ontem, Emma abriu todas suas barreiras e finalmente pode ser feliz, comigo. Eu andava exibindo um sorriso pelas ruas movimentadas até entrar em casa. Para minha surpresa, Alex estava lá conversando amigavelmente com meu pai enquanto ela segurava Judy em seus braços, ela ficou espantada assim que me viu, desconversando bastante.

– Pode ficar! – digo, vendo seu desespero. – Eu vou ficar no meu quarto!

– Filho? – meu pai me chama ainda no meio da escada. – Você dormiu em casa?

– Não. – franzo o selo. – Eu vim para casa cedo, você que não viu. Eu vou para o meu quarto.

Me enrolei com as palavras, mas consegui chegar até meu quarto. Eu não sabia bem o que eu ia fazer em toda uma tarde aqui, mas seria melhor assim, meu pai e Alex pareciam conversar intimamente, e eu, sinceramente, gostaria de não atrapalha-los. Meu pai precisa conhecer alguém depois da minha mãe, ela passou e foi seu grande amor, mas, meu pai precisa seguir em frente.

Ficar sozinho me faz lembrar de todos os momentos em que estive no quarto de Emma. Sua alegria e seu rosto pálido,isso me faz esquecer os zumbis, as possíveis ameaças e todo o resto. Eu queria poder cuidar dela para sempre, não deixar que nada acontecesse, mas o que eu posso fazer? Sou um mero projeto de xerife, como ela própria diz.

– Carl? – ouço uma voz doce, praticamente inconfundível. A voz de Alex. – Você está aqui?

– Estou sim. – me sento na cama.

– Seu pai mandou te chamar até o conselho. – ela fala.

– E você vai ficar com Judith?

– Tem algum problema?

– Na verdade não. – sorrio. – Ela gosta de você.

– Você acha?

– Sim, ela sorri toda vez que você a pega no colo. – digo. – Bom. Eu tenho que ir.

Eu estou apenas tentando ser amigável com Alex, ela é uma mulher bem legal e era muito amiga quando eu ainda namorava Isabelle.

Procuro pelo meu pai no conselho, mas me avisam que ele está resolvendo alguns problemas em alguns pontos da cidade. O dia estava bem quente, eu já não conseguia suportar ficar ali quando encontrei meu pai conversando com Glenn e Daryl.

– Você chegou! – ele falou assim que me viu. – Estávamos esperando você.

– Eu? – repito preocupado.

– É, você. – Glenn respondeu. – Seu pai quer ensinar você a plantar algumas coisas.

Os três bebiam cervejas enquanto trabalhavam. Era normal isso aqui dentro, todos os trabalhadores dividiam os trabalhos com bebidas. Glenn estava apoiado na pé, de cabeças para baixo e Daryl cavava alguns buracos junto a meu pai.

Eu peguei uma pá e seguindo os ensinamentos do meu pai, comecei a cavar um buraco no chão. Glenn e Daryl observavam tudo atentamente, isso me fazia errar demais, ainda mais com um olhar tão estranho vindo do Dixon. Eu não sabia bem o que era, ele estava diferente demais naquela manhã.

– O que você espera?

Depois de muito esforço e vários erros, meu pai decidiu parar com o trabalho e até me deixou descansar, beber um pouco de água.

– A chuva está chegando e nós não vamos conseguir muita coisa, plantar um pouco já é bom. – o Dixon respondeu.

– ótimo. Estamos fincando nossos pés cada vez mais em boas colheitas, só espero que o maldito Negan não acabe com tudo. – meu pai falou. – Mas por que você anda tão pensativo? Está com uma pulga atrás da orelha?

– Estou pensando em Emma. – ele responde. – Ela está crescendo e começa a me dar preocupações.

– Ah, essas preocupações! – meu pai ruborizou. – Acho que são normais, todos pais tem. Quando Judy crescer, aposto que terei essa preocupação.

– Eu só espero que não seja uma garota. Não aguentaria ter essas preocupações e muito menos aguentar outra Maggie e minha vida. – Glenn fala, praticamente resmungando e todos caímos na risada.

Meu pai e Glenn são chamados para resolver algo nos muros, senti um incomodo terrível ao ficar sozinho com o Dixon. Ele me encara com frieza, parecia me decifrar ou encontrar maneiras de me matar sem que ninguém percebesse.

– Você é algo de Emma? – ele pergunta.

– Eu?! Somos apenas amigos. – tento esconder minha gaguejada.

– Eu estou perguntando para valer, muleque. – sinto um calafrio em minha espinha.

– Eu... Eu gosto dela, muito.

– E tem boas intenções com ela? – ele me interroga frio.

– Claro, claro que tenho.

Ele fica algum tempo em silêncio.

– Eu não vou com sua cara, mas você parece deixar minha filha feliz, portanto, acho que posso confiar minha garotinha em suas mãos. – ele fala, me sinto aliviado, mas decido não demonstrar. – Se você fizer ela chorar, eu arranco suas bolas.

– Vou tomar isso como um aviso.

– Que seja! – ele pega sua cerveja e vai embora, porém, dá meia volta e retira do bolso um colar. – Eu quero te dar isso como prova da minha confiança, pode parecer idiotice, mas espero que você saiba o que fazer com ele.

Encaro o colar com um único pingente e vejo o Dixon indo embora. Eu não sabia que ganhar a confiança dele trazia um peso enorme para minhas costas. Mas eu estava feliz em saber que ele finalmente aceitou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom. Terminou assim mesmo, é um dos últimos momentos de felicidade. Espero que tenham gostado. Deixe seu comentário. O que virá a seguir? Negan? Não sei rsrs. Beijos, até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surviving the love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.