Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 38
Capítulo 38: Pedido de perdão.


Notas iniciais do capítulo

Olá amoores, estou aqui!
Vim postar o capítulo hoje, mesmo com a falta de comentários, porque é necessário na minha agenda. Já escrevi o último capítulo dessa fase da história e preciso me dedicar a escrever o contexto da outra, portanto, mesmo com a falta de alguns comentários divertidos, aqui está. A fase é bastante legal, talvez a mais legal que já imaginei, mas preciso me dedicar para ela. Sobre minha outra fanfic - caso queiram saber - consegui achar um nome realmente oficial, será Angel e ela é uma antiga pediatra. Aqui está o capítulo, obrigada as meninas que deixaram comentários no capítulo passado, irei respondê-los após esse. Boa leitura a todos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458414/chapter/38

Era o dia da final ate o tempo estava à nosso favor, não houve chuva nos últimos três e dias e nem teria agora. Todo o povo estava reunido no espaço destinado para o grupo, primeiro, seria os meninos e logo depois, as meninas. A grande decisão estava em nossas mãos nada além de ganhar de Isabelle.

Acabei ficando de castigo após a briga, não podia sair de casa, apenas para treinar. Todo o povo estava animado e o pai de Lauren era quem anunciava as partidas. Não havia ameaça de zumbis nas redondezas e ate Abraham e Rosita estavam para ver a luta.

Jase, o pai de Lauren, anunciou o último jogo entre os meninos. Meu Patrick estava jogando perfeitamente bem, ele falava que eu era seu maior amuleto e que teríamos chances de vencer ambos confrontos.

– Está na sua hora! – Eu falei, largando-o um pouco. Estávamos escondidos atrás da arquibancada, já que Daryl não podia saber sobre o namoro da filha.

– Sorte? – Ele perguntou. Seu rosto todo suado e roupa também, cabelos bagunçados e olhos azuis maravilhosos.

– Sorte! – Falei confiante e o vi correr para o ‘’campo’’.

Fui ate onde Maggie e Carol estavam junto à Daryl e Glenn, mas os dois estavam prestando atenção mais no jogo. Maggie havia feito alguns exames a pedidos de Carol para saber o que tanto ela tinha.

— O medico disse que é apenas uma gripe passageira. — Ela falou entre os gritos das pessoas. — Portanto, não tenho com o que me preocupar.

— Ainda bem! — Carol comentou. — Como está se sentindo? — Ela perguntou para mim.

— Estou ótima. Quero que meu jogo chegue logo e que eu ganhe. — Eu respondi animada.

— Como você tem tanta certeza assim? — Maggie questionou com olhar de desconfiança.

— É questão de mérito, sabe... — Eu respondi.

O jogo entre os meninos estavam empatados. A final deles era de futebol; e o time de Patrick estava ganhando. Ele estava suado, mas parecia manter toda a atenção dentro do jogo, não tirava seu olhar da bola. Já Carl, estava mais leve não se importava com o que estava acontecendo.

Eu tentava manter—me atenta somente a Patrick, mas às vezes meu olhar me enganava e eu me pegava encarando Carl. Cabelo bagunçado, uma camiseta xadrez, botas quase rasgando e àquele ar de quem não sabe o que está fazendo provocava certo riso em mim.

Outro gol, desta vez foi de Carl. Ele correu para comemorar com seu time, num momento bem estranho, nós nos entreolhamos e ele sorriu para mim, foi quase inevitável guardar um sorriso como retribuição dentro de mim.

— O que foi aquilo? — Maggie me fez voltar à realidade, perguntando animada.

— O que? — Me fiz de desentendida.

— Você sorrindo para Carl? Mas vocês não estavam brigados? — Ela me puxou para sentar ao seu lado.

— Não estamos brigados, somos apenas amigos. Agora me deixa ir, eu tenho que encontrar as meninas.

As meninas estavam me esperando atrás da arquibancada, num campo de concentração. Lauren estava animada, assim como as outras garotas, eu sentia que não era apenas uma decisão e sim, uma briga com Isabelle.

A garota me atormentou bastante nos últimos três dias e não havia mais nada de honra além daquele premio. Na noite de ontem, quando fugi para ficar um pouco com Patrick, eu decidi que acabaria com a marra dela ali mesmo, diante de todos, mostrando o meu melhor que é passar por cima das pessoas.

— Você está pronta? —Mika parou ao meu lado com os braços cruzados observando os últimos minutos da partida dos meninos.

— Estou. — Respondi confiante.

O grupo de Patrick e Carl ganhou a partida, passou alguns minutos da comemoração deles ate que saíssem da sala e Jase anunciasse a partida das meninas.

Estávamos esperando na entrada do ‘’campo’’ ate que o grupo de Isabelle chegou. Ela, com ar de confiante, me fez ficar ainda mais irritada. –

— Está pronta para perder? — Ela perguntou.

— E você? Está pronta para ter sua cara jogada no chão? — Antes que ela pudesse comentar algo, os times entraram em campo.

A nossa final era de queimada em três tempos. O primeiro tempo o time de Isabelle saiu ganhando, nós conseguimos ganhar o terceiro e estávamos na decisão. Eu e Isabelle estávamos tentando queimar uma à outra, mas era quase impossível sempre outra pessoa entrava na frente e acabava com nossa alegria.

E de repente, todos param o que estava fazendo e começavam a observar alguém na arquibancada. Era Daryl. Daryl batendo em algum cara completamente desconhecido. Ele estava com tanta raiva falava coisas absurdas, o jogo parou, eu e Mika nos olhamos espantadas e Carol desceu — junto a Glenn — da arquibancada e segurou Daryl.

Eu não consegui entender o que havia acontecido, mas o jogo retornou e nós vencemos. Houve bastante comemoração, mas nada tirava da minha cabeça a vergonha que Daryl me fez passar. É claro que joguei minha vitoria na cara de Isabelle, é claro que comemorei com Patrick, mas no junto eu queria saber o motivo da confusão.

— O que aconteceu com Daryl? — Murmurei próximo à Maggie. O jogo já havia acabado, as pessoas já estavam voltando e eu estava acompanhando Maggie, Glenn e Michonne, já que Carol e Daryl estavam discutindo em casa.

— Parece que Daryl encontrou alguém parecido com Jaimes e simplesmente bateu nele. — Ela respondeu.

Daryl, mais uma vez, me fez lembrar da coisas que passei com Jaimes, de tudo que ele fez. Quando eu e Mika chegamos em casa, encontrei Daryl na sala, ele com seu olhar culpado e preocupado, deixaram—me ainda mais com raiva.

— Como pode fazer isso? — Eu perguntei, jogando a mochila no chão e parado na escada.

— Eu sinto muito. — Ele se desculpou.

— Sente muito? Nossa, obrigada Daryl, isso melhora as coisas. — Eu gritei já com os olhos carregados d’água.

— Eu perdi o controle. Não sei o que dizer. Eu sinto muito. — Ele repetiu, com a cabeça baixa.

— Você não entende, não é nada que ninguém possa dizer. A minha vida está arruinada.

— Não, não está arruinada, só estamos passando por um momento difícil, sua vida não está arruinada. — Ele me interrompeu.

— Nós? — Eu consegui segurar o choro. — Nós não fomos estuprados! — Esbravejei tão alto quanto pude. — Eu fui estuprada, não você! Nunca mais nada vai ser igual, eu sei disso, mas por favor pode parar de me fazer lembrar disso a cada segundo?

Subi para meu quarto e tranquei a porta. Eu estava tão brava e decepcionada com Daryl que só conseguia chorar e chorar. Ele não conseguia compreender o que a filha estava passando e só sabia piorar cada vez mais as coisas. Agora, eu estava sentada no chão, chorando feito uma idiota.

Eu queria pelo menos que Daryl estivesse do meu lado, mas ele só sabia ser idiota e desprezível, eu o amo, mas ele não consegue entender. Queria que pelo menos uma vez, depois de tudo que aconteceu, ele não me olhasse mais daquele jeito, eu não queria que ninguém sentisse dó de mim.

Pela noite, pedi para que Mika dormisse comigo. Eu gosto da presença da minha irmã ao meu lado, das suas ideias patéticas que me fazem rir feito idiota. A presença dela é muito especial para mim, nunca me vi tão feliz com uma irmã ao meu lado.

Eu tentei de todas as forças dormi; mas o sono havia escapado há horas. Como já era cedo, mais ou menos 5h00, decidi deixar Mika dormir com mais espaço em minha cama e desci.

Fui preparar um chá para iniciar outro dia, mas acabei deparando com Daryl, sozinho no quintal dos fundos, enrolando num cobertor tomando uma de suas cervejas.

— Daryl? — Me aproximei dele e ele levantou seu olhar. — Daryl? Você está bem?

— Lembra-se da sua primeira vez na piscina? — Ele perguntou deixando-me confusa.

— O quê?

— Eu acho que não, você só tinha dois anos. Eu lembro-me que morri na minha primeira vez na piscina, mas você não. — Ele falou encarando-me, pela primeira vez, com ternura.

— Eu me lembro. — Eu lembro-me desse dia, como uma das poucas memórias que tenho ao lado de Daryl. — Eu estava tão animada.

— Você entrou comigo na piscina e em 2 minutos já estava querendo nadar sozinha. Você tinha confiança, não era só na natação, mas em tudo. Você era assim, sem medo. — Ele deu uma pausa. — Ah, eu adorava isso. Orgulhava-me tanto e tinha medo que perdesse isso ao crescer, mas não perdeu.

Conforme Daryl ia falando, era como se cada coisa entrasse no meu coração, deixando-me ciente das várias vezes que o culpei por isso, das brigas e tudo. Ele falava com tanta compaixão, tanto amor.

— E aí eu falhei com você, era meu dever garantir que não perdesse isso, manter você segura. — Ele continuou. — E o que eu fiz? Eu deixei você perder essa confiança e eu sinto muito, eu realmente sinto muito. — Ele começou a chorar, era a primeira vez em que eu via Daryl Dixon chorar. — E se um dia vocÊ perdoar esse cafajeste, eu espero que você seja a pessoa mais feliz do mundo.

E Daryl chorava e tentava esconder o rosto, mas mesmo assim, vê-lo chorar me fez entender a patética briga entre nós dois.

— Daryl Daryl! — Eu o chamei e antes que ele virasse seu rosto, o abracei tão calorosamente. — Eu te amo.

— Eu também te amo minha filha, eu também te amo. — Ele repetiu enquanto me abraçava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam dessa briga=perdão? É bem sentimental, sentimental ate para Daryl Dixon. Eu quero deixar claro que um personagem novo chegará em breve, mas demorará muito tempo para chegar. Entendeu? Bom, nos próximos capítulos ele será revelado. Espero que tenham gostado, não deixem de deixar seus recadinhos e comentários falando sobre o que achou dessa briga. Ate o próximo (que será postado na segunda)