Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 36
Capítulo 36: Ficará tudo bem?


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores! Senti falta de algumas pessoas que comentavam a fic, mas de resto, tudo ok! Finalmente Jaimes morreu, quase pulei de felicidade ao terminar sua morte que ficou pairando na minha cabeça! E agora? Como será a reação do grupo? de Daryl principalmente?
O capítulo é meio curtinho, mas foi feito com carinho. Obrigada pelos comentários. Boa leitura.



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As palavras de Daryl me machucavam muito, ele gritava comigo enquanto os outros tentavam apagar o fogo. O corpo de Jaimes não foi atingindo. Eu queria vê-lo queimar, queria que ele sofresse ate mesmo depois da morte, mas alguém – com milhares de pernas passando à minha frente, a nitidez ficou péssima – acabou puxando o corpo dele para longe, eu não senti esse gosto.

Daryl me culpava por ter matado alguém, alguém que ele julga inocente. Ele não metia as palavras, queria me atingir e era isso que estava conseguindo. Nunca consegui ser forte enfrentando-o, mas naquele momento, parecendo impossível ou não, eu precisava.

– E o que você vai falar; Emma? – Ele gritou, me segurando pelo braço e encarando-me com fúria. – Vai me dar uma desculpa qualquer ou explicar por que você foi maníaca?

– Eu fui estuprada por esse homem. – Assim que gritei tão alto quanto ele, Daryl me soltou. Sua expressão mudou radicalmente, ele sabe muito bem que a sua filha não mente com assuntos sérios. – O homem que você julga como inocente, destruiu a vida da sua filha.

Daryl parou em choque assim como os outros. Carol começou a chorar, e todos – sem exceção de Isabelle e Alex – estavam me olhando espantados. Daryl tentou se aproximar, mas eu me afastei.

– Então... – Eu continuei. – Eu não vou inventar desculpa alguma! – Senti as lágrimas quentes passearem pelo meu rosto, eu não queria chorar naquele momento, mas era quase impossível. – Nunca mais olhe na minha cara. Eu odeio você!

Sem pensar nas consequências, eu comecei a correr sem direção. WE é grande, mas eu queria ir embora daquele lugar. Pulei um dos muros e voltei a correr sem direção. A floresta estava fria, escura e bastante perigosa, constantemente eu ouvia alguns gemidos de zumbis próximos a mim. Eu estava apenas com o taco para me defender.

Parei sem fôlego algum próximo a um lago enorme, onde boa parta da água de WE é canalizada por lá, e me joguei exausta no chão. Eu estava com tanta raiva que descontei tudo em socos no chão. Eu estava com tanto ódio de Daryl, tanto desprezo, queria nunca tê-lo reencontrado. Queria que ele morresse assim como essa dor horrível dentro de mim, mas seria muito difícil isso acontecer.

Me vi no chão, sozinha, sem amigos ou qualquer outra pessoa do meu lado. Então me levantei, eu tenho que ser forte, forte por mim. Mesmo que outras pessoas; tentasse me apoiar, ninguém nunca iria me entender. É um tipo de dor que não se compartilha, você é a única pessoa que sente.

Um zumbi apareceu, eu levantei arrastando o taco no chão ate acerta-lo na cabeça, fazendo um barulho bem estranho, também não parei e continuei a acerta-lo na cabeça ate não restar mais nada.

Comecei a caminhar pela floresta com alguns respingos de sangue no rosto, minhas mãos estavam doendo com tanta força que provoquei, mas eu só queria ficar longe de WE – o mais longe possível.

[...]

Já estava clareando e eu estava em alguma estrada. Eu estava andando pela beira, observando as árvores ao meu lado. Minha raiva não tinha passado, mas eu já tinha me arrependido de ter saído de WE, lá é um lugar seguro. Havia vários zumbis no meu caminho e mata-los foi quase impossível, eu só sou uma garotinha morrendo de medo.

De repente, ouvi um barulho de carro e senti meu coração gelar, mas não conseguir sair do lugar. O caminhão foi se aproximando ate parar ao meu lado, de lá desceu Maggie, senti um alivio no coração misturado com medo e ansiedade de voltar.

– Meu deus! – Ela exclamou assim que me abraçou. – Você está bem? Estamos feito loucos procurando por você.

– Eu... Só quero voltar. Será que você pode me levar? – Não queria chegar em algum assunto sobre Jaimes e estupros. Aquilo não estava acontecendo mais, não precisa tocar nesse assunto.

– Claro! Entre na caminhonete. Se quiser, eu posso demorar um pouco antes de voltarmos para WE. – Ela propôs entrando na caminhonete depois de mim.

– Eu só quero voltar.

Ela entendeu aquilo como um não e aceitou bem a situação. Enquanto voltávamos, eu ficava observando tudo pela janela. O tempo havia esfriado bastante, talvez estivéssemos próximo ao inferno ou alguma coisa assim. Eu só queria ocupar minha mente com alguma coisa que não fosse às cenas de estupros. Maggie estava em silencio, mas eu que sua vontade era de perguntar alguma coisa.

– Não contamos nada a Patrick, se você quiser... – Maggie falou, encarando o horizonte.

– Ótimo! Eu não quero que Patrick pense que sou um lixo. – Falei segurando o choro. Eu não queria chorar, já chega disso.

– Você não é um lixo. Não se deixe enganar por esse sentimento de ódio. O que você fez, foi o certo.

Era estranho ouvir que matar alguém era o certo. Eu esperaria qualquer outra coisa, mas alguém me apoiando em decisão a uma coisa tão grave é realmente muito surpreendente.

– Você enfrentou seu medo. Não importa o que vão dizer; ninguém nunca vai entender. –Ela completou estacionando em frente ao portão inicial.

Ainda me sentindo um lixo, saí do carro e entrei em WE. As pessoas certamente não estavam sabendo sobre o que aconteceu, e certamente, nunca iriam saber. Carol surgiu em minha frente, correndo em minha direção, ate me abraçar. Maggie estava observando aquele abraço com um sorriso no rosto, junto com Glenn.

– Não importa o que aconteça, eu vou estar do seu lado, sempre ouviu? Sempre! – Ela me abraçou confirmando a ‘’promessa’’ que me fez. Agora, eu sentia como se Carol fosse minha mãe, ou, uma substituta a nível dela. – Vamos para casa. Você precisa descansar.

Eu realmente estava cansada, eu preciso descansar. Carol me envolveu num abraço ate a nossa casa, onde Mika nos esperava preocupadíssima no sofá, assim que me viu, veio correndo me abraçar. Eu sentia falta dos abraços de minha irmã, há muito tempo não nos abraçávamos, Mika havia ficado com medo de mim.

– As coisas vão melhorar para você. – Ela sussurrou no meu ouvido antes de voltar a deitar no sofá.

Quando Daryl surgiu, pela porta da cozinha, eu voltei a me sentir um lixo. Era como se olhar dele me fizesse sentir assim, um lixo. Ele ficou me encarando próximo à porta, como se eu fosse alguma coisa que precisasse sentir dó, mas naquele momento, a última coisa que eu quero é alguém sentindo dó de mim. Ele ate tentou falar comigo, mas eu me desviei e subi correndo para o banheiro.

Fiquei sentada na beira, com os joelhos junto ao corpo, sentindo a água cair sobre mim. Eu não estava chorando, pelo contrário, eu encarava a parede com raiva. Eu queria me iludir com o que Mika falou, queria acreditar que tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Oh Daryl, assim não! Uma relação perturbada começando novamente. Bom, o capítulo termina aqui. Vou soltar uma spoiler aqui, teremos um membro novo no grupo, mas ele será revelado aos poucos nos próximos capítulos, quem descobri ganha uma viagem para Disney - se sua mãe ou pai pagar, porque eu não sou obrigada u.u
Comentários viu amores? Até o próximo!!



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