Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 31
Capítulo 31: Certas decisões.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, queria agradecer à Amélia, pela 5 recomendação, e falar que o capítulo é todo dela.
Estamos com quase 200 comentários e quando chegarmos lá, teremos 3 capítulos, isso mesmo, três capítulos, bônus. Os capítulos serão extremamente importantes na histórias, vocês irão gostar bastante, mas... só se chegarmos a 200 comentários!!
O capítulo hoje é bem relevador e tenso, digamos. Espero que vocês venham a gostar. Obrigada pelos comentários anteriores! Boa leitura ;)



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O tempo acabou mudando radicalmente, tudo isso para o enterro de Sasha e George. O que eu só vim descobrir agora era que WE tinha um cemitério organizado para os mortos daqui além da pequena capela ao lado dos túmulos.

Todos estavam reunidos na capela sob a pregação do Pastor Gabriel Stokes. A capela estava bem apertada afinal, todos ali sentiam a morte de George enquanto nós, o nosso grupo, sentia à de Sasha.

– Parece que aqui não é tão seguro. – Mika cochichou ao meu ouvido. Ela estava sentada ao meu lado, segurando minha mão e segurando uma rosa.

– Um ou dois erros! Aqui é bem seguro. – Eu também cochichei e alguém atrás de nós mandou ficarmos quietas. – Foi apenas duas mortes, mortes causadas por um problema e não sem explicação.

– Foram dois erros fatais. Duas pessoas importantes morrerão; você não acha?

– As mortes são típicas nesse mundo. Amém! – Eu, e todo o povo da capela, falou após o fim da oração.

Todo o povo começou a sair da capela e caminhando ate o cemitério. Eu andava ao lado de Mika, observando as nuvens cinza acima de nós. Era ate hilário como o tempo conseguia sentir as tristezas das pessoas.

– Nós podemos outras flores. Essa rosa é ridícula demais. – Mika sugeriu mudando seu caminho e indo ate algumas flores da capela.

– São da igreja. Não é pecado, é? – Eu me agachei ao lado dela e retirei três flores lilás.

Ao todo, pegamos cada uma três flores. Voltamos a seguir a comunidade. O lugar onde separam os túmulos ficava um pouco distante da entrada, era ate que grande esse cemitério e bem arrumadinho.

– Os mortos recebem mais flores que os vivos. – Eu tardei a falar com Mika. – Estranho você não acha?

– Um pouco. Minha mãe vivia falando que os mortos recebem mais flores que os vivos porque o remorso é mais forte que a gratidão.

– É... Sua mãe estava certa!

Gabriel continuava a falar várias e várias coisas diante dos corpos já enterrados. Um vento frio fez algumas folhas voarem e meu olhar começou segui-las. Jaimes estava afastado, o mais afastado de todos, com um olhar sínico me encarando.

Toda vez em que o olhava, lembrava-me das cenas em que mamãe e eu passamos na mão dele, tudo o que ele fez. Eu não sofreria àquilo novamente e tinha certeza disso.

– Vamos! – Ouvi a voz de Daryl. – Jogue as flores nos túmulos, meninas.

Eu e Mika jogamos as flores em ambos os túmulos. Ambos, porque os mortos precisam de paz, como disse o pastor Gabriel.

– Agora vamos, vamos tomar chocolate quente. – Carol falou próximo ao nosso ouvido.

Nós começamos a andar, mas Abraham nos chamou. Ele estava parado ao lado de Rosita e de um cara gordo que me recordo de estar descendo do caminhão.

– Precisamos falar com vocês! – Ele continuou agora, já mais firme e sem voz de choro. – Nós todos queremos vocês no comando de WE. – Rick e todo o grupo se entreolharam. – Por favor, aceitem!

– Você está aqui há mais tempo, consegue cuidar de tudo isso! Não podemos aceitar. – Rick deu um passo à frente.

– Nós insistimos. – Angelina, mulher de George, levantou chorando. – Vocês vão conseguir cuidar dessa cidade!

– Seria tão legal, já pensou? Nosso conselho cuidando dessa comunidade? - No meio disso tudo, Mika virou-se para mim e perguntou.

Revirei meus olhos e mandei Mika ficar quieta. Eu realmente estava interessada na pequena discussão que Glenn, Rick e Daryl estavam cochichando.

– Nós aceitamos. – Rick finalmente falou. – Mas teremos que tomar outras decisões. Nossas decisões!

. . .

– Mika, sai do meu quarto! – Gritei com Mika pela milésima vez.

Ela conseguia me irritar em poucos segundos e minha vontade era de meter a mão na cara dela. Nós começamos uma guerra de empurrões ate Mika cair no chão e gritar.

– Eu não posso, Carol me mandou ficar aqui! – Ela falou deitando com os pés para cima na minha cama.

– O que você acha que está acontecendo lá embaixo? - Eu perguntei.

– Além do conselho, algumas pessoas importantes aqui em WE estão lá embaixo conversando sobre o que será daqui pra frente.

– Bem que podíamos mudar esse nome. É horrível! Colocarmos sei lá, Villa. É bem mais bonito.

– Você tem ideias patéticas. Vamos criar algum jogo. Vamos imitar pessoas.

Eu ate gostava dessas brincadeiras em que inventamos alguma coisa para fazer. Mika decidiu imitar algumas pessoas do nosso grupo e, de todas, à mais engraçada foi Maggie.

– Isso mesmo querida... – Apontei para Mika e joguei uma piscadela.

– Acho que podemos descer! Não estou mais ouvindo vozes.

Eu e Mika abrimos a porta do quarto e realmente, não havia mais vozes serias e sim, pessoas rindo e conversando. Eu e ela descemos a escada correndo e pulamos no sofá, ao lado de Maggie e Glenn.

– E como ficou decidido? – Perguntei para Maggie. Glenn não iria nos contar nada porque ele e todo o conselho ficam em silêncio.

– Eles... – Glenn olhou firme para Maggie. – Eu não posso falar! Mas vocês vão perceber isso.

– Garotas... Nós vamos fazer um comunicado aos moradores daqui. Eu quero vocês duas bem quietinhas aqui, ouviu? – Carol falou nos intimidando e nós concordamos com a cabeça. – Meninas adoráveis!

Agora ficará bem comum Carol e Daryl saírem para fazer comunicados. Eles eram responsáveis por isso. Agora, eles não tinham mais duas garotinhas para cuidar e sim, uma comunidade.

Eu e Mika estávamos sozinhas em casa. Mika estava preparando um lanche na cozinha enquanto eu pensava em milhares de coisas. Alguém bateu em nossa porta e quando fui abrir; Patrick me surpreendeu com um beijo.

– Patrick... – O repreendi apontando para Mika, ainda na cozinha.

– Vim saber sobre o pedido. – Ele praticamente se jogou no nosso sofá.

– Patrick; se você lembra, eu tenho 14 anos e você 17. Eu acho que ficaria bem estranho um namoro entre nós dois.

– O amor não tem idade, você sabe.

Fiquei em silêncio encarando Patrick por alguns segundos. Eu estava me fazendo àquela pergunta, se eu realmente queria Patrick; se eu não estava tentando esquecer Carl.

– Está bem, aceito! – Antes mesmo que eu terminasse de falar, Patrick me beijou.

Ouvimos alguém pigarejar. Mika estava com um prato de sanduiche e revirou os olhos quando nos separamos.

– Vocês são nojentos. – Ela resmungou. – Vão namorar lá fora!

Joguei uma almofada qualquer em Mika e saímos. Estava mais frio que antes e Patrick me abraçou aliás, Patrick é um fofo. Ele sempre está me abraçando e falando o quanto me ama.

– Eu tenho que ir. – Ele falou após algum tempo. – Lá onde moro tem varias regras de chegada e ida. Até amanhã!

Observei Patrick dobrar a esquina. Quando dei meia volta, para voltar pra casa, Jaimes estava parado, de braços cruzados e com um sorriso sínico.

– É estranho saber que George, o cara que sempre sobreviveu a ataques de hordas de zumbis, morrer com uma mordida, você não acha? E essa Sasha, sempre forte, morrer por zumbis? Estranho, não é? – Ele perguntava com desgosto na voz.

– Não importa. Eu não quero saber. – Eu tentei entrar em casa, mas Jaimes segurou meu braço.

– Eu matei os dois, empurrei os dois para os zumbis. E, se você não aceitar as coisas que pedirei a você, outras pessoas continuaram a morrer. – Senti um frio tremendo na espinha. – A proposta é simples: Ou você aceita as coisas que lhe pedirei ou você será culpada por todas essas mortes.

Jaimes era capaz de fazer isso mesmo, sempre soube disso. Eu nunca imaginei que voltaria a sofrer nas mãos dele, eu ate acreditava que ele estava morto, que mamãe havia matado ele.

– Eu... Aceito! – Num consegui mais segurar minhas lagrimas que já molhavam meu rosto inteiro.

Jaimes ainda teve a coragem imunda de passar meus lábios sobre minhas bochechas. Eu o odiava, eu sentia nojo de mim.

Entrei em casa e não consegui falar nada para Mika, apenas subir para o meu quarto e trancar a porta. Deitei minha cabeça sobre o travesseiro e chorei pra caramba. Eu estava pensando em todos, todos não deveriam morrer, mas agora, eu estava vendo minha vida se transformar no inferno... De novo.


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Notas finais do capítulo

Agradecendo novamente à Amélia.
E aí, vamos fazer esse 200 comentários? Está na mão de vocês em!!
Até o próximo queridos!



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