Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 30
Capítulo 30: Mortes.


Notas iniciais do capítulo

Olá à todos! Quis postar hoje por dois motivos: Aniversário da minha amiga, Fernanda Dixon, e aniversário do meu pai! Quero dedicar esse capítulo à eles por serem especiais na minha vida!
Como vocês sabem, teremos mortes nesse capítulo, mas quem será? Jaimes e Isabelle? Saberemos! Agradecendo os comentários!!! Boa leitura ;)



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Fazia duas semanas que estávamos em we e já tínhamos nos acostumados com tudo. Eu e Mika não havíamos saindo do castigo por isso, não brincávamos com o restante lá embaixo. Patrick, vez por outra, vinha me visitar no quarto – lógico que Daryl não sabia. Ele pulava o muro e subia pela árvore.

Eu já tinha feito todo o esforço braçal que Daryl havia proporcionado perante o castigo. Estava tão cansada que só consegui subir a escada e deitar na minha cama. Além de estar brava com Daryl, fazia sol lá fora e certamente todos deveriam estar brincando.

Despachei minha cabeça no travesseiro e fiquei respirando mais aliviada. O castigo era de tempo indeterminado, mas eu e Mika estamos quase ganhando Daryl. Comecei a encarar o teto bege e tirei do meu bolso a foto de Carl. A antiga foto dele correndo. Era estranho senti falta de alguém que jurei nunca mais me importar.

– Você está aqui! – A voz de Patrick me fez despertar e guardar a foto novamente. – Não vai descer?

– O castigo ainda não acabou. – Relembrei me levando para trancar a porta. Daryl não sabia dessas visitas semanais que Patrick fazia.

– Você já sabe qual dia irá sair? – Ele jogou meu urso para cima e antes de deixa-lo cair no chão, o pegou novamente.

– Acho que no final semana. É o aniversario de Mika e não tem como a irmã da aniversariante ficar de castigo. – Sentei ao lado de Patrick. Ele estava sentado na minha mesinha. Várias coisas foram instaladas no meu quarto e no de Mika.

– Ainda estamos na segunda. Vai demorar muito! – Ele choramingou.

– Meu Deus; estou fazendo tanta falta assim no grupo? Eu ate entendo que vocês são péssimos, mas pensei que vocês conseguissem sair dessa.

– Não é isso... Eu estou sentindo falta de você. De você e do seu sorriso.

Engoli seco nada que havia em minha garganta. Senti minhas bochechas ficarem rosadas e desviei meu olhar. Patrick continuava me encarando e deixando o clima ainda mais pesado.

– Meu sorriso? – Foi à única coisa que saiu da minha boca.

– É seu sorriso e toda essa parada que você faz. – Patrick ficava tão maravilhoso quanto falava com gírias. – Você... Você quer namorar comigo?

Não consegui responder essa também. Os olhos de Patrick pareciam penetrar nos meus.

Senti os lábios de Patrick selarem aos meus. Não era a mesma emoção de beijar os de Carl, da sensação de borboletas. Estava mais para um gosto diferente, um gosto novo e eu gostava desse gosto novo.

Ouvimos um barulho vindo da escada, passos de alguém apressado, e nós afastamos. Patrick praticamente pulou da minha janela para árvore e eu me recompus.

– Emma?! – Carl entrou no quarto. – Vim conversar com você.

– Nós não precisamos conversar. – Eu retruquei fria. – Eu e você não temos nada para conversar, caso eu me lembre.

– Você vai conversar comigo. – Ele afirmou com tanta certeza que me deixo surpresa. – Eu inventei uma história para tirar seu pai e Mika da sala, é claro que iremos conversar. – Ele conseguiu me conversar.

– Vamos; diga logo... Não quero que Daryl te pegue aqui e pense besteiras.

– É que... Você está muito diferente comigo. Às vezes que vim aqui, você me trata com estupidez. Você mudou!

– Chega num certo ponto, onde precisamos mudar. As pessoas mudam! – Eu me levantei caminhando ate a porta e Carl me seguiu. – Acontecimentos nos fazem mudar e se estou te tratando com indiferença é porque você fez alguma coisa.

– Diga logo; Você está gostando de Patrick? – Parei três passos antes da escada. Agora eu estava entendendo tudo. – Vamos Emma, diga!

– E se eu gostar? O que isso vai mudar? Você não tem nada a ver com isso. – Esbravejei me virando para trás. – Você está com Isabelle e eu não lhe devo explicações de quem gosto ou deixo de gostar.

– É claro que me deve. Eu me importo com você, quero o melhor para você.

– Se importa tanto que foi logo ficando com Isabelle. Quem dera eu me importar tanto assim...

– Eu pensei que você tivesse esquecido esse assunto. – Ele resmungou tentando me atingir.

– Pensei que você tivesse me esquecido. – Carl me encarou. Foi de longe, a pior troca de olhares que tivemos. – Faz um favor? Vá embora. Eu não quero ter mais problemas.

Carl esbarrou sem ombro em mim e desceu a escada. Senti vontade de correr atrás dele e pedir desculpas, mas eu não podia fazer isso. Era a nossa segunda briga feia e agora não tínhamos tanta chances de voltarmos a ser, quem sabe, amigos.

Quando desci não esperava encontrar Carol cortando alguns legumes para a janta. Ela com certeza ouviu, nossa discussão e contaria a Daryl.

– Por favor, não conte a Daryl. – Fiz o pedido em vão.

– Você e Carl estão brigados há quanto tempo? – Ela perguntou. Eu não sabia, mas sentia naquele momento que Carol não contaria nada a Daryl.

– Desde quando nos encontramos. Antes não era uma briga, mas agora ficou pior. – Eu respondi sentando próximo dela. – Ele veio me perguntar se gosto de Patrick.

– E você, gosta de Patrick?

– Eu não sei. – Respondi. – Eu acho que estou começando a gostar de Patrick.

– Emma... Querer esquecer Carl não é a mesma coisa que gostar de Patrick. Você precisa estar ciente de tudo que está fazendo e pensando em fazer. Você não pode escolher uma coisa e sofrer três dias depois. Ouça a voz do seu coração!

Era estranho receber conselhos de Carol. Eu nunca havia me aberto tanto com ela em nenhum momento, mas gostei desse. Ela ate que falou alguma coisa bem importante.

– Agora leve essa sacola à Maggie. Pode deixar; seu pai não ficará sabendo de nada. – Ela pegou a sacola atrás dela e me entregou.

Comecei a caminhar em passos lerdos. Não queria correr ate o posto onde Maggie ficava cuidando dos muros. Passei pela praça principal e pude notar Carl com Isabelle. Minha cabeça estava tão cheia de coisas que não fiquei encarando aquela cena por muito tempo.

O tempo parecia querer mudar. Poucas nuvens carregadas e um vento frio demonstravam sinais de chuva. Era a primeira vez que arriscava uma chuva passageira. Enquanto eu observava o céu acabei esbarrando em alguém.

– Me descul... – Não consegui terminar afinal, era Jaimes.

– Desastrada como sempre. – Ele comentou. – Antigamente você era uma desastrada tão bonitinha.

– Eu não quero saber. Não quero saber de nada. Aquilo tudo ficou no passado, tudo. Você não vai mais ter chance de nada, nada. – Eu falei tão fria e firme.

– Ate parece que você não gostava de quanto eu te acariciava. – Ele passou os dedos nojentos do meu rosto e eu me afastei.

– Não toque em mim! Você nunca me acariciou. – Eu o empurrei e Jaimes sorriu com gosto.

– Emma?! – Ouvi a voz de Maggie para meu alivio. Ela estava aproximando-se com um olhar desconfiado. – O que está acontecendo aqui?

–Nada, Maggie. Vamos, eu não sei onde você trabalha, quero conhecer. – Eu tentei mudar de assunto. Ninguém precisava saber daquilo.

– Ah... – Ela exclamou ainda desconfiada enquanto encarava Jaimes se afastar.

– Está aqui, Carol me mandou trazer. – Mostrei a sacola para ela.

Eu tentava me recompor de tudo que havia acontecido. Maggie me levou ate onde ela trabalhava. Era um dos muros onde ficava mais aglomeração de zumbis. Maggie trabalhava ao lado de Michonne e Tyreese.

– Daryl ficará puto se me ver aqui. – Eu comentei sentando-me ao lado deles. Hoje as coisas estavam mais racionais, como Michonne disse.

– Esquece isso, menina! Ele saiu em busca de mantimentos e demorará a chegar. – Tyreese falou enquanto sentava numa cadeira próxima a Michonne.

Foi então que reparei que os dois estavam com muito papinho. Os dois murmuravam algumas coisas e começavam a rir. Olhei para Maggie e ela revirou os olhos.

– Eu aguento isso todo dia! – Ela reclamou.

Ouvimos alguns tiros, vindo do murro principal. Todos nós pulamos do murro e corremos ate lá. Um caminhão, que acabava de entrar, chamou atenção de vários zumbis trazendo peço para os muros. Alguns deles – alguns não, vários deles – entraram na área.

Todos que possuíam arma começaram a atirar. Dois homens, entre eles Abraham, desceram do carro e também começaram a atirar. Os outros moradores fizeram uma confusão enorme.

Daryl passou por mim e transmitiu um olhar furioso, mas me jogou uma arma. Comecei a atirar também e quando notei, Mika estava ao meu lado também atirando. Nós nos aproximamos e logo, os zumbis começaram a cair no chão.

Quando a confusão acabou e nós podemos passar diante dos pude ver Tyreese e a mulher de George, que ainda não sei o nome, chorando.

– O que aconteceu? – Eu perguntei para Daryl. Na verdade sussurrei em seu ouvido.

– Sasha e George morreram. – Ele respondeu por alguns segundos ainda encarando os vários corpos no chão. Eu não conseguia decifrar ao certo onde ambos estavam. – Eu não mandei vocês saírem de casa, mandei? Voltem as duas para lá e fiquem no quarto.

Era triste ver Tyresse chorar. Acabamos de perder Bob, agora Sasha e George. Não tínhamos ninguém no comando de WE. Abraham e um cara gordo trancaram o portão e logo foram conversar com Rick, Glenn e Maggie.


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Notas finais do capítulo

HAHA, não foram Isabelle e Jaimes, mas já deu para perceber o que Jaimes é, certo? E agora, quem vai ficar no comando de WE????
Esperando os comentários e até o próximo amigos!



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