Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 26
Capítulo 26: Wiltshire estates.


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Tudo bem com vocês? Digamos assim que eu estou bem.
Hoje o dia foi completamente estressante e calmo ao mesmo tempo, quase fui parar na diretoria porque menti meu nome para a professora substituta e ela descobriu. Foi um rolo só, mas consegui não ir e nem levar uma advertência. Era para este capítulo está aqui ontem, porém, decidi sair com a minha tia e bom, ela tem certa mania de demorar nos lugares onde vai. MAS O CAPÍTULO ESTÁ AQUI, ISSO QUE IMPORTA *-*. Obrigada pelos comentários anteriores. Quem está gostando da Isabelle ? :P. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458414/chapter/26

O sol forte a brisa fresca fazia a estrada ficar quente. Carol ainda estava horrorizada com a cena de Bob sendo devorado enquanto eu e Mika não parávamos de conversar sobre o ocorrido. Virou uma rotina nossa comentar o que havia acontecendo apontando ambos os lados.

– Tem como as mocinhas ficarem quietas? – Carol nos interrompeu. Ela puxou da sua bolsa dois bastões de balas avermelhadas – Fiquem quietas!

– Comprando nosso silencio com balas, dona Carol... – Eu murmurei enquanto levantava meu corpo preguiçoso esparramado do banco traseiro e puxava o meu bastão da mão dela. – É muito feio isso.

– Só não quero ouvir as vozes de vocês. – Ela respondeu com um sorriso brincalhão no rosto. Eram raros os momentos em que nós duas brincávamos.

Voltei novamente a ficar esparramada do banco traseiro. O chapéu de Carl estava jogado entre minhas pernas douradas pelos três meses na estrada. O chapéu já estava surrado de tanto ser usado, parecia nunca ter sido lavado.

– Por que você está com esse chapéu? – Daryl me questionou.

– É que... Carl deixou comigo. Eu e ele estávamos brincando. – Eu me atrapalhei toda ao responder.

– Devolva a ele quando pararmos. – O olhar frio e bravo de Daryl me deixava intimidade através do retrovisor. – Não quero que ele venha brigar com você!

– Tudo bem!

Virei novamente para encarar a janela. O vento e as árvores que passavam rápidas viraram um passatempo enquanto ainda estávamos na estrada. Era normal eu perde meu tempo apreciando-as enquanto Daryl dirigia e Carol se revoltava com alguma coisa.

– Nós vamos parar! – O rádio apitou. A voz falhada, pela transmissão, era de Rick.

Daryl e todos que possuíam um rádio responderam com um ‘’OK’’. O carro foi parando e em poucos segundos Mika já pulava para fora do carro. Peguei o chapéu surrado de xerife e fiquei esperando Carl aparecer.

– Ei, projeto de xerife. – Gritei quando o vi parado ao lado do carro de seu pai. Ele bufou e veio caminhando. – Seu chapéu.

– Pensei que não iria devolver. – Ele provocou enquanto examinava o chapéu.

– Tente dar um banho nele antes de usa-lo novamente. Está imundo! – Falei enquanto seguia meu caminho. Carl caminhava ao meu lado já de chapéu.

– Sabe; eu acho melhor mantermos essa relação. Relação de amigos.

– Olha; com você eu ate posso manter, mas com sua namorada, nunca. Eu e ela nunca seremos amigas.

Isabelle gritou por Carl e o mesmo foi encontra-la. Eu não ligava em virar alguma amiga de Carl, o que eu não queria era conversar com Isabelle. Enquanto Daryl e todo o restante conversavam onde melhor podíamos parar, eu fiquei observando a estrada vazia. Vi Maggie deixar Beth e vir ate meu encontro.

– Está tão quieta... – Ela falou doce parando ao meu lado.

– É que... Sabe; eu... Não sei. – Dei um riso meio fraco e tímido. – Eu achava que não gostava mais de Carl, mas depois que eu fiquei com seu chapéu eu senti alguma coisa.

– Calma menina... Isso é só o começo! – Ela riu e passou seu braço sobre meus ombros. – Carl foi o primeiro menino que você realmente gostou, é claro que qualquer coisa irá lembra-lo.

– Isso quer dizer que eu ainda gosto dele?

– Não. – Ela foi caminhando comigo ate o grupo. – É que vai existir um dia, alguma coisa que irá lembra-lo, mas não quer dizer que você goste ou quer dizer que sim. Vocês adolescente são tão complicados.

– Se acostume querida... Não irei perdoar você com minhas crises.

Paramos próximo ao grupo. Beth estava ao nosso lado com a pequena Judith no colo. Foi só agora que percebi que Sasha estava com os olhos inchados, certamente era pelo tanto que chorou por Bob. Ela gostava bastante dele.

Rick decidiu que deveríamos continuar ate encontramos uma estrada qualquer e ficarmos por lá. Entramos novamente cada um em um carro e seguimos o caminho. As árvores voltaram a ser um ponto legal de atração.

. . .

– Acertei! – Exclamei vitoriosa. Eu e Daryl estávamos encima do trailer matando alguns zumbis que se aproximavam.

Havíamos encontrando uma estrada vazia e como estávamos todos cansados, decidimos parar por ali.

– Foi agradável. – Daryl falou após alguns minutos pensando.

– Foi ótimo! Você que anda com inveja. – Eu retruquei cheia de pose fazendo-o rir.

– Certo; ai está vindo outro. Vamos ver quem realmente é bom!

O zumbi veio cambaleando feito bêbado. Suas roupas estavam rasgadas, ele estava completamente sujo e sem uma parte de seu braço. Daryl mirou com sua besta na cabeça dele e acertou.

– É assim que se atira! – Ele falou.

– Você é tão ruim quanto imagina. – Brinquei.

– Lola... – Ele murmurou tomando posição à direita. – Ela sempre falava isso quando eu conseguia alguma coisa. Bom, eu sei que não era isso o que ela pensava. Ela só falava por falar, ela acreditava em mim, ela acreditava em todos.

Eu tentava de qualquer maneira não pensar em minha mãe. Dentre todas as mortes que tive, a dela foi a que mais ficou gravada na minha mente. Não existe um único dia em que eu não penso dela, imagino suas broncas ou qualquer outra coisa.

– Sobre seus tiros... Estão a cada dia melhores. – Daryl trocou de assunto percebendo minha tristeza.

– É eu sei. – Levantei minha cabeça e avistei outro zumbi. – Aquele é meu!

E foi assim a noite inteira. Eu e Daryl matando zumbis. Nós passávamos boa parte do tempo juntos conversando sobre alguma coisa. Daryl tentava passar que no apocalipse eu deveria ser fria e eu, passava que Daryl tinha que ser um pouco mais relaxado.

Quando acordei, exausta pela noite, Mika estava gritando meu nome. Ainda estávamos na estrada, os carros não haviam partido. Alex e Carol eram melhores amigas e ambas estavam preparando o café da manhã. Depois de escovar os meus dentes – Carol odiava nos ver sujas – decidi conversar um pouco com Maggie.

– Não está com Carol? – Ela perguntou assim que sentei ao lado dela.

– Ela está com Alex, e quando ela está com Alex eu sou o motivo da conversa. – Eu respondi.

– Maggie também fazia isso comigo... – Beth falou. Hoje ela não estava com Judith. – Ela é perfeita em fazer isso!

– Se Mika fizesse isso comigo, eu a encheria de porrada. – Falei e as duas riram. – Posso fazer uma pergunta? Vocês sentem falta de Hershel?

Maggie e Beth ficaram em silêncio por um tempo. As duas se entreolharam e Beth abaixou a cabeça.

– Meu pai faz bastante falta em minha vida. – Maggie foi a primeira a responder e Beth sorriu. – Ele ate podia ser um chato, mas faz.

– Acho que ele cumpriu seu papel na terra. – Beth falou levantando sua cabeça e me encarando com compreensão. – Ele cuidou bem de suas filhas, ensinou a todas o que deveria fazer. Acho que papai... Morreu feliz.

– Hershel era um cara legal. – Eu tinha poucas lembranças deles somente àquelas dele arrumando o carro da minha mãe ou visitando meu avô.

Mudamos de assuntos e passamos a falar de garotos, na realidade, Beth mudou de assunto. Não havia ninguém ali que pudesse falar de garotos além de Maggie já que ela era a única que namorava, mas podíamos falar de garotos de antes. Antes do apocalipse.

– Nós vamos continuar! – Glenn apareceu segurando dois enlatados. – E Emma, Carol está lhe chamando.

Assenti com a cabeça e fui procurar Carol. Ela estava ao lado de Alex e Isabelle e mesmo não suportando a menina, fui ate Carol. Ela entregou alguns enlatados e me mandou aguardar no carro junto a Mika.

– Não estamos mais apostando! – Mika comentou entre uma colher e outra. – Na ultima, você ganhou. Preciso de uma revanche.

– Você nunca será tão boa quanto eu. – Falei cheia de marra. – Mas é verdade, faz tempo que não apostamos.

– Certo; quando pararmos mais uma vez, apostamos. – Ela propôs e eu aceitei.

Daryl e Carol entraram no carro e Daryl deu a partida. E lá estava o grupo, mudando mais uma vez de lugar. Joguei a lata vazia do café da manhã pela janela e encostei minha cabeça no vidro. Quando pensei que passaria três ou quatro horas no carro, Daryl começou a desacelerar e de repente, parou.

– O que foi? – Perguntei um pouco assustada.

– Fiquem no carro, as duas. – Carol falou antes de sair.

Havia um carro parado com uma pessoa lutando contra alguns zumbis. Rick, Glenn e Daryl foram ate ela e ficaram por lá. Carol e Maggie estavam próximas do carro com duas armas na mão.

– O que você acha que é? – Mika perguntou quando nos entreolhamos.

– Não sei. – Eu respondi ainda observando o carro. – Daryl está chegando.

Daryl chegou com uma mochila preta na mão e não deu muita explicação. Carol também fez de desentendida, ninguém queria explicar nada lá. Peguei a mochila que Daryl mandou e coloquei entre eu e Mika. Sujeitei a abrir, mas Carol percebeu e me deu uma bela bronca.

– Para onde vamos? – Mika perguntou.

Para um lugar seguro, querida. – Carol respondeu doce.

. . .

Demorou um pouco, mas pararmos em frente a um grande portão. Era um muro de tijolos vermelhos, um enorme portão de grades à nossa frente. Dava para ver casas e pessoas caminhando para lá e para cá.

– Saiam todos do carro! – Uma voz grossa ordenou e todos saíram. Era um gordo, cabelos ruivos e barba esquisitamente divertida. – Sou o sargento Abraham Ford! Quem são vocês?

– Somos sobreviventes. – Rick respondeu como porta voz do grupo.

Daryl pegou a mochila no nosso carro e ergueu-a no alto. Abraham mudou totalmente sua expressão e relaxou o corpo.

– Tara está morta, mas antes de morrer mandou nós entregarmos isso. – Daryl gritou.

– Sejam bem vindos a wiltshire estates. – Abraham exclamou e o portão se abriu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai ? Eles chegaram e agora a coisa começa *-*. Bom, esta semana irei viajar para a casa da minha vó - a mesma do inicio da história - e lá não terei tanta certeza que irei ter tempo para mexer em algum computador. Dependerá de vocês novamente. Se vocês quiserem ver o próximo capítulo ate quarta, com a quantia de 6 comentários, o capítulo estará postado... caso contrário só quando eu estiver lá com algum computador. Quero o recadinho de vocês, em? Beijos e até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surviving the love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.