Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 21
Capítulo 21: Não aceito esse tipo de ajuda.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu não queria demorar tanto assim, mas tive que pensar numa ótima continuação para a história. A 4 temporada está acabando e eu tenho que deixa-los entretidos com essa história. No capítulo passado eu tive apenas 3 comentários. Sabe, eu esperava bem mais de vocês. Boa leitura.



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Pov – Alex

Estávamos na estrada tempo demais. Isabelle agora queria parecer fria, mas eu a conheço bem e sei que ela não chegaria aos pés de alguém frio. Ela era apenas uma garotinha com medo. Durante todo esse tempo eu cuidei dela, cuidei como se ela fosse meu maior tesouro. Alguns meses após nos separamos do antigo grupo, ela começou a me chamar de mãe.

– Tem mais chiclete ?. – Isabelle inclinou sua cabeça para frente.

– Não. Você conseguiu acabar com tudo. – Eu respondi sem tirar o olhar da estrada. Estava anoitecendo e agora as coisas começavam a ficar pior. Os zumbis surgiam de todos os lados e não podíamos desligar os faróis .

– Não fui só eu que acabei com os chicletes, mãe. Você também acabou. –Ela retrucou sentando-se no banco da frente.

– Ah, claro. Mas quem ficou com a maior parte ? Você.

– Mas...

– Mas nada. Será que você pode ficar um minuto em silêncio ?.

– Como minha mãe é chata. – ela resmungou virando uma revista. Olhei para ela com o cantos dos olhos e sorri. Eu não conseguia ficar brava com ela. – PARE!!.

Frei o carro há tempo de não atropelar um velho. Ele parecia bem acabado e sem nenhuma arma. Isabelle com sua compaixão por pessoas decidiu descer do carro e ver como o senhor estava. Eu fui atrás. Hoje em dia não podemos confiar em ninguém, nem em nós mesmo. O senhor acabou desmaiando e Isabelle fez de tudo para que eu o amparasse.

– Mas nem conhecemos ele. Como você quer que eu salve ele ?.

– Você precisa. – ela respondeu quase gritando. – Ele é alguém vivo.

Alguns zumbis começavam a se aproximar do carro. Eu não tive escolhe. Tive que levar o velho dentro do carro e passar por alguns corpos. Isabelle vinha no carro da frente, sentada de lado observando o velho no banco de trás. Deu um pouco de água para ele.

– Você está fodendo comigo. – murmurei estressada.

– Você não gosta de palavrões .- ela retrucou.

– Mas é isso que você está fazendo. Você não pode achar que ele é um bom homem.

– Talvez ele seja. Precisamos salva-lo.

– Isa, você acha que alguém faria isso por você ?. – Ela sentou normalmente e abaixou a cabeça. – Claro que não. Não existe mais pessoas confiáveis. Você não pode confiar em mais ninguém.

– Nem em você ?.

– Talvez não.

O silêncio novamente dominou o carro. Isabelle agora estava com a cabeça encostada no vidro observando o escuro. Acho que aquilo foi uma discussão ou não foi. Isabelle estava virando uma adolescente e começava a ter suas escolhas, as coisas começariam a ficar difícil. Eu sei o que é ser uma adolescente.

Encontrei uma casa esquecida num bosque. Parecia livre e bem confortável. Não deveria atrair zumbis. O velho havia acordado, mas não conseguia andar. Apoiei-o pelo meu ombro e o conduzi ate a casa. Isabelle foi na frente arrumou uma cadeira velha e eu deixei o velho lá. Pedi para Isabelle pegar algum enlatado, mas o velho não queria. Falou que o grupo dele iria busca-lo.

– Nós podemos ir com vocês. – Isabelle comentou animada.

– Eu acho melhor vocês ficarem .- ele murmurou se contorcendo de dor. – O meu grupo... ele... ele é mau.

– Como assim, mau ?. – perguntei.

– Vocês são mulheres. Eles adoram mulheres.

Olhei raivosa para Isabelle. Agora ela entendia porquê não deveríamos ter dado uma carona para aquele cara. Alguém iria busca-lo e se nós visse, teríamos nossa dignidade perdida. Eu não quero isso para Isabelle nem para ninguém. Fiz um pouco de chá verde e dividi entre nós dois – Isabelle odiava chá.

– Ela é realmente sua filha ?. – O homem perguntou baixo ainda com o olhar sob Isabelle.

– Mais ou menos. Ela é minha sobrinha. – respondi.

– Você teve uma atitude bonita... me desculpe, qual é seu nome mesmo ?.

– Alex. – respondi. – E o seu ?.

– Leon.

Ficamos em silêncio. Isabelle havia dormido e agora não existiria coisa que a acordasse. Eu não queria pedir a Leon para que leva-se ela a algum quarto e decidi dormir lá embaixo com ela. Mesmo conversando com Leon ele não era confiável. Eu me ajeitei no sofá totalmente duro enquanto ela dormia na poltrona marrom. O fogo acesso na fogueira seria o nosso pequeno cobertor e seria assim até o dia amanhecer.

[...]

Quando o dia raiou eu já estava de pé. Isa ainda dormia e Leon também já que suas coisas ainda estavam aqui. Consegui pegar algumas castanhas e achei um pouco de chá. Felizmente após uma semana, consegui tomar um banho tão calmo e quente. A água no bosque ainda não estava infectada e dava para nós três aproveitarmos bastante.

– Está preparando o café ?. – A voz grave de Leon invadiu a cozinha. A voz de Leon era sombria e fez com que eu largasse a vazia no chão.

– É... estou. – Respondi recolhendo algumas amoras do chão.

– Isabelle ainda está dormindo ?.

– Sim. Não quis acorda-la.

– Mas deveria. – ele sentou na mesa. –Meus homens chegaram.

– Então vá você embora. Eu demorei meses na estrada e agora que encontrei uma casa, tenho que ir embora ?. – Perguntei com indignação. O sorriso que Leon deu não foi um dos mais agradáveis.

– Estou lhe avisando. Os caras são maus.

– Obrigada, mas você que vá embora. Eu tenho uma filha para cuida e você tem seus malditos capangas. Se não quer que nada aconteça conosco, vá embora.

Quando virei para preparar o café senti as mãos de Leon na minha barriga. O corpo dele estava perto do meu, prensando meu corpo contra o balcão e eu não tinha chances de revidar. A única coisa que senti fora os lábios dele a passear pelo meu pescoço.

– Me largue!. – gritei empurrando-o para trás. Eu não sei como consegui fazer isso.

– Não. Eu vou salvar você, mas você precisa ficar comigo.

Eu não pedi sua ajuda. – joguei a tigela no chão. – Vá embora.

– Garota, você está perdendo a grande chance de salvar você e sua filha.

– Eu não preciso me rebaixar há isto para garantir nossa segurança.

Leon se afastou quando ouviu o barulho vindo da escada. Isabelle chegava ainda sonolenta e não havia percebido a briga. Era melhor assim. Ela sentou ao lado de Leon e ambos começaram a trocar algumas palavras, enquanto eu estava completamente nervosa. Não conseguia fazer nada direito. Deixei a tigela encima da mesa e sair para tomar um pouco de ar.

Sentei no último degrau da escada. Ao longe eu conseguia ver uma fumaça branca e ao meu lado esquerdo um único tumulo. Não havia nenhuma coisa de identificação ou qualquer coisa apenas uma cruz improvisada com madeira. Coloquei minhas mãos sobre minha cabeça e respirei fundo. O mais rápido e calmo que conseguisse.

Ouvi um barulho de vozes vindo da mata e deduzir ser os capangas de Leon. Entrei correndo em casa recolhendo minhas coisas e de Isabelle que havia espalhados pela sala. Se Leon não iria embora eu iria garantir a nossa segurança. Leon olhou atordoado através da janela.

– Obrigado seu otário. – olhei firme para Leon. – Vamos Isabelle, suba para um dos quartos.

– Você ainda tem uma chance. Vire minha mulher.

– Não. – gritei.

– Então não tenho escolha. – Vi Leon pegar uma faca e de repente ele a enfiou na minha barriga. Rapidamente coloquei minhas mãos sobre o ferimento que sangrava sem parar. Isabelle ainda estava no quarto e não viu aquela cena. – Você teve sua escolha. Você preferiu morrer. Agora suba, deixarei você para comer Isabelle.

Ele me puxou pelo braço até o quarto em que Isabelle estava e me jogou lá. A dor era insuportável, eu sentia uma queimação dentro de mim e muita vontade de beber água. Isabelle agora estava chorando ao meu lado me pedindo para não morrer, mas a única coisa que fiz foi desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Esse é o penultimo capítulo dessa fase da história. O próximo será bem interessante. Colocarei um ponto onde só é visto na HQ e que passou despercebido. É um lugar. Não posso contar o resto. Comentem. Favoritem. Ate logo.



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