Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 19
Capítulo 19: Coisas impossíveis.


Notas iniciais do capítulo

Olá, i'am black. Não demorou muito tempo, mas eu estava ''curtindo'' meu carnaval. Quis postar ontem, mas minha preguiça falou bem mais alto e eu acabei dormindo a tarde inteira. Mas cá estou eu para postar um novo capítulo, gostaram do episódio 13 ? eu literalmente adorei por ser focado do Daryl e pelas atitudes da Maggie.
Enfim, estamos aqui, irei pedir novamente que vejam minha outra fic e comentem, por favor. Obrigada. Boa leitura.



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Caminhávamos na trilha há tempos. Era tarde, o sol começava a ficar bem intenso e nós continuamos a caminhar. Daryl e Rick estavam num clima completamente tenso e pouco se falavam. Michonne era a mais quieta e mesmo tendo mudado muito – como Carl falou – ela não falou absolutamente nada. Beth puxava algumas conversas ou assunto comigo, mas acabava cedo. Não por que eu não queria conversar com ela, mas porquê aquilo era forçado demais. Não queríamos ficar em silêncio, mas precisávamos.

Enquanto caminhávamos fiquei pensando no tau ‘’santuário’’, será que ele era apenas uma cilada ou alguma coisa de verdade ? Eu não queria desconfiar, mas parecia cilada demais. Como alguém poderia ser tão bom e aceitar todas as pessoas vivas nesse mundo ? – podem ate serem poucas, mas ninguém é santo aqui – e como ele arranjaria comida e outras coisas ? Tudo pode acabar e principalmente agora.

O tempo foi passando. O sol começava a sumir e a lua começava a dar sua cara. Eu estava cansada, Beth e todo o restante estavam completamente cansados. Queríamos parar, mas Rick tinha em mente chegar lá o mais rápido possível. Eu não aguentava mais ver trilhos e várias outras placas e não encontrar nada. Eu só queria um lugar para descansar um pouco, apenas isso.

Finalmente encontramos um lugar. Era uma pequena casa de defuntos dentro de um pequeno cemitério. O sol já havia ido embora quando terminamos de checar todo o perímetro. Carl e Rick enrolaram algumas linhas com latas para avisar quando zumbis estiverem tentando entrar. Michonne procurava alguma coisa na cozinha e eu à ajudava para passar um tempo.

– Você não quer fazer as coisas lá fora ?. – Michonne perguntou após um tempo.

– Não. – respondi. – Na realidade eu não sou tão boa quanto você ou Beth. Sei atirar, mas não conseguiria sobreviver lá... sozinha.

– Como você sabe ?. – Ela largou três latas encima da mesa.

– Porquê eu sei. Não é fácil para ninguém sobrevier ai fora e mesmo que eu tenha sobrevido, eu não teria tantas chances.

Nunca desconfie do quanto você é. Você pode fazer coisas impossíveis, mesmo sem perceber.

Michonne passou a mão pelos meus cabelos e foi direto para a sala – uma pequena sala de velório – enquanto eu ainda estava na cozinha. Havia refrigerantes, geleias e tudo mais na cozinha. Como os mortos adoram isso. Decidi sair um pouco lá for a. O vento batia forte e agora as estrelas começavam a aparecer. Encontrei Daryl voltando com Beth no colo.

– Espero que você não sinta ciúmes, mas acabai machucando meu pé. – Beth sentava ao meu lado com ajuda de Daryl. Ri um pouco e ela continuou: - como está lá dentro ?.

– Melhor que aqui fora. Como você machucou o pé ?.

– Eu estava tentando atirar com a besta do seu pai, mas acabei caindo uma armadilha de ursos.

Entramos e acabamos na nossa sala improvisada. Carl e Rick estavam sentados no chão e Michonne sentada em uma das cadeiras vazias. Beth sentou perto do piado e começou a cantar uma música. Eu e Daryl dividíamos o espaço num caixão velho, ele estava sentado meu lado e senti sua mão quente se entrelaçar com a minha, seus olhos azuis me olhavam com compaixão.

[...]

Conseguimos dormir com segurança há não ser pelo belo cachorro que veio nos visitar. Ele acabou mexendo nas latas e chamando a atenção de todos. Eu e Daryl tentamos chama-lo para entrar, mas ele correu. Pela manhã todos estavam reunidos na minúscula cozinha. Cada um comia alguma coisa.

– Continuaremos amanhã. – Daryl comunicava enquanto colocava outra colher de geleia de morango na boca. – Andamos por hora, sabemos onde está a trilha e aqui é seguro. Podemos ficar aqui.

– Deveríamos estar na trilha. – Rick falou.

– Então vai lá. – Daryl retrucou. – Aproveita e acaba com sua vida.

O clima que antes era tenso ficou três vezes pior. Agora por algum motivo Daryl estava puto com Rick e ambos não se apoiavam em absolutamente nada. Deveria ser pela tau Carol ou não, mas aquele clima era insuportável. Decidi sair um pouco e fiquei lá fora, sentada no túmulo branco de algum cara chamado ‘’Kennedy.’’

– Você está sentada encima do túmulo do presidente Kennedy. – Ouvi a voz de Carl na minha costa. Trazia um humor bem animado. – Você está pecando contra esse país.

– Isso aqui não é mais um país. – Dei espaço para ele sentar ao meu lado.

– Então o que é ?.

– Uma bosta.

Ficamos um pouco em silêncio. Ouvimos alguns pássaros, algumas folhas ao vento.

– Sabe... eu queria que tudo isso voltasse ao normal. Tipo, pelo menos uma vez na vida. – Carl mantinha a cabeça baixa e a única coisa que eu conseguia ver era parte do seu rosto e seu chapéu. – Você deve estar me achando um louco.

– Não. – falei. – E quem nunca criou, lá no fundo, o seu próprio mundo feliz ?. Eu também queria que tudo voltasse ao normal, mas nesse mundo eu ganhei uma coisa.

– O quê ?. – Ele levantou a cabeça e seus olhos azuis me encararam.

Você.

Carl selou nossos lábios. Como eu o amava. Dava para sentir os lábios duros roçando na minha boca, suas mãos que por hoje tinha total livre-arbitrio para deslizarem pelo meu corpo. Eu sentia vergonha e medo, uma mistura dos dois. Acabei me afastando de Carl e sorrindo meio envergonhada.

– Você acha que não é o momento certo ?. – Ele perguntou. Com certeza falava sobre sexo.

– Não... não é isso é que... – eu tentava procurar uma resposta ótima, mas aquilo me fazia ficar ainda mais vergonhosa.

– Tudo bem. – ele me interrompeu. – Tudo no seu tempo.

[...]

Era noite novamente e todos estavam comendo alguma coisa na cozinha. Michonne e Daryl discutiam sobre como deveria ser a ‘’caminhada’’ de amanhã. Eu não queria ir, mas tínhamos que ir. ‘’Talvez seja um lugar seguro’’ Michonne murmurou no final da conversa. Eu realmente esperava, não queria fazer toda essa caminhada para descobrir que aquilo tudo era um nada. Ouvimos outro barulho nas latas lá fora.

– É o velho cachorro. – Daryl murmurou. – Vai lá Emma.

Revirei meus olhos e fui. Pais são sempre folgados e tudo isso, mandando sempre seus filhos fazerem o trabalho. Caminhei ate a sala e os latinos e barulhos continuavam. Eu tentava imaginar o que o cachorro caolho - como eu e Daryl o apelidamos – estaria fazendo ali, vivo. Quando abri a porta vários zumbis estavam lá.

– DAARYL. – Gritei. – SÃO ZUMBIS !.

Daryl apareceu com sua besta e Beth também. Ele me puxou para trás e eu pude pegar minha arma. Começamos a atirar e Daryl mandou todos descerem. Michonne também estava ajudando e Carl ajudava o pai com Beth. Michonne ia na frente e Daryl me cobria.

– Vá ajudar Rick. – Daryl gritou para Michonne. – Eu e Emma cuidamos disso. São poucos, nós conseguimos.

Na realidade não iríamos conseguir. Michonne foi ajudar Rick. Eu e Daryl estávamos completamente encurralados e o caipira só pensava em me proteger. Acabamos encurralados ainda mais no pequeno necrotério ou lugar que arrumam os mortos. Eu não tinha tempo para procurar essa palavra ou perguntar para alguém o que era aquilo.

– Emma, vá para baixo da mesa. – Daryl gritou. A mesa estava na nossa frente e eu fiz o que ele mandou. – Vá para a outra.

Eu fui e ele foi também. Empurrei a mesa para deixar os zumbis presos sem conseguir passar pela porta e novamente subimos. Alguns zumbis estavam lá encima, mas não tinha nada para se preocupar. Matamos alguns zumbis e saímos. Ninguém estava lá, só poderia ser para ficarmos ainda mais ferrados. Não encontramos nem Rick, Carl, Michonne ou Beth. Quando paramos novamente na estrada encontramos a minha mochila jogada no chão, eu me lembro muito bem que era Beth quem estava com ela.

– Beth !!!. – Daryl gritou quando vimos um carro sair pela estrada.

Começamos a correr e corremos. Seguíamos o caminho durante toda a madrugada. Agora sim eu estava cansada e Daryl também. Estávamos suados, minha arma tinha apenas três balas e o carro devia estar a km de distancia. Eu estava tão revoltada ou brava. Beth deveria estar conosco e não estava. Acabei me jogando no chão, deitei completamente em meio as folhas cegas no chão e Daryl apenas sentou. Fechei meus olhos e respirei fundo. O sol fraco estava acima de nós. Agora eu não sabia onde estava Carl ou Michonne e Beth provavelmente deve estar morta.

– Vejam isso. – Uma voz de homem apareceu. Alguns homens estavam nos cercando, estavam armados dos pés à cabeça. – Uma bela donzela e um filha da puta.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam ? dei uma seguida bem na série. Bom, eu separei o grupo do Rick com Daryl e Emma porque decidi seguir um pouquinho a série e teremos um grande inicio de relação paternal com Daryl. Estarei esperando pelos comentários, deem uma olhada na minha fic com Rick e até o próximo.



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