Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 16
Capítulo 16: Uma conversa.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês ?. Estamos com quase 100 comentários e estou lançando um desafio: Se chegarmos a 100 faço um capítulo especial. Um flaskblack do Daryl antes disso tudo acontecer, qualquer coisa. Vocês quem sabem.
Temos mais um capítulo novinho aqui. Obrigada pelos comentários anteriores.
Enfim, eu estou com uma nova fic sobre twd com Rick Grimes: http://fanfiction.com.br/historia/479203/One_of_these_days/
Deem uma olhada e me contem o que acharão. Boa leitra.



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Não era nada para se temer, era apenas uma pessoa do grupo. Do grupo deles alias. Tratava-se de Michonne. Uma mulher negra, com dreds e uma katana. Ela tinha um ar misterioso, mas parecia bem feliz por encontrar o seu grupo.

– E quem é está aqui ?. - Agora ela apontava para mim. Tinha um olhar tristonho, porém, feliz. Daryl explicou e a relação de Michonne foi surpreendente. - É tão valente quanto o pai ?.

– Não. Sou bem mais corajosa que ele. - Brinquei e todos riram.

– Você tem olhos lindos... talvez eu não pegue raiva de você.

Michonne olhou para Daryl e riu. Eu entendi alguma coisa, Michonne era importante demais no grupo e ela e Daryl viviam trocando farpas. Era engraçado e estranho ao mesmo tempo, Michonne não tinha cara de quem ria ou quem era de brincar com pessoas.

Voltei a sentar no meu lugar com Beth. Ainda jogávamos xadrez e ela conseguiu escapar do meu terrível ''xeque''. O restante conversava sobre as coisas que aconteceram com todos e sobre quem conseguiram ver saindo da prisão. Havia um ônibus e mais alguma coisa que não deu para ouvir.

– Precisamos sair daqui !. - Beth murmurou comigo. - Ficará lotado se mais alguém chegar.

– Mas como faremos isso ?. - Movi meu único cavalo para o canto.

– Não sei. Você pode conversar com Daryl ou Carl. Você deve convencer qualquer um dos dois.

Ficamos um minuto em silêncio. Eu encarei o rosto de Beth e pensei se deveria realmente fazer isso. Bom, estávamos ficando sem espaço e precisávamos de um lugar melhor. Mas tinha que ser logo eu ? Sim, tinha que ser logo eu.

– Vou tentar.

– Ótimo. Xeque Mate.

Beth havia ganhando a partida. Deixei ela arrumando as coisas na cozinha e fui para a sala. Parei ao lado de Carl e murmurei entre os dentes - para que ninguém ouvisse, principalmente Daryl - que precisávamos conversar. Carl assentiu e eu fui na frente. Nos encontramos em frente a casa. Decidi que deveríamos andar um pouco enquanto conversávamos para que ninguém nos visse conversando.

– Precisamos arrumar uma casa maior. - Falei. - Se chegar mais uma pessoa do teu grupo a casa ficará minuscula.

Carl não falou nada, apenas continuou a olhar para frente e pensar.

– Já pensou chega um casal ? como ficamos ?. - Completei.

– Glenn e Maggie. - Carl comentou de repente. - Você deveria ter conhecido esses dois. Esse é o casal do qual você fala.

Eu não estava entendo nada. Eu sabia quem era Maggie, mas Glenn ?.

– Por quê ?. - Perguntei.

– Porque eles são o pior casal do apocalipse. São engraçados, mas só sabem transar.

Carl sorriu como um sorriso de saudades. O sorriso dele é tão perfeito que não dá para comentar, é como se todo o corpo dele sorrisse ou decidisse observar o sorriso. Eu sorri ao vê-lo sorrir e acabamos rindo envergonhados. Carl me abraçou e eu logo me afastei, Daryl poderia ver. Carl não ligou, apenas me puxou novamente para ele e iniciou outro beijo.

– Carl... e se Daryl chegar ?. - Falei um pouco afobada pelo beijo.

– Você conta que estamos namorando.

– Ah, claro... conto. - Resmunguei enquanto voltava para casa. - Nem reencontro Daryl direito e você já quer que ele saiba sobre isso ?.

– E quando você irá contar ?.

– Não sei, vamos.

Chegamos em casa e novamente todos estavam conversando. Sentei ao lado de Daryl. Eu conversaria com ele, mas não sabia como chegar no assunto. Eu nem sabia porque estava assim, com medo ? Meu Deus, uma Dixon com medo!.

– Deveríamos procurar uma casa maior com Michonne chegando ficaríamos sem espaço. - Achei melhor não contar para Daryl e falar para todos.

Todos me olharam. Eu queria esconder, mas continuei a encara-los. Rick e Daryl se entreolharem e um sorriso orgulhoso surgiu nos lábios de Daryl. Eu orgulhava Daryl, isso era um orgulho para mim.

– Mudaremos para onde ? As casas nas redondezas estão cheia de zumbis. - Michonne contestou.

– Temos um lugar. - Rick murmurou pensativo. - Amanhã arrumamos nossas coisas e iremos para lá.

Eu consegui fazer alguma coisa, ajudei o grupo.

[...]

Estávamos arrumando nossas coisas. Arrumar um carro foi fácil, Daryl logo encontrou um carro que ainda pegava. Colocamos um pouco de mochilas em cada carro. Decidi ir com Daryl para conversar mais com ele, minha meta desde agora era criar uma relação agradável com Daryl para saber como o passado dele.

Michonne ia conosco. Os dois trocavam indiretas a cada 5 segundos e isso me divertia. Nunca viajei com alguém legal no carro. Os namorados que minha mãe teve eram os piores, ainda mais Richard. Aquele idioto. Mas Daryl e Michonne formavam uma dupla e tanto: Um idiota e a outra grossa.

– Estamos ficando sem gasolina. Iremos parar.

Daryl falou e fez sinal para Rick e ambos pararam. Paramos ao lado de um caminhão que parecia do exército. Havia alguns mortos envolta e Daryl achou que estávamos em segurança. Enquanto os ''adultos'' do lugar resolviam o caso gasolina, eu e Carl ficávamos observando a estrada.

– Será que ele morreu ?. - Ele perguntou após sentarmos na caçamba do caminhão.

– Quem ?. O dono do carro ?. - Ele assentiu com a cabeça. - Bom pelos rastros que temos no chão, ele não morreu. Não temos somente ele e sim mais três ou quatro pessoas.

– Como você sabe disso ?. - Carl perguntou com a testa franzida.

– Bom... eu sou uma pequena Dixon. Tenho obrigação de saber essas coisas.

– Mas você não é boa em tiros.

– E você não é bom em conversas.

– Eu sei atirar bem.

– Eu sei rastrear.

Eu e Carl nos entreolhamos. Sim, eu estava disputando com ele. Coisa de criança. Carl riu e deu um soco leve no meu ombro. Eu o empurrei e ele revidou, começamos uma luta ate Carl cair e meu corpo cair por cima dele. Eu encarei aqueles olhos azuis e me perdi na imensidão daquilo. Eu começava a sentir desejos e fiquei triste. Sai do colo de Carl. Eu começava a sentir desejos por meninos e não tinha ninguém para me ajudar.

– O que foi ? você ficou triste. - Carl ergueu minha cabeça com as mãos.

– Só estou sentindo falta da minha mãe, mas tudo ficará bem.

– Temos problemas!!!. - A voz de Beth surgiu em meio há tudo.

Vários zumbis se aproximavam. Peguei minha arma e comecei a atirar, assim como todos. Os tiros começavam a atrair mais e mais e surgiam zumbis da mata ao lado e de todos os lugares.

– Estou ficando sem flechas. Precisamos sair daqui. - Daryl gritou.

Entrei no carro e retirei da minha mochila de furtos e peguei a flecha. Agora eu sabia o dono daquela flecha, era Daryl. Voltei e entreguei para ele.

– É para dar sorte!!. - Sorri.

Daryl pegou a fecha e sorriu. Voltamos a atirar. Um zumbi andava de um jeito estranho, era jeito de zumbi, mas era estranho. Eu conhecia aquele andar. Ele se aproximou um pouco e eu o reconheci, como não conhecer era tão nítido. Era John. Algumas lagrimas tentaram rolar pelo meu rosto, mas eu me segurei. Carl ia atirando nele, mas eu gritei. Eu o mataria.

Dei alguns passos e John ficava cada vez mais próximo. Suas roupas estavam rasgadas, estava sem braço e sua barriga estava deplorável. Respirei fundo e fechei por segundos meus olhos. Lembrei daqueles momentos idiotas e felizes que tive com ele. Atirei. Acertei e agora ele estava no chão. Eu o via no chão, morto.

– Vamos Emma. Vamos. - Daryl apareceu e me puxou pelo braço. - Não iremos continuar vivos se ficarmos aqui !!. - Ele gritou para todos. - Corram, temos um vale aqui perto.

Nos corremos. Corremos sem direção conforme encontrávamos lugares para poder pisar com certeza. Agora algumas lagrimas rolavam pelo meu rosto, mas eu não queria me importar com elas. Deixei que elas caíssem, mas não sofria. A única coisa era que não se dá para correr com meus pulmões super-poderosos. Eu tive uma pneumonia com 5 anos e desde então meus pulmões eram medianos.

O sol começou a queimar quando entramos o tau vale. O lugar parecia esquecido e como ouvi Daryl falar ''Fica próximo a rodovia que vai direto para a prisão''. A sala era bem pequena e depois vinha uma cozinha enorme. Joguei minha mochila no chão e sentei para retomar o fôlego. Carl sentou ao meu lado segurando o chapéu.

Observei o chapéu e retirei das mãos de Carl. Coloquei na minha cabeça e voltei a tomar meu fôlego. Uma respiração que minha mãe havia ensinado.

– Acha esse lugar seguro ?. - Indaguei após o termino da sessão respiratória.

– Você não acha ?.

– Bom. - Suspirei e olhei para frente. - Hoje em dia está cada vez mais difícil encontrar algum lugar seguro.

– Você é segura.

– Ai está o problema. Eu tenho insegurança da minha própria segurança.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? Não esqueçam de ver minha nova fic, irão gostar da narradora 'especial'. Comentários e ate o próximo.



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