Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 15
Capítulo 15: ...também é capaz de explodir de amor.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, tudo bem com vocês ?.
Enfim, estou aqui com a segunda parte. Bom, nós temos 44 leitores e isso é literalmente fantástico, mas eu não gosto de leitores fantasmas. Por favor, deixem seus comentários pois irá ajudar muito. Obrigada pelos comentários anteriores e boa leitura.



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Daryl não me respondeu e eu senti isso no momento em que fiz a pergunta. Aquilo foi completamente desconfortante para ela quanto para mim. Talvez se eu criasse uma relação com ele eu poderia chegar em assuntos tão especiais. Bom. Daryl não respondeu e aquilo não me magoou também.

Com a chegada de Beth e Daryl a casa ficou minuscula. Quase não tínhamos espaços nos quartos e tivemos que arrumar de outro jeito, a partir da noite de ontem eu passei a dormir com Beth no quarto do casal. A cama lá era bem mais confortável e Beth quase não respirava dormindo.

– Foi um terremoto com você está noite, não fui ?. - Eu me conhecia muito bem para saber que eu era a única pessoa do mundo que dormia quase destruindo a cama, sem noção de espeço.

– Eu tenho sono pesado, então... - Ela olhou para mim e sorriu. - E você ? vai conversar com Carl hoje, certo ?.

– Eu não sei. Estou tão brava quanto ele nessa história toda. - Fizemos uma pequena pausa e Beth terminou de arrumar a cama. - Só não conte nada a Daryl.

Beth sorriu novamente e nós descemos. Encontramos Daryl e Rick conversando na porta e a conversa encerrou quando chegamos. Beth não ficou lá conosco e foi direto pra cozinha enquanto eu abraçava Daryl Dixon novamente.

– Toda vez que eu olhava para Emma, encontrava Daryl Dixon. - Rick comentou bagunçando meu cabelo. - Por quê não nos contou que era filha desse caipira ?.

– Não achei que vocês precisassem saber dessa história enorme. - Respondi sorrindo.

– Seria bem interessante ver Carl nam... - Nesse momento Daryl arqueou a sobrancelha e Rick mudou rapidamente o assunto. - jogando terra na cara da filha de Daryl.

– Carl jogou terra na sua cara ?. - Daryl perguntava inocente e aquilo era extremamente engraçado. Ele parecia tão inocente e não sabia de nada.

– Voltamos a ser criança. Pelo menos por um pouco. -

Um sorriso surgiu em meus lábios. Lembrei do beijo, da cena da ''namorada'' e ate quando dormimos juntos. Como eu queria procurar Carl naquele momento e pedir desculpas ou ate mesmo conversar com ele e aceitar as desculpas dele.

– Vamos caçar. - Daryl passou o braço sobre meu ombros e nos saímos da casa. O tempo continuava nublado como toda manhã de outono, mas fazia calor. - Você tem alguma arma ?.

– Não.

– Sabe atirar ?.

– Não. - Seria uma ótima ideia ir aprender a atirar com Daryl ate poderíamos conversar.

Daryl puxou uma arma de cano alto de uma das mochilas e me entregou. Eu não conhecia nada sobre arma, mas sabia que aquela era uma thompson, uma das últimas fabricadas. Começamos a caminhar ate meados da floresta e Daryl me explicava o melhor jeito de atirar nos ''caminhantes''.

– E rastros ?. - Uma das poucas coisas que sabia era que Daryl sabia rastrear qualquer coisa. Um dia - quando ele ainda morava em casa e nós eramos felizes - eu havia ido brincar no parque e acabei entrando na maior cilada. Me perdi na floresta, em poucos segundos Daryl estava lá sorrindo e me levando novamente para casa.

– Okay. - Ele riu. Olha esse sorriso todo indeciso, vive se exibindo pra solidão. - Você é impaciente igual sua mãe.

– E arrogante igual a você. - Rebati.

Daryl riu e novamente começamos a andar. Daryl apontou para algumas uvas jogadas no chão e falou que ali os vivos teriam fugidos rápido. Novamente andamos e Daryl mostrou as folhas de um arbusto manchadas de sangue, aqui Daryl falou que alguns zumbis haviam pegado eles.

– Vamos, atire neles... - Daryl se referia a dois zumbis que se aproximavam. Eu não sabia se deveria fazer o correto ou fingir que não sabia, mas atirei certeiro na cabeça de ambos. - Isso, parabéns !!.

– Obrigada. Devo méritos ao meu professor. Aprendeu a atirar com quem ?.

– Meu pai. - Daryl vasculhava o bolso da calça. - O velho podia bater na minha mãe, mas era o melhor caçador de todas as fazendas.

Daryl conseguiu tirar do bolso o que tanto queria, um cigarro. Puxou o único tabaco; acendeu; tragou e soltou a fumaça.

– Mas que porra!!!.- Gritei revoltada. - Eu acabo de perder meu avô com está droga e vem você e faz isso ?.

– Não quero que fale palavrões. - Daryl falou calmo não se importando com nada que falei. - Agora que estamos juntos não quero que tenha as manias feias de Lola. - Era minha mãe. Daryl tirou o cigarro da boca e jogou para longe.

– Minha mãe não falava palavrões.

– Falava sim, e muitos. Lola era diferente, Lola não seguia as regras das mulheres. Lola odiava maquiagem, bons modos...

Enquanto Daryl falava lembrei de todos os momentos que passei com minha mãe. Ela era minha melhor amiga e nós vivíamos uma relação como mãe e filha. Sempre brigávamos, mas eu não conseguia ficar 5 minutos sem falar com ela. Todas as discussões, perdões, tudo fazia falta.

A nossa última briga foi literalmente engraçada. Minha mãe queria que eu arrumasse meu quarto, mas ele já estava arrumada. Eu simplesmente respondi:'' Não vou arrumar quarto nenhum, vá arrumar você''. Foi obvio que ela não gostou:'' Ei, olha aqui Daryl Dixon - ela sempre me chamava assim quando realmente estava brava - vá agora e arrume aquele quarto''. No final, acabei indo.

– ... Hey Emma. - Daryl passou a mão sob meus olhos. - Você está ouvindo ?.

– Sinceramente ? Não. - Respondi meio constrangida.

– No que está pensando ?.

– Na última briga que tive com mamãe.

Daryl não pronunciou mais nada. Inclinei minha cabeça para trás e fiquei observando o céu que felizmente ficou azul cheio de nuvens. A cor lembrava Carl e lembrar Carl era lembrar da briga. Será que eu precisava realmente ir conversar com ele ?.

– Vamos voltar. Rick pediu para que você fosse procurar Carl.

– Okay, vamos.

Chegamos em casa e encontramos Beth arrumando os últimos curativos de Rick. Ele parecia bem melhor e amanhã mesmo poderia voltar a fazer qualquer coisa. O assunto entre os dois parecia divertido e não acabou quando chegamos, Rick apenas fez um aceno para eu e Daryl.

– Quer conversar ?. - Beth sentou convidativa ao meu lado.

– Sobre o quê ?.

– Ah, sei lá... sobre Carl ?.

– Eu tenho que ir falar com ele, mas ao mesmo tempo não quero ir. - Nesse momento eu deveria estar procurando ele, mas sentia receio de ir.

– Vá conversar com ele, quem sabe vocês se acertam...

– Mas...

– Você nunca saberá se não tentar.

Acabei indo, fui mais com receio da discussão, mas fui. Tentei fingir que iria e ficaria na porta, mas Beth saiu e eu tive que procurar o garoto. Encontrei Carl sentado - sem nenhuma explicação logica - no telhado de uma das casa da vizinhança. Ele tinha um pote enorme na mão e nem fez questão de olhar para mim depois que me sacrifiquei para sentar ao lado dele.

– Acho que preciso lhe pedir desculpas... - murmurei após grande minutos de silêncio.

– Na realidade você não precisa. - Carl largou o pudim de chocolate e olhou nos meus olhos. - Eu fiz uma tempestade dentro de um copo d'água.

– Tá ambos tem culpa, mas eu deveria ter pelo menos tocado no nome de Daryl.

– Fingiremos que nada aconteceu. - Carl deu um ponto final nos pedidos de desculpas. - Quer ? eu não vou conseguir termina tudo isso sozinho. - Ele oferecia o pudim de chocolate.

Comemos o pote inteiro em poucos minutos. Nada aconteceu; a não ser dois zumbis que passaram ao longe, na floresta e nem nos notaram. Acho que Carl tem bipolaridade.

– Eu tenho um desafio para a Dixon. - Carl brincou, mas falou num tom completamente desafiador.

– Eu aceito. - Nem sabia o que era, mas aceitei.

O desafio era simples: pegar o sapato de Carl que estava no quarto com um zumbi. Eu tenho uma puta sorte, um namorado de olhos azuis encantadores, mas que perde a merda de um sapato num quarto com zumbi.

– Quando eu voltar com seu maldito sapato espero uma bela recompensa. - Falei.

Abri a porta e o zumbi veio cambaleando em minha direção. A faca que Carl me entregou antes de entrar no quarto foi o suficiente para matar o zumbi e conseguir pegar o sapato dele. Voltei balançando o sapato na minha mão.

– Minha recompensa. - Relembrei.

Carl se aproximou e seus lábios rapidamente selaram os meus. Tinha gosto de pudim de chocolate. Carl começou a dar alguns passos e acabamos caindo na única cama que havia no quarto. Eu não queria aquilo, não naquele momento.

– Carl, o que pensa que está fazendo ?. - Perguntei ofegante.

– Ué, sua recompensa. - Ele respondeu.

– Ah, que bela recompensa. Vamos, Daryl vai notar que estamos demorando demais.

Beth tentava jogar xadrez com Daryl, mas a coisa não funcionava bem quando chegamos. Rick estava sentado no sofá e Carl foi sentar ao lado dele, enquanto eu para despistar qualquer coisa sentei entre Beth e Daryl.

– Emma, ensine teu pai a jogar xadrez. - Beth falou revoltada com as várias vezes em que Daryl não entendia nada.

Peguei algumas peças e iniciamos outra partida. Rick e Carl conversavam muito seriamente e com o silêncio na mesa dava para ouvir os risos apaixonantes de Carl. Fazia anos que eu não jogava xadrez, mas parecia que eu estava ganhando.

– Xeque!. - Exclamei.

Beth tentava fazer alguma jogada quando alguém bateu na porta. Todos ficaram espantados e encarando a porta. Vão me dizer agora que zumbis sabem bater em portas ?. Rick se levantou e olhou através do olho mágico.

– É para você. - Rick voltou rindo.


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Notas finais do capítulo

E ai ? Enfim, começarei a seguir um pouco a série como estão vendo. Quero comentários e até o próximo.



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