Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 14
Capítulo 14: Quem é capaz de explodir de raiva...


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, tudo legal com vocês ?. Bom, por que temos três pontinhos - mais conhecido como reticencia. - no capítulo ? Porque este capítulo será dividido em duas partes em forma de uma única frase. Gostaram do novo episódio de twd ? Eu gostei, adorei. Enfim, obrigada pelos comentários e eu estou com 39 acompanhantes é tipo muita coisa para 14 capítulos *-* obrigada novamente. Enfim, capítulo está ai, qual será a reação de Carl sobre o Daryl ?. Boa leitura.



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POV EMMA.

Como era inexplicável encontrar Daryl vivo!. Ele estava vivo. Eu sentia que ele estava vivo, mas acreditava que nunca o encontraria, porém, ele estava lá a minha frente ou melhor, me abraçando. Não existia momento tão especiais nesse mundo, mas tinha sim e este com o Daryl foi o melhor.

– Como está Rick ?. - Daryl levantou o olhar ate a garota loira da qual eu tentava lembrar o nome, mas não me recordava. Rick deu um sorriso meio torto. - Aguente fazendeiro.!

Eu não entendi o lance do fazendeiro, mas não falei nada, continuei abraçada em Daryl.

– É bom encontrar você. - Daryl agora olhava nos meus olhos. Seus olhos azuis eram bem receptivos e provocava uma sensação muito boa em mim. - Eu pensei que você estava...

– morta ?. Não, minha mãe conseguiu me jogar na fazenda do meu avô antes que ela virasse uma dessas coisas.

– E seu avô ? cade aquele velho rabugento ?. - Não respondi. Eu tentava não lembrar do que aconteceu com John ate tinha me acostumado com aquilo, mas era ruim - ainda - lembrar dele. - Nós sempre perdemos pessoas Emma, se acostume.

A morte sempre esta conosco, andando conosco, sempre conosco, mas ninguém nunca está acostumado demais para vê-la chegar ou nos surpreender.

– Calma... você é filha dele ?. - Carl apontava para Daryl totalmente revoltado. Eu iria responder, mas Carl me atrapalhou com ainda mais palavras. - Você deveria ter me contado.

Carl deu meia volta e saiu. Eu tinha que explicar para ele tudo, mas ele também tinha que me entender. Era uma coisa totalmente importante para mim e não devemos confiar em qualquer uma, mesmo que ele seja angelical. E agora que meus sentimentos estão completamente confusos. Eu estava feliz por ver Daryl vivo e revoltada com Carl. Francamente, são as pessoas que deixam as coisas ruins.

– O que o garoto tem ?. - A voz rouca e grossa de Daryl invadiu minha mente.

– Ele só quer um pouco de atenção. - Tirei meu olhar da porta e encarei Daryl.

A garota ainda cuidava de Rick, mas percebemos que ele realmente estava melhor. Os ferimentos que foram cuidados melhoram muito com o álcool. Passou um pouco de tempo e Rick passou da febre, tinha um corpo um pouco mais duro, mas seu olhar ainda estava retardado.

– Eu me lembro de você... - Sentei ao lado da garota loira. - Só não lembro seu nome.

– Beth. - Ela respondeu e eu lembrei de tudo. Beth Greene, filha de Hershel Greene e irmã da garota mais velha. - Eu não sabia que a neta do John era filha de Daryl.

– Meu avô nunca gostou de Daryl, ele achava ele um idiota caipira.

– Estranho... você não chama Daryl de pai.

Eu não sabia o que responder. Beth tinha direito de falar aquilo, mas eu precisava de uma resposta. Acho que foi o costume de não conviver com ele e sempre ouvir minha mãe o chamar de ''Daryl''. Sem obter nenhuma resposta, Beth sorriu e me convidou para preparar alguns enlatados.

– O que rolou com Carl ?. - Ela sabia de alguma coisa ou ficou sabendo. Eu simplesmente não sabia onde enfiar minha cara.

– Está revoltado porque não contem a ele que Daryl era meu pai. - Respondi ainda em estado de vergonha. - Sabe, como eu vou saber que ele conhecia Daryl ?.

– Mas você deveria ter contado. Se você quiser criar uma relação com ele que seja verdadeira e não cercada de mentiras.

Beth estava errada. Eu acho que não precisava contar tudo à ele, as vezes não devemos nos abrir demais para alguém, ai ela vai lá e destrói tudo que contei.

– Vá chamar o ''senhor emburradinho''. - Beth brincou.

Respirei fundo. Era a minha primeira briga com Carl e eu não sabia como encara-lo naquele momento. Em pouco tempo eu o conhecia muito bem para saber que ele era uma fera revoltado, uma completa fera.

Carl estava sentado no último degrau dos poucos que havia na entrada da casa. Ele estava usando o seu chapéu - e ele só o usava quando estava bravo ou revoltado.

– Carl; entre; Beth está chamando. - Falei firme e grossa mesmo não demonstrando me espantei com a minha atitude.

– Eu não quero. - Ele retrucou sem olhar para trás.

– Para de ser uma criança !!. Vamos logo.

– Eu não sou criança.

Carl levantou e antes de entrar parou ao meu lado. Seus olhos azuis chocaram-se contra os meus e isso literalmente gerou uma raiva dentro de mim. Ele não deveria estar olhando e estar assim comigo.

Sentei ao lado de Daryl. Carl sentou entre Beth e Rick - que felizmente conseguia andar sozinho. - e pegou um enlatado. No começo do jantar Carl tinha a cabeça sempre abaixada encarando o enlatado.

– Os olhos de Emma são bonitos, não acha Carl ?. - Beth queria quebrar o gelo que havia entre nós.

– Prefiro os seus.

Ele provocou. Só falou aquilo para me atingir e conseguiu bem em cheio. Eu não queria ter uma daquelas cenas de ciúmes, mas tive em silêncio. Revirei meus olhos e continuei com o meu enlatado.

– Prefiro os de Emma. - Daryl confortou a mão no meu ombro. - Teve a quem puxar.

Beth e Rick riram. Se Merle ou minha mãe estivessem aqui com certeza estariam rindo de Daryl. Merle sempre me contou que Daryl não era de demonstrar sentimento, quando minha mãe contou à ele sobre a gravidez ele só conseguiu falar ''puta merda''. Completamente estranho.

– Você ainda consegue beber nesse fim de mundo ?. - Fiquei um pouco revoltada ao ver Daryl com uma lata de cerveja na mão.

– Só um pouco. - Ele respondeu. - Será a última.

Beth continuava a comunicar a Rick os perigos em tentar fazer alguma atividade firme. Beth falou que ele já estaria bem melhor amanhã, mas não era para gastar a carga de energia dele. Eu bem queria prestar atenção na conversa que os três estavam criando, mas meus olhos não saiam de Carl. O garoto idiota sentado na mesa quieto observando todos, menos a mim.

Decidi para de me importar com Carl e passei a prestar atenção na conversa chata. Eles estavam discutindo sobre o passado na prisão e sobre os outros do grupo. Rick comentava sobre a surra e Daryl sobre a morte de Hershel. - só agora descobri que o velho morreu.

– Foi uma grande perda. - Daryl murmurou por fim.

– A perda mais importante que nós tivemos. - Rick completou.

– Mais importante que a morte da minha mãe ?. - Carl perguntou e todos nos entreolhamos. - Você não entende, você é um cuzão.

Carl novamente saiu e aquilo me irritou. Ele não entendia o que a mãe dele fez com os sentimentos de Rick e como o machucou. Eu sei que Carl nunca irá superar a morte da mãe dele, ele pode ter ate se acostumado com ele, mas ela não foi nenhuma santa.

– Eu vou falar com ele... - Eu entraria numa conversa séria com Carl.

Daryl me olhou um pouco enciumado, mas deixou passar. Talvez ele pensa-se que nós eramos amigos e não o que realmente eramos ou somos, eu não sabia o que pensar.

– Carl... - me aproximei dele. Era um pouco mais escuro e Carl chutava algumas pedras na entrada. - Precisamos conversar.

– Não quero conversar. Muito menos com você. Você não confia em mim. - Ele me encarou.

– É claro que eu confio em você Carl. Por quê não confiaria ?.

– Se você confiasse em mim, contaria sobre Daryl. Eu pedi aos céus que Daryl fosse meu pai e depois descubro que você é filha dele.

– Você quer que eu saiba que você queria isso ?. Você deveria agradecer pelo pai que tem. - Gritei. - Você sabe o que é crescer sem pai ? você tem um pai super bacana e ao invés de apoia-lo você deseja outros. Você deveria dar valos as coisas e pessoas.

– Eu dou valor, mas não quero ter um fracote como pai.

– É ? então tente passar mais de 10 anos sem comemorar um dia dos pais, de nem conseguir chamar seu próprio pai de pai. - Carl tentava falar alguma coisa, mas eu aumentei meu tom de voz. - Você é patético e mimado. Você não duraria nada aqui fora.

Carl ficou em silêncio. Seus olhos azuis me fitavam, matavam, odiavam e qualquer outro sentimento. Eu não sabia se alguém dentro da casa havia ouvido aquela gritaria, ou melhor, a minha gritaria, mas também tanto faz.

– Você é patética.

Carl desapareceu na porta e depois de algum tempo Daryl apareceu. Aquelas palavras, aquele tom, aquele olhar todos definitivamente acabaram comigo. Ele estava revoltado, mas não precisava ser assim. Talvez nem eu precisasse ser assim, ambos estavam errados.

– Conseguiu conversa com o garoto ?. - Daryl passava cautelosamente seu braço sobre meu ombro.

– Não, ele está pirado. - Respondi. Daryl olhou para porta e logo após me encarou. O jeito pelo qual ele me puxou para mais próximo do corpo dele era como quebrar uma grande barreira dele e talvez ate minha. - Sabe... estive pensando... por que você sumiu quando eu era pequena ?.


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Notas finais do capítulo

Qual será a resposta de Daryl ?. Eu também reparei que Emma em seu pensamento chamou Daryl de ''pai'' estranho né ?. Comentários. Beijos, ate o próximo.