Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 13
Capítulo 13: Encontrando.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, eu tenho 2 recomendação e mais de 2.000 visualizações. Obrigada por tudo e ate pelos comentários. Obrigada Anna e Fernanda pelas recomendações.
Sobre o capítulo... o capítulo é o pov do Daryl, espero que gostem. Boa leitura.



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POV DARYL.

Estávamos novamente sem rumo, desta vez todos estão separados. A morte de Hershel mexeu bastante com Beth; a garota não quer demonstrar, mas dá para perceber nos olhos dela. As Greenes sempre demonstravam o que sentiam atrás do olhar. Foi assim entre Maggie e Glenn.

Passamos semanas vivendo em pequena casas. Eu estou ficando cansado, literalmente cansado. Já perdemos pessoas demais e eu perdi a coisa mais importante da minha vida, desta vez não posso perder Beth. Tenho ela como minha irmã e o que for preciso fazer para deixa-la a salvo, eu farei. Ela me lembra este alguém...

– Daryl... estou cansada. - A voz de Beth ecoou na minha cabeça.

– Espere. Teremos uma cidade daqui a pouco. - Falei sem olhar para trás.

A garota ficou em silêncio e continuamos a andar. A noite estava fria e começava a ficar mais perigoso. Com pouca visibilidade e com as nossas armas não conseguiríamos sobreviver a qualquer ataque.

Conseguimos chegar na cidade em pouco tempo. A lua começava a ficar brilhante quando chegamos lá. Parecia vazia e bem esquecida. Faz tanto tempo que a luz da Lua não me criava nenhuma sensação.

– Beth procure enlatados, vou procurar algum lugar. - Peguei as únicas flechas que me restavam.

Tinha uma casa após um bar e parecia intacta. Branca com janelas de vidro e vendo-se de longe não via-se nenhuma movimentação lá dentro. O tapete de entrada tinha escrito '' Seja bem vindo '' com letras inclinadas escritas em dourado.

Na sala não havia nenhum zumbi. O sofá estava abaixo da janela e tinha uma mesa de centro com uma maçã pobre. Do meu lado esquerdo vinha a cozinha. Uma mesa pequena, uma geladeira branca e o fogão velho. Na geladeira só tinha água e isto já era uma esperança.

Havia quatro quartos no andar de cima. Todos tinham sua placa de identificação e o primeiro que entrei fora o do ''Sam''. Estava limpo e bem bagunçado assim como todos os outros. O último que entrei era de uma garota. Os papeis de parede em rosa, a cama com tudo rosa e o urso na cama abalou minha cabeça. Por quê justo agora ela tem que vir na minha cabeça ? eu a deixei com a mãe dela, ela não precisa vir aqui.

Após garantir que o lugar era seguro procurei por Beth. Encontrei a garota voltando de alguma rua com alguns enlatados na mão e latas de cervejas.

– As cervejas são para você. - Ela as entregou sorrindo.

– Obrigado.

– Conseguiu alguma coisa ?.

– Uma casa limpa, o perímetro está limpo, mas não sei por quanto tempo. - Respondi.

– Está ficando frio. Vamos entre, irei preparar alguns enlatados.

Entramos e Beth foi preparar os enlatados. Procurei alguma coisa para fazer. Eu não estava afim de conversar sobre nada, só queria pensar no que seria amanhã nesta cidade que a qualquer momento poderia ser invadida.

Beth deixou um enlatado comigo e pegou outro. Comíamos em silêncio ate ela abrir a boca:

– Deveríamos fazer algo.

– O quê ?. - Perguntei um pouco irritado. Ela não devia cobrar isto de mim, nem deveria.

– Não somos os únicos sobreviventes. Não podemos ser.

– Somos os únicos sobreviventes aqui.

– Não; não somos. - Ela retrucou firme e aquilo me espantou. A garota que antes só cuidava da bravinha; hoje está falando firme. - Rick e Michonne podem estar por perto. Maggie e Glenn odem ter escapado do Bloco A.

– Você realmente acha isso ?.

– Sim. Logo o Sol nascerá e você irá procurar algum lugar comigo. Não adianta reclamar.

Assim que ela falou isso ficamos em silêncio. Ela voltou com o seu enlatado e eu fiquei encarando ela. Em poucas semanas ela havia mudado tanto; o olhar, o jeito. Tudo o que ela faz agora está mudado. Talvez a filha mais nova de Hershel tenha mudado, assim como a outra.

Beth foi dormir e eu continuei na sala sentado na sofá ao lado do abajur que talvez nunca foi aceso. A luz da sala estava ligada e talvez dois zumbis estariam arranhando a porta de entrada. Beth havia deixado sua faca e com ela eu furava a mesa do abajur.

You cried, I died

I should have shut my mouth, things headed south

As the words slipped off my tongue, they sounded dumb

If this old heart could talk, it'd say you're the one

I'm wasting time when I think about it ♪ ...

Quando decidi dormi o Sol quase começava a chegar. Isto seria apenas uma desculpa, mas Beth não aceitou. Beth me acordou quando já era tarde, quase escurecendo. Ela ficou me esperando e ficou no quarto ate eu levantar. Ela começava a me revoltar.

– Vamos levante. - Ela exclamava. - Você precisa me ajudar a encontrar alguém.

– Quem ? nesse fim de mundo ?. - Falei enquanto arrumava minha besta.

– Maggie ou Glenn, Rick ou Michonne. Eles não devem ter ido longe.

– Eles estão mortos. - Decidi falar a verdade. - Todos morreram. Maggie morreu, Glenn morreu; todos morrerem. Agora você pode acreditar ?.

– Incrível. Você desiste fácil, pensei que não era assim. - Ela murmurou desafiadora.

Acabei descendo com ela e saímos. Estávamos procurando um carro quando veio vários disparos. O barulho ecoou atraindo alguns zumbis. Beth pegou sua faca e eu minha besta. Morreríamos ali, estávamos sem munição e não conseguiríamos sair dali vivo.

– Beth, tome cuidado, o cuidado maior possível. - Exclamei ficando afrente de Beth. - Você sabe se cuidar, sempre soube.

Os tiros começaram a se aproximar e depois que matei um zumbi vi um garoto com duas mochilas correr. Eu conhecia ele. Era Carl. Carl estava vivo e pela primeira vez eu quebrava a cara de alguma coisa que falei. Beth sorriu para mim quando olhou a imagem de Carl correndo ate nós.

– Ei... como sobreviveram ?. - Ele gritava.

– Tem armas ?.

Carl nos entregou armas e assim acabamos com os zumbis. Depois de matarmos o último zumbi, Beth abraçou Carl e perguntou como ele sobreviveu.

– Meu pai. Ele me ajudou, agora ele precisa de ajuda. - Carl falou apressado.

– Aonde ele está ? nos leve ate ele. - Beth segurava o rosto de Carl.

– Tem uma garota cuidando dele, mas ele precisa de ajuda. Vamos.

Entramos num carro e seguimos pelo caminho que Carl falava. Eu esperava encontrar Rick vivo e não ligava mais para o que falei. Deveria ter alguém vivo, pessoas vivas. Talvez o nosso grupo estava vivo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que foi fraco, mas o que interessa vai ser a continuação. Espero comentários beijos.