Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 12
Capítulo 12: Pais e filhos.


Notas iniciais do capítulo

Uma novidade nada interessante: minha mãe devolveu o monitor.
Sim, eu e meu irmãos enchemos tanto a adorável que acabamos por conseguir o computador.
Sobre os próximos capítulos eu seguirei algumas coisas da série. E como está esta nova fase ? estou muito feliz com o resultado dela, só estou esperando mais comentários como sempre. Quero todas as críticas e elogios.
O nome do capítulo não foi uma homenagem a Renato Russo nem nada, eu só achei interessante colocar este nome. Obrigada pelos comentários e boa leitura.



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POV EMMA.

Acordei desajeitada na única poltrona da sala. Acabei dormindo por lá mesmo caso Rick precisa-se. O estado dele era terrível, durante a noite toda ele não acordou e nem me acordou. Eu sentia tanta dó de Carl por isso. Carl desceu depois de um tempo e me chamou de canto.

– Está tudo bem ?. - Ele perguntava.

– Sim, está. Só estou com uma dor no corpo porque dormi de mal jeito. - Respondi.

– Como você não pode sair de casa, eu vou ate a cidade e vou pegar os medicamentos que precisa. Você irá ficar bem ?. - Ele parecia preocupado e seus olhos azuis me chamavam bastante atenção.

– Claro que sim. Eu sei me defender.

Carl pegou uma mochilha preta e colocou algumas armas. Antes de sair Carl veio ate mim e deixou um beijo em minha testa.

– Eu te amo. - Ele sorriu.

– Eu também te amo. - Afirmei.

Ainda bem que Carl sabia dirigir. Era péssimo, mas sabia. Voltei a sentar na poltrona ao lado do sofá preto onde Rick estava dormindo ou descansando.

– Cante... - A voz tremula de Rick me fez assustar. - Por favor, cante...

Eu iria cantar. Cantar qualquer coisa que aparecesse na minha mente. O que Rick pedisse eu faria com prazer.

– Hey Jude don't make bad.. - As primeiras letras saíram falhadas e desafinadas.-... take a sad song and make it, Remember to let her into your heart, then you can star to make it better... - Rick continuava a sorrir e acompanhar meus lábios com o olhar. - ... Hey Jude don't be afraid, you were made to go out and get her...

Continuei a cantar e Rick permaneceu o mesmo: sorrindo e acompanhando com o olhar. Depois da música acabar consegui encontrar um pouco mais de gaze na gaveta e assim limpei os ferimentos de Rick.

Rick estava com febre, corpo molhe e não conseguia sentar sem ajuda. Era horrível ver ele assim e ter que cuidar dele.

– Sabe Emma; você é bem especial... - Cada palavra que Rick tentava falar era mais uma agonia na vida dele. - Você é especial para Carl, portanto, é especial para mim.

– Vocês também. Eu só não entendo uma coisa... - fiz uma pausa e pensei se realmente queria fazer esta pergunta. - Por quê você e Carl são tão afastados ?.

Rick tossiu e colocou a mão sobre a barriga. Respirou fundo e olhou para mim. Seus olhos azuis me fitaram me fazendo imediatamente querer retirar a pergunta, mas ele a respondeu.

– Carl acha que eu não pude salvar a mãe dele, que eu não quis. Talvez ele esteja certo, talvez eu sentisse tanta raiva da mãe dele que queria que ela morresse.

– Carl está errado. Ele não pode pensar assim.

– Sim, ele pode. Eu não salvei ninguém do meu grupo e hoje, não sei com andam. - Rick fechou os olhos e novamente dormiu.

Depois que Rick acabou dormindo eu decidi pegar um pouco de ar. Sai e fiquei caminhando em frente a nossa casa. Não havia nenhum zumbi ou qualquer outro perigo.

Depois voltei e novamente sentei na poltrona. Comecei a folhear uma revista velha enquanto Rick dormir e Carl demorava. Já havia passado um bom tempo. Eu não queria me preocupar, talvez ele queria pegar mais medicamentos para o pai ou talvez... sei lá.

– Emma... - Rick novamente tentava falar sem sentir dor. - Será que você pode ler alguma coisa ?. Eu odeio silêncio.

– Espere um momento. - Eu não iria ler uma revista velha sobre mulheres para Rick. Eu iria ler o diário do garoto. - Pronto, aqui está.

Comecei a ler e Rick ficou bastante atento. Novamente meu avô estava na minha cabeça, mas desta vez eu não conseguia chorar. Estava mais preocupada com Carl por saber que ele está vivo. É horrível ter um pensamento assim, mas meu avô teve seu tempo aqui.

Li ate a página 34 e Rick as ouviu perfeitamente. Rick fez um breve comentário antes de me pedir para ajuda-lo a levantar. ''Este garoto é um poeta'' Rick comentou '' Porém não sabe o que fala.''

– Rick, sabe... Você nunca falou como John morreu.

Novamente veio silêncio de Rick. Desta vez foi um silêncio bem maior. Ele tentou disfarçar o olhar nervoso, porém, suspirou fundo e começou:

– Os zumbis estavam chegando. Eu pedi para John correr para o carro, mas ele mandou eu ligar o carro e ficar esperando ele lá. Eu fiz, mas quando olhei para trás John largava a arma e esperava os zumbis chegarem nele. Eu juro Emma, eu tentei ajudar. - Rick parecia exaltado. - Mas ele não quis. Ele começava a tossir e não queria vir.

– Malditos cigarros. - Foi a única coisa que saia da minha boca.

Carl estava demorando demais. Nesse tempo consegui preparar um enlatado para Rick e faze-lo comer tudo. Ele não queria, parecia uma criança chata, porém, comeu tudo.

– Eu gosto do teu silêncio... - Rick murmurou. - É tão barulhento. Ele conforta.

– Outras vezes ele destrói. - Completei.

O tempo novamente passou. Rick dormiu novamente e eu consegui tomar um banho rápido. Depois de voltar para sala; dormir e acabar sonhando novamente com Daryl voltei a observar Rick. No meu sonho Daryl queria falar comigo, mas eu não ouvia absolutamente nada.

Já era noite e meu coração e meus olhos não paravam de olhar através da janela. Rick continuava dormindo. Eu não queria contar que Carl estava fora e o deixar ainda mais preocupado.

– Rick, vamos levante... - Falei voltando da cozinha.

Rick continuava em silêncio e deveria estar dormindo. Me aproximei com calma dele e sentei no chão ao lado do sofá.

– Vamos Rick. - Não tive nenhuma resposta.

Comecei a ficar ainda mais preocupada. Desta vez o peito de Rick parecia não se mexer e suas mãos pareciam geladas. Ele não poderia morrer. Eu não podia deixa-lo morrer. Comecei a balançar Rick e ele não demonstrava nenhuma reação.

– Vamos seu idiota. Você não pode deixar Carl, não pode. Vamos idiota, levante. Vamos seu burro, idiota. Pare com isso. - Eu chorava e gritava ao mesmo tempo. - Pare de ser um cuzão e enfrente esse medo.

Eu não sabia o que fazer quando a porta abriu e Carl apareceu, mas ele não estava sozinho. Uma garota loira entrou junto à ele e eu tinha uma falha lembrança dela. Quando a última pessoa entrou meu coração gelou.

Era Daryl!. Sim; Daryl Dixon. Ele estava tão mudado e tão igual. Estava velho e não parecia o garoto da minha foto, porém, seus olhos eram iguais aos da foto: vividos.

– Daryl... - murmurei. - Daryl. - Eu corri para abraça-lo.

– Emma; você está viva. - Daryl comenta feliz e ao mesmo tempo me abraçando.

Neste meio tempo a garota conseguiu fazer Rick voltar a respirar e já limpava os curativos dele. Eu não sabia desgrudar de Daryl, nem do abraço dele. Todos na sala estavam nos olhando assustados e curiosos.

– Vocês já se conhecem ?. - Carl perguntou.

– Emma... Emma é minha filha. - Daryl respondeu.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam ? estou aceitando críticas. Comentários.
Estou pensando e o que vocês querem a continuação ou um pov do Daryl para saber como ele estava depois do fim da prisão ?. Até o próximo e não se esqueçam de comentar, favoritar ou recomendar. Ah, eu peço de deem uma olhada na minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/471220/Live_and_let_die/ . Espero que possam gostar e tudo. Beijos.