The Youngest Major in Texas escrita por Mrs House


Capítulo 8
Achados e perdidos


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou acelerando o máximo que ouso...



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Bella POV

Escondida atrás da proteção de uma árvore de tronco grosso, olhei ansiosa para a grande casa dos Cullen. Meus sentidos aguçados me diziam que haviam cinco pessoas dentro, tenho certeza que meu coração estaria martelando em meu peito se pudesse.

Respirei fundo para fins puramente psicológicos e caminhei lenta e ruidosamente, entregando minha aproximação. A última coisa que precisava era ser confundida com uma ameaça.

Os cinco surgiram na porta da frente quando eu estava na metade do caminho e apresentavam uma postura tensa. Um deles, que julgo ser Emmett, era enorme e tinha curtos cabelos negros. Ele estava na frente de uma loira, o tipo que é capaz de acabar com a alto-estima de qualquer garota no mesmo aposento, Rosalie?

Uma morena estava meio escondida atrás de um vampiro alto e loiro, provavelmente Carlisle e sua mulher Esme. O último estava em pé ao seu lado e olhava para mim com frustração, nem de perto tão musculoso quanto o grande, sua aparência indicava que foi transformado em uma idade mais jovem que os demais, seus cabelos rebeldes tinham um curioso tom bronze. Edward.

“Não se preocupem.” Tentei soar o mais calma e confiante o possível. “Não desejo fazer-lhes mal.”

Os olhos de Esme focalizaram nos meus, ela relaxou com um pequeno sorriso e saiu detrás da proteção de seu marido, mas Edward segurou seu pulso, detendo-a.

“Por favor, Edward, nunca faria mal a Esme.”

“Como sabe nossos nomes?” Ele rosnou.

“Meu nome é Bella e vim de muito longe para conhecê-los, sua reputação os precede.”

“Bem, Bella.” Carlisle assumiu o papel de líder. “Acho melhor trazermos essa conversa para dentro, não queremos chamar a atenção dos visinhos.” Esbocei um sorriso para sua fraca tentativa de aliviar o clima, as coisas não estavam se saindo tão bem quanto planejei, mas os segui para dentro tranqüila de que não iriam me machucar.

A casa Cullen era imensa. Três das quatro paredes da sala eram de vidro, deixando-me livre para apreciar toda a beleza da floresta de pinheiros coberta de neve que a rodeava. O primeiro andar dividia espaço com uma cozinha e uma escadaria levava para o andar de cima.

Eles ocuparam aos pares os vários sofás dispostos formando um quadrado, provavelmente seu local de reunião, Edward dividindo o maior com Carlisle e Esme. Sentei-me sozinha e senti todos os pares de olhos dourados me inspecionando.

“Você aparentemente já sabe sobre nós.” Confirmei com a cabeça a afirmação de Carlisle. “Por que não nos conta sobre você?”

“Por onde devo começar?” Perguntei para mim mesma, mas sabendo que eles ouviriam.

“Que tal pelo início? Sua transformação.” Esme sugeriu. Seu rosto de formato de coração emoldurado por ondas caramelo indicava uma pessoa extremamente gentil.

“Tudo bem. Nasci em Houston, Texas no ano de 1845 e fui mordida aos 18 anos para me juntar a um exército. Mas os Volturi destruíram a todos antes que eu fosse obrigada a lutar, tenho vivido com eles desde então.”

“Você é um membro dos Volturi?” Rosalie rosnou para mim.

“Não mais, apesar de ter prometido voltar quando necessária.” Assegurei a todos. “Como vocês bem sabem, é difícil conviver diariamente com vampiros que não compartilham nossa dieta.” Carlisle assentiu.

“Quando você decidiu abandonar o sangue humano?” Ele perguntou.

“Ao final do meu primeiro ano como recém nascida Aro percebeu minha relutância em tirar vidas e me falou de você.” Sorri carinhosamente para ele. “Mesmo sem me conhecer, você me guiou, Carlisle.” Ele e Esme sorriram calorosamente para mim.

“Vocês provavelmente estão se perguntando o que me levou a negar meus instintos em uma idade tão jovem.” Deixei minha mente vagar para o passado distante. “Quando eu era humana, me casei com meu melhor amigo, seu nome era Jasper e ele era um major do exército confederado.” Respirei fundo. “Na manhã de nosso segundo dia de casados, ele saiu em uma missão de evacuar a cidade de Galveston e nunca mais voltou, quando fui procurá-lo...” Hesitei por alguns segundos. “Houve um pequeno acidente com uma cobra, minha égua se assustou e me deixou sangrando na estrada, foi assim que meu criador me encontrou. Toda vez que eu matava um humano, pensava se uma família ficaria esperando por um membro que nunca mais voltaria. Uma esposa esperando por seu marido como eu exaustivamente esperei pelo meu.”

“Eu sinto muito.” Rosalie sussurrou, seu olhar parecia entender o que é ter seus sonhos roubados.

“Obrigada.”

“Você disse que abandonou os Volturi?” Carlisle perguntou e eu assenti, quase pude ouvir o estalo em sua cabeça quando ele entendeu o motivo de minha visita. “Você veio com a esperança de se juntar a nós, não é?” Olhei nos fundos dos olhos de cada um buscando algum sinal de hostilidade.

“Se vocês me aceitarem.”

Esme foi a primeira a acenar para Carlisle, Emmett e Rosalie se olharam por alguns segundos antes de concordarem em uníssono. Edward encarou-me por vários segundos, provavelmente tentando ler meus pensamentos.

“Você não vai desistir, não é?”

“De que outra maneira saberei se posso confiar em você?” Seu tom não era hostil, mas carregado de significado.

Levantei meu escudo com relutância e foquei nas lembranças que envolviam minha antiga dieta e minha decisão de vir procurá-los. Quando o recoloquei no lugar Edward parecia desnorteado, ele acenou levemente com a cabeça.

Carlisle olhou para mim, por mais que os outros tivessem concordado comigo aqui, ele sempre teria o voto de Minerva. Engoli em seco. “Bem vinda à família.”

A próxima coisa que notei foi que estava presa em um abraço de urso. “Eu sempre quis uma irmã!” Emmett riu em minha orelha e eu o acompanhei.

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“Bella?” Edward bateu à porta de meu quarto.

“Entre.” Sorri para ele. Com o passar do tempo nossa relação melhorou muito, posso sinceramente chamá-lo de melhor amigo agora.

“Carlisle e Esme têm um presente para você.” Ele me entregou uma pequena caixinha de veludo e veio se sentar junto a mim, perto da janela.

Abri com cuidado para não estragar o material, a visão de seu conteúdo fez com que eu engasgasse em lágrimas não derramas. Um medalhão com o brasão Cullen. Passei o dedo lentamente sobre o relevo, sentindo sua textura, o toque frio da pedra.

“Coloca em mim?” Ele sorriu e o prendeu com cuidado em meu pescoço, ao lado da relíquia de Jasper.

Edward me observou atentamente enquanto eu pegava um pequeno cartão que estava escondido embaixo do pingente.

Cara Bella, Ele dizia na caligrafia floreada de Esme.

Três anos se passaram desde que você entrou em nossas vidas e roubou para si um pedaço de cada um de nossos corações gelados.

Nossa família nunca esteve mais completa e já é hora de lhe dar isso, para que saiba que é oficialmente parte de nós.

Com amor, Mamãe e Papai.

Estaria chorando se pudesse. “Tenho que procurá-los.” Tentei me levantar mas Edward segurou minha mão. “Todos sairiam para caçar e estarão de volta ao amanhecer.” Ele explicou. “Eu queria conversar com você a sós.”

Esperei em silêncio, mas ele não falou nada por vários minutos.

“Quando você contou sua história no primeiro dia, deixou de lado muitas coisas.” Ele olhou em meus olhos. “As emoções em seus pensamentos eram tão fortes... Eu gostaria muito de ouvir a história completa, se você quiser me contar.”

Sorri levemente para ele. “Obrigada, Edward, eu gostaria.”

Jasper POV

“Jasper, irmão, o que está acontecendo?” Peter se aproximou de mim. Olhei para ele como quem não entende. “Pensei que ao abandonar Maria e as guerras seu humor melhoraria, mas já faz quase sete anos e você parece tão deprimido e obscuro como sempre!” Ele ocupou o espaço ao meu lado na pequena clareira.

“Onde está Charlotte?” Perguntei, era raro eles saírem um do lado do outro.

“Caçando.” Ele deu de ombros. “Pensei que você estaria mais disposto a se abrir se estivéssemos a sós.”

“É isso, Peter, ou pelo menos quase isso.” Tentei explicar. “Essa solidão. Vocês dois me salvaram das garras de Maria, mas parece que ninguém consegue me salvar das minhas próprias garras. Meu dom.” Fiz uma pausa para organizar meus pensamentos. “Você faz ideia do quão difícil é matar quando posso sentir tudo que minha vítima sente? Todas as vezes que me alimento, sinto como se uma parte de mim morresse junto. E o amor de vocês. Essa é a emoção que nunca consegui nomear, não é? E sabe por quê?”

Ele me olhou atentamente, mas não me interrompeu. Levantei-me e comecei a andar pela clareira.

“Porque não sou capaz de senti-lo eu mesmo, perdi a capacidade de amar!” Arranquei uma árvore e a atirei contra outra. “Preocupo-me com vocês, gosto de vocês, mas não os amo.” A verdade tinha um sabor amargo em minha boca. “Eu não sei o que é amar, e não posso evitar sentir que há um buraco em mim, uma parte de meu ser foi arrancado há muito tempo, o pior é que não sei dizer o que.”

“Talvez seja a hora de você sair em busca do ‘Grande Talvez’” Ele sugeriu, sem mágoas ou maldade, apenas preocupação.

“Espero um dia voltar a revê-lo irmão.” Abracei Peter, um raro gesto de afeto. “E espero que quando esse dia chegue, eu esteja completo para partilhar de sua felicidade. Diga a Charlotte que a tenho em profunda estima.”

“Eu direi. Major.”

Nós batemos continência uma última vez e eu corri.

Não sei dizer por quanto tempo minha única companhia fora minha própria mente, minha sombra a única a andar ao meu lado. Tentei caçar com menos freqüência, até o ardor em minha garganta ficar simplesmente insuportável, e então eu sedia.

A experiência de correr sem rumo é revigorante, solitário, mas libertador. O completo desapego do tempo: os dias, meses e até mesmo anos não importam quando você tem toda uma eternidade à frente para se descobrir.

Em algum lugar da Filadélfia a chuva torrencial me pegou desprevenido, não que ela tivesse qualquer efeito sobre mim, mas gostaria de aproveitar um pouco mais minhas roupas antes de ter que matar alguém por novas.

Entrei em uma pequena lanchonete, meus olhos estavam escuros o suficiente para que ninguém prestasse muita atenção em mim. Ou pelo menos foi o que eu pensava. Uma parede sólida da maior mistura de sentimentos que eu já havia experimentado foi lançada contra mim, tão forte que quase me ajoelhei.

Felicidade, preocupação, afeto, admiração, ansiedade, até mesmo um pouco de amor, não o que Charlotte sentia por Peter, mas o que ela sentia por mim.

Seria irônico dizer que a fonte foi uma pequena vampira, tão pequena que parecia um elfo, sentada em um banco alto. Ela me encarava abertamente com um sorriso tão grande que começava a assustar os humanos em volta. Meu primeiro pensamento foi atacar, mas nada nela indicava violência, muito pelo contrário ela estava genuinamente feliz em me ver.

Ela saltou do banco e saltitou em minha direção, mal podendo se conter. De pé, com seus cabelos curtos alcançando os ombros e espetados para todos os lados, ela parecia a vampira mais inocente que eu já havia visto.

“Você me deixou esperando por muito tempo.”

“Sinto muito, madame.” Abaixei um pouco a cabeça como um bom cavalheiro sulista faria, não me lembro muito de minha vida humana, mas sei que minha mãe me criou para ser educado.


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