The Youngest Major in Texas escrita por Mrs House


Capítulo 15
... Mas podemos arrancar a cabeça dele


Notas iniciais do capítulo

TUDO PIRIGUETE! Essa é a minha resposta pra vocês que escreveram que o Jasper é de vocês, ele é meu u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458222/chapter/15

Bella POV

Olhei para fora da janela ansiosa, a batalha aconteceria amanhã, de acordo com Alice, então onde estavam os Volturi?

“Por favor, Bella, eles estarão aqui em alguns minutos.” Ela me garantiu mais uma vez.

Estávamos todos na grande sala contando histórias de nossas longas vidas, sentados o mais próximo o possível de nossos parceiros. Jasper passou a mão por meus cabelos, utilizando seu dom para me acalmar.

“Bella?” Mesmo estando do outro lado da sala, Petter se inclinou em minha direção. “Gostaria de ouvir sobre como Jasper salvou minha vida?” Olhei rapidamente para Jasper que parecia um pouco constrangido com toda a atenção concentrada nele, mas a curiosidade me venceu e assenti.

“Ao final meu primeiro ano com Maria, cometi o erro de deixar que outros recém nascidos inimigos me rodeassem.” Ele começou, seus olhos focados em algum lugar no passado. “Eles eram três e eu apenas só um, estava me alimentando em uma área pouco habitada de Monterrey e não percebi quando se aproximaram, uma distração que quase custou minha vida.” Charlotte segurou sua mão e descansou a cabeça em seu ombro, nenhum dos três gostava muito de se lembrar dos tempos com Maria.

“Sabia que haviam outros caçando por perto, mas nenhum deles se arriscaria para me ajudar, eu era completamente descartável. Consegui arrancar a cabeça de um antes que os outros dois me agarrassem, cada um de um lado. Jasper já estava me ensinando a lutar quando isso aconteceu, de qualquer outra maneira eu não teria durado até que ele chegasse. Tive sorte, ele sentiu meu desespero e foi ao meu auxilio.”

“Demora um pouco, mas depois que pego o teor das emoções de uma pessoa, posso identificá-la apenas pelo o que está sentindo.” Jasper sentiu minha confusão e explicou, seu hálito fazendo cócegas em meu pescoço.

“Jasper agarrou o da esquerda como um raio e o tirou de cima de mim, dando-me tempo para cuidar do outro.” Sorri para o homem ao meu lado e beijei sua bochecha.

“Bella.” Alice nos interrompeu. “Acho melhor você ir lá pra fora, eles estão chegando.”

Jasper e eu saímos para a varanda, não demorou muito para que os passos apressados da guarda chegassem aos nossos ouvidos. Os mantos pretos logo saíram da cobertura das árvores e suspirei ao ver Jane na frente deles. Corremos na direção uma da outra e nos abraçamos.

“Bells!” Ela exclamou. “Senti saudades.”

“Eu também, Jane, tanta coisa aconteceu desde que saí por conta própria.”

Demetri, Alec, Heidi e Felix se juntaram ao nosso abraço. Com eles vieram mais cinco guardas que eu não conhecia, por isso mantiveram distância com apenas um aceno de cabeça.

“Não acredito!” Ela suspirou. “Jasper?” É claro que ela já havia visto fotos dele antes.

“Eu disse que muita coisa aconteceu...”

“E você nem pra me ligar!” Ela brigou, mas sabia que não estava realmente brava, o sorriso enorme estampado em seu rosto não deixava dúvidas.

Ele se adiantou para apertar as mãos de todos. “Muito obrigado por terem vindo.” Quando chegou a vez de Jane ela simplesmente o abraçou.

“Sinto muito.” Ela disse ao ver como ele congelou em seu lugar. “Mas já ouvi tanto a seu respeito que sinto como se já nos conhecêssemos.”

“Gostariam de entrar?” Sorri para eles e indiquei o caminho até a casa.

Jasper POV

Com a chegada dos Volturi, a casa ficou extremamente cheia e as emoções dos outros vampiros começaram a me sobrecarregar depois de algumas horas. Não que estivessem muito preocupados, seríamos 23 contra os 20 recém nascidos e Maria, a vantagem estava conosco, mas eu sabia que as coisas podiam mudar rapidamente em uma batalha. Foi quase com alívio que notei a chegada do sol em meio as nuvens.

A floresta estava calma quando saímos em massa da casa até a campina onde costumávamos jogar, a apenas alguns minutos de corrida. A típica calmaria antes da tempestade. Respirei fundo e trouxe Bella mais perto de mim, seu cheiro sempre teve o poder de me acalmar.

Ocupamos a linha onde as árvores acabavam e esperamos. Eu e Bella no meio, ladeados por nossa família e primos, cada homem um pouco mais à frente das mulheres, o instinto de proteção é muito forte em nossa espécie. Os Volturi se posicionaram atrás de nós, mas sem seus mantos negros, não queríamos que Maria se assustasse e corresse, esse história terminaria hoje.

Eles chegaram sem fazer a menor questão de esconder sua aproximação, os recém nascidos eram difíceis de controlar em grandes números e Maria parecia ter desistido completamente. Como era de se esperar, suas emoções estavam em todos os lugares, alguns assustados e outros com medo, a única constante era a sede de sangue.

“Bella.” Delicadamente empurrei-a ainda mais para trás de mim, protegendo-a com meu corpo. Senti sua irritação, mas ela não lutou contra mim.

“Jasper.” Maria disse, fazendo um pequeno sinal com a mão para que os outros parassem. “Já faz muito tempo. Vejo que trouxe Petter com a namoradinha, como é mesmo seu nome, queria?” Seu sorriso e doce tom podiam ter me enganado antigamente, mas não agora que o ódio, desejo e ambição gritavam dentro dela. “Charlotte.” O nome estalou em sua boca. “Venham comigo agora e seus amigos não precisam morrer, tudo pode voltar a ser como era antes.”

Bella rosnou, atraindo a atenção de Maria, cujos olhos passaram dela rapidamente para mim. Quase pude ouvir o clique em sua cabeça quando ela percebeu a maneira como eu estava defensivamente posicionado à frente dela.

“Parece que você não demorou a me esquecer, Jasper.” Sua voz abandonara a falsa simpatia, as palavras saíam de sua boca como veneno. “Devo lembrá-lo de todas as vezes que estivemos juntos? Ou talvez de todas as vezes que você me procurou?”

Senti a raiva de Bella se inflando cada vez mais, mas o ciúmes não estava presente e meu coração pareceu dar pulos em meu peito. Ela me conhecia bem o suficiente para saber que todos os momentos com Maria não significam nada, ela confiava em mim.

“Disse a mim mesmo que você não sairia com vida dessa campina.” Falei pela primeira vez. “Mas se esses tais momentos significaram qualquer coisa para você, vá embora agora e nunca mais volte.”

“Jasper, eu o amo e não irei embora sem você.” Ela praticamente rosnou a última parte. “Sabe muito bem que não tenho medo de uma batalha.”

“Houve um tempo no qual eu teria acreditado em suas palavras.” Antes de reencontrar Bella, quando eu ainda vivia em uma constante batalha entre o homem e a besta, quando o único mundo que eu conhecia era feito de ódio e sangue. Nessa época, a luxúria e ganância de Maria se passaram por amor, mas agora eu sabia a verdade, sentia a verdade. Com os Cullen, eu vivia em uma bolha de companheirismo e carinho, Maria não podia mais me tentar. “Mas isso acabou.”

Assenti confiante para Alec que lançou uma névoa preta e grossa contra o exército de Maria, mas foi com choque que a observei bater em uma parede invisível. Maria riu loucamente.

“Você estavam assim tão assustado que teve de pedir ajuda aos Volturi?” Ela levantou uma sobrancelha. “É uma boa coisa que tenho um escudo.”

Foi aí que eu vi um pequeno garoto ao seu lado, não devia ter mais do que quinze anos e tinha uma expressão de extrema concentração.

“Jasper.” Eleazar sussurrou tão baixo que mal escutei. “O escudo dele funciona quase como o de Bella, não os protegerá de um ataque físico.”

“Mas vocês estarão vulneráveis a qualquer dom que eles tiverem no minuto em que atacarmos.” Bella sussurrou de volta, sabíamos que ela não poderia nos proteger individualmente em uma luta.

Assisti enquanto cada vampiro do nosso lado olhava para seu parceiro e família, pela primeira vez, senti apreensão em suas emoções, todos apostaram no dom de Alec para escapar da luta física. A determinação surgiu e se espalhou à medida que, um por um, eles assentiam para mim, confiando que eu lideraria o ataque.

Agachei-me em uma posição ofensiva e enviei a todos gratidão quando eles me imitaram.

“Que seja.” Maria rosnou e seus recém nascidos correram em nossa direção.

Encontramo-nos no meio do campo, qualquer humano na região pensaria que éramos uma revoada de trovões distantes. Observei rapidamente Bella se jogar contra o Escudo antes de concentrar-me em arrancar a cabeça do que estava embaixo de mim.

As coisas aconteciam quase rápido demais até mesmo para meus olhos treinados, não havia como saber quem estava ganhando. Com minha visão periférica vi que Maria corria para as árvores de onde saíra e me lancei como uma bala em sua direção.

Ela percebeu minha aproximação a alguns metros de entrar na proteção da floresta e se virou rosnando. “Vai mesmo me matar, Jasper?”

Rosnei em resposta e começamos a nos rodear, ouro trancado no vermelho, um tentando adiantar o movimento do outro, esperando para tirar vantagem de qualquer distração. Maria não era como seus recém nascidos, ela era experiente, letal. Assim como eu.

Um forte flash de dor fez com que eu desse um passo em falso. Trinquei os dentes, Esme. Maria se aproveitou do momento para se lançar em um ataque frontal, mas, no último segundo, deu um salto e foi parar atrás de mim. Quase não me virei a tempo apara segurar o braço que vinha na direção de minha cabeça.

Agarrei seu antebraço e ela torceu o corpo, sempre tentando me atingir pelo meu ponto cego, as costas. Rosnei e tentei segurar seu outro braço, mas ela conseguiu se libertar e voltamos à nossa posição inicial.

“Está um pouco enferrujado, Major.” Ela zombou, tentando me obrigar a atacá-la cegamente, tática que já havia presenciado várias vezes.

Dessa vez quem cometeu o deslize foi ela, quando um dos recém nascidos gritou seu nome em desespero, ela hesitou por um milésimo de segundo, não por compaixão, mas por saber que estava perdendo a guerra.

Sabendo que não haveria outra oportunidade como essa, corri em sua direção, usando meu braço direito para agarrá-la pela cintura e girar meu corpo para segurá-la com firmeza por trás.

O silêncio que se seguiu só era quebrado por um choro distante, mas não tive coragem de tirar os olhos de Maria para ver quem era. Bella estava à nossa frente no mesmo instante, uma parte de minha mente observou com alívio que ela estava bem.

Forcei Maria para baixo para que Bella pudesse pular em suas coxas. Observei-a enquanto se inclinava como se fosse beijá-la no pescoço antes de exibir seus dentes e separar a cabeça de Maria de seu corpo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

De quem será que era o choro? o.o