Two Moons — Fic Interativa escrita por Nim


Capítulo 1
Introdução




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A profecia que se ocorria a cada milênio se realizaria em breve. Estava escrito a sangue no diário do líder da sociedade Litost. E nela declarava que quando as duas luas aparecerem no céu coberto pelo infinito véu obscuro e com grande impacto, a Terra seria destruída. Mas se doze jovens específicos estivessem reunidos na ilha deserta de nome Komorebi, o planeta estaria intacto. Porém havia um preço por tudo isto.

Doze jovens nascidos de ventres de mulheres que tiveram suas vidas terminadas na sociedade Litost seriam sacrificados. Nestes doze jovens, eles portavam tais poderes: o controle da água, da luz, do fogo, da terra, do vento, do gelo e da cura; telecinesia, a possibilidade de voar — que estava relacionado ao grande Dragão —, teletransporte, conseguir controlar os raios e o controle do tempo.

Litost é uma aliança feita há milênios de pessoas que acreditavam em uma profecia de que esse grupo de jovens teria a chance de salvar todos se conseguirem mesclar seus poderes. E se localizavam na travessia da Espanha com Portugal, infiltrada em sua estrada.

Entretanto, após a decisão do principal líder, os jovens deveriam morar em países diferentes e com pessoas que não fossem seus pais. Poderiam viver como bem desejasse com seus superiores desde que a criança mais nova completasse seus 15 anos. Por mais que a sociedade fosse mínima ao público exterior, havia aquele que tudo controla: o grande Armim, aquele que seria o décimo terceiro jovem e o décimo terceiro poder, porém converteu-se ao grande mal.

Armim. O tão temeroso homem que se tornou para a sociedade Litost por não querer sacrificar seu corpo e aniquilar sempre dois do grupo durante quatro milênios. Com suas próprias mãos construiu uma grande catedral na qual residia na Arábia e Armim se escondia na penumbra de sua construção. Somente aparecia quando a profecia se iniciava. Ele tinha mãos com grande talento e, por isto, teve a capacidade de produzir um conjunto de mais 100 soldados de ferro — eram, literalmente, autômatos de dois metros —.

Adílio, o atual líder da sociedade Litost, tinha por volta de seus quarenta anos quando decidiu o rumo da vida daquelas doze almas. Sempre confinado na imensa biblioteca que aliança oferecia, estudava tudo o que podia para ajuda-lo, mesmo sabendo que nada poderia interferir no final daqueles jovens.

E sem se ausentar daquele profundo salão que abrigava centenas de estantes, aquele dia não foi uma exceção quando recebeu a noticia que o décimo segundo jovem tinha completado seus quinze anos.

Seus olhos conservaram o brilho ambíguo que carregava quando recebia algo de forte impacto, não saberia se era de surpresa ou de melancolia. Os músculos de seu corpo se contraíram e ele deixou o livro que lia repousar em seu colo. Sua expressão passou de monótona para apreensiva.

— Então Armim já sabe disto — perguntou em um fio de voz e viu a mulher de cabelos penteados para trás negar com a cabeça vagarosamente.

— Não sabemos — ela fez uma pausa. — Mas temo que sim.

No mesmo instante Adílio deixou modelar um suspiro em seus lábios e se levantou da poltrona que descansava, carregando seu livro na mão.

— Espero que não — ele olhou a sua volta e retornou a encarar a mulher. —, pois temos que avisar todos.

Eles partiram da biblioteca para o centro da casa.

Armim somente obteve a sua tão esperada notícia naquela noite, onde o véu negro estava carregado com pólvora. Ele apertou levemente o castiçal que tinha em mãos e sorriu de escárnio, voltando-se para o grupo de cem soldados em fileiras e as sombras que cercavam sua catedral.

Ele gesticulou algo antes de sua fala. Estava recitando as palavras escritas no livro da profecia. Seus lábios se curvaram mais e houve a possibilidade de seus dentes reluzirem na penumbra.

— Então, meu grande exército — sua voz era rude e inexpressiva. —, vá para onde bem entender e mate todos os doze. — Ele deu de ombros para eles e apoiou-se na janela, vendo o movimento de seus soldados caminharem ao compasso da fina cortina de chuva que arranhava o vidro. — Desta vez a Terra irá acabar. E irei junto a ela.

Ele fez uma pausa em sua respiração.

— O décimo terceiro estará a caminho. — Seus olhos se estreitaram na névoa que abraçava a catedral. — Aquele que controla as sombras.


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Notas finais do capítulo

Fichas > http://www.tfaforms.com/312947